A máquina de fazer espanhóis

A máquina de fazer espanhóis Valter Hugo Mãe




Resenhas - A Máquina de Fazer Espanhóis


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sordeps 04/10/2020

favorito da vida!
terminei de ler esse incri?vel livro recentemente e desde enta?o to? pensativo. valter hugo ma?e me presenteou com uma escrita singular, poe?tica e muito aute?ntica sobre amizade, amor, fascismo, identidade e tantas histo?rias que eu na?o havia tido a oportunidade de conhecer ainda.
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o livro acompanha o sr. silva que aos 84 anos perdeu sua amada esposa e seus filhos resolvem coloca?-lo em um asilo. dai? enta?o, acompanhamos a narrativa de seus dias no ?feliz idade?. chorei, ri bastante e por vezes me encontrei pensativo sobre os grandes miste?rios das nossas singulares presenc?as no mundo ao ler sobre a morte, a solida?o e o ceticismo.
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a narrativa me prendeu do ini?cio ao fim. valter hugo ma?e, na maior parte do livro, escreve apenas com letras minu?sculas e utilizando apenas pontuac?o?es como vi?rgula e pontos finais, o que acaba dando a liberdade de ler o texto na velocidade que se desejar. por vezes, durante a leitura, pensei na minha velhice e na de pessoas mais idosas pro?ximas a mim. tambe?m, em alguns momentos, vislumbrei sobre o futuro e sobre o prazer de conhecer tanta gente maravilhosa durante a vida.
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li tambe?m sobre o regime fascista que Portugal viveu sob o comando de Salazar, tantos anos atra?s. isso me levou a fazer uma comparac?a?o a? no?s, que em 2020 estamos vivendo algo similar no Brasil e pude perceber, ainda mais, como o autoritarismo pode ser prejudicial a? nossa sociedade e identidade patrio?tica. e termino assim: em uma mistura de sensac?o?es que vivi lendo beli?ssimas palavras. recomendo demais, dei 5 estrelas e sem du?vidas se tornou um dos favoritos da vida! (lido em 20 de junho de 2020)
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Toni 29/09/2020

Que livro!!
Sem sombra de dúvidas A máquina de fazer espanhóis é um livro grandioso sob todos os aspectos, no conteúdo e forma. Imagine uma obra que consegue abordar todas as nuances da vida e por isso, claro, mexe com todos os nossos brios, fazendo-nos pensar, refletir, rir e chorar, às vezes concomitantemente. Já no primeiro capítulo somos convidado a nos emociobar com o nosso personagem central, o senhor Antônio Silva que aos 84 anos perde sua esposa ( Laura), a qual ele amava apaixonadamente, fato que o deixa terrivelmente abalado, sem chão. Sua família opta por interna-lo em um asilo chamado " Feliz Idade" ( irônico, não?), supostamente pensando ser o melhor pra ele, o que o deixa imensamente revoltado, sobretudo porque, além do luto, precisa se adaptar àquela nova e triste realidade, onde ele terá que conviver com outros iguais, idosos. Nessa nova casa ele experimenta um turbilhão de sentimentos, como abandono, raiva , solidão, medo, impotência, sentimentos esses com os quais ele nunca foi tão afinado, porém fugir não é uma alternativa. É a partir desse contexto que Valter Hugo Mãe dá vida a uma prosa poética brilhante .
O livro revela o nosso encontro com o envelhecimento e, por isso, muito de nossas fragilidades são reveladas, ora pelas lembranças de certas ações, atitudes ou mesmo posturas diante da vida e das quais nos arrependemos ou remoemos, ora pela perda daquelas lembranças tão necessárias, mas que de alguma forma foram já embotadas pelo tempo, aqui simbolizada no livro muitas vezes pelos pássaros escuros presente nos sonhos ou delírios dos utentes.
A opção de dar uma roupagem estética do uso predominantemente de letras minúsculas, as vírgulas e os pontos, ao invés de limitar a dinâmica da leitura, só enriqueceu a obra trazendo um leque de possibilidades de interpretação. O que ajuda também, por outro lado, o leitor desatento a embarcar de cabeça no enredo, pois se não for assim, certamente corre o risco de perder o fio da meada.
Quis propositadamente me demorar nessa leitura, pois é um daqueles livro que fundamentalmente nos instiga à transformação. Impossível ler uma obra como essa e sair incólume.
Mãe traça lenta e cuidadosamente todas as teias da obra, como o pintor debruçado em sua tela, que pode parecer distraído na escolha das cores, porém é sabido que pra se chegar a um resultado surpreendente tudo é minuciosamente pensado e combinado. Assim é Vitor Hugo Mãe.
Sobre o porquê do título do livro, deixarei que cada um que tenha despertado pra essa questão, descubra por si só, lendo
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Luiza.Miranda 27/09/2020

sem dúvidas o livro mais sensível, honesto, cru e bonito que eu já li! a genialidade do valter hugo mãe na construção de uma história e de um personagem tão fascinante e orgânico me impressiona, é avassalador
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Fernanda.syski 26/09/2020

Bom, mas não é o melhor.
Não é o meu preferido dele... a história é um pouco enrolada, mas o final é emocionante.
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Diana Araújo 24/09/2020

@eraumaveznumlivro
Acredito que a experiência que temos com uma história e as nossas opiniões sobre ela são influenciadas por quem somos e como estamos no momento que fazemos essa leitura. Por isso muitas vezes mudamos de opinião sobre um livro -e sobre outras coisas- com o passar do tempo. E que bom que isso acontece, é uma prova de que não ficamos estagnados no tempo enquanto a vida e mundo ao redor mudam e que nossas experiências vão nos moldando. Uma prova de que não somos, mas que estamos.

Através dessa reflexão e dada essa introdução, acredito que A Máquina de Fazer Espanhóis não funcionou pra mim nesse momento. Nesse livro, Valter Hugo Mãe conta como o seu Silva foi parar num asilo, como é a experiência dele nesse lugar e com essas pessoas, e no fim vemos a influência de tudo sobre o protagonista de 85 anos.

Compreendo que depois de debater com algumas amigas pude ter um outro olhar para alguns pontos, o que melhorou um pouco minha opinião final. Mas ainda assim não posso negar que minha experiência de leitura não foi boa.

À princípio tive uma trava com a escrita e já comecei o livro puta de raiva. Entendo a poética, mas não gosto de livros que não tem demarcação de fala e parágrafos, onde o texto é corrido. Isso me confunde demais, não sei o que é narração, o que é pensamento e o que é diálogo. Com o tempo dá pra ir se acostumando? Até dá, mas, para mim, um livro não tem que ser um desafio de leitura, com um obstáculo inicial pra depois ser de fato aproveitado e entendido, então a escrita foi um empecilho grande já de início e que me irritou.

Além disso, o tema asilo é muito sensível pra mim. Somado isso ao pessimismo inicial do protagonista e da narrativa, senti que o livro me puxou muito pra baixo. E mais, muitos momentos da história foram simplesmente chatos e enfadonhos. Tive sensação de estar eternamente esperando uma guinada na história pra me dar um gás, o que não aconteceu. Também fiquei frustrada porque esperava um aproveitamento maior das cartas que o Silva passa a escrever - não esperava um romance, mas no mínimo uma movimentação na história.

Por outro lado, a história traz à tona muitas reflexões sobre a velhice e como os idosos são vistos e tratados pela sociedade, muitas vezes tendo suas falas e até existências desvalidados. São muito presentes assuntos como o luto, a memória, os ressentimentos que carregamos, a lucidez na velhice, a dependência, o medo, a humanidade, a amizade, a religião. Por isso mesmo compreendo a importância dessa história, por trazer o olhar sobre esses temas partindo do ponto de vista de um idoso. Com isso, foi válida toda a reflexão que me proporcionou a história, mas para a Diana de hoje, o resultado final não foi de todo bom. Quem sabe para a de amanhã…
Gyovanna 24/09/2020minha estante
Não tenho como não concordar com sua introdução! É sempre um achado quando um livro se encaixa no nosso timing pessoal.




Adriana 16/09/2020

Talvez eu o tenha lido em um momento pessoal de cansaço e fadiga e por isso a leitura tenha sido devagar e quase entediante durante boa parte dele. Mas ao me aproximar do fim, percebi que o ânimo em lê-lo voltou, ou talvez o livro tenha na parte final sua melhor parte... quase como uma melhora da morte.
O livro nos faz perceber que talvez não precisemos chegar ao fim para valorizar o qto cada ser com quem compartilhamos momentos contribui para sermos aquilo que somos.
É um livro sobre a vida e sobre relações e o qto de cada relação se faz a vida. Vale a leitura!
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Luana 14/09/2020

A Máquina de Fazer Espanhóis - Valter Hugo Mãe - Nota 9/10
Vencedora do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, a obra 'A Máquina de Fazer Espanhóis' de Valter Hugo Mãe é indescritível. Uma obra sensível, que ao mesmo tempo em que deixa o leitor reflexivo em algumas partes, também deixa angustiado em outras. A narrativa se passa em Portugal. Antônio Jorge da Silva, personagem principal, está prestes a perder sua esposa. O Silva é um senhor idoso. Ele e sua esposa, Laura, construíram uma vida juntos. Após a morte de sua esposa, os filhos do casal colocam o pai em um asilo, onde ele fica bastante relutante no começo, mas depois começa a fazer diversas amizades e a construir laços afetivos.
Essa obra faz o leitor refletir sobre a finitude da vida, sobre a velhice, como devemos cuidar e ter uma atenção maior com as pessoas que estão na terceira idade. O idoso é mais vulnerável às coisas externas. O autor na obra também traz algumas passagens e memórias sobre a Ditadura Salazarista em Portugal. Excelente!
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Bia 13/09/2020

O destino de quem lê VHM é se emocionar a cada pág. nesse livro em específico com a nossa efemeridade, com o luto, com o que fazemos eqt julgamos ter controle do tempo da vida, este q funciona num cronômetro o qual não temos controle algum.
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Queds 01/09/2020

A máquina de fazer espanhóis, do autor Valter Hugo Mãe, é a oitava leitura do clube @leiturasecafe
Mediado pelas queridas Sol e Suh.

Gostei do enredo e da abordagem, mesmo sendo difícil a leitura me emocionei várias vezes. Pensar sobre a velhice e todo o caminho que trilhamos foi tocante. Nos remete a um caminho aflitivo, compreender os ditames da solidão; da tristeza e da saudade. Bem como, conhecer um pouco sobre o período marcado pela ditadura Salazarista.

A leitura me fez prestar mais atenção no meu relacionamento com os meus pais, em toda a jornada deles e no respeito pela sua história. Mesmo que suas convicções sejam opostas as minhas. E pensar na minha velhice, no que está reservado para quando eu chegar nesta fase.

A leitura foi super difícil. Gostei e desgostei. A narrativa do autor não faz parte do meu habitual, e isso foi um pouco complicado. Um novo desafio. O que me irritou, foi a diagramação do livro. A falta de letras maiúsculas, parágrafos e pontuação, prejudicou o ritmo da minha leitura. Mesmo entendendo a intenção: pensamento não tem pontuação. Esta escrita é característica do autor. Foi um livro pequeno que demorei dias para terminar.

Em resumo: uma leitura diferente, que abordou temas não comuns, pelo menos, em minhas leituras. Que agregou excelentes reflexões, mesmo tendo sido cansativa e muito difícil de terminar.

Meu Quote Preferido

?Este é o limite, a desumanidade de se perder quem não se pode perder (pg. 36)?
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Cadu 30/08/2020

uma visão linda e poética sobre a velhice
Valter Hugo Mãe fez algo que eu jamais pensei que fosse encontrar em um livro, uma visão sensível, poética, melancólica e, ao mesmo tempo, linda sobre a velhice e o fim da vida. Seu estilo de escrita (q lembra Saramago em certos pontos) faz com que a leitura se torne um desafio, não que seja difícil de se ler, mas instiga o leitor a continuar a acompanhar a vida do senhor Silva no lar feliz idade, faz com que o mais jovem dos leitores se interesse pela vida de um barbeiro de mais de 80 anos viúvo. Um livro lindo que entrou de vez para minha lista de favoritos!
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mmduraes 30/08/2020

Esse livro é uma mistura de melancolia e reflexão sobre o q somos, para onde vamos e quem deveríamos ser depois de uma vida refleta de dúvidas.
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Arthur 29/08/2020

Belíssimo!
Valter Hugo Mae alcança com esse livro emoções antes não imaginadas. É lindo.
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Bianca 27/07/2020

É um livro bastante interessante e que te faz refletir sobre a única certeza que nos temos, a morte.
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Dave 24/07/2020

Ah, Valter...
Não sei o que dizer.
Só lembrar.
Sentir saudade.
E tentar sorrir.
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