Paris no século XX

Paris no século XX Júlio Verne




Resenhas - Paris no século XX


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Edivan 16/01/2023

Eu adorei, estou chocado, mas adorei
Esta é a primeira obra do Júlio Verne que leio e de início me pareceu um tanto quanto tedioso, pensei em desistir mas o Michel, personagem principal, acabou me cativando a manter a leitura por sua ambição. O livro é interessante, me identifiquei algumas vezes com a obra e algumas coisas citadas no livro acabam por ser bem atuais. Recomendo a leitura.
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Guilherme 03/03/2022

O livro é bom, a historia é interessante, inclusive senti umas poucas semelhanças com os livros de augusto cury, este do nosso seculo. Mas bem, infelizmente nao me dou bem com essa digressão do julio de explicar mtt coisinha. Concordo que henriquece a historia, mas me cansa mtt. Por isso 3 estrelas.
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Felipe 09/01/2021

Um erro no século XIX
Neste livro, Júlio Verne apresenta o que viria a ser um dos precursores das grandes distopias do século XX, como Admirável Mundo Novo e 1984. Ou melhor, Verne tinha a intenção de apresentar, pois após uma crítica devastadora de Hetzel, seu amigo e editor, teve de reconhecer a imaturidade da obra.

Hetzel não estava errado sobre a qualidade do romance. Seu estilo é bruto, como um diamante pouco lapidado. Os personagens não são tão rasos quanto nos contos e novelas, mas também não são apropriadamente profundos, como nos romances.

Michel, o protagonista é um garoto idealista. Amante das artes e especialmente da literatura, nutre sonhos poéticos para si. Mas na fantasiosa Paris da década de 1960 (por volta de 100 anos após a escrita do livro), não há espaço para humanidades. O capitalismo industrial foi elevado a sua ultima potência. O positivismo, tão em voga na época de Verne, não se tornou ultrapassado como em nossa realidade. Pelo contrário, se tornou ideologia vigente. As artes em geral se tornaram subservientes ao capital e à indústria e a grandeza do século XIX, os clássicos como Hugo, Stendhal e Dumas caíram no esquecimento.

Em vários pontos, Verne foi preciso. A popularização do automóvel (no romance, movido a gás). Os metrôs suspensos. A comunicação global instantânea.

No que concerne às predições negativas, houve uma inexatidão causada pelo medo de que o positivismo fosse dominante. É interessante perceber como, apesar de profundamente entusiasmado com a ciência, Verne tinha grandes preocupações sobre como ela era desenvolvida e aplicada no mundo moderno. As humanidades não foram ostracizadas, muito embora alguns governos de extrema direita insistam em dar destaque ao conhecimento técnico em detrimento das demais ciências. O que aconteceu de fato, e o que o autor poderia ter enfatizado, foi a liquefação social e a completa subserviencia dos cidadaos à sociedade de consumo. Convenhamos, é de se esperar demais que o autor, por melhor que seja, preveja tão bem os rumos da sociedade.

Em suma, cumpre dizer quer esta obra vale à pena só pela curiosidade histórica e pelo valor enquanto precursora das distopias. No enredo e estilo, não chega aos pés de outras como Vinte Mil Léguas Submarinas e Viagem ao Centro da Terra. Paris no século XX é uma prova de que até os grandes gênios erram de vez em quando.
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Pedro 20/12/2019

Romântico até demais
Paris no Século XX é um romance do começo da carreira de Júlio Verne, porém publicado após sua morte. O motivo? Seu editor não queria publicá-lo. E ele estava correto.

Verne, conhecido por suas ficções que viam o progresso científico como positivo e nos levavam a viagens fantásticas - não à toa 20.000 léguas, Viagem ao Centro da Terra, Volta ao Mundo em 80 dias e Da Terra à Lua são todas viagens - também teve sua dose de romances pessimistas. Paris no Século XX é um deles.

Nesse livro, o jovem poeta Michel se vê preso em uma sociedade que despreza as letras e as artes no geral. Bêbada com os avanços da ciência, a Paris do livro só vê máquinas e cifrões. Hoje em dia diríamos que essa é uma sociedade na qual o capitalismo industrial venceu a arte. No texto, fala-se em indústria, mas a ideia é a mesma.

As características positivas de Verne, principalmente suas descrições fantásticas, continuam aqui. As músicas inspiradas pelas Ciências Naturais e pela Indústria podem parecer alucinações, mas convém lembrar que a vanguarda Futurista ocorreu e que o mundo se lançou a uma fetichização completa das máquinas durante o século XX

No entanto, não são o suficiente para compensar os erros do livro. Sem os ambientes fantásticos de suas viagens, as descrições de Verne não tem com o que nos maravilhar. Sem essa maravilha, não há Cristo que opere o mínimo de ligação emocional pelos seus personagens tão rasos quanto um açude no período das secas. E tudo isso sem contar como Paris no Século XX completamente erra em sua tentativa de ser uma ficção científica negativa.

Seu problema está em criticar a fetichização da indústria através de um ponto de vista romântico, com todos os clichês do movimento literário mais clichê do mundo contemporâneo. Com toda a fetichização do passado que alimentaria o monstro fascista. Com toda a louvação vazia ao artista que mais parece o autor se parabenizando numa fanfic quando ouve de seus pais que deveria arrumar um emprego estável.

Isso tudo supera e tudo obscurece. Ao contrário de outras narrativas de sua época que examinam os problemas da sociedade, Verne parece mais estar de birra do que qualquer outra coisa.

Quer um livro que fale da desumanização causada pela indústria? Leia Zola. Um livro que fale dos males do colonialismo? Coração das Trevas. Uma ficção científica que entenda os problemas maiores da sociedade que a gerou? Guerra dos Mundos.

Deixe Paris no Século XX para o fundo da estante. E se quiser ler, saiba que está muito aquém daquilo que o mestre Júlio Verne escreveu depois.
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Larissa Guedes de Souza 05/02/2018

“Paris no Século XX” tem um estilo bem diferente dos outros livros do autor, pois não é uma empolgante aventura. Júlio Verne escreve sobre o que ele imagina para o futuro de sua Paris. Ele projeta a sociedade girando em torno das máquinas e novas tecnologias, a importância do dinheiro e dos trabalhos burocráticos, e a mudança da cultura como um todo.

Nesta Paris as máquinas dominam o pensamento da sociedade, enquanto as artes ficaram relegadas ao esquecimento. O autor, como em muitas de suas obras, consegue prever o futuro corretamente em vários aspectos: máquinas automáticas à energia elétrica, carros silenciosos e individuais, rápidos trens metropolitanos, etc. Porém, ainda bem que a teoria principal do enredo não se tornou realidade! Júlio Verne profetizava um mundo em que as artes estavam mortas, um mundo em que não conhecíamos Victor Hugo, ou Balzac, um mundo no qual não se escrevia mais poemas e músicas de amor, mas sobre as ciências química e mecânica.

“A Literatura morreu, meu rapaz. Veja estas salas desertas e estes livros sepultados na própria poeira não se lê mais. (...) Meu filho, música é uma coisa que já não se degusta; se engole!”

O enredo é bem mais linear e bem menos empolgante do que o de outros livros de Júlio Verne. É como se o livro fosse mais uma projeção detalhada do futuro, do que uma história com ideias futurísticas, entende? E talvez tenha sido justamente por isso que o editor decidiu não publicar este livro na época. Pois ele é bem mais interessante para nós que vimos a Paris do século XX e vimos que muitas coisas que ele escreveu estavam corretas, do que para os jovens da época. Talvez o público da época, por não ter uma imaginação tão fértil quanto a de Júlio Verne, não conseguisse apreciar o livro.

Este é um livro que os fãs de Verne deveriam ler para conhecer outra faceta do autor. Porém não é o livro indicado para iniciar alguém na obra de Júlio Verne, pois não é tão instigante e empolgante quanto outras.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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ALEKZ CLIKZ 26/05/2013

Quase morreu em uma gaveta
Detesto ler criticas de spoiler, por isto vou falar mais de uma experiência que tive com este livro e que foi muito legal. Júlio Verne idealizou, em sua obra, máquinas e aventuras que fascinaram leitores através dos tempos. Paris no Século XX, no entanto, me chamou a atenção por ele abordar com o saber e a educação são hoje em nosso mundo. Este livro, que considero mais instigante, de Verne, quase não foi publicado por ter passado anos guardado em uma gaveta. Este livro me foi indicado pelo Senhor Paulo, um livreiro que trabalhou comigo na Editora Francisco Alves Livraria, que funcionava à rua Sete de Setembro, no Rio de Janeiro, um livreiro muito conhecido e admirado por gerações de leitores da Cidade do Rio de Janeiro. Lembro-me até deste dia. estava envolvido bastante com políticas estudantil e iria comprar um livro de citações e ele me aconselhou este livro. Gostei muito.
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Andréa 26/08/2012

Julio Verne para os já iniciados
Apesar de não ter sido um de seus últimos livros, Verne se mostra extremamente pessimista ao mostrar uma Paris cem anos à frente do seu tempo onde apenas as máquinas e as ciências são valorizadas e mesmo, permitidas. O livro pode não ter a mesma força que os clássicos "Volta ao Mundo em 80 dias" ou "Viagem ao centro da Terra", mas ainda assim se percebe a visão futurista do autor, uma das caracteristica marcante de sua obra, mas achei o enredo em si, fraco e os personagens vazios, praticamente, apáticos tal qual seria toda Paris do século XX como ele propuzera. Não senti amor ou fulgor suficiente nos personagens ditos insatisfeitos com a falta das artes, da literatura e dos romances. Outro ponto que merece destaque é o excesso de personalidades comuns à literatura francesa, o que por vezes torna o texto cansativo para quem não é familializado com tais personalidades. Aos ainda não iniciados na obra de Verne, Paris no século XX pode não ser a melhor opção, mas pode ser interesante para aqueles que já conhecem o universo visionário do autor.
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Franco 03/04/2012

Merece os elogios típicos das boas ficções, como o de ser um retrato da época e das preocupações do autor ao mesmo tempo em que permite que nós, habitantes do século XXI, também reflitamos algumas coisas.

Mas para meu gosto pessoal Verne estava tão desapontado e amargurado com a situação de seu tempo - e com o vislumbre do futuro - que escreveu o livro deixando pouco espaço para os personagens e seus dramas, tudo para ressaltar sua crítica e o contexto interno à obra. Algumas discussões e menções a autores e músicos me pareceram cansativas, quase um recorte duma monografia ou coisa que o valha...

Ainda assim recomendo a leitura. Praticamente um esboço de diversas ficções político-sociais do século XX, com o diferencial de que aqui o elemento autoritário ainda não era obrigatório quando se pensava em futuros desapontadores.
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Fábio Vermelho 21/12/2011

Romance com temática diferente dos demais de Júlio Verne (tanto, que foi rejeitado por seu editor, Hetzel); mas nem por isso um livro ruim.
Fascinante a forma como Júlio Verne descreve essa Paris de 1960, suas instituições, sua cultura (ou falta de), o modo de pensar da população, os meios de transporte e etc. Apenas acho a história de Michel Dufrénoy meio fraquinha – apesar de eu ter me identificado bastante com o protagonista. Acabei criando um carinho especial pela personagem, mesmo não achando o enredo tãaao bom assim.
Enfim, não me interpretem erroneamente. Repito: o livro não é ruim. Recomendo para quem esteja à procura de um leve romance distópico, bem-humorado e com um fantástico mundo muito bem descrito por um autor de mente tão brilhante como Júlio Verne.
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Luciane 20/08/2011

Foi o primeiro livro de Júlio Verne que li.
O livro foi escrito em 1863, relatando Paris no Século XX. Foi interessante observar que muitas de suas antecipações realmente aconteceram.
A linguagem e o estilo do livro são próprios da época, o que torna a leitura um pouco mais díficil, mas mesmo assim ela flui bem.
É sobre a arte em uma época onde a ciência e as máquinas dominam.
A vida de um poeta onde a poesia não é mais permitida.
Gostei de ter lido, classifiquei como um livro bom.
Vale a pena conhecer, era uma obra inédita por ocasião da morte de Júlio Verner, pois havia sido rejeita pelo seu editor. Mas o filho do autor resolveu publicá-la.
Este livro foi mais um livro do Grupo Livro Viajante: http://www.skoob.com.br/grupo/1284-livro-viajante
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Aroldo Comune 28/12/2009

Um romance em que Jules Verne apresenta a sua visão da cidade de Paris cem anos após sua época. Verne descreve coisas antes mesmo de serem inventadas, como arranha-céus, elevadores, carros a gás, etc., em uma sociedade que desaprendeu a valorizar a arte.

Escrito em 1860 e tendo sua publicação rejeitada pelo editor por carecer de verossimilhança (para a época), Paris no Século XX, apesar de não estar no mesmo nível de clássicos do escritor francês, como Viagem ao Centro da Terra, é uma boa leitura. Agradará em especial a quem procura por um romance distópico bem mais leve do que os maiores nesse gênero, como Admirável Mundo Novo e 1984.
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