O Silêncio das Mariposas

O Silêncio das Mariposas Juliano Schiavo




Resenhas - O silêncio das mariposas


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Brum 08/08/2010

Sobre "O Silêncio das Mariposas"
Muito longe de ser apenas mais um romance vampiro – e nisso se deu minha vontade de lê-lo pela proposta e pelo teaser divulgados –, “O Silêncio das Mariposas” tenta atrair o leitor pela abordagem das questões psicológicas, terrores e ansiedades no interior de uma personagem sem identificação por nome ou sexo. E de fato consegue.

São só registros. Relatos, ricos em detalhes, das experiências vividas por um alguém que desde a infância é acompanhado pelos desejos característicos de cada fase da vida e contrastado com a obrigação de se encaixar em rótulos sociais.

Com a intensa vontade de ir além do que se vê estampado nos rostos do grande Masquerade coletivo e motivado pelo sossego interior que almejava, esse indivíduo, que após encontrar uma face livre dos teatros da humanidade num vampiro e passar a viver num cenário de resquícios de vida em morte, agora experimenta as oportunidades de se libertar das cadeias de incerteza, medo e dor tentando dar silêncio à agitação de suas mariposas. Mariposas agitadiças que, na narrativa, são o retrato de um intrapessoal turbulento que havia sido comprimido numa máscara de adequação a visão alheia durante todo o tempo.

Nas reflexões sobre os limites entre o frívolo e o virtuoso – e é nesse ponto inteligente que se dá o auge dessa obra -, de forma envolvente, o leitor é levado a examinar as relações onde personalidades são abafadas e diferenças sempre reprimidas pelo julgamento da sociedade que se alimenta de um silêncio falso expressado por cada um do coletivo. Pseudo-silêncio resultado dos padrões impostos que acabam por abafar a existência do individual. É interessante a mescla da busca por nomes como respostas aos questionamentos resultados do conflito psicológico junto com a indução a refletir sobre a decadência da humanidade na falta de transparência e lisura. Diferencial que fez o livro ir além de ser só mais uma obra de romance.

A ausência de nome e sexo da personagem principal – talvez um possível convite à auto-identificação por parte do leitor em alguns momentos da narrativa - pode causar certa sombra de confusão em alguns pontos da leitura, mas pela brevidade dessa estranheza, se acaba por provocar ainda mais a curiosidade devido as sacadas na dosagem certa do mistério que é constante.

O jogo de detalhes nas descrições dos desejos, dos cenários e do estado de espírito das personagens é fora de série. Apesar de confessar que, por algumas vezes durante a leitura, me questionei sobre a necessidade de tanta minúcia em certas partes, devo admitir que também foi nessa intimidade com os detalhes que eu me peguei envolvido do começo ao desfecho. É um livro que surpreende os que seguem com certa resistência a respeito de romances vampiros devido à quantidade incontável de boas produções atuais que invadem a literatura.


Texto sobre o livro “O Silêncio das Mariposas”.
Autor do livro: Juliano Schiavo. http://julianoschiavo.blogspot.com/
Blog “O Silêncio das Mariposas”: http://osilenciodasmariposas.blogspot.com/
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Juliano 02/03/2011

O livro
Livro O Silêncio das Mariposas traz drama psicológico, com sangue, sensualidade e vampiros

Vampiros, sangue, sensualidade. Três palavras que se misturam no livro O Silêncio das Mariposas, de Juliano Schiavo (Editora Multifoco, 214 páginas). Para quem gosta de histórias de vampiros, mescladas com ponderações sobre a “vida em morte”, O Silêncio das Mariposas surge no cenário para confundir e, ao mesmo tempo, envolver o leitor. Não há uma grande história. Há apenas relatos. Relatos de uma vida vampira.

Escrito entre janeiro e julho de 2.009 e publicado em 2010, o livro traz em suas páginas uma personagem sem nome e sem sexo, que revela o sofrimento e os prazeres de sua vida em morte. Transformada em vampiro, seus instintos e sensações se aguçam. Os relatos, que parecem ter sido sussurrados, oferecem ao leitor um retrospecto da infância da personagem até o desfecho de sua história.

“Trata-se de uma pessoa que não consegue amar ninguém e apresenta traços de sociopatia. Conquista a todos com seu sorriso, mas não se suporta mais. A vida, para ela, tornou-se um Baile de Máscaras, sendo necessário representar o tempo todo”, explica o autor.

De acordo com Schiavo, o título do livro O Silêncio das Mariposas é uma metáfora. As mariposas representam a ansiedade, pois vivem a se debater no estômago da personagem. Já o silêncio é o que tanto ela almeja: uma busca pelo fim de seu sofrimento tão latente.

“Nos relatos da personagem, há momentos de euforia e outros de depressão. Uma bipolaridade não tão acentuada, mas presente, que molda sua personalidade. A trama tem um tom psicológico, de conflito mental, envolvendo drama, aventura, medo, angústia, prazer, sensualidade e reflexão. E é a partir da transformação vampira que todos esses pontos se unem e fazem com que a personagem, sem nome e sem sexo, relate sua vida e destaque seus sabores e dissabores”.

A inspiração para a história veio de alguns livros. “O que mais me motivou a escrever foi O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, com seu Holden Caufield – um adolescente em busca de seu eu. Também não posso deixar de destacar o livro O Perfume, de Patrick Süskind, com seu Jean-Baptiste Grenouille, de personalidade sociopática. Para a criação das personagens vampiras, me inspirei em Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice, com seu vampiro de Louis Pointe du Lac, que tem característica introspectiva”.

O autor
Juliano Schiavo nasceu em Americana – SP no dia 22 de julho de 1987. É formado em jornalismo pelo Instituto Superior de Ciências Aplicas - Limeira, com pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo pela Unimep - Piracicaba. Estuda Ciências Biológicas na Universidade Federal de São Carlos - campus de Araras. Trabalha com assessoria de imprensa na Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste e é colaborador de jornais com artigos de opinião. É autor dos livros O Silêncio das Mariposas e Consternado e do livro-reportagem Sociedade do Lixo.


Blog de divulgação
www.osilenciodasmariposas.blogspot.com

Book trailer
http://www.youtube.com/watch?v=E4duQmT7s-k
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@lecobastos 14/02/2011

O Silêncio das Mariposas (Editora Multifoco, 2010), escrito em seis meses pelo jornalista Juliano Schiavo tráz consigo um forte traço das obras de Anne Rice, seja por manter as mesmas características mitológicas do mito vampiro ou pela personalidade profunda e filosófica dos personagens. Pode ser vista como falta de criatividade por alguns ou como uma homenagem sincera por outros.
A trama em si é um longo desabafo de um personagem sem nome ou sexo. Sem modéstia o narrador fala da sociedade e de ações incômodas por quais todos passam para poder agradar aos próximos e tornarem-se amáveis de uma maneira totalmente falsa. Esse é, talvez, o melhor ponto do livro.
O protagonista é transformado em vampiro durante um baile de máscaras pelo irresistível Lúcio. Daí em diante a história passa por ciclos cansativos em que a nova criatura tem sonhos aparentemente indecifráveis, mas que se mostram reflexos ou memórias de pessoas que marcaram sua vida mortal e que agora ele deseja experimentar o sangue, já que junto com este, pode absorver emoções e sentimentos.
O relacionamento com Lúcio é extremamente paterno e sexual, modelado por tons de sentimentos que o leitor não consegue compreender totalmente. As mariposas do título são símbolos de uma angustia profunda que persegue o vampiro tanto na mortalidade, quanto na imortalidade. Angústia e melancolia talvez definam a única maneira de ver o mundo através desse livro.
As 214 páginas deste tomo mereciam uma maior atenção editorial, assim como de copidesque. Um exemplo disso é a repetição exaustiva do adjetivo andrógino cada vez que Lúcio está em cena ou falhas gramaticais.
Para aqueles que esperam as grandes perseguições ou romances “sangue-com-açucar” da modinha, não é um bom título.
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JotaFF 20/08/2010

Vampiros sempre estiveram na moda. As vezes estão mais em alta, outras vezes mais em baixa, mas ninguém discute que a produção cultural (jogos, RPG, literatura, cinema, quadrinhos) sobre o tema é vasta. Nesse meio, como recontar o mito do vampiro, diferenciando-se dos outros trabalhos? Em "O Silêncio das Mariposas" Juliano Schiavo arrisca uma nova abordagem.

A trama narrada em primeira pessoa, com fortes influências de "A entrevista com o Vampiro", conta os acontecimentos do protagonista desde sua infância, sua transformação em vampiro, até seus derradeiros momentos. A personagem não tem nome ou gênero sexual. Não sabemos se é um homem ou uma mulher. Essa técnica permite com que as descrições sensuais, quando o vampiro se alimenta, sejam muito bem trabalhadas e desenvolvidas, envolvendo o leitor de forma competente. Pouquíssimas vezes esse mesmo artifício escorrega em alguns momentos mas não prejudica em nada a leitura.

Acompanhamos o desenvolvimento da personagem principal, enquanto segue os passos de seu vampiro Mestre Lúcio. A narrativa centra-se nos conflitos e tormentos psicológicos sofridos pelo protagonista, enquanto delira com sonhos febris onde identifica os seus desejos pela próxima vítima. As mariposas, representam a ansiedade da personagem enquanto se esconde por detrás de mascaras impostas pela sociedade e depois pelas "regras" vampíricas. Um tema recorrente para quem já jogou ou conhece o sistema Storytelling "Vampiro: A máscara."

Juliano Schiavo desenvolve a trama de maneira acertada mas, apesar de dentro da proposta da trama, acaba caindo em uma rotina previsível de acontecimentos. Começa com um sonho, depois o desejo incontrolável quase sexual. A caça e o ataque com descrições sensuais. Os delírios da ressaca, a ajuda de Lúcio e termina por dormir enfraquecido, vindo a despertar em algumas noites. Tudo muito bem descrito e desenvolvido. O ciclo só vem a ser quebrado com o clímax da trama, quando a personagem decide abandonar todas as mascaras e silenciar suas mariposas.

Erros de revisão são bem raros e perdoáveis. Outra coisa que incomoda um pouco é a resistência do autor, nas palavras de sua personagem, em revelar o nome de localidades ou os sobrenomes de outras personagens que surgem na trama. Acredito que o desejo era de criar o clima de relato anônimo, sem causar prejuízo a terceiros, mas na minha opinião isso não tinha necessidade. Talvez um melhor trabalho editorial seria suficiente para acertar e melhorar o que já esta muito bom.

Sendo narrado em primeira pessoa, perdemos a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento de outras personagens da trama como Lúcio e sua irmã, e até mesmo o delegado que investiga os ataques do vampiro.

"O Silêncio das Mariposas" foi lançado em 2010 pela editora Multifoco, mostrando que a auto-publicação pode sim nos trazer boas e agradáveis surpresas, e aguardamos por um novo trabalho do autor.

(postado em http://tocajota.blogspot.com)
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Unimep 17/08/2010

Aluno da pós em jornalismo lança livro de literatura fantástica
Juliano Schiavo, 23, aluno do curso de pós-graduação em jornalismo contemporâneo da Unimep, lançou a obra de literatura fantástica “O Silêncio das Mariposas” (Editora Multifoco, 214 páginas). Escrito entre janeiro e julho do ano passado, o livro traz em suas páginas uma personagem vampira, sem nome e sem sexo, que revela o sofrimento e os prazeres de sua vida em morte. A obra pode ser adquirida no site da Editora Multifoco (www.editoramultifoco.com.br) no valor de R$ 35 ou com o próprio autor, por meio do contato jssjuliano@yahoo.com.br, no valor de R$ 31,50.

Schiavo conta que a inspiração para a história veio de alguns livros, como "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger, e "O Perfume", de Patrick Süskind e também do filme "Entrevista com o Vampiro", de Anne Rice.
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Marcinhow 25/12/2010

Profundo!
“?” Como já foi dito na sinopse, é um ser sem nome e sem sexo, que desde criança, apresenta uma personalidade um tanto diferente... Na adolescência “?” se descobre Narciso, ? é totalmente apaixonado por ? mesmo... E como se tudo isso já não fosse muito, ? se transforma em um vampiro.

Sem duvida nenhuma, essa é uma das resenhas mais difíceis que eu já fiz, pois eu não sei se gostei ou não, muito menos se entendi ou não... O Livro não é difícil, mas não deixa de ser complexo, além de estar recheado de conflitos internos...

Leia mais em http://marcinhoweoslivros.blogspot.com/2010/12/o-silencio-das-mariposas.html
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vini_vilela 09/11/2010

Resenha do livro " O Silêncio das Mariposas".
“O Silêncio das Mariposas”, um título enigmático para um conto introspectivo. Quando li a proposta do livro logo me interessei para saber como a história ia ser desenvolvida em um cenário vampiresco, já que hoje em dia essa temática está em evidência e estão saindo mais e mais volumes com a mesma abordagem, se utilizando dos mesmos clichês. Isso é algo que não pode ser dito da obra.
O autor desenvolveu sua narrativa de um modo curioso, em nenhum momento sabemos informações como sexo, lugar de origem e qualquer outro detalhe do personagem principal que muitos julgariam serem cruciais, porém, isso deixou a obra como um convite à nos colocarmos no lugar desse personagem, sem barreiras de questões sociais, credos, ou raças, sendo essas questões abordadas no livro.
Interessante o modo como o conto começa em um episódio na infância do personagem, onde dali seria desenvolvida toda a abordagem de fatos sociais aplicados tanto na história, como em nosso cotidiano no nosso “mundo real”. Desde sua infância o protagonista vive o dilema que muitos de nós vivemos entre a sinceridade e a boa educação, vendo-se obrigado a moldar suas máscaras para se adequar à vida em sociedade.
Quando pensa que encontrou seu lugar em um mundo de indiferença (embora ainda tenha problemas para aceitar sua nova condição de “vida”), se vê obrigado a mais umas vez ter que se fantasiar de máscaras e a interpretar o teatro da vida para sobreviver em sua vida em morte e lidar com seus conflitos interiores. Em suas vítimas procura mais que somente o jorrar de seus sangues, mas sim sentimentos e características que não sentira quando era humano.
Juliano provou que domina a perícia em descrever os desejos e as sensações mais distintas de um ser humano, ou vampiro, dando um choque de realidade às emoções descritas pelo personagem, algo que geralmente se vê (ou passa pelas edições) em livros hoje em dia. Problemas de edição podem ser vistos para pessoas que entendem do assunto, mas particularmente para mim só sobrou o grande senso de boa literatura que atravessou possíveis barreiras de erros e espero que possamos aproveitar mais das histórias desse grande escritor em ascensão.
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Fernando Vidya 03/01/2011

Resenhando - O Silêncio das Mariposas
Para atualizar o blog, num novo ano, depois de certo tempo sem postagens, inauguro 2011 com uma resenha. O livroda vez é O Silêncio das Mariposas, do autor Juliano Schiavo. Boa leitura.

O Silêncio das Mariposas, uma auto-publicação de Juliano Schiavo, narrado em primeira pessoa, é a história de um personagem misterioso. Não é possível saber se é homem, ou mulher, pois suas atitudes podem ser interpretadas de forma a caracterizarem ambos os sexos, ficando a critério do leitor se colocar inteiramente na pele do personagem e viver por completo a sua história.
Assim, não caracterizarei o(a) protagonista como "ele" ou "ela", mas simplesmente como "o personagem" ou "o protagonista". Este, teve uma infância cercada de olhares curiosos e admirados por sua beleza exterior incomum.
Incentivado pela mãe a tentar a carreira de modelo, o personagem se vê cercado por um mundo materialista, por grupos onde as aparências são tudo. Com isso, passa a amar sua imagem perfeita, seu rosto excepcional, objeto de desejo e admiração alheia.
Foi quando, num certo dia, durante um passeio de bicicleta, o personagem leva um tombo e seu rosto sofre um extenso corte, o que ocasiona uma profunda cicatriz. Este fato marca para sempre o término de sua "quase carreira" e de uma vida, digamos, perfeita.
Numa noite, durante um baile, o personagem, de rosto marcado, se depara com um ser de aparência andrógina, alguém que mudaria para sempre sua vida. O personagem mal sabia que, naquela noite, estaria cara-a-cara com um Vampiro.

O autor optou por uma narrativa em primeira pessoa, no passado, o que lhe dá a vantagem de estabelecer de forma mais fácil um ponto de vista consistente, dificultando a perda de foco em sua história. Apesar de, em alguns momentos, um ponto de vista onisciente aparecer, gerando dúvidas sobre o conhecimento do personagem sobre determinados fatos, na maior parte do texto Schiavo prende-se às lembranças do protagonista, que relata em detalhes a sua vida após o encontro com a "criatura das trevas". Assim, o Vampiro torna-se uma figura importante para o acalentar das mariposas cinzentas, que acompanham o personagem por toda a trama.
A aparência andrógina da criatura da noite é citada a todo instante pelo narrador personagem, talvez como forma de reafirmar a ausência de um gênero (masculino ou feminino) para o personagem principal. Schiavo deixou este ponto bem explícito no texto, substituindo as letras que definiriam o protagonista como homem ou mulher, por pontos de interrogação, de forma a revelar apenas a sua idade e nada mais.
Com isso, ao ler O Silêncio das Mariposas, busca-se identificar no personagem características que revelem seu verdadeiro sexo. Mas, seus desejos carnais são tantos e tão exóticos, que insistem em deixar em dúvida a sua identidade. Ou seja, o autor cumpre seu objetivo e faz o leitor imaginar-se personagem em determinados momentos, vivenciando atitudes e sentimentos.
Apesar da escrita densa, onde Schiavo muitas vezes 'conta' ao invés de 'mostrar' cenas, o livro consegue prender a atenção do leitor, pois mexe a todo instante com desejos carnais, que o personagem procura realizar, a fim de acalmar suas mariposas cinzentas e satisfazer sua, digamos, necessidade.
O texto lida com conflitos psicológicos que geram depressão, a sensualidade e o prazer carnal do ser humano, sensações que, por precisão e curiosidade, o protagonista, influenciado pela criatura das trevas, faz questão de experimentar.

Em O Silêncio das Mariposas, Juliano Schiavo mostra-se um autor muito capaz e preocupado com o impacto do texto para o leitor. Às vezes, sua escrita segue caminhos pouco claros, onde a idéia da cena, ou da imagem que se quis reproduzir, é apenas citada, ficando a cargo do leitor "interpretá-la" ou invés de "visualizá-la". Porém, para o jovem autor nacional, a obra, bem pensada e de uma premissa excepcional, marca o início de uma brilhante carreira.
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Feferrareis 28/07/2011

#Resenha: O Silêncio das Mariposas
O livro começa relatando a infância de uma criança sincera e nem um pouco hipócrita. E foi com 10 anos que essa criança descobriu que a mentira não é uma coisa que precisa ser evitada. Com 15 anos era a pessoa mais bonita que se poderia existir, foi quando sua mãe decidiu que seria modelo, mesmo quando achava que o melhor era estudar. Tinha o rosto mais perfeito que já fora visto. Com 16 anos caiu de bicicleta e um enorme corte foi deixado em sua face.

Logo entrou na faculdade, logo terminou a faculdade e enfim estava trabalhando em um jornal em uma pequena cidade. Um de seus trabalhos era retirar fotos e fazer uma notícia sobre um Baile de Máscaras que era mente para elite na cidade. Se arrumou, se maquiou, colocou a máscara e foi à festa.

Várias fantasias, vários casais, várias fotos. Mas um certo passante lhe chamou a atenção. O que mais a deixou intrigada era que ninguém parecia notá-lo, mas, pra ela, ele tinha um certo magnetismo. Por fim ele se aproximou, ele a beijou e ela pediu para que fosse transformada naquilo que ele era. Ele lhe deu o beijo do vampiro.

O Silêncio das Mariposas é um livro direto, horizontal e bem clássico. Esqueça aquilo que você ouviu sobre vampiros, esqueça Drácula, Lestat, Edward e até mesmo Louis. Lúcio é um vampiro tomado pelo amor de uma recém transformada. Delicado, apaixonado e sensível, ele faz tudo por ela. Não sabemos o nome da personagem principal, e devo admitir que por alguns trechos eu ficava em dúvida se era homem ou mulher, porém outras partes deixavam bem claras o sexo feminino.

Algumas pessoas ao lerem o livro podem achar que é de conteúdo sexual, porém aqueles que conhecem a verdadeira essência do vampiro, como Drácula de Bram Stocker, sabe que a sensualidade e as grandes sensações fazem parte desses demônios.

http://sonhosnaolivros.blogspot.com
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sentilivros 04/10/2011

resenha de O Silêncio das Mariposas
Esse livro fala sobre meu tema favorito "vampiros". Porém não é mais um livro sobre eles. Este livro está mais para o lado dos sentimentos e emoções do que do "vampiro" em si. Entendeu?
A primeira anotação que faço, e que quem já leu e resenhou também marcou, é o fato da personagem principal não ter "sexo". Nunca se sabe se é ele ou ela. Apesar de que,na minha cabeça, li como sendo "ela", poucas vezes me deu a impressão de ser"ele".
A personagem principal é "depressiva", desde seu tempo como humana,ela era alheia aos sentimentos dos outros. Uma egoísta na minha opinião.
"... A indiferença foi minha capa protetora; a beleza,mesmo com a cicatriz,meu passe de entrada; a hipocrisia meu guia; e a melancolia, ah, a melancolia! meu combustível, tendo vista que sempre sentia um vazio em meu estomago, sendo preenchido pelas eternas mariposas cinzentas. Ao meu lado,sempre o cão negro,triste e cabisbaixo,ladrando baixinho..." pg.26
Um livro, que a meu ver, é mais um tratado sobre a natureza humana.
Gostei muito. Apesar de ser um pouco pesado, quem gosta de "psicologia", vai adorar o livro.
Adorei o vampiro tutor e criador da personagem, Lúcio. Complexo, vampiro, misterioso e sedutor...OMG!!!
"... Atuamos nas sombras,pois é a escuridão que lapida nossa beleza e nos ajuda a sorrir encantadoramente, como se utilizássemos uma máscara..." pg 44

site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2011/10/o-silencio-das-mariposas-juliano.html
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