spoiler visualizarAntonio 09/05/2020
A Farra da Emília
Você já pensou em mudar o mundo? Pois a Emília já pensou! No livro A Reforma da Natureza ela começa a mudar os animais, de um jeito que eles fiquem melhores — mas será que eles ficam mesmo?
O começo do livro é sério: No fim da Guerra (a II, claro), os líderes da Europa se reuniram para estabelecer a paz. Mas discutiam, discutiam e não saía paz nenhuma, não se entendiam. Então um deles sugeriu chamar as únicas pessoas que poderiam ajudar a estabelecer a paz. Quem? Quem? Dona Benta e tia Nastácia! Elas foram convidadas e foram para a Europa, levando as crianças. E Emília ficou sozinha no Sítio!
Mas na verdade ela não ficou sozinha: chamou a amiga Rã. Mas a Rã não era uma rã, era uma menina mesmo! Ela vai para o sítio com o pó de pirlimpimpim, e começam as mudanças.
A primeira foi o passarinho-ninho. Emília achava que os ninhos estavam muito desprotegidos, as cobras comiam os ovos... Então, a solução foi fazer uma depressão nas costas do tico-tico (macho) para ali pôr os ovos. Mas como seriam chocados? Pelo sol, explicou Emília, como os ovos das tartarugas. E assim também acabava com a eterna exploração das fêmeas, pois era o macho que cuidaria dos ovos.
E o Marquês de Rabicó? A Rã colocou uma ratoeira no focinho dele, porque ele comia demais! Nos momentos certos, a ratoeira deixaria de funcionar para ele se alimentar.
Emília, muito criativa, dizia BISSURDO e BISSOLUTAMENTE!
E a vaca mocha? As duas resolveram colocar um rabo nas costas dela, para poder espantar as moscas no corpo inteiro. E dividiram as tetas em duas: metade com torneirinhas para tirar o leite, e a outra normal, para os bezerros. Puseram belos chifres, mas com bolas de borracha na ponta, para não machucar ninguém! Imaginem só.
Emília achava que as abóboras e jabuticabas estavam no lugar errado. Então colocou as abóboras na jabuticabeira, uma árvores grande. E vice-versa!
Mas a Rã tinha ideias estranhas. Ela achava que os morros eram muito difíceis de subir. Então ela fez os picos dos morros para baixo, e aí se podia descer ao invés de subir. Fez um desenho e mostrou para a Emília. Emília olhou e disse: hum... acho que não deu muito certo não... (afinal continua havendo subidas).
Tiveram uma ideia boa: O livro comestível, feito de farinha, como se fosse pão. A pessoa podia ir lendo e comendo ao mesmo tempo.
Mas quando D. Benta e todos chegaram, ficaram chocados com tantas mudanças. Vários objetos e seres estavam completamente diferentes!
O tico-tico veio reclamar com dona Benta, pois com os ovos nas costas era atacado a todo momento por seus perseguidores. E a dona Benta desvirou o passarinho!
Tia Nastácia, ao descansar debaixo da jabuticabeira, levou uma pancada na cabeça quando a abóbora caiu! E o Marquês de Rabicó entrou na casa e comeu todos os livros! Muito brava, Dona Benta resolveu desvirar tudo. Afinal, disse ela, a Natureza é sábia e fez tudo por um bom motivo. Mas uma das ideias de Emília foi muito apreciada por Tia Nastácia: a panela que não deixava o leite derramar, e ainda assobiava quando já estava quente. Essa foi boa!
E tudo isso é apenas a primeira parte do livro. Na segunda parte, Emília e o Visconde passar a examinar e mudar os animais por dentro. Mas isso fica para outra conversa!
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