Junto e misturado: uma etnografia do PCC

Junto e misturado: uma etnografia do PCC Karina Biondi




Resenhas - Junto e misturado: uma etnografia do PCC


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Marafa 19/07/2022

Esse livro representa um trabalho incrível da autora, que buscou, na condição de antropóloga, fazer uma etnografia do PCC. Por meio dele, podemos conhecer a gênese do PCC, seu desenvolvimento, organização, dissidências, movimentos internos, enfim, toda uma gama de características atinentes a ele. Ela também conta vários episódios ocorridos dentro dos presídios visitados, todos sob comando do PCC.

É fato que o assunto é interessante para todo brasileiro, especialmente em se considerando a abrangência e o tamanho que a organização PCC tem no país. Não é um livro fácil de ler, em razão de algumas partes mais teóricas e também porque a realidade nem sempre é fácil de ser encarada. Mas é importante superar qualquer obstáculo e ler essa obra; por ela, podemos ter mais compreensão sobre a realidade brasileira, não só penitenciária, mas da própria constituição da nossa sociedade
comentários(0)comente



Aline.Diegues 09/01/2023

Enriquecedor
Nessa obra, Karina Biondi, trás o PCC visto de dentro das cadeias, de dentro da mais simples narrativa e ao msm tempo tão complexa com detalhes e informações surpreendentes.
Nos mostra o lado da organização da hierarquia do comando que não é mostrada nos meios de comunicação. O quanto tudo mudou depois de sua criação e as mudanças em certo período de tempo.
Leitura que me surpreendeu positivamente.
comentários(0)comente



Paula 16/01/2017

Junto e misturado: uma etnografia do PCC
Apesar de ser um tema fruto de diversas pesquisas na área de segurança pública, sempre há algo novo a ser dito sobre o sistema prisional e as chamadas organizações criminosas. As dinâmicas mudam, as crises de acentuam e a impressão é que a cada nova rebelião o tema fica em evidência, mas é logo esquecido em seguida. Esse livro, então, é leitura obrigatória pra quem deseja entender ao menos uma ponta do que se passa nas prisões brasileiras.
Por se tratar de uma etnografia, pode-se pensar que a leitura será arrastada para aqueles que não têm conhecimento prévio de antropologia. É bem verdade que há passagens mais teóricas, naturais em um estudo que se propõe antropológico, mas tal natureza não impede que o livro seja apreciado por qualquer pessoa que se interesse pelo tema. Karina escreve como quem conta uma história e a leitura flui sem maiores percalços.
A pesquisadora explora e de certa forma desconstrói muito do discurso que é repetido largamente por veículos de comunicação em massa sobre o PCC, mostrando-nos que a hierarquia e a visão empresarial não são marcas do Comando - ou ao menos não é desta forma que seus membros agem e querem ser vistos. De maneira geral, Karina nos mostra a importância de deixar as famosas "caixinhas" com conceitos antropológicos pré-fabricados do lado de fora do campo de pesquisa. Ela lembra o que muitos pesquisadores esquecem: não é a teoria que deve se adequar à realidade, mas o contrário.
comentários(0)comente



Sofia 13/08/2023

O que Karina Biondi faz aqui é incrível por vários motivos. o primeiro deles é sobre a perspectiva que ela constrói ao leitor sobre o PCC, a partir de seus ritmos e movimentos, superando essa ideia do PCC como organização criminosa coesa e unitária. Biondi demontra que o Comando é, na verdade, uma união de várias perspectivas e vivênvias que, a partir de seus ritmos próprios, constroem vários movimentos. esses PCC-transcendência influênciam como os irmãos do PCC agem em nome e pelo PCC, na sua forma de imanência.

esse ponto leva ao segundo motivo pelo qual o livro de Biondi é incrível: o jogo analítico, no uso de escalas de movimentos, entre o transcendente e o imanente. a partir dessas categorias, é possível superar essa ideia unitária do PCC e nos dá uma forma de análise mais ampla e real do problema. problema esse que, como Karina demonstra, muitas vezes é tratado pela forma como o observador vê o PCC, e não na perspectiva do observado.

assim, chegamos ao terceiro ponto que é: a etnografia de Karina. por motivos pessoais, ela consegue iniciar um contato com os interlocutores, mas a capacidade e habilidade dela em dialogar e ouvir seus interlocutores, irmãos, primos e esposas do comando, torna seu livro ainda mais rico.
comentários(0)comente



Laura575 29/05/2023

Um comando sem comando
Li esse pra faculdade e também leria por prazer. karina soube produzir uma etnografia esplêndida de uma organização que é importante pra inúmeros setores da sociedade.

nesse livro, você não acha respostas, mas sim tem mais perguntas. o que é ótimo. é necessário questionar o PCC apresentado pela mídia, e é necessário questionar o PCC apresentado pelos irmãos.
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR