Educação Como Prática da Liberdade

Educação Como Prática da Liberdade Paulo Freire




Resenhas -


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Luiz Santiago 21/04/2024

Genuinamente revolucionário!
Que livro incrível! Os ensaios do professor Paulo Freire aqui começam com um contexto profundo e quase inacreditável (para um livro de pedagogia) sobre a sociedade brasileira. O patronato político. A dominação. A escravidão e servidão. A perpetuação PROPOSITAL da miséria e da pobreza pelo capitalismo de cunho fortemente agrário do país. E depois de compreender esse local é que o autor passa a expor o seu projeto de ALFABETIZAÇÃO. Ele parte de um local específico, materialista histórico, ou seja, baseado na realidade do grupo que será alfabetizado. É emocionante, de verdade. Ainda mais quando a gente assiste aos vídeos das pessoas que foram alunas do projeto, antes do golpe de Estado empresarial-militar que desgraçou o Brasil em 1964.
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Aline 28/08/2021

Neste livro podemos perceber as ideias com relação a educação libertadora que o mestre Paulo Freire nos deixou. Ideias que hoje muitas vezes são todas como inovação e ele já na década de 50 fazia apelos para diversas mudanças que ainda não vemos hoje.
É renovador ler seus livros, da força pra imaginar que precisamos ainda voltar ao passado para pegar tais ideias e tentar por em prática para ver nosso país crescer.
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none 10/03/2021

A razão de ler Paulo Freire
Paulo Freire é objeto de ódio, desconstruído em memes e momentos de 2 minutos de ódio (ou o tempo equivalente de um youtuber reacionário atacá-lo como os adeptos do Grande Irmão o faziam com seus adversários tornados inimigos). Felizmente o canal Meteoro Brasil (também do Youtube) em seu livro Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota (ed. Planeta) dedicou um capítulo ao educador: ''Paulo Freire não doutrinou ninguém.''
A educação como prática da liberdade provam isso, o autor ajudou na alfabetização de adultos, quem estudar a história do Brasil (não sob o viés, esse certamente doutrinador da educação totalitária e massificante) constatará que seu método promoveu que pessoas pensassem por elas mesmas. A sua defesa do autogoverno e seu combate ao assistencialismo atacam o calcanhar e o calo dos ''pensadores'' totalitários e dogmáticos do ensino burocrático. Pensar por si mesmo, como Aldous Huxley defendia em Ends and Means, era promover a dissociação de ideias e não usar propagandas. O sujeito alfabetizado utiliza a linguagem e a escrita como ferramenta para se comunicar e promover a criação, isso vai contra a ideia do assistencialismo, que torna o ser humano em objeto assujeitado ao poder estatal e empresarial. Alfabetizado ele reconhece seu poder e o mundo ao redor, com condições de criticar, colaborar, evoluir junto com os demais. A escola estagnante que promove memorização e informações excessivas pretende o inverso disso, a submissão, o retorno desse sujeito ao estado mórbido, defensor de leis que o humilham e políticos que o exploram. "O sectário nada cria porque não ama. Não respeita a opinião dos outros. Pretende impor a sua, que não é opção, mas fanatismo.'' (página 70). Esse é o pseudo-filósofo de televisão, de rádio e de internet que impõe sua maneira tosca de pensar atacando o outro sem condições de responder ou contrariá-lo. E estamos cheios de fanáticos. Corremos o risco de nos tornarmos nós mesmos fanáticos quando fora no nosso estado racional atacando essas pessoas que jamais darão ouvidos, ou se importarão se estão erradas.
A confiança no povo fazia Freire seguir em frente, apesar da perseguição. Escreveu esse livro enquanto exilado no Chile, seus detratores afirmam que ele não cita referências bibliográficas, elas estão espalhadas pelo livro e não vi nenhum Stalin, Mao ou Pol Pot, ao contrário de certos tiranetes do novo século que usam torturadores como ídolo, Freire cita Simone Weil, Karl Popper, Maritain, Erich Fromm, o já citado Aldous Huxley, além dos sociólogos brasileiros e parceiros educadores.
Portanto se você quer se desafiar, leia Paulo Freire. Saia do condicionamento imposto pelas redes sociais. Freire logo no início desse livro alertava que podia não agradar pessoas de esquerda. A educação é para todos, prática da liberdade sim.
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Movio 27/07/2023

Livro incrível
Mais uma obra de Paulo Freire. Este livro é completo em todos os aspectos. A forma como o autor constrói todo o cenário político e histórico e como ressalta a necessidade do povo antes de apresentar sua proposta torna a leitura leve e cada vez mais interessante. Suas palavras são ricas e de grande peso. Além disso, o apêndice conta com belas ilustrações que complementam e retomam todo o exposto anterior. Eu amei.
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Erikacristn 06/08/2023

Mas pera aí...
Não tenho como concordar mais com as reflexões políticas e sociais de Paulo Freire, além de valorizar a sua extrema importância no contexto brasileiro e mundial da educação.

Entretanto, como boa adepta do seu criticismo da realidade, me choquei com falas tão especistas. Beira à uma humanização "à lá iluminista", colocando o ser humano no centro de tudo, e sempre contrapondo o "animal" do "homem", desvalorizando toda a riqueza de comportamento deles. O exemplo dos "2 caçadores e do perseguidor" foi o mais ilustrativo.
Samuel 06/08/2023minha estante
??




Luiz.Machado 16/05/2021

É o primeiro livro do Paulo Freire que leio, e a impressão que tive, não que eu entenda muito do assunto, mas por ser da classe operária ou proletariado, eu consegui perceber que é uma obra para mostrar a necessidade
de se construir uma educação que nos faça pensar e não como e hoje onde as instituições de ensino só pensam em formar pessoas para o mercado de trabalho, sem senso crítico.
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*Day* 24/04/2024

EDUCAÇÃO É LIBERDADE SIM!

Agora entendo o porquê até hoje Paulo Freire é referência para a educação brasileira, pois foi e ainda é porta voz e um promotor da educação e que a ideia máxima dela era a de se formar revolucionários.

Este é sobretudo um livro sobre a sociedade brasileira da época (1967), mas também um resgate do porquê (em termos de história e política) a educação era como era, e de como de certa forma em grande parte ainda é. Apesar de ter sido escrito a mais de 50 anos é atual.

É um livro complexo, mas de fácil entendimento se você tem o mínimo de conhecimento sobre o assunto em questão. Do contrário (acho) que pode ser um pouco cansativo, mas sem dúvida é um livro que merece ser lido e compreendido.

"[...]Quando alguém diz que a educação é armação da liberdade e toma as palavras a sério — isto é, quando as toma por sua significação real —, se obriga, neste mesmo momento, a reconhecer o fato da opressão, do mesmo modo que a luta pela libertação. p. 12"

"[...]Teoria e denúncia se fecundam mutuamente do mesmo modo que, nos círculos de cultura, o aprendizado ou a discussão das noções de “trabalho” e “cultura” jamais se separa de uma tomada de consciência, pois se realiza no próprio processo desta tomada de consciência.[...] p. 15"

"[...]Este educador sabe que sua tarefa contém implicações políticas, e sabe ademais que estas implicações interessam ao povo e não às elites. Mas sabe também que seu campo é a pedagogia e não a política, e que não pode, como educador, substituir o político revolucionário interessado no conhecimento e na transformação das estruturas.[...] p. 24"

"A distância social existente e característica das relações humanas no grande domínio não permite a dialogação. O clima desta, pelo contrário, é o das áreas abertas. Aquele em que o homem desenvolve o sentido de sua participação na vida comum. A dialogação implica a responsabilidade social e política do homem. Implica um mínimo de consciência transitiva, que não se desenvolve nas condições oferecidas pelo grande domínio. p. 95"

"Nada ou quase nada existe em nossa educação que desenvolva no nosso estudante o gosto da pesquisa, da constatação, da revisão dos “achados” — o que implicaria o desenvolvimento da consciência transitivo-crítica. Pelo contrário, a sua perigosa superposição à realidade intensifica no nosso estudante a sua consciência ingênua. p. 125"

"A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa. p. 127"

"Todo este debate é altamente criticizador e motivador. O analfabeto apreende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever. Prepara-se para ser o agente deste aprendizado. E consegue fazê-lo, na medida mesma em que a alfabetização é mais do que o simples domínio psicológico e mecânico de técnicas de escrever e de ler. É o domínio dessas técnicas, em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende. É comunicar-se graficamente. É uma incorporação. p. 145"

“Quero aprender a ler e a escrever”, disse uma analfabeta do Recife, “para deixar de ser sombra dos outros”. [...] p. 148"

Recomendo!
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guimpinheiro 29/06/2022

Uma visão do passado que nos é tão atual que é inacreditável
Escrito em 1967 no Chile durante seu exílio, Paulo Freire relata, discute e análise a formação da sociedade brasileira, suas características sociais, relação de poderes, falta de consciência e razão relatando seus motivos. Essa discussão é tão fundamental hoje quanto foi durante o tempo que o autor viveu.

Muitas de suas análises sobre o porquê de sermos, enquanto sociedade, tão passivos, preconceituosos, sectaristas, dominados ou conservadores frente ao processo democrático e participação consciente e racional na nossa vida em sociedade.

Traz à luz, então, a necessidade de uma formação crítica que, por conta de uma escola industrializada e da falta de diálogo (apenas comunicados), não chegamos a ter, aumentando ainda mais a situação de objeto dos brasileiros ao invés de sujeito, com ação, crítica e bondade.

Esta educação crítica, em seu método, traduz-se em alfabetizar o povo não da forma tradicional que conhecemos, mas sim de uma forma a trazer os ?alfabetizandos? como centro do processo de educação. Eles debatem, eles trazem os temas, as palavras geradoras que servirão de base para as discussões em grupo, debates e entendimento deles mesmos como sujeitos criadores de cultura e como parte da sociedade em que vive.

É o tipo de educação que falta hoje em dia, não só no contexto brasileiro, mas em boa parte do mundo justamente para atingirmos um mundo com menos privilégios e mais igualitário, trazendo com isso o progresso do povo.

Um livro obrigatório para pedagogos e professores para trazerem em suas abordagens um método mais inclusivo, crítico e, até mesmo, mais eficiente de aprendizado. Contudo, ainda é uma leitura extremamente importante para se conhecer a realidade brasileira e lutar contra todas essas forças que recuam o progresso ao invés de promover seu avanço. Além de, é claro, evitar que idiotas atrasados e inimigos do progresso sejam eleitos como o Bolsonaro.
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Sandro 10/07/2022

Freirianismo
Não tem como não perceber o quão grandioso Freire é para a educação brasileira e para os educadores.
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Bruna 10/10/2022

Incrível...mas difícil!
Os conceitos e ideias do livro são incríveis! Foi meu primeiro contato com Paulo Freire e dá pra entender porque ele se tornou essa figura símbolo da educação libertadora. Dá pra entender porque ele é polêmico: porque o que ele ensina faz pensar, refletir e - imperdoável para os que detem o poder: - QUESTIONAR.
Fala contra o ensino depositário, em favor do ensino que dialoga.
Em muitos aspectos (claro, falando em educação como forma de liberdade, e portanto autonomia) se intersecta com assuntos que eu amo ver no @CirculoEscola: o momento em que se faz necessária a quebra de paradigma, a urgência em desenvolver o autoconhecimento, para ter mais autonomia de pensamento e se libertar das coisas que ainda nos domesticam no mundo de hoje.
E como dói quando ele comenta do Golpe de 64, interrompendo essas inciativas incríveis! E o medo desse retrocesso que tá sempre à espreita, querendo voltar pra sociedade fechada e alienada que ele comenta aqui. Fala das elites e intelectuais que sofriam "por não ser o Brasil idêntico ao mundo imaginário em que vivia"
O grande porém desse livro é que ele é difícil de ler (pra mim pelo menos). Uma linguagem bem acadêmica e rebuscada que nossinhora...eu viajava grandão enquanto lia, mas também em outros momentos acendia essa lampadinha e me deixava UAU! Percebo bem que devia ser algo da época, General Uchôa escrevia tudo assim também, inclusive falando de si no plural que nem o Freire hahahah mas era duas figuras que já estavam saindo tanto da curva, que pelo menos a linguagem eles mantinham nos padrões: pra serem levados minimamente à sério. Até hoje tem cientistas que desprezam colegas que aparecem em mídias abertas falando de uma forma ‘para leigos’, então não é tão difícil de imaginar como era.
Enfim, achei incrível, mas vou tirar meia estrela pela falta de acessibilidade aos não acadêmicos hahahah
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Ingrid 19/03/2023

Todo educador deveria ler Paulo Freire
Primeira obra do mestre que leio, e foi muito gratificante aprender com ele. Paulo Freire é a prova que para educar, é preciso amar e incentivar as pessoas.

Com certeza conclui a leitura com uma bagagem cheia de inspiração para me tornar uma profissional da educação melhor.
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Belos 19/09/2023

Livro muito bom. Parte de uma análise histórica da falta de dialogismo no Brasil para uma educação crítica e dialogada. O último capítulo encerra com experiências de alfabetização
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Aninha Mortean 31/01/2024

Neste livro, Freire enfatiza a necessidade de construir uma educação em conjunto e com o próprio povo participando da construção do saber, de suas próprias palavras: ?Ora, a democracia e a educação democrática se fundam ambas, precisamente, na crença no homem. Na crença em que ele não só pode, mas deve discutir os seus problemas. Os problemas do seu país. Do seu continente. Do mundo. Os problemas do seu trabalho. Os problemas da própria democracia. A educação é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa? (FREIRE, 2022, p. 127).
Diante disso, só se pode concluir que é necessário uma reformulação do agir educativo vigente na sociedade brasileira, e que isso implica uma mudança de perspectiva sobre o ser humano: ?Compreender o seu papel implica apreender o significado desta realidade? (FREIRE, 2022, p.129).
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Dedela :)) 15/02/2024

Paulo Freire sempre será Paulo Freire!!!
Ai monas/monos/mones, sinto que esse livro mudou a minha vida e contribuiu demais para tudo que eu ja sei e sinto sobre a educação. Impossível viver sem ler esse mestre e se apaixonar por tudo que ele foi e sempre será! Me sinto brilhando de tanta inspiração. Pedagogia por amor galera, é isso aiiiiiiiiiii
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lorena 05/04/2024

Uma boa síntese de muito do que já li em outras obras do Paulo Freire e também misturando com sua prática ( o que é mais prazeroso pra mim de ler) de alfabetização em anjicos.
Não consigo não pensar sempre que leio uma obra dele em como seria nossa educação brasileira se não fosse pelo golpe militar..
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