A Preceptora

A Preceptora Anne Brontë




Resenhas - A Preceptora


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Cris 31/08/2023

Simples
É um livro de escrita simples, direta; rápido de ser lido. Aborda duas temáticas principais. Primeiro a questão do ser professora. Impressionante como ser professor é ser desvalorizado desde sempre. Incrível poder enxergar os mesmos problemas atuais dessa profissão em um relato de dois séculos atrás. O segundo tema é um romance de época, mais do mesmo, sem inovações, sem desagrados, bonzinho enfim.
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Mme Mortsauf 21/06/2019

Bom
Não gosto de interpor comparações entre autores, tendo em vista que cada um possui seu estilo pessoal, personalidade, etc., mas é fato que este é o mais fraco das irmãs Brontë que li até o momento.

A protagonista não é carismática – por ela não conseguimos nutrir qualquer interesse ou curiosidade –. Trata-se, aliás, de um tipo totalmente ensosso, uma heroína cheia de autocomiseração que, apesar de descontente com a hipocrisia geral, não toma muitas decisões grandiosas ou resoluções importantes, sem que possamos assim delinear sua personalidade com traços mais marcantes; ao contrário, tal como sua mãe e irmã, é perfeita em índole e virtude, não comete falhas graves nem tem defeitos evidentes. Em outras palavras, uma personagem com a qual a muito custo o leitor se identificará (apesar de eu ser, em parte, "preceptora" de formação).

A despeito disso, miss Brontë escreve bem e consegue dar um desfecho satisfatório para a sua narrativa, a qual, sem dúvida, traz algumas boas reflexões sobre o ato de ensinar, os perigos da vaidade, os percalços do trabalho, etc. Para quem, como eu, é fã das irmãs, vale, sim, a pena, pois é uma narrativa curtinha, e traz aqueles conflitos de moça inglesa vitoriana solteira e inteligente que gostamos exultar. :)
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Anne 18/07/2016

Lindo
Que história tão simples e cheia de encantamentos, podemos vislumbrar o que plantamos e o que colhemos de uma maneira tão sutil e elegante. Recomendo, prefiro essa versão à mais nova. Mas uma obra para ser apreciada. As irmãs Bronte sabem o que fazem.
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Bell Lorenzi 09/10/2013

A Preceptora
Anne foi a mais nova e menos prestigiada das irmãs Brontë. Em A Preceptora (cujo título original é Agnes Grey, nome de sua heroína), a autora relata as experiências de uma jovem que, preocupada com a situação financeira da família, consegue uma colocação como governanta na casa da família Bloomfield. Este é o primeiro romance de Anne Brontë, publicado em 1847 sob o pseudônimo Acton Bell.

No Brasil, a obra foi editada uma única vez pelo Clube do Livro em 1977. A tradução de José Maria Machado é problemática; há um constante mau uso de vírgulas e erros como “o Sra.”. Eu jamais havia encontrado esse tipo de má revisão em publicações de décadas atrás; geralmente são as editoras atuais que nos contemplam com trabalhos executados de forma ruim.

O livro possui um forte tom autobiográfico. Aos 19 anos, Anne teve seu primeiro emprego como preceptora e, bem como sua personagem Agnes, teve muitas dificuldades em se adaptar à nova vida e seus indomáveis pupilos.

Não há como não comparar A Preceptora com Jane Eyre, de sua irmã mais velha, Charlotte. Duas histórias com protagonistas de forte valor moral, tentando sobreviver através da tão mal vista ocupação de governanta. Outra semelhança é a cuidadosa observação do comportamento das pessoas da alta sociedade, adornada principalmente por homens de mau caráter e mulheres fúteis.

Toda heroína brontëana tem uma boa dose de tendência ao drama e autopiedade, isso não é novidade. O problema é que Agnes é uma personagem chatíssima, e a narrativa em primeira pessoa, com quê de diário, não permite que o leitor conheça melhor os outros personagens. 200 páginas parecem durar 600.

Em contrapartida, o herói masculino Edward Weston em nada se assemelha ao arrogante Rochester de Charlotte, ou o vingativo Heathcliff de Emily. É uma relação bem bonita e saudável, e não pude deixar de me lembrar dessa tirinha que adoro: http://www.harkavagrant.com/history/brontessm.png

Pergunto-me qual o motivo de Anne não ter sido (e não ser até hoje) tão celebrada quanto suas irmãs. Esta pode não ser uma história memorável, mas sem dúvida é uma leitura interessante.
Mila 11/12/2017minha estante
Que resenha maravilhosa!




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