Naty
22/08/2019A proposta de ler Cemitério maldito veio da editora, em que os parceiros foram convidados para realizar uma leitura coletiva antes de o filme ser estreado. Até aí tudo bem, adoro Stephen King e estava bem curiosa para conhecer a história desde muito antes disso. Porém, acabou que o livro chegou atrasado e o filme já tinha saído de cartaz. Ou seja, perdi a oportunidade de assistir ao filme após o livro e ainda perdi a leitura coletiva, pois, quando a obra chegou, eles já estavam no último dia. Um desastre total. Mas… vamos falar do livro.
Cemitério maldito é o nome do livro e da jacket, o título original mesmo é O cemitério.
Conhecendo o local:
Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um "simitério" no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação.
Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível.
“Às vezes estar morto é melhor”
Cemitério maldito tratará de assuntos que SK sabe fazer muito bem, o lado sobrenatural é bem latente, e ainda podemos ver terror ― o que não poderia ser diferente. Além disso, a morte é o assunto que predomina e assusta os personagens, mostra como cada um lida com isso. Acredito que esse lado tenha mexido muito comigo. Não por receio, medo ou algo do tipo, mas por admiração pela coragem e ousadia em tratar de um tema tão pesado e com crianças na trama.
Logo no início eu fiquei bem animada com a história, Louis Creed, ainda que cético, se mostrava um pai bastante preocupado e protetor. Ele se muda de Chicago para Maine com intuito de recomeçar a sua vida ao lado da esposa, Rachel, e seus filhos, Ellie e Gage. Assim como muitos pensam, acredito eu, mudança é sinônimo de esperança, de perspectivas de um futuro melhor, principalmente para a esposa, que carrega consigo medo e trauma. E este é o intuito daquele pai de família: buscar, incessantemente, a paz.
Tudo desmorona quando a sua filha pede para ele tomar conta do gatinho de estimação e o animal morre atropelado. Jud, vizinha da família, leva o bichano para ser enterrado num cemitério amaldiçoado. Não vou falar mais para não tirar a graça da história, mas já é possível entender o que vai acontecer, não é? Coisas estranhas vão surgir e você ficará meio encafifado.
Entendo que a história tem elementos bem convincentes para atrair a atenção de qualquer leitor. Sim, eu disse QUALQUER leitor. Porém, acredito que o rumo tenha se perdido um pouco. E até acredito mais ainda que a culpa não tenha sido do autor, mas, minha. Como estava lendo com um compromisso totalmente desorganizado, fora do que me foi proposto, penso que isso tenha me travado. Sou muito organizada em tudo, alinho canetas até para trabalhar/estudar. Não sou a louca psicopata/obcecada, isso eu deixo para o SK. Apenas gosto de ler cumprindo o cronograma que foi proposto.
Pode ser que seja isso, pode não ser. Já me comprometi com o Marcos que faria uma segunda leitura, juntos, pois ele considerou um dos melhores livros do autor. Não considero o livro ruim, mas a primeira até a segunda parte foi tudo muito bem, no entanto, o que veio adiante acabou não agradando tanto. Gostei muito do autor tratar de coisas sensíveis numa história tão pesada. Os personagens precisam lidar com o sentimento de perda.
Sobre a edição:
O livro tem uma capa bonita e bem feita, a jacket, com a capa do livro, é muito mais chamativa e sombria. Na obra, é possível encontrar falhas na revisão, mas nada grave.
Em suma, é um livro que pretendo reler, tanto por ser King quanto por sair da pressão e ver se as coisas melhoram.
Resenha para: http://www.revelandosentimentos.com.br/
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