Os desaparecidos

Os desaparecidos Kim Echlin




Resenhas - Os Desaparecidos


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Cicero 06/02/2024

Amar é algo inexplicável, imensurável.
Tõ aqui, 5 minutos depois de terminar de ler esse livro, que comecei sem expectativas. Mas é incrível como ela te faz estar dentro da história, nos detalhes do ambiente, nas descrições de sentidos... Confesso que pesquisei um pouco sobre a época e a realidade que viviam pra entrar com mais profundidade na história, o que só me fez sentir mais, me comover mais com cada novo capítulo. Uma história comovente, e sem o clichê de 'felizes para sempre'.
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nico1 24/01/2023

gostei muito dele quando li da primeira vez ? até chorei no final ? mas acredito que se eu pegasse pra reler não gostaria tanto assim, então prefiro ficar com as boas lembranças e deixar ele na estante
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Kymhy 21/03/2018

Os Desaparecidos - Kim Echlin
Com o intuito de reencontrar o amor da sua vida, Anne mudará sua vida para preparar-se para procurá-lo em um país devastado por uma guerra, sabendo apenas o seu nome. Lá ela verá os horrores consequentes e se perderá na tristeza.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-os-desaparecidos-kim-echlin/
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Renata 24/04/2015

Amor em tempos de guerra
Genocídio, segundo o dicionário: “emprego deliberado da força, visando ao extermínio ou à desintegração de grupos humanos, por motivos raciais, religiosos, políticos”. Este é o pano de fundo da história entre Anne Greves, uma adolescente de Montreal, e Serey, um jovem estudante vindo do Camboja.

O relacionamento dos dois se inicia em Montreal. Serey levava a vida de um estudante com pretensões musicais e Anne ainda estava na escola, ficam juntos por dois anos, mas sempre sob a tensão dos acontecimentos políticos da terra natal do rapaz, e das predições do pai da moça, sempre dizendo que ele um dia iria embora.

A história de passa na década de 1970, quando do massacre promovido pelo regime do Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, no Camboja. Qualquer mínima manifestação de discordância era suprimida com a morte, os relatos de violência são comuns àqueles familiarizados com os horrores de regimes totalitários. Violência, morte, desolação.

"Por que algumas pessoas vivem vida confortáveis e outras vivem vidas cheias de horror? Que parte de nós mesmos descartamos de modo a continuar a comer enquanto outros passam fome? Se mulheres, crianças e idosos estivessem sendo assassinados a uma centena de quilômetros daqui, não correríamos para ajudar? Por que bloqueamos essa decisão do coração quando a distância é de cinco mil quilômetros em vez de cem?"

Enfim, quando os ventos no Camboja mudam um pouco de direção e o país é reaberto ao mundo Serey de fato vai embora, ficando Anne Greves sem notícias por uma década, até que um acontecimento faz com que ela resolva empreender uma jornada em busca daquele amor que nunca esqueceu.

O livro tem inúmeras referências que me levaram várias vezes ao Google, seja para escutar as músicas que embalavam os personagens e que eu não conhecia, como as de Buddy Guy, seja para me inteirar do poema devastador “Fuga da morte”, de Paul Celan, mas isso já é pesquisa paralela e que vale muito a pena.
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bgkran 16/10/2010

Belíssimo!
Uma história de amor narrada de uma maneira ímpar tendo como pano de fundo o genocídio ocorrido no Camboja. Uma história mostrando aonde uma mulher chega para ter a seu lado seu amor! O ponto forte do livro é a narrativa suave, poética e crua!
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Vaan 16/08/2010

Não costumo fazer comentários, mas esse livro merece um! O modo como a autora fez a narrativa, te incluindo na história, te fazendo fazer parte de todo o sofrimento, é genial!

Não é um livro clichê do tipo "felizes para sempre", se você espera isso, vai se frustrar. Mas é um livro muito bom, chorei horrores.
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Quemlefazfilme 16/06/2010

Os Desaparecidos por www.quemlefazseufilme.com.br
Os Desaparecidos
Kim Echlin
Editora Alfaguara

" Venha até a porta, espírito que conheço, e vou me levantar e abraçá-lo . Volte à vida apenas uma vez mais, deixe-me sentir seu sopro, Serey, deixe-me ouvir a sua voz em uma canção, deixe-me lavar a sua dor. Venha, eu vou sussurrar o seu nome para você uma vez mais. "

Ela: Anne Greves, uma estudante do ensino médio, filha de um ex-marinheiro Engenheiro desenvolvedor de próteses para pernas.

Ele: Serey, 21 anos, um refugiado do Camboja, monitor de Matemática que vivia a mais de 4 anos em Montreal sem nenhuma notícia de sua família.

Anne tinha apenas 16 anos quando naquele show do Buddy Guy conheceu Serey.
Foi amor imediato. Um completava o outro.
Serey com seu violão chapei e sua Harley Davidson nocauteou o coração de Anne ao cantar canções de blues com uma mistura de sotaques entre inglês, francês e khmer.
O relacionamento logo evoluiu e eles passavam quase todo o tempo juntos regados a melodia do chapei e a voz de Serey.

" O que partilhávamos era tão simples. Lembro de ter pensado, Me sinto tão desperta. "

O Camboja continuava a sofrer com o Vietnã e os horrores do Khmer Vermelho mas a fronteira aos poucos se reabria. A ausência de notícias de sua família e a saudade foram mais fortes e Serey resolveu partir em busca de respostas.

Para Anne o tempo parou. Seu pai sempre alertara que um dia isso ia acontecer mas uma pessoa apaixonada escuta ?

O mundo ficou cinza, as músicas ficaram abafadas. Um silêncio mortal.
Anne amadureceu. Já trabalhava e falava Khmer quase fluentemente. Estudar a língua dos Cambojanos lhe trazia algum conforto e assim ela se sentia mais próxima do mundo de Serey. Anne tentou viver mas 11 anos haviam se passado desde a partida de Serey e o significado da palavra viver era mais no sentido de respirar do que tocar a vida para frente.

O tempo consegue apagar o amor ?

Anne toma uma difícil decisão e resolve ir até Phnom Penh em busca daquele que nem o tempo foi capaz de apagar de sua vida.
Um país devastado com os horrores da guerra onde qualquer pessoa contra o regime era brutalmente assassinada. Homem, mulher, idoso ou criança. Aliás, muitas vezes, os assassinos não passavam de crianças com fuzis nas mãos.

Anne em sua busca, conhece pessoas dispostas a ajudá-la a reencontrar seu grande amor. Dentre elas, Mau, um motorista, Sopheap, uma vendedora ambulante e Will Maracle um médico legista do Kahnawake que estava no Camboja para fazer a contagem dos mortos. Will abria locais de massacre e liberava os restos mortais.

Apesar da intervenção da ONU os líderes não estavam interessados nos números de mortos e a região ainda estava dominada.
Anne com a ajuda de seus novos amigos, não desistiria até encontrar o homem da sua vida.

Kim Echlin nos leva ao Camboja onde mais de um milhão de pessoas morreram sem a menor chance e outros muitos , inocentes e opositores do governo morrem até hoje. E foi nesse cenário que ela nos mostra Anne, uma mulher que foi capaz de tudo para reencontrar o seu grande amor.

O livro é em primeira pessoa, e faz um eco dos sentimentos de Anne.

Uma narrativa viciante onde fatos históricos são misturados ao romance para conduzir o leitor na mais comovente história sobre coragem, amizade e amor.



O livro em uma palavra: apaixonante.



Como quem lê faz seu filme, eu fui levada ao Camboja onde aconteceu um massacre terrível . O Khmer Vermelho e a Angka de Polt Pot impediam os cidadãos de viverem livremente. Anne me mostrou que o tempo não apaga e não substitui um grande amor. Fiquei impressionada com a certeza dos sentimentos dela. É lindo !

É preciso coragem para vencer a cultura, a língua e a morte.
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