Amanda 25/07/2022
Realmente parece que não vai a lugar nenhum
Vamos lá? esse livro tem muitos problemas e eu tenho dificuldade até para listar todos. Do começo temos o psicopata do Jameson pai, um homem que definitivamente não deveria ser marido, pai, chefe de ninguém - insensível e desalmado o que ele fez com Creed depois da morte do Luke foi inacreditável. A morte do Luke foi muito triste e o fator culpa que muitas pessoas carregaram, foi um fardo grande. Tem o Noah que era pequeno quando tudo aconteceu e depois vai ter seus problemas. E tem o problema principal que é o relacionamento dos personagens principais.
Eu não gosto de quando o autor relativiza romance de age gap entre crianças e adultos. Não é normal um cara de 22 anos sentir tesao numa menina de 14 - se isso fosse o Twitter ia aparecer um monte de sem noção para falar que tem menina de 14 mais experiente que adulto de 30, pode até ser verdade, mas não é certo - a história ia bem com Creed vendo Mia como uma menina até os 15 anos quando ela resolve ser mais ousada e as coisas esquentarem, daqui achei que desandou. A autora não soube elaborar a história como ela queria, mostrar que o sentimento evoluiu e que eles se envolveram anos depois delas começar a crescer, não deu certo pra mim. Contudo, preciso destacar que Mia não é uma ?criança normal?, as conversas e atitudes dela são muito evoluídas e acho que a autora se embananou quando quis desenvolver o romance no tempo. Ela devia ter começado a história com 13/14 anos e ter o envolvimento com ele aos 17/18, faria muito mais sentido e ficaria menos polêmico. Mas sobre a história?
Creed Jameson é membro do MC desde que nasceu. Ele nunca teve uma infância normal, seu pai, o Prez, é um psicopata que o prepara para ser o sucessor. A única coisa que importa na vida dele é a mãe, os irmãos Luke e Noah e seus amigos Autumm e Mason. Quando uma noite de festa acaba em uma tragédia, Creed precisa enterrar uma parte do seu coração sabendo ter sido culpado pelo gatilho. Ele ainda tem Autumm que é apaixonada por ele querendo algo mais e quando tudo já estava desmoronando , ele ainda precisa passar por uma das maiores tragédias dos EUA. Sua vida é uma sucessão de perdas, mas um amor genuíno surge pela pequena irmã de Mason, Mia ou Pippinha, a quem ele trata como sua irmã mais nova, até que não mais.
Mia é a caçula da família, a princesinha. Cheia de discursos adultos, mas completamente controlada pelo pai que a trata como um bebê, ela acaba encantada pelo amigo tatuado do irmão. Os anos passam e a admiração vira paixão, mas ela sabe que ele só a vê como aquela menina, por isso decide agir e mostrar pra Creed que ela não é mais uma criança. Mas muita coisa acontece e enquanto Creed está no exercício, o caminho de Mia acaba cruzando com o de Noah e um acidente pode deixá-los mais próximo ainda.
Eu não tenho muito mais o que falar depois do desabafo que fiz no começo sobre o relacionamento de Mia e Creed, eu super apoiaria se a autora tivesse seguido outros protocolos para o envolvimento, mas sei lá no final acabo concordando com o pai dela superprotetor que ela é só um bebê. Aliás, achei os dois meio monótonos, a história demora a engatar porque se volta muito ao passado, e no final acho que todas as tramas acabaram mal finalizadas (Luke, Autumm, a reconciliação, etc). Espero que o próximo livro possa vir a sanar todos (ou quase todos) os problemas da história. E a pergunta que não quer calar: e o Noah??