Resenhas - Deus em questão

Heitor 26/08/2022

"Nos encontraremos de novo, se teu Deus quiser"
Li este livro motivado pela peça "A última sessão de Freud" que foi baseada neste livro
O livro é um estudo nas obras e biografias de Freud e C.S.Lewis, focando principalmente na existência de Deus a partir de vários argumentos que vão de amor, morte, fé e por ai vai
Devo dizer que eu me considero um Ateu convicto, mas durante minha leitura, senti minhas crenças abaladas em alguns momentos, e imagino que o mesmo deve ocorrer caso um cristão leia o livro
Minha única crítica seria que em alguns momentos o livro se foca muito ja história de vida dos dois e não em seus oensamentos a respeito do assunto, mas não é o suficiente para incomodar
É um livro ótimo para quem se interessar pelo assunto e também caso for fã de alguma das duas figuras históricas

jonasbrother16 01/05/2022

Voltando a ler depois de um período intenso de trabalho. Ainda não estou "out of the woods" como diriam os americanos, mas espero que consiga retomar ao menos metade do ritmo de leitura que tive em 2021. Agradeço à pessoa generosa que me emprestou esse livro sem nem mesmo eu pedir, me jogando de volta no mundo da literatura.

O livro é quase uma dupla biografia, uma reportagem do que pensavam e viviam essas duas figuras interessantíssimas. É curioso ver como duas pessoas que se preocupavam com os mesmos temas possam ter assumido posturas absolutamente diferentes a respeito dos mesmos objetos. Ambos viviam seus problemas intelectuais visceralmente, mas seguiram por caminhos inteiramente opostos e incompatíveis.

Já conhecia bastante do Lewis, mas esse livro me deu informações que eu ainda não tinha, de sua vida pessoal e trajetória emocional. A maior novidade mesmo ficou pelas partes que falam de Freud. Conhecia muito pouco da vida de Freud e só tive contato superficial com suas ideias. É uma figura bastante intrigante e que certamente vai ficar na minha cabeça por um tempo.

O livro vale a pena para ajudar a colocar em perspectiva muitos dos temas que aparecem nas obras dos dois. Mas acredito que seja mais enriquecedor retrilhar o caminho de Armand Nicholi, lendo as duas obras e recolocando as cartas na mesa.

Kristele.Vieira 22/12/2021

Livro com uma ideia fantástica, só acho que, pelo fato do autor ser cristão, ele não explora, de maneira profunda, os argumentos de Freud assim como fez com os de Lewis.

Claudio 19/05/2020

A Grande Questão
Em Deus em Questão, Armand Nicholi Jr procura apresentar os elementos básicos da obra e pensamento de Sigmund Freud e C.S. Lewis em relação ao amor, sexualidade, Deus e o sentido da vida.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira intitulada Em Que Acreditar, Nicholi Jr apresenta os dois pensadores, aborda o trabalho de ambos sobre o criador, a consciência humana e a grande transição entre as percepções da realidade que acometem a pessoa humana.

Na segunda parte, intitulada Como Viver, Nicholi Jr trata dos assuntos sobre felicidade, sexo, amor, dor e morte, lembrando sempre que é sob a perspectiva dos dois autores em questão. Neste sentido,conforme a divisão do livro, a segunda metade é melhor, mais fluída e mais interessante do que a primeira posto tratar de assuntos que norteiam com maior intensidade a experiência do homem.

Dito isto, o livro é bom como uma breve introdução dialética sobre esses dois autores. Considero o título um quanto tanto pretensioso em relação ao debate de idéias entre Freud e Lewis. Cabe dizer que embora C. S. Lewis tenha uma grande aceitação entre os cristãos e adeptos ou não de outras crenças, por conta principalmente de seus escritos de cunho apologético e de suas obras mais densas e elaboradas como “O Problema do Sofrimento” por exemplo, não vejo que tenha tanto comparação assim com a obra de Sigmund Freud, sua extensa pesquisa sobre a psique humana e a influência da psicanálise no mundo moderno.

Ademais vale ressaltar que quando Lewis estava começando na vida acadêmica, perto de seus 30 anos, Freud já tinha escrito a maioria de seus livros aos 70 anos. como o conhecido “O Mal-estar na Civilização”. Nicholi Jr levanta a hipótese que neste período temporal talvez Lewis tivesse se encontrado com Freud quando este estava exilado na Inglaterra por conta do antissemitismo nazista. Mas tal hipótese carece de materialidade histórica. O que provavelmente pode-se afirmar é que Lewis deveria ter tido contato ao menos com os artigos de Freud que já tinha um vasto material publicado na época.

Assim, se houve realmente um debate entre o pai da psicanálise e o autor das Crônicas de Nárnia é algo que deixo para os historiadores divagar. Quanto ao livro Deus em Questão fica uma obra de introdução ao pensamento destes dois grandes autores, cada um influenciando de uma maneira peculiar a sua geração.

almeidalewis 02/05/2020

Aprofundando os gigantes
Para quem quer conhecer e entender melhor as principais questões desses dois gigantes

Tiálita Lago 21/09/2018

Leitura Essencial
Eu fiz a releitura desse livro em Janeiro deste ano, porque na primeira vez em que li o mesmo acredito que eu não estava em uma boa época pra focar nessa escrita, porque é um livro apologético e eu lembro que no decorrer da leitura eu ficava indignada com Freud e não conseguia concluir nada com êxito. Então li ele novamente e para minha surpresa foi uma leitura maravilhosa e edificante, hoje ele está nos meus preferidos e leria novamente. Indico muito!!!

Erick Simões 21/06/2017

Confronto de cosmovisões
Apesar de estar bem longe de Freud, salve alguns poucos pontos, eu também não concordo extensivamente com Lewis. Por fim, posso dizer que o livro é de extrema validade e importância para quem se interessa por algum dos dois autores. A profundidade dos argumentos e o contraste entre as duas cosmovisões é totalmente fascinante, por isso reitero e acrescento, é um livro extremamente válido, inteligente e bem desenvolvido. É uma boa leitura tanto para céticos quanto para cristãos.

Felipe.Doneda 17/11/2016

Um livro espetacular, mas tendencioso.
O livro em si é muito bom. Apresenta uma biografias de duas mentes brilhantes, Freud e Lewis e suas ideias sobre temas muito complexo tais como: Deus, amo, sexo, sofrimento, morte. Fica claro que o autor tem domínio sobre o assunto. A visão de mundo espiritual de Lewis é exaltada e a materialista de Freud contestada. Particularmente concordo com Lewis, para mim não há esperança na vida sem Deus. Mas, o título nos sugere uma abordagem mesmo parcial que não ocorre no texto. Recomendo a leitura, muito agradável e profunda. Vale a pena.

Mikael 14/03/2016

Não perca tempo
O livro começa bem, colocando lado a lado os pensamentos dos dois autores.
Então tem início uma parcialidade veemente do narrador. Argumentos errôneos é um dos artifícios mais usados para levar a linha de pensamento do escritor.
Na metade da leitura provavelmente (se você tem um cérebro) você vai estar se perguntando por que raios começou a ler aquilo. Quanto papel foi desperdiçado inutilmente em uma obra totalmente superficial e tendenciosa.
Mas isso claro, é o meu ponto de visita.

aiococ 16/08/2013

Ruim
Totalmente tendencioso em favor de C.S. Lewis.

Amélia 11/06/2011

Resumo e Comentários - C.S.Lewis e Freud
Sigismund Scholomo Freud foi o nome que Jacob, pai do Psicólogo deu a ele em 6 de maio de 1856, quando nasceu na cidade de Freiberg, na Morávia. Como é de suspeitar Freud abandonou os nomes.
Ele foi criado por uma ama até aproximadamente os 2 anos de idade, católica romana, responsável por introduzir os primeiros conhecimento de Freud sobre o Deus Altíssimo. Ele "amava a mulher", mas ela foi acusada de roubo e acabou deixando a casa. No futuro foram levantadas suspeitas de recusa aos princípios romanos pelo fato de ter sofrido com o abandono da amada "segunda mãe".
Sua família era judaica, seu conheceu a ortodoxia judaica na infância e Freud e sua família sofreram na Segunda Guerra com o anti-semitismo, mas não foi tão passivo quanto seu pai em relação a isso. De maneira que quase se envolveu em uma briga certa vez num trem.
Freud se corresponde significativamente com Silbertein. Foi em uma dessas cartas que falou sobre Brentano, esse filósofo e ex-padre que foi professor de alguns cursos de filosofia que Freud frequentou, foi responsável pela quase convicção de Freud no cristianismo. O psicanalista disse que "...eu não escapei da sua influência - não sou capaz de refutar um simples argumento teísta que constitui o coroamento das suas deliberações... Ele demonstra a existência de Deus com um pouco de viés e tanta precisão, quanto qualquer outro poderia argumentar sobre as vantagens da teoria das ondas sobre a das emissões."
Isso abalou minha atual defesa dos argumentos racionais. Porém considero, apesar de muitas vezes parecer inútil, isso não significa que seja desnecessário.
Alguns filósofos foram influentes para seu ateísmo como Feuerbach, estudioso de Hegel, e critico teológico. Feuerbach, penso, pode ser comparado com Dawkins de nossos dias. Declarou que seu objetivo era "destruir uma ilusão", e ainda "Nós demonstramos que a substância e o objeto da religião são totalmente humanos; demonstramos que a sabedoria divina é a sabedoria humana; que o segredo da teologia é a antropologia; que a mente absoluta é a assim chamada mente subjetiva finita." Muito característico dos racionalistas, né? Cair no solipsismo é inevitável. Acho que é por isso que não caio na epistemologia empírica, que é como diz Gordon Clark "razão sem fé", odeio a solidão.

Daniel J. 01/06/2011

3 primeiros Capitulos
Prólogo & Protagonistas

C. S. Lewis & Sigmund Freud – vida , “visão de mundo” (WELTENSCHAUUNG) religiosa e cientifica.
C. S. Lewis
Um discípulo de Sigmund Freud que após anos que aceitou a “visão de mundo” cientifica e o ateísmo de Freud se converte ao cristianismo travando uma “batalha” constante com a “visão de mundo” cientifica e o ateísmo.
Sigmund Freud
Judeu de nascença tem grande angústia em relação ao seu pai Jacob Freud e suas atitudes como religioso. Sendo assim, na sua juventude, aceita ao ateísmo e a “visão de mundo” cientifica. Iniciando até a sua morte uma constante “batalha” com a “visão de mundo” religiosa e sobre a existência de Deus.
Capitulo 2 – O Criador

Sigmund Freud
Freud anuncia sua principal mensagem “CRESÇAM [E EMADUREÇAM]!!”
Esta mensagem se refere à existência de Deus. Freud acreditava que não há um Deus criador do universo e que “devemos encarar a realidade de que estamos sozinhos no universo”.
Freud conclui que com o tempo e à medida que as pessoas vão crescendo intelectualmente elas abandonam a religião.
C. S. Lewis
Não somente crê mas “suplica” que as pessoas abram os olhos e vejam “as placas de sinalização” que Deus colocou no universo.
Lewis afirma que não somente o universo mas dentro de nós há uma Lei Moral colocada pelo Criador.

Capitulo 3 – Haverá uma Lei Moral no Universo

Neste capitulo traz a questão sobre o senso de certo e errado que todos têm.
Se julgamos as atitudes dos outros e concluímos que a nossa atitude é a mais correta então há uma referencia para tal conclusão.
C. S. Lewis
Ele nos diz que esta Lei Moral é dada, pelo Criador, a todo ser humano a partir da sua existência. Pois essas são Leis criadas por ele se serve para a nossa segurança e felicidade.
Sigmund Freud
Ele trata essa Lei Moral como sendo adquirida através da convivência com os pais na sua infância.
O senso de certo ou errado está relacionado a maneira com que os pais ensinam os filhos o que é certo ou errado. Assim quando crescemos temos uma referencia para tomar nossas decisões sobre o que é certo e errado.
No entanto Freud escreve um livro “Totem e Tabu” que traz uma teoria do possível surgimento do senso de certo e errado. Esse livro foi questionado por muitos naquela época.
Até mesmo Freud tinha dúvidas.
“A razão por que os seres humanos..” (incluindo Freud e seus filhos)“..devessem ser plenamente decentes é bastante incompreensível para min.”

Servo 21/04/2010

Deus em questao, C.S.Lewis e Freud - Armand M.Nicholi.Jr

A muito tempo não via um livro tão apaixonante e vibrante. O autor, Psiquiatra em Harvard , e com vasto conhecimento dos dois personagens, dá simplesmente um show na leitura da vida de ambos. Muito bom ler um livro de alguém que de fato conhece de seu campo intelectual.
Para um leigo em Freud o livro será meio cansativo , o mesmo pode ser dito de Lewis, Mas para os conhecedores do assunto esse livro será um achado, pois pelo menos comigo, foi resposta para várias dúvidas sobre os personagens.
O teor histórico e jornalístico deixa a obra parecer um jogo entre duas pessoas, pois é inegável as comparações e avaliações a partir dessas análises. Mas mesmo assim, o resultado é avassalador e de muita luz na história de ambos.
O resultado pretendido é alcançado , uma vez que o autor compara todos os assuntos abordados por Freud no decorrer de sua vida, analisando os mesmos assuntos na visão de C.S.Leiws. Com isso ficamos encantados de como a conversão de Lewis de fato pôs fim ao estilo ateísta de vida, fazendo-o mais feliz e capaz de responder a dilemas que antes o perturbava.
Um livro indicado a pessoas que querem conhecer a fundo um pouco da vida dessas duas personagens do mundo intelectual.