Toda poesia de Alberto Caeiro

Toda poesia de Alberto Caeiro Fernando Pessoa




Resenhas - Poemas Completos de Alberto Caeiro


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Luå 24/04/2024

Leve como uma pena.

"Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias, 
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho [...]"

"Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso, 
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."

Alberto Caeiro é o meu primeiro contato com a escrita de Fernando Pessoa, os versos são muito leves e aconchegantes, quis fazer morada neles. Ao decorrer da leitura, sentia que um peso estava sendo retirado de cima do meu coração, como se eu fosse um balão sendo esvaziado, mas o vazio foi bom, pois não queria mais pensar, eu penso demais e isso me sufoca, desejei apenas sentir, assim como Caeiro. Segundo Pessoa, "Pensar é estar doente dos olhos". Na verdade, tanto pensar quanto sentir demais fazem mal, é importante encontrar um equilíbrio, e eu procurei esse bendito equilíbrio a vida toda, mas ele insiste em brincar de esconde-esconde comigo.

Li o livro bem devagarinho, saboreei os versos, as palavras, os sentidos, as emoções e tentei deixar meus pensamentos serenos, como uma tela em branco ou um céu sem nuvens carregadas. Os poemas do célebre poeta são como historinhas de ninar, o que me deixou bem feliz e surpresa, já que os meus poemas são assim também, no entanto, a minha base é Shakespeare. Porém, pela primeira vez senti que estava no caminho certo, que minhas poesias não são tão fora da caixinha quanto pensava, me senti... aceita, como se o autor me entendesse. Além disso, achei genial a ideia de criar heterônimos para seus livros. Estou encantada por Alberto Caeiro e ansiosa para conhecer Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

"Tendo ideias e sentimentos por os ter
Como uma flor tem perfume e cor..."

Para finalizar, decidi ser ousada e escolhi um poema escrito por mim para deixar registrado aqui. Gosto de escrever minhas resenhas como se fossem uma homenagem ou uma cartinha carinhosa, me identifiquei muito com a escrita do poeta, então deixarei um poema meu abaixo. Não explicarei os versos, a graça da poesia é não fazer sentido, não existe uma verdade, mas sim pontos de vistas diferentes.

P.S. Escrevi esse poema quando tinha dezessete ou dezoito anos, editei algumas palavras, mas o curioso é que o sentimento continua recente. É bem simples e direto.

"Não estou me sentindo uma estrela agora. 

Cada pessoa é uma estrela para mim.
O seu brilho é forte?
Mas será que é o suficiente?
Se eu me esforçar em ser boazinha,
serei sua estrela predileta?

Acredito que somos versões com cada pessoa
Com cada estrela que existe no planeta
Com cada relação, ligação, conexão. 
Qual é a sua versão favorita?

- Qual é o destino, senhorita?
- Para as estrelas - respondo.

Estou confusa, mas me recuso a ficar paralisada no meio do caminho.
Se preciso ir até a lua para me encontrar, farei isso
Finalmente despertarei desse feitiço."
Amanda S 24/04/2024minha estante
Parabéns pelo poema! ?


vanes.rc 24/04/2024minha estante
amiga eu tô simplesmente apaixonada por essa resenha e por sua escrita e pelo poema, tudo tem uma leveza tão gostosa. parabéns??


Luå 24/04/2024minha estante
@AmandaS Obrigada ?


Luå 24/04/2024minha estante
Obrigada, amiga! Morro de vergonha de mostrar minha poesias, nem acredito que postei. Fico muito feliz que tenha gostado, significa muito para mim ??




Jamile.kolling 10/04/2024

Ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as coisas
Disse alberto caeiro, teorizando poeticamente sobre a vida.

foi uma leitura muito legal, mas preciso estar num estado mental muito propício pra entrar na onda dele, se não fico sem paciência

mudou minha forma de ver a natureza, tornou meu olhar um pouco menos interpretativo simbólico e mais cru (o que é um desafio pra estudantes de psicologia)

minha parte favorita:

Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor
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Clio0 06/04/2024

Tudo que é bonito nessa vida é simples... como os poemas de Alberto Caeiro.

Caeiro tece versos livres de rima e regras que exaltam a vida simples do canto e recuperam os mitos greco-romanos remetendo ao Paganismo de outras escolas literárias.

Não se pode pensar, contudo, que esses sejam poemas apenas descritivos. Como quase tudo que Pessoa escreve, seja por ele mesmo ou seus heteronômios, a lógica e o pensamento imperam.

Recomendo.
Danilo 06/04/2024minha estante
Tem um trecho dele que eu gosto muito que é: "penso em ti, murmuro o teu nome; não sou eu: sou feliz".


Luå 06/04/2024minha estante
aaa amei a resenha! Mais um para a minha listinha.


Amanda2041 06/04/2024minha estante
Alberto Caeiro um dos meus heterónimos favoritos do Pessoa




Giulendo 29/02/2024

Poemas de Alberto Caeiro
O livro Poemas de Alberto Caeiro foi escrito por Fernando Pessoa, iniciado em 1914 em um impulso do autor, que criou o conjunto de poemas O Guardador de Rebanhos (49 poemas) de uma única fez em uma fatídica noite.
Fernando Pessoa diz que o heterônimo Alberto Caeiro foi um "mestre" para ele, por ser um personagem que é completamente contente com as coisas como são, vivendo uma vida pacata no campo sem excessos ou faltas; principalmente tratando-se do pensamento. Caeiro é um eu lírico anti-pensamento, muitas vezes escrevendo sobre a própria arte de não pensar e aceitar o que vê pelo que vê, que o que torna tão especial para Fernando Pessoa.
O livro é divido em três partes: O Guardador de Rebanhos (primeiros escritos atribuídos ao heterônimo), O Pastor Amoroso e Poemas Inconjuntos. A leitura é rápida, mas cansativa e repetitiva, envolvendo uma imersão forçada do leitor para que entenda de fato as intenções de Caeiro com sua poesia.
Sempre pensei que Alberto Caeiro fosse autor de poemas bucólicos bonitos e que eu passaria um tempo agradável ao lê-lo, mas não o és; na verdade, enquanto escreve sobre a Natureza, Caeiro trabalha nos poemas a rejeição do pensamento e da modernidade, tornando-o um personagem peculiar e interessante de se analisar ao longo da obra, embora cause frustrações com suas repetições sobre não-pensamento (eu não seria amiga de Caeiro).
Apesar da já citada repetibilidade da obra, Poemas de Alberto Caeiro trazem uma diferente reflexão nunca vista antes, além de críticas fortes e até mesmo ofensivas à Igreja Católica, o que não era comum na época. Admiro a visão inovadora que Pessoa teve ao escrevê-lo.
Por fim, recomendo Poemas de Alberto Caeiro àqueles a fim de queimar alguns neurônios a fim de, seguindo o "mestre", aprender a despir-se do conhecimento e não pensar. Boa sorte com a obra!
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Dan H. 13/01/2024

Necessário aos tempos atuais
A maior mensagem que essa obra passa é que certas coisas são apenas certas coisas. É um antídoto para a ansiedade.
Pessoa, com um tom filosófico, mostra nesses poemas a insignificância de certas coisas, ao mesmo tempo em que te faz olhar para as pequenas coisas que realmente importam a nossa volta.
Extremamente atual, e importante. Recomendo.
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Bruno 04/01/2024

Presente até hoje
Apesar dos poemas de Fernando Pessoa existirem há mais de um século, o que o seu heterônimo Alberto Caeiro diz permanece. No fim do ?O guardador de rebanhos? está registrado: ?Passo e fico, como o Universo?.

Ele passou, mas a humanidade fica com os seus versos!

Inspirador ver o fluir dos versos de modo natural.

Gratidão, recomendo!
Becca 04/01/2024minha estante
A linguagem dele é muito fácil, gostei mto dos poemas desse heterônimo


Bruno 04/01/2024minha estante
Exatamente. É uma leitura que flui,




13marcioricardo 30/12/2023

Fernando Filósofo Pessoa Poeta
Momentos brilhantes. Mais uma vez Pessoa cavalga contra os pensadores e filósofos filosofando contra a filosofia. Pode não gostar, mas é um poeta filósofo rss
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Agueraa 24/12/2023

Poemas completos de Alberto
Por incentivo de uma professora minha comecei a me interessar pela poesia nacional, principalmente pela forma de como são escritas, Aberto Caeiro um heterônimo de Fernando Pessoa é a forma mais obscura do escritor.
As formas dos poemas de Caeiro são marcadas por analogias comparativas, que buscam encontrar similaridade entre o ser humano e a natureza, Caeiro altera seu humor como um vento em uma noite escura tendo poemas felizes e na pagina seguinte um poema que fala sobre como a morte é cobiçada por ele.
A forma de como Fernando Pessoa escreve me encantou e me mostrou como a poesia nacional é linda.
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Nallanda 19/11/2023

A princípio acreditei que não iria me conectar com a temática naturalista, mas do meio do livro até o final encontrei mais do que natureza, encontrei a existência das coisas, sem sentido, sem intere prestações, apenas o beleza do ser, do existir!
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izabelly 13/10/2023

O poeta da natureza.
Nessa obra somos apresentados aos escritos de Alberto Caeiro, o principal dos vários heterônimos de Fernando Pessoa.
A obra poética é de fácil compreensão se você entender o que Caeiro abomina em sua existência: o pensar.
Caeiro é um verdadeiro naturalista e vive em razão da Natureza e somente dela.

?Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.?

Caeiro fala sobre o mundo que ele mesmo vê e sente - mas sem pensar ou refletir sobre. Fazendo-nos entender sua posição ao mundo como um verdadeiro pastor do rebanho e a sua simplicidade ao entender a existência das coisas, do amor, da religião, da felicidade e infelicidade e até mesmo da morte.

?Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.?

Recomendo enormemente a leitura e com certeza pretendo ler outros poemas escritos por Pessoa ou por seus heterônimos.
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guilhermevasq 30/09/2023

O que for, quando for, é que será o que é
Eu não costumo adicionar livros de poesia aqui, porque geralmente eu os leio de forma desordenada. enfim, é impossível encontrar uma palavra pra descrever o que eu sinto ao ler fernando pessoa. essa é a primeira obra de algum dos heterônimos que eu leio, e é impressionante como, realmente, é uma outra pessoa escrevendo. a poesia de alberto cairo me tocou muito, independente do lugar de onde você a leia, é como se estivesse sentado em um prado, com algumas flores silvestres e árvores de fundo. minha parte favorita foi o pastor apaixonado, essa passagem de uma pessoa ?indiferente? que passa a sentir o amor por outra pessoa. morte, vida, natureza, amor: tudo muito natural. é lindo e é natural (ou porque é natural?). como eu disse, eu não vou encontrar palavras melhores do que o próprio autor, então leia. simplesmente leia.
?E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...?
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Monique 23/09/2023

Estou simplesmente sem palavras. Esse deve ser o maior poeta que o mundo já teve (e ele nem existiu)
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celiny 13/09/2023

O poeta da natureza.
Já tinha lido boa parte desse livro em "O eu profundo e os outros eus" mas ler Pessoa é sempre uma delícia... sempre um riso, um arrebatamento e um bálsamo.
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Maria10525 01/09/2023

Alberto Caeiro e Fernando Pessoa
Apesar de ser um heterônimo do Fernando Pessoa,
E como ler um livro de uma pessoa totalmente diferente (por que é um livro de uma pessoa totalmente diferente. Eu gosto muito mais dos poemas de Alberto Caeiro do que dos do Fernando Pessoa Mas não deve-se comparar os poemas de ninguém.
Para este dou 8/10. Ele me faz pensar muito
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Izabelly112 22/07/2023

"Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito."

"O que foi não é nada, e lembrar não é ver."
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