Brasil, um país do futuro

Brasil, um país do futuro Stefan Zweig




Resenhas - Brasil, um país do futuro


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Michela Wakami 23/02/2024

Amei
Que leitura gostosa, se você quer aprender mais sobre o nosso Brasil e também relembrar o que aprendeu na escola, leia esse livro.
Ele traz tanta informação, de uma maneira tão fácil de ser memorizada.

Fiz muitas descobertas através desse livro.

O autor tinha um grande amor pelo nosso Brasil.
Através de tudo que ele viu, e estudou, na concepção dele, não tinha como o Brasil dar errado, com tantas riquezas naturais.

Olhando o Brasil, é realmente difícil acreditar que aja tanta gente vivendo na pobreza.
Mas infelizmente, a corrupção reina e muitos padecem.

O livro contém um erro, na data de execução do Tiradentes.
Não sei se foi erro de tradução ou do autor.
comentários(0)comente



BIU VII 04/01/2012

O Brasil visto de Fora.
Achei um excelente livro, eu gosto de ler, ver, ou ouvir um estrangeiro falar do nosso país, quem está de fora tem uma visão mais parcial, crítica e eu concordo em grau, genero e número o que Zweig escreveu. Por que não? As coisas estão acontecendo e o Brasil já é a 6ª potência economica mundial, é lógico, que ainda temos muitas mazelas como a desigualdade social, a corrupção, o nepotismo. etc. Mas ainda digo Stefan Zweig tinha e tem razão. O futuro não chega tão rápido.
comentários(0)comente



Ana 02/03/2020

Forma deliciosa, conteúdo nem tanto...
Adorei conhecer a escrita de Zweig! É como uma conversa interessantíssima enquanto caminhamos à beira-mar. Gratíssima surpresa!
No entanto, há imprecisões históricas, sociológicas e antropológicas dolorosíssimas.
Compreendo seu entusiasmo com esta terra e este povo, tendo em vista o fato de ser um judeu fugindo da Europa em 1940; mas estranhei que o excesso de emoção tenha prejudicado tanto o historiador...
comentários(0)comente



MF (Blog Terminei de Ler) 10/07/2020

A declaração de amor feita por um escritor judeu que fugia do horror da Segunda Guerra Mundial ao país que, na atualidade, flerta com o nazi-fascismo
“Brasil, país do futuro”, livro mais conhecido do escritor austríaco Stefan Zweig, originalmente publicado em 1941. Enquanto vivo, o autor era um dos mais lidos no mundo.

A obra foi escrita durante o exílio de Zweig, entre 1941 e 1942, quando a esposa e ele tiveram que fugir da perseguição nazista por serem judeus, durante a Segunda Guerra Mundial. Chegando ao Brasil, ele ficou encantado com o que viu. As belezas naturais e arquitetônicas chamaram sua atenção, mas o que o fez apaixonar pelo país foi o povo amistoso, batalhador e composto por pessoas de diferentes credos e etnias vivendo em harmonia. Zweig vinha de uma Europa que estava se autodestruindo com duas guerras mundiais, que enxergava impotente a ascensão do horror produzidos por nazistas e fascistas, que matavam pessoas devido a sua religião, classe social e etnia. O Brasil era o oposto de tudo o que se passava na Europa, constituindo uma visão quase onírica para o autor.

O encanto de Zweig pelo Brasil, sua gente e suas coisas, era tanto, que ele precisava, sentia a necessidade, de conhecer a fundo o país. No Rio de Janeiro, foi conhecer as paisagens paradisíacas da então capital do país, bem como seus bares e cultura. Quis subir as favelas cariocas e nelas, apesar das visíveis dificuldades da população, enxergou beleza e otimismo, ao observar como as pessoas se tratavam bem. Conheceu o sul do país, andou por São Paulo e as cidades históricas mineiras. Foi convidado a conhecer a Bahia, conhecendo sua cultura. Visitou Pernambuco e chegou a ir no Amazonas.

Não bastava apenas conhecer presencialmente o país. Zweig se debruçou em livros, estudou a história do Brasil, da chegada dos portugueses até aqueles idos das décadas de 1930 e 1940. Estudou também a geografia e a economia do Brasil, analisando dados, cifras. Ele queria entender como podia existir um país tão grande e rico, com tamanho potencial, com uma população tão hospitaleira, e o país ser praticamente desconhecido na Europa, um continente que se mostrava hostil, violento e retrógrado.

Portanto, em seu livro, Zweig conta para o mundo quem era o Brasil, apresentando-o. Fala da história, da geografia, da economia. Fala do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais, da Bahia, de Pernambuco, do Sul e do Amazonas. Com a obra, Zweig queria demonstrar seu amor pelo país que tão gentilmente o acolhera, mas não apenas isso.

A Europa, com suas guerras e intolerância, representava aquilo que mais atrasado poderia existir. Sendo assim, naturalmente, aos olhos de Zweig, o Brasil lhe parecia ser o futuro. Sem guerras, com um povo batalhador e acolhedor, um país com dimensões continentais, rico em recursos e possibilidades.

Zweig é excelente na reconstituição da história do Brasil em seu livro. Suas previsões econômicas são plausíveis. A descrição da realidade das cidades onde estivera é primorosa, ao escrever sobre os costumes da população e características dos locais.

Entretanto, nem tudo é perfeito no livro de Zweig. Infelizmente, o otimismo do autor não se concretizou plenamente. Embora o Brasil seja uma das dez maiores economias do planeta, a população ainda não colheu os frutos dessa colheita. Isso se deve à desigualdade social, intensificada durante a Ditadura Militar que atingiu o país anos mais tarde, entre 1964 e 1985. Por sinal, desde sempre, houve no país uma sucessão de acúmulo de privilégios entre as elites. Zweig até observou essa situação de desigualdade, mas ele acreditava que o potencial do país era tamanho que, no futuro, seríamos capazes de erradicar a pobreza e oferecer melhores condições de vida aos brasileiros. Zweig foi incapaz de observar também o fenômeno que, nos dias atuais, conhecemos pelo nome de “racismo estrutural” e que possibilita a continuidade da precariedade de oportunidades para os negros e pobres do país. Quanto à população indígena, essa, desde sempre, padece da destruição de suas terras e tradições, sendo esse processo agravado nas décadas seguintes. Com o passar das décadas, o título do livro passou a ser um apelido para o Brasil: o país de um futuro que nunca chega.

Ao longo de sua história, chamou a atenção de Zweig a capacidade do Brasil de se adaptar às dificuldades que surgiam. Em seu livro, os ciclos do pau-brasil, da cana-de-açúcar, da borracha e do café são citados como exemplo dessa facilidade de adaptação. Chamou a atenção do autor a miopia, em diversos momentos, de Portugal em administrar uma colônia tão importante. Zweig conta a história da origem do nome do país, que vem do pau-brasil (e seu corante vermelho-brasa) (1) e da vocação do povo para o trabalho (2). Zweig também fala da vergonha da escravidão no país e a precariedade da vida dos seringueiros.

Vindo de uma Europa comandada por ditadores sanguinários, como Benito Mussolini e Adolf Hitler, chamou a atenção de Zweig o fato de que nossa ditadura era mais branda (3). Aqui, ele se referia à Getúlio Vargas, que instaurou no Brasil o Estado Novo, um regime autoritário no período de 1937 a 1946. Mesmo sendo perseguido por ditaduras de extrema direita na Europa, Zweig não fez críticas ao governo de direita de Vargas, nem outros governos de direita da América Latina. Seria efeito do deslumbramento e/ou do fato de Vargas e demais autoridades terem recebido muito bem o autor, um dos mais populares do mundo na época? Difícil saber.

Amargurado com os rumos da Europa que, certamente, soavam ainda mais estúpidos quando ele tinha o nosso país como um bom referencial, Zweig e sua esposa cometeram suicídio juntos, bebendo veneno, quando estavam em Petrópolis (RJ). Pensou com carinho no Brasil até mesmo em sua carta de despedida, que pode ser lida a seguir:

“Antes de deixar a vida por vontade própria e livre, com minha mente lúcida, imponho-me última obrigação; dar um carinhoso agradecimento a este maravilhoso país que é o Brasil, que me propiciou, a mim e a meu trabalho, tão gentil e hospitaleira guarida. A cada dia aprendi a amar este país mais e mais e em parte alguma poderia eu reconstruir minha vida, agora que o mundo de minha língua está perdido e o meu lar espiritual, a Europa, autodestruído. Depois de 60 anos são necessárias forças incomuns para começar tudo de novo. Aquelas que possuo foram exauridas nestes longos anos de desamparadas peregrinações. Assim, em boa hora e conduta ereta, achei melhor concluir uma vida na qual o labor intelectual foi a mais pura alegria e a liberdade pessoal o mais precioso bem sobre a Terra. Saúdo todos os meus amigos. Que lhes seja dado ver a aurora desta longa noite.

Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes.

Stefan Zweig”

Analisando friamente, Zweig teria ficado chocado se soubesse que, vinte e poucos anos depois, outra ditadura de extrema direita, dessa vez militarizada e mais violenta, assumiria o controle do Brasil, com efeitos devastadores em todos os setores da sociedade brasileira. Ficaria ainda mais chocado se soubesse que, após 2014, o país entraria num declínio moral, humano e cívico, elegendo líderes fascistas apoiados por grupos radicais e fanáticos, sendo alguns de viés nazista.

Enfim, o livro de Zweig, como dito na apresentação de Nélson Jahn Garcia, “não é uma historiazinha do Brasil recitando nomes e datas sem significado, há explicações econômicas, políticas, sociais e culturais que esclarecem nossa razão de ser”. Apesar de algumas de suas previsões otimistas não terem se concretizado, trata-se de igualmente uma carta de amor ao nosso país. Nos deixa lisonjeados e comovidos, ao mesmo tempo que nos constrange por ainda não termos chegado àquela visão tão bela que Zweig faz de nós. Esse ótimo livro, contudo, serve como um estímulo para que cada um faça a sua parte.

(1) Como fato curioso, há no mundo atual apenas dois países com nomes de produto: o Brasil e a Costa do Marfim, que se tornou independente em 1960.

(2) Um outro fato curioso, não citado por Zweig, é que o termo “brasileiro” surgiu primeiro como uma profissão. O sufixo eiro é muito usado para designar trabalhadores (padeiro, pipoqueiro, açougueiro, etc.). Sufixos ligados à nacionalidade como ês (japonês, francês, chinês) ou ano (italiano, africano) não foram usados pelos portugueses. Isso é interessante pois demonstra que antes de ser um povo fomos trabalhadores, colhendo pau-brasil, cana-de-açúcar, café, borracha, etc.

(3) O que é errado de se pensar pois toda ditadura é repulsiva. A questão é que as ditaduras de extrema direita europeias, como de Mussolini e Hitler, eram tão cruéis/violentas que qualquer outra ditadura se torna mais “branda” num comparativo.
Gustavo RAS 11/04/2023minha estante
Excelente resenha!




Filipe 30/06/2022

Um brasileiro não conseguiria escrever com tanta paixão o que o austríaco Zweig canta sobre o Brasil.

A sensibilidade, a admiração e a técnica que Stefan transmite ao falar do maior país da América Latina é, no mínimo, invejável. É surpreendente toda a pesquisa que obviamente foi planejada e executada para esta obra.

O olhar de Zweig para o Brasil explica facilmente o porque este escrito é o mais famoso a respeito do país. O mestre reverencia a imponência do novo mundo sem abrir mais de sua própria grandeza.
comentários(0)comente



Paulinha 19/01/2023

Muito interessante
O livro é muito bom, Zweig tem uma habilidade de descrever paisagens, objetos, sentimentos, sensações de uma maneira muito cativante. Lê-lo me despertou um desejo de conhecer o Brasil, ir à Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Maranhão... nosso país é tão rico em cultura, diversidade, cada estado é praticamente um país!
Quantas coisas aprendi sobre a história do Brasil que me eram desconhecidas, o que é uma vergonha, já que sou brasileira e Zweig um estrangeiro hahaha
Aprendi não só sobre história, mas até sobre fauna, flora, graças ao poder descritivo do autor.
Esse livro deve ser lido com reservas e bastante atenção. Zweig comete alguns pequenos erros de informações históricas, que são devidamente corrigidas pela tradutora em notas de rodapé. Mas, acima de tudo, a questão racial abordada em todo o livro, deve ser lida com atenção, cautela e sempre tendo em mente que se tratava de um judeu, que se via perseguido em seu próprio país, já que o livro foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial.
Zweig descreve a questão racial no Brasil de maneira bastante utópica, era o anseio de seu coração por um lugar onde as pessoas não era separadas por raça. Ele não leva em consideração o racismo estrutural, por exemplo, porque todos sabemos que, embora nosso país não tenha separado por leis negros, brancos e índios, o racismo em nosso país é estrutural, e Zweig ignora isso totalmente. Muito provavelmente por não saber, por não se dar conta, porque afinal, ele era apenas um turista que passou aqui uns poucos meses e escreveu um livro. Em muitos momentos, ao meu ver, ele tem falas racistas quanto aos índios e negros. Não sei se ele estava apenas reproduzindo o que era tido na época com um tom de "deboche", ou se era o que ele realmente pensava.
Outra coisa que me incomodou muito no livro foi ele dizer que, toda a cultura brasileira é importada da Europa, que não temos lendas, que antes dos portugueses, nada aqui existia, que nossos índios nada produziram, e isso é mentira, uma enorme mentira. Muito de nossa cultura é sim fruto da colonização, mas temos elementos africanos e indígenas também. Exatamente por essa mistura de culturas, que nosso povo é tão único.
Ele deixa claro seu amor por nosso país, por nosso povo. É triste saber que nossa amizade, cortesia e natureza exuberante não foram o suficientes para afastá-lo de sua depressão.
Gustavo RAS 11/04/2023minha estante
Ótima resenha!




Leo 08/09/2010

Desatualizado pra um LMPoket.
Completamente fora da realidade, a idéia tinha tudo pra dar certo, mas infelizmente o Brasil não caminhou como um "Pais do Futuro", como deveria ser, pra década de 40 até que ainda se podia sonhar com essa utopia, só valeu pela breve história dos segredos de Portugal.
comentários(0)comente



Celso 27/11/2015

Bom livro
Já li alguns livros do Stefan Zweig e gosto do seu estilo de escrever. Gostei muito deste livro, acredito que o brasileiro é realmente um povo diferenciado, possui uma alegria típica, uma irreverência talvez pela mistura de raças que formaram o nosso povo, cada uma trazendo a sua contribuição.
Sim, o Brasil continua sendo o país do futuro,um país rico com um potencial humano incrível.
Só não concordo com o Stefan no que diz respeito ao povo indígena. O índio brasileiro formou um povo forte e estruturado, recomendo a leitura do livro Duas viagens ao Brasil de Hans Staden para saber mais.
comentários(0)comente



Victor 07/04/2016

o livro é bem legal sim, principalmente porque dormi em muitas das minhas aulas de história no colégio. eu não era muito de estudar e quando fui me interessar de fato por História eu já estava quase fechando o 3º ano.
é bem bacana ter essa visão de um gringo eminente sobre o nosso país, o empenho que ele teve em conhecer as origens do Brasil, a paixão que ele sentia pelo Rio de Janeiro... em alguns momentos os relatos ficam meio repetitivos, mas evocam uma nostalgia de tempos que não vivemos e uma certa indignação do caminho que as coisas tomaram. pena a inocência ter dado lugar àquela vontade febril de se levar vantagem em diversas situações.
comentários(0)comente



musa 28/03/2009

E UM BOM LIVRO PARA UM BOM LEITOR!
É PRECISO MUITA CALMA PARA LER ESSE LIVRO ,POIS ELE É MEIO COMO VOU ME ESPRESSAR TEM UMA VISÃO DE FUTURO MELHOR PARA O BRASIL.
comentários(0)comente



@eu_rafaelfa 18/08/2023

Interessante
É curioso ver como era a visão de um estrangeiro em terras tupiniquins em pleno Estado Novo analisando o presente fruto do passado.
É repleto de pensamentos infundados mas totalmente aceitáveis visto que é um estrangeiro.
comentários(0)comente



Douglas 27/11/2023

Redescobrindo nossa terra pelos olhos de um estrangeiro
Conheci o autor após assistir ao filme "O Grande Hotel Budapeste". Descobri que o autor é austríaco e faleceu em Petrópolis, no Brasil. Pesquisando sobre ele encontrei esta obra, e digo que esta foi uma grata surpresa! Em "Brasil, um País do Futuro" vemos o encanto por esta pátria a partir dos olhos de um imigrante. Redescobrir a história por meio deste livro foi um deleite! Recomendo-o a todo brasileiro que deseja descobrir como chegamos até aqui, e relembrar o que nos torna brasileiros. Aprender sobre nossa história é crucial para entender o agora, e o autor consegue trazer as informações com várias referências, mas ao mesmo tempo de uma maneira leve, deixando clara suas opiniões, e contando uma história gostosa de acompanhar. Após ler esta obra posso dizer que me sinto um pouco mais brasileiro!
comentários(0)comente



Loanfi 27/12/2023

Bom
É uma leitura muito interessante. Somos apresentados à visão que um estrangeiro tem do Brasil. Isso não significa que ele está certo ou errado, porém é possível perceber um enorme romantismo que o autor possui ao descrever o Brasil.

O livro na parte da cultura é muito arrastado e chato (eu definitivamente não estava a fim de ler descrições extensas sobre a paisagem do país), porém entendo o que ele quis fazer.

Recomendo para quem gosta de história. Neste livro, temos um ponto de vista diferente do que estamos acostumados a ler e a estudar.
comentários(0)comente



13 encontrados | exibindo 1 a 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR