Diario Clinico. Sob Demanda

Diario Clinico. Sob Demanda Sandor Ferenczi




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Cesinha 05/12/2021

Ferenczi em sua lucidez plena
Uma experiência fantástica para qualquer profundo interessado em psicanálise é ler essas anotações clínicas de Ferenczi.

Injustiçado, Ferenczi é a ferida aberta dos primeiros anos da psicanálise. Denunciante do que há de mais visceral dentro das emoções transferenciais com seus analisandos e com seu próprio analista, Freud, nosso pobre Ferenczi experimentou as primeiras fronteiras da técnica clássica. Em lugar da ênfase na castração, o trauma. Em lugar da impessoalidade do analista, a experiência da análise mútua. Em lugar da aceitação, o confronto passivo-agressivo com o pai da psicanálise.

A lucidez de Ferenczi ao longo do Diário joga por terra as “acusações” de ter morrido louco, feitas por Ernest Jones na biografia chapa-branca de Freud. Típica acusação contra experimentadores que atingiram o cerne da hipocrisia institucional.

Vale dizer que a técnica ativa (ou análise mútua) é apresentado em todo seu arco, desde a proposta inicial por RN até a conclusão de que, o analista apresentar suas feridas ao analisando é pouco benéfica, podendo se tornar inclusive uma barreira, já que o não-resolvido do analista dá munição para as resistências do analisando.

Enfim, Ferenczi correu pra hoje a gente poder andar.
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