O Incêndio de Tróia

O Incêndio de Tróia Marion Zimmer Bradley




Resenhas - O Incendio de Tróia


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Raquel 22/12/2023

O incêndio de Tróia de Marion Zimmer Bradley
Releitura após 20 anos.

Assim como em As brumas de Avalon, a escritora Marion Zimmer Bradley traz um outra versão de uma das maiores lendas mundiais: a Guerra de Troia.

A Guerra de Troia foi um conflito entre os Aqueus (antigos gregos) e os Troianos (população da região que hoje é a Turquia). A guerra foi causada pelo sequestro de Helena por Páris, filho do rei Príamo de Troia.
Páris é irmão gêmeo de Kassandra e é através do ponto de vista dela que tomamos conhecimento dos fatos importantes da história, em especial as ações que motivaram a guerra.

A passagem de tempo na trama é marcada através do crescimento desta personagem. O começo do livro é um pouco mais voltado para os detalhes de sua vida, seu chamado pelo deus Apolo, a sua vida com as Amazonas ( na minha opiniao, é a melhor parte da história). A segunda parte do livro fala mais do começo do conflito e a parte final relata a conclusão da guerra e marca o início de uma nova fase na vida de Kassandra.

A autora dá bastante destaque às personagens femininas, mostrando como elas agiam numa sociedade extremamente machista. Achei as personagens masculinas, em sua maioria,  extremamente irritantes, sendo Aquiles o pior deles.

Outros aspectos da guerra também são tratados pela autora, como as conseqüências da guerra para a população de Troia, o desaparecimento de povos e suas culturas, as mudanças de cultura do povo subjugado. A autora  deixa a mensagem de que homens e mulheres podem trabalhar juntos para o bem da humanidade, sem que um sexo precise ser considerado melhor do que o outro.

Talvez  a mensagem mais forte do livro, consciente ou não, seja o poder de escolha, o poder de efetivamente ter escolha. De ter o poder de escolher viver como amazona, ou como rainha, ou como dama presa entre muralhas, mas porque se conhece as consequências de cada uma das escolhas, não por ter sido impelida a uma delas. É ser a senhora de suas próprias decisões e não ser colocada ? por homens ? em papeis que não deseja assumir, ou dos quais não se pode fugir.


Na primeira leitura, 20 anos atrás, achei o livro maravilhoso, entrou na minha lista de favoritos. Agora, achei o comeco e fim muito bons, mas o meio é ruim, lento na narração do cerco a Tróia. Alias, a historia fica ruim sempre que Kassandra esta em Tróia:  me irritou em muitos momentos a forma como Kassandra era maltratada pelas pessoas da própria familia  e como ela reagia  a isso.

É uma boa leitura , mas saiu da minha lista de favoritos....
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Lora Pontes 11/11/2023

"As mulheres não podem"...Kassandra não podia ouvir aquilo
O início do livro é um pouco confuso, um misto de história com mitologias, mas depois a leitura flui muito bem.
Com personagens fortes, principalmente as mulheres, como Kassandra, Pentesileia, Imandra e até mesmo Helena. A história da queda de Tróia pelo ponto de vista de Kassandra, O incêndio de Tróia é uma história incrível e muito dinâmica.
Só não dei 5 estrelas pq não gostei dos capítulos finais. Eu esperava mais, achei morno demais para um livro que foi cheio de tensão e expectativa desde o início.
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fernandaugusta 13/09/2023

O incêndio de Troia - @sabe.aquele.livro
Épico de Marion Zimmer Bradley, em suas mis de 500 páginas de letras miúdas temos a história da guerra de Troia, através da visão de Kassandra, filha do rei Príamo e da rainha Hécuba.

Kassandra é a irmã gêmea de Páris, e, para os troianos, o nascimento de gêmeos por si só já era mau agouro. Além disso, a rainha Hécuba sonhou durante a gestação que dava a luz a um menino que colocava fogo em Troia e incendiava toda a cidade. Assim, quando as crianças nasceram, o rei Príamo permitiu que ela criasse Kassandra, e Páris foi dado para viver com um pastor.

Kassandra desde pequena tinha o dom da Visão, e previu a destruição de Troia em meio às chamas. Decidiu que seria sacerdotisa no templo de Apolo, mas seu dom para a profecia lhe conferiu a fama de louca. Logo foi afastada da cidade, e passou um tempo entre as guerreiras amazonas e depois foi ao distante reino da Cólquida. Ao retornar, viu a volta de Páris para a família em Troia, para logo depois chegar de uma missão entre os gregos com a famosa rainha Helena de Esparta como esposa, o que desencadeou a guerra que acabou destruindo a cidade.

Bom, a Guerra de Troia já foi assunto de muitas narrativas, o cenário geral não muda. A autora aqui mais uma vez foca nas mulheres, principalmente em Kassandra, mas a personagem não se ajuda, sendo por muitas vezes histérica ao anunciar suas visões, o que lhe confere o descrédito de todos. Kassandra é uma personagem muito contraditória, e não me cativou, a não ser nas páginas finais, e quando estava privada de suas visões.

A trama é muito arrastada no início e tem muitos personagens. As extensas narrações das visões, sonhos e conflitos de Kassandra dificultam saber o que a autora quis deixar no plano da realidade e o que entra na conta da mitologia. Aliás, com tanta interferência de tantos deuses diferentes na história, tanto do lado grego quanto do troiano e mais as divagações sobre a Deusa, Mãe Terra e Mãe Serpente, vira tudo uma sopa que deixa a narrativa lenta e confusa, até que se consiga entender quem está atuando de fato.

Diferentemente de suas outras obras, em que temos personagens apaixonantes, não consegui me conectar com muitas peças deste quebra-cabeça. Posso dizer que simpatizei com Pentesileia, rainha das amazonas. Os personagens masculinos em geral são daquele tipo que não se salva nenhum.

Não é uma leitura fácil, nem fluida. Tem cenas bem pesadas e as simpatias e relacionamentos mudam a toda hora. Apesar de estar lendo sobre batalhas, guerra, deuses e heróis, a leitura é bastante monótona, sem muita emoção. Mesmo assim, vale a pena encarar a viagem para a Cólquida com as amazonas e conhecer os centauros, (as viagens de Kassandra são bem interessantes). O terço final do livro melhora bastante, os acontecimentos aceleram e todo o desfecho, por si só, salva a leitura aos 45 do segundo tempo.

Recomendo paciência e coragem para quem for encarar este livro, é muita informação. Para os amantes de mitologia e Antiguidade, é uma visão alternativa bem-vinda da Guerra de Troia.
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flaviavrf 25/06/2023

Gostei muito do livro, já era apaixonada pela figura da Cassandra na mitologia e foi muito bom ler a história recontada pelo ponto de vista dela e de uma forma tão poética, como costuma ser a escrita da Marion Zimmer Bradley. É uma obra muito bonita, bastante romântica, mas também triste, porque vemos desaparecimento de vários povos e suas culturas ao longo da guerra. Essa inclusive parece ser uma marca da autora, a melancolia pelos povos que se tornam mitos por causa dos conflitos causados pelos homens. A única coisa que não gostei foi a forma como ela retratou heróis como Aquiles e Odisseu, mas no geral foi uma ótima leitura.
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Gabriela 11/06/2023

Marion escreve muito bem!
Adoro todos os livros delas que já li, ela escrevia de uma maneira muito linda.
Não gostei tanto do final, acho que poderia ser diferente, mas a história foi muito bem contada.
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Beatriz1471 13/01/2023

Visão feminina de Troia.
Boa leitura. Há uma ótima evolução dos personagens ao longo da história, chegamos ao final com o prazer de receber o porquê de determinadas visões e sentimentos vindos de Kassandra. Uma guerreira.
Marion me encantou com a sua escrita? submergente.
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Haddie 03/01/2023

Leitura incrível
Como sempre Marion escreve com riqueza de detalhes sobre e de uma maneira fascinante que não dá vontade de para de ler !

Só não curti mto o final, achei q por tantas aventuras , esperava um final a altura ?
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Elô 04/12/2022

Eu li esse livro quando tinha meus 12, 13 anos. Não sei bem o que entendi no momento, mas guardo um carinho muito grande por ele.
Hoje descobri que é da mesma autora de As Brumas de Avalon, livros pelos quais sou apaixonada! Relembrando as sensações que tive ao ler a história de Kassandra, esse entra na minha lista de Necessito reler. Tenho muita curiosidade de saber como esse livro vai "bater" em mim agora!
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Sabrina.Uliana 01/05/2022

QUASE perfeito.
Me surpreendi demais com esse livro.
Eu, que não gosto de ficção, me apaixonei por esse livro.
Você quer saber logo o que vai acontecer, se a Kassandra vai acertar... por um momento, você fica tão preso no suspense do livro que até esquece a história real.
PORÉM, ele só não é perfeito porque achei muito confusa a passagem de tempo do livro.
No mais, daria 5 estrelas fácil, se não fosse por esse detalhe que me incomodou um bom tanto.
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Lucas.Souza 10/04/2022

Mais uma releitura do clássico Ilíada, dessa vez mais focada nas personagens femininas sobretudo em Kassandra. O livro no geral é muito bom, porém a autora muda demais essência dos personagens masculinos, praticamente transformando todos em vilões. Em alguns casos como o de Achilles, Páris ou até Odisseu ela simplesmente "perde a mão" e fica uma coisa até incômoda, principalmente se vc já tiver lido qualquer outra coisa sobre Ilíada (ou o próprio poema).
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Joao.Paulo 02/03/2022

Cânticos Fátuos Apolíneos
Após ler essa obra e sendo o meu primeiro contato com autora, o que mais gostei no enredo, foram as indagações filosóficas sobre a religião, a sociedade e a cidadania, que a autora perspicazmente fez momentos oportunos.
Foi um deleite acompanhar os ritos e costumes, os lugares e os objetos, e principalmente o crescimento de Kassanda em sua jornada e dos demais personagens na história.
Foi uma obra mediana, se tratando da difícil tarefa de romancear um mito.

Recomendo para todos que desejam desbravar e se aventurar em conhecer sobre a mitologia grega!
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Lahis 04/01/2022

O Incêndio de Troia
O Incêndio de Troia é uma releitura da famosa Guerra entre gregos e troianos. Dessa vez, ela é contada a partir da perspectiva feminina de Kassandra, princesa de Troia e sacerdotisa de Apolo. O livro se desenvolve a partir do nascimento de Kassandra, Páris e Helena. Ele é dividido em 3 partes, a primeira delas desenvolve a maioria dos personagens e ambienta a história, tanto em relação à política e culturas da época como na influência que os Deuses Gregos possuem sobre a sociedade. Nas demais partes do livros, temos o conhecido desfecho da história, que dessa vez é predita e acompanhada pelas visões e sonhos de Kassandra.

Gostei da primeira parte. Para quem leu As Brumas de Avalon é impossível deixar de traçar os paralelos e semelhanças com essa história. Entretanto, as duas partes finais do livro são bem rasas, repetitivas e pouco desenvolvidas. Personagens como Deífobo, Mel ou o próprio Menelau, são pouco explorados. Outro fator que me incomodou, foi o uso desnecessário e também repetitivo de violências contra as mulheres. O clímax do livro foi bem decepcionante para mim, pois foi de encontro com a personagem que a própria autora construiu.

Não recomendo esse livro, pois achei as duas partes finais bem preguiçosas. Dps de um tempo não consegui mais comparar com as Brumas, pois a qualidade caiu demais.
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Julinho 06/04/2021

Não me cativou
Não entendi a opção do tradutor em deixar nomes próprios se personagens em inglês (Honey, Pearl, Star) - até parece que na Grécia se falava inglês, soaria melhor aos ouvidos se tivessem traduzido (Mel, Pérola, Estrela).

Em relação ao livro em si, me incomodei bastante com o comportamento e pensamentos anacrônicos de Cassandra (*tenta ser empoderada e acaba soando chata e cansativa, e tiraram boa parte da potência dramática da personagem*) - como no que tange a questão religiosa, por que raios ela tornou-se uma sacerdotisa com uma visão tão moderna sobre a religiosidade? Mesmo a questão dos ritos fúnebres, que eram uma questão muito séria nessa cultura, aparece totalmente enfraquecida pela visão de Cassandra tomada de "sensibilidades modernas" (*até o além dos mortos aparece quase como um paraíso cristão, o Hades na cultura clássica não era concebido como um "lugar melhor", e muito menos existia uma divisão moral entre os mortos*).
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