Maigret e o corpo sem cabeça

Maigret e o corpo sem cabeça Georges Simenon




Resenhas - Maigret e o corpo sem cabeça


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Biblioteca Álvaro Guerra 16/10/2019

O céu mal começava a se colorir quando Jules ,o mais velho dos irmãos Naud, surgiu no convés da barca, primeiro a cabeça, depois os ombros, por fim o grande corpo desengonçado. Coçando os cabelos cor de linho ainda não penteados, ele olhou para as comportas, para o cais de jemmape à direita, e alguns minutos se passaram, o tempo de enrolar um cigarro e fumà-lo no frescor da manhã, ante que uma lÂnpada se acendesse no barzinnho da esquina da rue des Récollets.

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Arsenio Meira 17/08/2013

Maigret humano, demasiadamente humano

"Maigret e o corpo sem cabeça" merece deferência.

Poucas vezes li uma história policial como essa. E, pra quem é fissurado em literatura policial, desde os 14 anos, garanto que isso não é pouca coisa.

Pra começo de conversa, no segundo ou terceiro capítulo quase não há dúvidas sobre quem teria esquartejado um homem e jogado os pedaços do corpo no canal Saint-Martin, que acredito ser um dos muitos braços do rio Sena que cortam Paris.

A cabeça do cadáver sumiu, mas também há pouco o que discutir sobre a identidade do sujeito.

Então, ficamos assim antes do meio do livro: sabemos quem é vítima, o perfil de quem matou, quem ajudou a matar e, finalmente, o motivo está mais ou menos delineado. E o mistério, afinal, onde fica?

Misteriosa é a natureza humana. E o comissário Maigret, tão humano que é, torna-se quase impossível tratá-lo como simples personagem de ficção; tal herói existencialista às avessas, ele faz de tudo para conhecê-la um pouco mais a cada investigação.

Os questionamentos do personagem sobre o que pode levar uma mulher comum vinda do interior e um trabalhador comum a matar, esquartejar e degolar são o fio condutor usado por Simenon para se colocar no lugar do outro ser humano.

Maigret passa a investigar não a morte, mas a vida de cada um dos protagonistas do drama, revelando as dores, as angústias, as escolhas, os fracassos e as esperanças de quem não vive como ele, ou, ao menos, ao seu redor no cotidiano.

Um juiz de instrução meticuloso, cumpridor das leis e das normas, é o contraponto para a alma aberta e generosa do comissário. Em outras novelas, esse juiz Coméliau é apenas um burocrata chato que implica com os métodos do famoso policial.

Em "…o corpo sem cabeça", ele encarna o homem que possui carreira, bens, uma vida confortável e julga os outros a partir da sua ótica, da sua poltrona, da sua moral e da sua família “feliz”. Para Coméliau, não há sentimentos, dores ou desespero. Há mulheres pervertidas, homens maus e gente imoral. E ponto final.

Talvez seja exagero do meu coração mole, mas cheguei ao final deste livreto com sensação semelhante aquela proporcionada por alguns clássicos da chamada literatura “séria”.

O título mórbido esconde uma leitura transformadora, bem apropriada para leitores que desconhecem a grandeza da literatura policial.

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Fabio Shiva 23/02/2012

Outra história típica de Maigret...
...onde a construção psicológica dos personagens recebe o foco principal, sendo mais importante que o jogo do whodunit para descobrir o culpado.

A trama é bem sintetizada pelo título do livro: dessa vez Maigret se vê às voltas com um cadáver ao qual falta a cabeça... sendo assim, como identificar o morto? A equipe técnica com seus procedimentos pré-CSI recebe bastante destaque nessa história, escrita em 1955.

Mas para o comissário Jules Maigret não importa tanto quem matou, nem como matou, e nem mesmo o porquê. O que o deixa agitado, ranzinza, obcecado e molenga ao mesmo tempo é encontrar uma pessoa que ele simplesmente não consegue entender...

O livro foi escrito com o talento de sempre, é diversão garantida para os fãs de Simenon. Uma boa surpresa foi a breve biografia do autor que acompanha essa edição da L&PM, e que lança interessantes reflexões a respeito da trama...

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Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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Eduardo 24/07/2011

A sucessão de acasos e a sagacidade do comissário Maigret estão presentes neste belo romance policial de Simenon: um cadáver desmembrado foi encontrado no cais de Valmy. Algo chama a atenção do comissário Maigret, do juiz de instrução e dos inspetores: a cabeça do morto não foi encontrada no rio. Enfim, são situações casuais aliada ao instinto de Maigret que solucionam neste crime onde as peças não se encaixavam (trocadilho infame) nesta trama.
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