Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 22/01/2023
O FILME É MELHOR!
O céu que nos oprime é o livro que baseou o filme Jojo Rabbit, que venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado para Taika Waititi em 2019.
Diferente do filme, que tem um tom de humor satírico, o livro é um drama denso.
Aqui vemos Johannes Betzel, integrante da juventude hitlerista, que vive na Áustria anexada pelo Terceiro Reich alemão. Ele descobre que seus pais escondem a jovem judia, Elsa Kor, atrás de uma parede falsa.
Primeiramente, Johannes sente o horror, toda a manipulação psicológica (lavagem cerebral) é colocada à prova. Esse horror se torna curiosidade e depois uma obsessão.
Com o desaparecimento de seus pais, Johannes se torna responsável pela sobrevivência de Elsa, num jogo de manipulações que atingem um nível além de qualquer imaginação.
Não é um livro sobre a Segunda Guerra, é um livro sobre um relacionamento doente, que oscila entre obsessão, dependência, indiferença, ódio, manipulação. Sinceramente, chegou num ponto que eu não sabia o que achar! Um relacionamento distorcido, em que ela é privada de escolhas e ele se prende às mentiras.
Na segunda metade, no meu ponto de vista, a autora perdeu a mão. A história de passa na mente de Johannes, com todas as distorções. Ele não amava Elsa, nem ela a ele. Em algumas frases isso é exposto, principalmente falas de Elsa, mas é muito superficial. O jogo de manipulações foi escalonando de um jeito que Johannes se viu afundado, Elsa voa.
O filme foi para uma linha melhor (na minha opinião). Terminou onde e como o livro deveria ter terminado.