Resenhas - Lendo imagens

Augusto 02/11/2014

O expectador comum
O texto de Manguel traz um tom de personalidade, de familiaridade do autor com o objeto que cativa o leitor. Não é apenas um livro sobre arte, é um livro de um ser apaixonado por arte que conta as suas experiências pessoais ao público. Vai de artistas clássicos até artistas pouco conhecidos do grande público. Mas algo que pode ser notado no texto também é que apesar dos capítulos se referirem aos artistas muitas vezes são outros personagens que tomam o papel principal, como acontece claramente no capítulo sobre Pablo Picasso,no qual o autor o autor explora bem mais a musa do artista, Dora Maar. O livro é, enfim, excelente para leigos que se interessam pelo assunto, um texto sem a presença de vocabulário rebuscado, um livro de história da arte beirando o "informal".

Ana 12/08/2020

Comentário
Acho que Lendo Imagens tem um nome muito apropriado. O livro é composto por histórias que emanam das obras selecionadas, mas emanam porque há ali um observador, localizável, temporal, com toda a sua carga de referências. Histórias são tecidas, entrecruzadas, como numa leitura. Manguel nos lembra disso muitas vezes ao longo do livro.
Esse fato de colocar-se como um observador comum, que tece comentários, que relembra coisas, que é tocado pelas obras e narra as relações que sua mente produziu, faz com que o livro ganhe uma fluidez, um aspecto despretensioso. No entanto, o autor é claramente um erudito, há relevância no que ele diz. Esse "observador comum" não é um observador qualquer. É bom lê-lo.

Daniel263 18/12/2020

Manguel ensinando o que sabe sobre artes
Publicado em: @curadorliterario

84º livro lido em 2020.

Sempre me considerei muito ignorante com relação à arte... agora eu tenho certeza que sou muito mais ignorante do que pensava! 😝

Com uma temática diferente de qualquer outra obra sua, Manguel usa sua deliciosa metodologia de desfiar dezenas de assuntos de temas centrais (e sempre com um mar de erudição).

Com a mesma paixão de suas publicações sobre escrita, literatura e leitores, o autor elenca 12 obras específicas, dando minúcias sobre seus autores, os contextos históricos e várias relações com outras obras de arte.

Com pinturas, esculturas, fotografias monumentos e construções incríveis, o livro é vibrante e envolvente por suas imagens coloridas, mas também pela forma genial em Manguel encadeia suas ideias.

Foi muito difícil fazer as escolhas que envolveram essa publicação: transcrever trechos, picotar imagens e deixar um Picasso em Caravaggio de fora...

Mas se pelo menos uma pessoa se interessar pelo livro, já tá valeu a pena! 😊

site: https://www.instagram.com/curadorliterario/

Flavia.Holanda 02/07/2019

Lendo o Lendo Imagens
Esse livro foi um encanto do começo ao fim. Descobri artistas e formas de pensar maravilhosas. Meu grande achado foi Tina Modotti. Ela foi fotógrafa italiana que atuou principalmente no México junto à Frida Kahlo e aos comunistas de sua época. Mas também foi atriz, modelo... E me deixou apaixonada. Suas fotografias são tão bonitas e fortes, às vezes ao mesmo tempo; bem como sua biografia, que não tive como não morrer de amores. E estou falando dela pra quem eu posso. Para os colegas (que sei lá se ligam...) e até para os bêbados (que ligam mais).

najuliass 06/07/2023

?As imagens que formam nosso mundo são símbolos, sinais, mensagens e alegorias. Ou talvez sejam apenas presenças vazias que completamos com o nosso desejo, experiência, questionamento e remorso. Qualquer que seja o caso, as imagens, assim como as palavras, são a matéria de que somos feitos.?

PamMachado 28/01/2011

Interessante.
O livro trata as imagens de uma forma muito interessante que te faz olhar tudo com outros olhos.

Déb 18/10/2021

Para pessoas que gostam principalmente de história vai amar, mas a minha experiência foi média porque apenas algumas partes me interessaram, como:história do aleijadinho,pablo picasso,van gogh,joan mitchel,algumas curiosidades históricas e etc.

Messias 28/12/2022

Achei mediano. Acho que podia ter focado mais nas imagens em si, que é o que eu esperava. Algumas vezes a questão que nomeia o capítulo quase desaparece. Aliás, também senti falta de um pensamento mais generalista sobre as questões que norteiam cada capítulo. No fim das contas, pra mim soa mais como literatura (o que não é, necessariamente, uma crítica).