Oceanïc

Oceanïc Waldson Souza




Resenhas - Oceanïc


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Gabriel Aleksander 14/06/2021

Oceanïc modifica a forma de se pensar em ficção científica - literagabs.com
Essa novela foi uma das melhores experiências que tive com livros de ficção científica (dos quais eu ainda morro de medo), toda a construção de mundo, personagens e a própria forma como Waldson Souza entrelaça variadas perspectivas sobre como a humanidade se encontra nessa realidade, tornou a experiência de me aventurar em um gênero que não tenho tanta afinidade algo prazeroso.

O modo como vamos sendo introduzidos as vidas de Jonas e Rafael, que acompanhamos em diversos momentos de suas existências até de fato entendermos como os dois se conheceram e passaram a se tornarem os alvos principais das autoridades de Oceanïc, é uma das construções mais geniais e fascinantes que li nos últimos tempos.

O autor aqui consegue estabelecer uma lógica em meio a tramas temporais intrincadas que me faziam ter certeza que ele acabaria se perdendo ou deixando algo mal desenvolvido, o que foi totalmente o oposto do que eu encontrei ao concluir a leitura e me deparar com um universo gigantesco e cheio de possibilidades e personagens com potencial para carregar muitas outras histórias que poderiam ser exploradas a partir dessa novela (o que não é uma regra já que Oceanïc completa sua trama, mesmo com final aberto).

Além disso, os elementos representativos de etnia, gênero, sexualidade e críticas ao sistema de desigualdade de classes sociais são um dos pontos altos encontrados no enredo. Conheci Waldson em um minicurso que ele realizou sobre afrofuturismo, tema sobre o qual ele estuda e inclusive realizou seu Trabalho de Conclusão de Curso (clique aqui para conferir), e perceber como ele inclui essas discussões na sua história revolucionou para mim a forma de pensar ficção científica.

Portanto, fica aqui minha indicação fortíssima tanto da obra quanto do autor, para que se conheça uma das vozes importantes da literatura contemporânea brasileira.

site: literagabs.com
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danprestes 02/10/2020

Oceanïc
Oceanïc, escrito por Waldson Souza e publicado pela Dame Blanche em 2019, narra por meio de diversos pontos de vista a experiência que algumas pessoas têm dentro da cidade homônima à obra, o que possibilita apresentar outras perspectivas do lugar.

Oceanïc é uma cidade protegida por uma redoma de vidro em cima de uma tartaruga gigante que se desloca pelo oceano, após a superfície ter se tornado um lugar inóspito para a humanidade.
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Aninha de Tróia 27/09/2020

Gostei muito. A escrita do autor é muito boa, principalmente da segunda parte pra frente. O final promete e eu quero mais histórias nesse universo.
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Murilo 31/12/2020

Uma ficção introdutória a um universo fantástico
Oceanïc é uma ficção especulativa escrita por Waldson Souza, autor
brasiliense, mestre em literatura, e pesquisador sobre a temática afrofuturista.
A história se passa em um mundo onde as cidades, como Oceanïc, não são
fixas ao solo e se locomovem em ciclos infinitos. É por meio de diferentes
pontos de vista que conhecemos melhor esta realidade e suas personagens.
O livro é estruturado em histórias curtas com personagens cujos caminhos se
enlaçam ao final. A leitura é fluida por não apresentar conceitos complexos
ou detalhados sobre as regras deste mundo imaginado.
O foco da narrativa está na relação das pessoas dentro deste universo
fantástico, porém a história se beneficiaria com um melhor desenvolvimento
das personagens.
?Se distanciar da realidade, mesmo que por alguns momentos, às vezes, é a
única forma de continuar sobrevivendo.?
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Pedro Magus 05/04/2020

Resenha no Instagram Magus Books!
Quer saber mais sobre a história?
Acesse: www.instagram.com/magus_books ou digite na busca do seu app @magus_books.

Aproveita e já segue e venha fazer parte da família!
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Mila Morelli 01/05/2022

"Talvez eu esteja livre quando dormir pela última vez."
Waldson Souza consegue introduzir sua ideia, sua criação e seu mundo de uma forma leve, sem nos jogar informações como um manual de leitura. A cada momento vamos entendendo mais sobre a tecnologia existente e como as coisas não são como pensamos que seriam. E enquanto faz isso, o autor nos faz concentrar mais a cada mudança de personagens e de foco, nos fazendo simpatizar com a luta pessoal de cada um, dentro das suas personalidades distintas.

O interessante é que enquanto lemos pela visão de um e criamos pré-julgamentos, isso muda assim que vemos pelos olhos de outro personagem. E claro, as críticas sociais estão presentes por todos os lados. Enquanto alguns consideram o lugar que vivem como um sonho, outras lutam pelo momento em que arriscarão suas vidas para sair de lá e seguir para um destino que não garante nada e não dá qualquer certeza de felicidade.

Admito que o final me pareceu mais corrido que o restante do livro, me fazendo sentir aquele vazio por informações. Eu fiquei tão maravilhada com o caminho que tudo estava tomando, envolvendo uma ficção maravilhosa em um livro que eu não sabia o que esperar (afinal, nem havia lido a sinopse quando abri as primeiras páginas)... que quando tudo acabou, senti que precisava de mais explicações. Não por pura curiosidade, mas pela construção que vinha tendo em cada um dos capítulos.

Talvez a intenção do autor fosse deixar o questionamento aberto para nós ou até em algum momento trazer uma continuação, mas eu aceitaria um pouco mais de informações para sentir que havia fechado com chave de ouro.

Ainda assim, seguindo a ideia de prestigiar nossos autores que são absurdamente incríveis, com uma temática que saiu do comum e do que eu esperava... a leitura foi ótima. Como disse, desejaria que o final tivesse um pouco mais de informações para me deixar com a sensação de missão cumprida, porque senti que lutei ao lado dos personagens ao fim hahaha mas... ainda assim uma experiência incrível que recomendo para os fãs de ficção, distopias ou até quem gosta de sair da zona de conforto e variar um pouco suas leituras!

site: http://sobencomendaa.blogspot.com/2021/06/oceanic-waldson-souza.html
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Angelica236 28/04/2023

Parece incompleto
Penso que a cena de o Jonas insinuando que ia estu**ar o Rafa desnecessária. Algumas cenas me causaram vergonha alheia e essa foi uma delas. O conceito do universo é muito interessante, mas não consegui me apegar a nenhum dos personagens, e senti que eles poderiam ter sido mais aproveitados. Fiquei esperando o Jonas reencontrar a Laura no final na sala de controle de Oceanïc, mas isso não aconteceu e quando vi, o livro tinha acabado sem o único acontecimento que me deu algum tipo de empolgação.
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evelynln 07/07/2023

Amei muito!!!
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!! Já quero saber se tem continuação, pois esse final deixou um gostinho de quero mais. Esse livro me surpreendeu totalmente!!! Um livro de ficção o qual fiquei encantada, apaixonada!!! E essa grande aventura que é a vida e que mesmo com toda tecnologia a humanidade em nós nunca desaparece. Esse foi um de meus favoritos esse ano. Leitura fácil e fluida. você se sente lendo um diário. Sem mais spoilers...???
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Inês Montenegro 23/04/2021

"Oceanïc desenrola o seu enredo dividindo-se em partes que permitem ao leitor saber o que cada personagem, individualmente, sabe: isto porque o narrador, ainda que alterne, é sempre em primeira pessoa, e não omnipresente. A cada ponto de vista é mais um “algo” que se sabe, não apenas do enredo, como também das personagens e, em particular, do mundo criado: deste modo, as histórias individuais tornam-se numa maior. (...)

Resenha completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2021/04/23/oceanic-waldson-souza/
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Paulo 22/10/2020

Sabe aquelas histórias geniais que você gostaria de ter escrito? Essa é a impressão que eu tive ao ler Oceanic. Waldson é um autor criativo e eu sinceramente fiquei impressionado com o que fui capaz de ler. Ideias e mais ideias colocadas no papel. Em um primeiro momento a gente imagina uma história normal entre duas pessoas que se amam em um relacionamento nocivo, mas logo Waldson começa a colocar algumas camadas. O segundo ato é de explodir a sua cabeça. Vem a ideia das cidades em cima de tartarugas. Pronto. Que raios esse cara estava pensando? Mas, cuidado, não se deixem deslumbrar pelo cenário e observem as nuances e as críticas sociais presentes na narrativa.

Oceanic é composta por quatro atos, cada uma delas contada por um ponto de vista sendo um deles repetido. Todos contados em primeira pessoa e esta foi uma decisão acertada do autor. Isso porque esse tipo de narrativa permite ao leitor se envolver com os personagens. Conhecê-los a fundo e entender suas dúvidas e angústias. Algo que Waldson faz muito bem ao fazer de seus personagens falhos. Não temos heróis aqui. Temos pessoas de carne e osso capazes de fazer coisas tolas por amor ou por sobrevivência. Não é complicado entender os altos conceitos trabalhados pelo autor. Só que ele vai te entregando as informações bem aos poucos, sem pressa. Vamos montando as peças do quebra-cabeças até chegarmos ao final quando dispomos de tudo. Não tive qualquer dificuldade para compreender a história. Nesse sentido colabora também o fato de os capítulos serem curtinhos e a história passar voando.

A ambientação é criativa. Imaginar cidades construídas em cima de tartarugas gigantes me remete imediatamente a Terry Pratchett e seu Discworld. Mas, claro, Waldson avançou um pouco mais e a intenção não era criar algo humorístico. Temos várias cidades cada uma delas com um ambiente distinto. Algumas são mais aprofundadas com outras. Polen é uma cidade agrária que sobrevive da agricultura do milho enquanto Oceanic parece ser uma metrópole tecnológica (apesar de o autor não entrar tanto nos meandros da cidade). Temos uma terceira cidade que é mostrada muito por alto onde vemos que esta sobrevive da extração de minérios. O autor entrega informações que precisamos para a narrativa. Nem mais, nem menos. O livro foi bem editado, ou seja, ele não tem barrigas. As informações nos são passadas sem que a gente se dê conta disso. Não há aqueles capítulos onde alguém vai e nos conta tudo o que está acontecendo.

A ligação entre Jonas e Rafael é bem trabalhada pelo autor. Aliás, palmas para o autor em apresentar um romance LGBT que é tão natural. Se eu não estivesse aqui comentando, talvez o leitor nem percebesse que teria um. Não há apelação, não há um exagero nem nada. É tratado como um romance comum entre dois personagens. Existem os dramas e dúvidas da relação que precisam ser resolvidos ao longo da trama. Logo no primeiro ato vemos o quanto Rafael sente que Jonas não lhe dá o devido valor. Ficamos com a impressão de que a relação é tóxica para o protagonista daquele ato ao vermos o personagem desaparecendo por dias a fio e nos dando conta de o quanto isso machuca emocionalmente Rafael. Claro que depois o autor vai apresentar o lado de Jonas e nos mostrar a complexidade da relação entre eles.

Já Felix, protagonista do segundo ato, é um personagem preso a uma vida comum em uma cidade comum que vive da agricultura. A perspectiva de ter que seguir os passos de seus pais e ir para o milharal, única perspectiva de Polen, não é das mais acolhedoras. Laura, seu amor de infância, também deseja sair dali e para isso ela tem um plano ousado: saltar do topo da tartaruga quando outra tartaruga se aproximar da cidade e tentar a sorte em outra cidade. Nosso personagem vai demonstrar seu receio sobre o que fazer a seguir: ir atrás de seu amor e deixar tudo o que ele conhece para trás ou permanecer e se arrepender de nunca ter tentado. É uma narrativa de amadurecimento clara onde as escolhas são necessárias para um futuro. Qualquer escolha vai acarretar um arrependimento e uma liberdade.

As críticas sociais estão presentes por toda a narrativa. Vou destacar apenas uma. Tem um momento na narrativa que mostra o quanto Oceanic pode ser um sonho para muitas pessoas. Me lembrou a época em que as migrações do nordeste para o eixo Rio-São Paulo estavam em alta. As pessoas abandonavam o interior em busca de um sonho que nem sempre se realizava. O que acontecia era que o migrante chegava na cidade e normalmente ficava à margem, precisando sobreviver do que fosse possível. Waldson faz uma associação direta à situação dos imigrantes ilegais nos EUA. Pessoas que chegam em um novo lugar e precisam se tornar invisíveis caso não queiram ser descobertas pelo serviço de imigração. Cujo passado precisa ser apagado para viver uma nova vida e torcer para que este não seja investigado a fundo.

Oceanic é um livro bem acima da média. Waldson conseguiu criar uma história criativa e inteligente. Que prende a atenção do leitor por suas mais de cem páginas e ao mesmo tempo em que usa um cenário fora do comum, consegue ser atual, criando personagens que vão ficar em nossos corações.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Cris 27/12/2021

Um mundo onde as pessoas vivem em cidades nas costas de criaturas gigantescas. A história acompanha a vida de Rafael, Jonas e Tamires.
Um projeto secreto do governo, fuga, perseguição, amor, questões de classe e mais formam essa ficção.

Preciso urgentemente de uma continuação para isso.
Meu cérebro não para de criar diversas teorias.
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deuxdesoleil 18/01/2023

Um bom entretenimento
"O exército começa a perseguir um casal que poderá mudar a maneira como as pessoas entendem seu mundo."

A sinopse é a primeira ideia que temos de qualquer história, juntamente com um bom título e uma capa chamativa, pois bem, a sensação que tive foi comprar uma história e ganhar outra no lugar. Talvez o estilo narrativo não tenha funcionado comigo, talvez a demora em, de fato, apresentar as personagens ou conectar a trama tenha me dado essa sensação. Acredito que por ter comprado tão bem as ideias prévias, demorei para me envolver com a narrativa.

As personagens, em sua maioria, tem um ótimo aprofundamento e, gostando ou não de como fluiu, acabam se inserindo no caminho umas das outras. Tendo lido outras obras do autor, sabia de início que iria gostar na escrita e em nenhum momento me incomodou as idas e vindas dele.

Imaginava que Oceanïc seria o grande foco da obra e que toda a perseguição fosse acontecer como principal plot do livro, infelizmente, não ocorreu, mas não deixa de ser um ótimo entretenimento! É curto, rápido e, ao conhecer cada personagem, somos fisgados pelos dramas e traumas de cada um deles de uma maneira bastante envolvente.
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