Minha Luta

Minha Luta Adolf Hitler




Resenhas - Minha Luta


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Neto 23/06/2009

A importância deste livro
Para historiadores, filósofos, pensadores sociais, ou para todos aqueles que se interessam pela compreensão da II Guerra Mundial e do Nazismo, este livro é essencial. É o documento fundador do movimento Nacional-Socialista. Está longe, porém, de transformar seu autor em gênio. Em Mein Kampf não se encontra nenhum projeto de como gerir um Estado, cuidar dos problemas comuns à uma sociedade. Não há uma política econômica definida. Toda a estrutura econômica e social deveria ser voltada para um único fim: a preservação da raça supostamente superior ariana. Renega, com igual veemência, tanto o capitalismo quanto o comunismo ou a social-democracia, considerando-as todas fruto de um pretenso e gigantesco “complô” judaico universal, cujo objetivo final seria a destruição da civilização. Não se pode falar, rigorosamente, de um programa partidário, porque o partido era tão somente uma necessidade de ordem prática para aqueles homens que comandaram os destinos da Alemanha entre 1933 e 1945. Tudo nesse pensamento é apriorístico, confuso mesmo. Um catecismo de ódio e destruição.
vsc bibliotecária 24/08/2009minha estante
Adorei sua resenha! Parabéns!!!


Gabriel 01/07/2015minha estante
Excelente visão, Neto, obrigado. Devo ler ele em breve.


Andre 19/07/2018minha estante
Tudo relatado neste livro está acontecendo! Hitler foi um profeta. A propaganda criada pelos sionistas não me engana! Depois de ler e procurar obras revisionistas e geopolítica, você entende o macabro plano desses malditos para o mundo... Mais uma vez, sim, Hitler estava certo.


vicki4you 02/03/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que envie um e-mail para meu endereço de e-mail privado (vdickson200@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você


Black Flower 05/09/2023minha estante
Você o tem físico ou leu em pdf?


Gabriel.ClaAdio 13/01/2024minha estante
15 anos desse comentário. Talvez ele já tenha morrido, ou simplesmente, tenha perdido a conta. Gostei da visão.




Bel 30/06/2016

-
Inicialmente comecei a leitura porque acreditava que ela explanaria os ideais de Hitler e como sua mente lidava com eles, resultando então em suas posteriores atitudes. Eu sabia que o livro havia sido escrito durante o período que ele estava preso, mas aprendi muito mais sobre minhas visões de mundo do que sobre a vida dele. O livro é dividido em algumas partes, o que facilita um pouco o entendimento e o momento da vida dele que ele estava contando.
Hitler não tinha genialidade nenhuma. Era um cidadão normal, filho de uma dona de casa e de um funcionário público que nunca aceitaram muito bem as ideias do (até então) garoto Adolf Hitler. Queria ser artista e não conseguiu sucesso ao tentar entrar na faculdade, então ele resolveu se aproximar da política, chegando a criar um partido e iniciando uma revolução armada (que resultou em sua prisão, local aonde o livro fora escrito). Eu, que tanto vejo as pessoas bradarem aos quatro ventos que Hitler era de "esquerda" por conta do nome do partido dele, após a leitura descobri que ele mesmo afirmou que deveria de alguma forma colocar "socialismo/socialista" e "trabalhadores" ao nomear o partido, pois assim conseguiria atingir a classe dos operários que não ~pensava muito~, segundo ele. Nas páginas, ele exalta o racismo, anti-semitismo intenso, sexismo e, claro, fascismo. Hitler tinha um poder de persuasão absurdo, era inteligente e muito carismático; e isso resultou na Segunda Grande Guerra. Ele simplesmente decidiu que a culpa da pobreza e violência no mundo era dos judeus e permaneceu com este ideal até o túmulo.
Tecnicamente, é um livro maçante: o autor repete mil vezes a mesma coisa e, de uma hora pra outra, se contradiz e anula a sentença presente em algumas páginas atrás. Historicamente, é um livro necessário. Se você é amante de História, recomendo a leitura e ressalto a importância de conhecermos a história para não repetí-la. Contudo, não recomendo esse livro para todos. Ele contém, sim, ideais perigosos e que podem servir de gatilho para qualquer pessoa mentalmente abalada e/ou levemente apoiadora do racismo, anti-semitismo e um intenso discurso de ódio. Concluí a leitura com medo de tudo isso acontecer novamente e divagando sobre a necessidade de conhecer, entender e compreender a história mundial; e de como um líder carismático, com o apoio da população desolada por conta de uma crise, pode disseminar seus ideais absurdos com facilidade.

site: https://www.youtube.com/user/alguminfinito

Rodrigo 30/06/2016minha estante
Quero muito ler


Rodrigo 30/06/2016minha estante
Quero muito ler


Luana1603 06/07/2016minha estante
Seria maravilhosa uma resenha sobre esse livro, Bel! ?


Ingrid 22/09/2016minha estante
Nossa. fiquei com vontade de ler, excelente resenha.
Mesmo sem ter lido, concordo com cada ponto que citou.
Livros tem poder de transformar pessoas, é por isso que alguns são proibidos em ditaduras, mas até que ponto devemos levar a liberdade de "expressão" quando livros trazem ideais tão perigosos como esse né?


Ciiin 23/09/2016minha estante
Eu adoro histórias sobre a guerra.. esse livro ja entrou para a lista.. um livro muito bom também que relata sobre o Hitler é "Colecionador de Lágrimas" super indico


Alexandre.Biscalquim 25/11/2016minha estante
Obrigado pela resenha, comprei na ultima bienal do livrobaqui em sampa, mas com essa resenja vou ler quando acabar o que estou atualmente!!!


Christine 27/11/2016minha estante
Excelente resenha, compartilho de suas opiniões. Iniciei a leitura pra compreender a mente deste homem que foi figura história, e me surpreendi assim como você, com um ser humano exepcionalmente comum. Um pouco frustrante para mim, mas valeu a leitura por sua valia histórica


comprido 09/04/2024minha estante
procuro esse livro, tem cmo me envar ?




Fulana de Tal 16/05/2009

nao ha como negar... ele foi um gênio. Até hj quando eu leio algo fico me lembrando da ideia de que os livros que lemos devem ser um mosaico.
Gustavo 05/10/2015minha estante
Genio apenas em certo sentido, no sentido de ter observação aguçada para certos detalhes, porem suas conclusões provam exatamente o oposto da genialidade.





IsaIsabellaBella 29/05/2021

Leitura necessária
Leitura importante para evitar que os erros do passado se repitam, como no atual governo Bolsonaro.
ali 14/06/2021minha estante
#FORAGENOCIDA


comprido 09/04/2024minha estante
kkkkkkk




Vânia 30/03/2009

Ponto de vista
Esqça as atrocidades causadas por ele e seus soldados. Aqui ele defende suas idéias e as justifica. Os alemãs o apoiaram. O resto do mundo sofreu. Todo mundo tem direito de se explicar. Claro que nem tudo deve ser aceito...
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Izabela 27/07/2012

Foi o segundo de muitos livros que li sobre a Segunda Guerra Mundial. Faz você entender muitos aspectos sobre o nazismo, ou até mesmo vê-lo por um ângulo diferente. Pra quem gosta de pesquisar realmente sobre o assunto é muito indicado, pois depois de ler verifiquei que os livros didáticos nos contam 20% da história.
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Morfindel 14/09/2014

Consideração
É um livro importante pra entender o que aconteceu. Quem gosta de história deveria ler. Nele Hitler fala do Lebensraum (marcha pro leste), fala de tudo o que faria caso tomasse o poder, ele não fala nesses termos mas fala que é o que deveria ser feito. É importante pra entender a pessoa do Führer.

É engraçado ver algumas pessoas (que não devem nunca ter estudado história e não se dizem mas no fundo são de direita) dizerem que Hitler era de esquerda. Se tivessem lido esse livro leria em cada página Hitler falar mal do marxismo, dos socialistas ou dos sociais-democratas. "Ah, mas tem socialista no nome". Hitler diz no livro que queria criar um partido pois discordava de todos os partidos até então já existentes na Alemanha. Ele diz também que, em palavras livres minhas "quero criar um partido que não seja nem de esquerda, nem de centro", logo... Deixo pra vocês deduzirem o que ele quis dizer com isso. Ele também diz que era importante usar no nome do partido a palavra "trabalhadores" e "socialista" pra ter um apelo às classes dos operários e os proletários.

Chega a ser engraçado Hitler tudo de mal atribuir aos judeus. muito mal comparando seria como o Giorgio Tsoukalos tudo concluir que foi feito por aliens ou que dizer que tudo no mundo é culpa do PT. Não há provas nem evidências, no fim; "culpa dos judeus". Se fosse nos dias de hoje ganharia um meme.

Mas nem tudo são críticas. Há grandes ideias, principalmente na parte social. Vão me acusar de usar a velha Lei de Godwin, mas nem Hitler usava esse mote imbecil de "não se pode dar o peixe, tem que se ensinar a pescar." da maneira dele ele se preocupava com a pobreza em que as pessoas (infelizmente nessa parte ele tinha uma ideia diferente do que essa palavra significava) viviam.

Ele também tinha uma ideia bem avançada da importância do ensino da história. "Poucos professores compreendem que a finalidade do ensino da história não deve consistir em aprender de cor datas e acontecimentos ou obrigar o aluno a saber quando esta ou aquela batalha se realizou, quando nasceu um general ou quando um monarca, quase sempre sem significação, pôs sobre a cabeça a coroa dos seus avós. (...) Aprender história quer dizer procurar e encontrar as forças que conduzem às causas das ações que vemos como acontecimentos históricos." Logo quando vocês encontrarem um professor de história não perguntem quando fulano nasceu ou quando tal coisa se realizou, história não é isso. E infelizmente ele estudava muito a história, mas como nenhum estudante é perfeito ele não aprendeu com Napoleão que 'one does not simply invade a Rússia no inverno'.

Uma coisa que eu não consigo aceitar é o nacionalismo. Se orgulhar por algo que independe de sua vontade (onde você nasceu se deve unicamente aos seus pais) diz muito sobre sua vida. Ele escreveu: "Só se pode lutar pelo que se ama, só se pode amar o que se respeita e respeitar o que pelo menos se conhece." Ele chamava nacionalismo e patriotismo de questão social. É, né?

Alguns trechos chegam a ser irônicos vindo dele: "Se uma doutrina que encerrasse mais inveracidade ao lado de idêntica brutalidade na propaganda, fosse oposta a social-democracia, triunfaria do mesmo modo, por mais áspera que fosse a luta." Social-democracia=esquerda, logo...

Eu já tinha ouvido pessoas dizerem: "Hitler usou negros no exército", acho que elas pretendiam dizer que ele não era racista. - Sim, porque nada mostra mais que você não é racista do que matar milhões de pessoas de uma etnia específica. - E isso prova o quê? Já ouviram falar na expressão bucha de canhão? Mas deixemos Hitler falar:

"Sem tal possibilidade de empregar gente inferior, o ariano nunca teria podido dar os primeiros passos para sua civilização, do mesmo modo que, sem a ajuda de animais apropriados, pouco a pouco domados por ele, nunca teria alcançado uma técnica, graças à qual vai podendo dispensar os animais. O ditado: "o negro fez a sua obrigação, pode se retirar", possui infelizmente uma significação profunda. Durante milênios, o cavalo teve que servir e ajudar o homem em certos trabalhos nos quais agora o motor suplantou, o que dispensou perfeitamente o cavalo."

Em outro trecho ele fala sobre o aumento da população, pra ele "é dever de toda mulher ser mãe", era dever de toda família ter mais filhos quanto possível. Aí ele critica os governos alemães por não terem feito nada pra isso, e aponta a política francesa de trazer indivíduos das colônias (africanas) para popular o território francês continental:

"A política alemã de outrora era feita por metade, como tudo que fazíamos. Ela nem aumentou as terras ocupadas com a raça alemã, nem empreendeu a tentativa criminosa de fortalecer o império pela introdução de sangue negro."

É, ele não era racista mesmo.

Voltando ao ponto. "Hitler era de esquerda". Sim ele era:

"A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a Esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente."

Ele adorava a esquerda em todas as suas nuances.

Hitler era um péssimo escritor. Ele se contradizia, em vários trechos ele diz uma coisa e logo mais a frente ele escreve algo ligeira ou totalmente diferente. Em muitos trechos. Coitado do editor desse livro.

Enfim, se quer conhecer alguém conheça o que ela disse ou escreveu. Suas opiniões. 99,9% das pessoas que falam de Hitler nunca leram esse livro. Hitler era racista sim, ele fala isso, pra ele dizer isso se tornava um elogio.
Layan 25/12/2014minha estante
Uma coisa sobre seu comentário: Reductio ad Hitlerum


Nath @biscoito.esperto 23/05/2015minha estante
Adorei! Se fosse hoje ganharia um meme, hahahah XD


Caio 22/01/2016minha estante
Você conseguiu sintetizar de forma magnífica tudo o que eu senti enquanto li o livro, e a síntese dos pensamentos de Hitler para aqueles que acreditam que este livro está à venda por um "retorno ao nazismo". Parabéns!


Morfindel 15/04/2016minha estante
Obrigado pelos elogios.


Capitão de Lugar Nenhum 19/04/2018minha estante
Que resenha sensacional




Lucy Nazaro 05/03/2010

Li, mas não gostei. Concluí porque sou teimosa, sempre chego ao final dos livros que pego, mesmo não gostando.
Estou achando uma obra intrigante marca o início da trajetória de Hitler.estou na página 90. Pelo que vejo, ele conta como desenvolveu sua aversão pelos judeus e como ele percebeu que era fácil dominar as massas, sempre ansiosas por líderes que resolvam seus problemas e lhes vendam respostas prontas para seus questionamentos, mas respostas que eles querem ouvir. Interessante perceber que já passamos quase um século e as pessoas ainda pensam assim, elegem os líderes pelo que lhes parece que eles vão facilitar suas vidas, não se importam muito com o resto. Vou ler aos poucos, entre outros que estou lendo e os que estou estudando para minhas aulas.
UFFAAAA!!!! TERMINEI A LEITURA, MAS CONFESSO QUE FOI POR TEIMOSIA. DE UMA ALTURA EM DIANTE COMEÇA A FICAR MONÓTONO SEMPRE AS MESMAS COISAS, TUDO É CULPA DOS JUDEUS, ETC. SINCERAMENTE? NÃO GOSTEI!
ProPaixao 03/07/2011minha estante
Concordo com o que vc disse, no começo eu até fiquei impressionada pela luta dele em ser um bom filho, bom aluno,se encantava com o prof. de história, dps ele parte para sua vida em Viena, mas quando ele fala dos judeus é realmente massante...a princípio impressiona a narrativa nesse quesito, pena que se torna repetitiva.




RNA 16/02/2021

Uma leitura muito dificil
A leitura é muito dificil pois o livro transborda ódio, porem necessária,
pois o fascismo continua existindo no planeta e vem ganhando força
nos últimos anos.
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Silvio Luis 08/09/2020

Minha Luta
Conclusão: Maluco!
Lorena 24/11/2020minha estante
Kkkkkkkkkkk rindo de nervoso


Silvio Luis 24/11/2020minha estante
Dá para perceber através dessa leitura que Adolf Hitler era maluco de pedra




Ricardo 12/02/2019

"Acabei de ler o livro de Hitler com um entusiasmo cada vez maior. Quem é este homem? Um meio-plebeu, um semideus? Cristo ou apenas João [Baptista]? - Goebells, Ministro da Propaganda Nazista"

Escrito enquanto Adolf Hitler estava na prisão de Landsberg pelo seu fracassado golpe de estado, Mein Kampf é um livro que gera repulsa imediata em muitas pessoas e uma certa idolatria em algumas outras. Como o próprio führer admitiria mais tarde, era pouco provável que o livro fosse – e seja! – esse sucesso editorial. Nesta autobiografia, Hitler mescla passagens de sua vida com fatos históricos e destila um sem fim de corolários racistas, antissemitas e delírios de grandeza de uma raça superior. Se fosse só mais um livro, provavelmente, os poucos exemplares vendidos estariam jogados em poucas prateleiras empoeiradas. Porém, tal obra foi o modelo a ser seguido por um governo que aterrorizou o mundo sendo responsável por mais de 6 milhões de mortes...

Aí, você que leu o parágrafo acima se pergunta: se o livro traz, a primeira vista, somente aspectos negativos, porque lê-lo? Antes de entrarmos neste ponto vamos falar sobre o livro em si...

Podemos dividir o livro em duas partes. Na primeira, Adolf Hitler narra sua trajetória de vida até ali e vai nos informando como foi que se tornou, dentre outras coisas, um nacionalista ferrenho e um antissemita em tempo integral. Nascido na Áustria, o menino Adolf sonhava em ser pintor contrariando a vontade do pai que desejava ver o filho como funcionário público. Quando seu pai morre, Hitler da asas a imaginação e se joga de cabeça na ideia de ser artista. Não dá certo, infelizmente. Nesta primeira parte, o autor já vai deixando latente suas ideias de superioridade de raça e antissemitismo. Na segunda parte, Hitler discorre sobre como vê o mundo e elenca os passos para, segundo ele, a Alemanha voltar ao pódio do palco mundial. É principalmente nesta parte que Adolf diz, clara e objetivamente, tudo o que viria a fazer no futuro. Holocausto, tirania, guerra, raça superior.., estava tudo lá...

Confesso que tive imensa dificuldade para terminar este livro. E não foi pelo seu conteúdo em si. Já tive a oportunidade de ler e assistir bastante coisa sobre este período sombrio da humanidade, então, seu conteúdo, apesar de asqueroso, não me era estranho. O que tornaram as horas em frente ao livro verdadeiros exercícios de paciência foi sua escrita. O livro é confuso, por vezes contraditório, atolado de deduções pseudocientíficas a fatos pseudohistóricos. Apesar de não ser nenhum idiota, ou justamente por isso, Hitler sabia que o momento da Alemanha era frágil e por isso, receptivo a ideias malucas. E, para entendermos isso, precisamos voltar um pouco na história.

Ao final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha saiu derrotada. Teve de pagar uma multa pesada aos países vencedores, perdera extensões territoriais, e ainda ficara praticamente impedida de recriar suas forças armadas. Somado a isso, a dificuldade de reconstrução deixou a Alemanha enterrada em uma inflação que passava dos 1000%. Pra muitos estudiosos, uma economia em frangalhos que ocasiona o sofrimento do povo é terreno fértil para que ideias insanas tomem forma e dominem as cabeças das pessoas. E se grande parte da culpa for atribuída a alguém - de preferência, a um inimigo imaginário - melhor ainda. Foi neste cenário que Hitler escrevia seus apontamentos...

(E Hitler soube como poucos explorar este conceito. Dono de uma retórica incrível, ele sabia que para convencer as massas, tinha que tocar o coração. Não precisava usar termos técnicos e números para justificar isso ou aquilo. Era preciso criar sensações. Trazer aquele sentimento de pertencimento a causa mostrando que só há um caminho correto...)

Quando ele começa a restabelecer a economia e, principalmente o moral do povo alemão, muitos o viam como alguém quase divino. Um mito. Talvez até a reencarnação do próprio Otto Von Bismarck. Pra explicar o que Hitler conseguiu fazer com a nação alemã antes da guerra , deixo você com um comercial feito pelo publicitário brasileiro Washington Olivietto a pedido do jornal A Folha de São Paulo:

https://www.youtube.com/watch?v=IExrorJP3g8

Alguns pesquisadores retrocedem ainda mais para tentar explicar porque Hitler fez o que fez. Richard Evans, autor da "Trilogia História do Terceiro Reich", argumenta que esse nacionalismo assoberbado recheado com racismo vem desde a época posterior ao que seria conhecido como Segundo Reich. Termos famosos usados pelo nazismo como a Supremacia Ariana, a saudação Heil e Antissemitismo foram cunhados nesta época - aliás, a suástica também passa a ser usada como símbolo da supremacia da raça ariana por esses tempos...

No livro, Hitler usa deturpações das teorias de Darwin para justificar o extermínio dos que ele considera menos aptos através de um darwinismo racial evitando assim a "contaminação" do sangue alemão. Esta ideia, também vem de antes da Primeira Guerra. Vale ressaltar que a Alemanha não estava sozinha nesta ideologia. Muitos países como Estados Unidos, tiveram seus exemplos de defensores desta loucura. Até Winston Churcill defendia algo parecido. Claro, nenhum foi tão longe como O Terceiro Reich...

Hitler se mostra particularmente contra o socialismo marxista, liberalismo e democracia. Acreditava que uma nação que dependesse da imensa maioria para escolher os caminhos a serem seguidos sucumbiria. O ideal seria um líder corajoso e forte o suficiente para livrar o país do "câncer" da miscigenação fazendo o que fosse preciso. Incluindo aí expansão territorial que ele acreditava ser fundamental para a manutenção do império alemão. E como conseguiriam isso: através da "boa e velha guerra"...

E não pense que o ódio de Hitler era destinado somente aos Judeus - apesar de estes forem o que mais sofreram. Todo e qualquer povo que não fosse "ariano" era considerado inferior. Dando destaque para dois grupos específicos: os Eslavos, que compreende os países do leste europeu sobretudo a Russia; e os Franceses que Hitler odiava pela ideia de igualdade, liberdade e fraternidade. E lógico, ser controlada por judeus (na cabeça dele, claro). Apesar disso, o livro fez relativo sucesso na França. Como bem conta no livro Mein Kampf: A História do Livro, de Vitkine Antoine - que narra a trajetória de sucesso, ostracismo e sucesso novamente, bem como a repercussão que a autobiografia do fürher teve ao redor do mundo. Sabendo que os franceses não ficariam muito felizes com o conteúdo do livro, a editora que publicou a primeira versão da obra pelas terras de Napoleão omitiu as passagens que mencionavam o ódio que Hitler sentia da frança... (aliás, caso se aventure a ler Mein Kampf, sugiro que leia logo em seguida a obra de Vitkine Antoine...)

Ta ok! O livro é um aglomerado de bobagens cruéis/hediondas e seu autor promete, caso chegue ao poder, dobrar o mundo aos seus pés. Como as outras nações ficaram sentadas esperando que isso acontecesse? Pois bem, é complicado. O mundo havia saído de uma guerra que havia sido muito cruel e a maioria das nações não queria um novo conflito. Além disso, muitos (MUITOS) não acreditavam que Hitler faria mesmo o que fez. Acreditavam que quando chegasse ao poder isso ficaria só na conversa (ti lembra alguma coisa???). Um dos poucos a notar o verdadeiro perigo que Hitler representava era Winston Churchill (sim, ele mesmo). Mas quando realmente foram prestar atenção ao que ele falava/fazia, já era um pouco tarde e o resto, bem, você sabe no que deu: Auschwitz, Dachau, Treblinka...

"O novo alcorão do fanatismo e da guerra, enfático, palavroso, grosseiro, mas com uma mensagem pujante. - Winston Churchill"

Um livro difícil de ler, confuso, atolado de mentiras, meias verdades, racismo, xenofobia e toda sorte de crueldade que você lembrar ou puder imaginar. Mas também revela um homem inteligente que soube como poucos o valor da propaganda para dominar as massas, de como um inimigo comum juntamente com um sentimento de superioridade são o elixir pra deixar um povo embasbacado e cego para todo o resto.

Ler Mein Kampf hoje, mais de cem anos após sua publicação trouxe controvérsia. Em 2015 quando o livro cai em domínio público, muito se debateu se as editoras deveriam ou não publicá-lo. Para muitos seria um manual que poderia induzir muitos há um pensamento perigoso. Para outros, ler deveria ser um dever de todos pois não há melhor propaganda contra este tipo de ideia do que o próprio livro. Eu fico com o segundo grupo.

Este emaranhado de bobagens que não passa pelo crivo de uma mente mediana só convence quem já esta propenso a acreditar. Qualquer uma que raciocine um pouco percebe que os devaneios de um louco nunca serão um meio aceitável de conseguir qualquer coisa. Ao ter acesso a esta obra, você percebe que é preciso estar sempre vigilante. Não podemos nos deixar levar por um carisma fácil e respostas simples. Demonizar o outro não mostra que somos melhores, pelo contrário! Aí está MeinKampf como exemplo máximo disso...

site: http://ricardobernardo.blogspot.com/
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Iran 18/01/2009

Impressionante
Esta obra é extremamente integrigante e especial por marcar o início da trajatória de Hitler na construção do seu estado perfeito, dentre os vários aspectos que este livro merece e pode ser abordado, o que mais me salta os olhos é que situações como esta em proporções menores ainda vivemos. Uma obra para ser lida e estuda, para não darmos de cara com outros lideres deste tipo, que transforma a luta coletiva, de sua sociedade, de grupo, de uma população como sendo a sua luta a partir de um referêncial doentio, mas aceito por muitos seguidores que deixaram de ser oprimidos e passaram a ser opressores.
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Will 27/02/2010minha estante
É um livro interessantíssimo...nele podemos ver o quão grande era a inteligência de Hitler e que a base de todas as suas idéias eram bem fundamentadas...claro que surgirão muitos que falarão das suas atrocidades, porém prefiro ver Hitler como uma pessoa dotada de grande inteligência e magnetismo pessoal, que se bem utilizadas podem sim servir de exemplo para utilizarmos nas nossas vidas.




claudio.louzd 26/08/2017

Não Leia
Li após ter relido Anne Frank, para tentar entender o ódio aos judeus na segunda grande guerra. O livro ajuda muito pouco. De interessante, ver o mindset de um lunático às vésperas de trazer o caos ao planeta.
Serve de alerta ao perigo de salvadores da pátria e do excesso de fé num sistema ou seita.
Cansativo, muito sem sentido, desinteressante.
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Adri 20/01/2010

Preparada para as pedras!
O livro é importante pra mostrar como a sandice pode transformar um homem de ideias interessantes em um monstro sanguinário. Prova também que até o ser mais hediondo pode ter o que dizer e ter suas ideias aproveitadas.
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13marcioricardo 30/10/2023

Correção
Não lembro mais, mas que já tinha lido quando entrei no Skoob. Tinha dado três estrelas devido à sua importância histórica e porque é um bom exemplo de como a humanidade se pode perder. Entretanto, decidi mudar e dar a nota que realmente merece. Já me andava a pesar na consciência dar duas estrelas pra livros de feminismo e outros, e três a esta coisa.
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