Leviatã

Leviatã Thomas Hobbes




Resenhas - Leviatã


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Melancólico Relato 07/02/2024

Leviatã, um "mal" necessário
Sabemos que todo escrito tem viés, seja ele em menor ou maior escala. Dito isso, é claríssimo o posicionamento em prol da monarquia adotado por Hobbes, que utiliza de toda argumentação possível (sempre tendo como base a bíblia cristã) para justificar não só o direito da coroa sobre os súditos, como também para desestimular mudanças no sistema e deslegitimar o governo da igreja, representada pelo Papa, sobre outros reinos que não o próprio (onde o considera legítima, já que estipula uma hierarquia de poderes, sendo o poder civil superior ao eclesiástico). Esse viés, acredito eu, deve-se à sua posição social: após sair da faculdade (na qual entrou aos 15 anos de idade), esteve relacionado fortemente à nobreza, sendo tutor de Cavendish, dentre outros.

Temos capítulos longos e maçantes onde tudo o que encontramos é discurso sobre partes específicas da bíblia, os quais usa como referência argumentativa em capítulos posteriores.

Minha parte favorita está mais ao final do livro, quando o vemos argumentar contra Belarmino, um membro da igreja que defendia o poder do Papa por sobre o soberano civil (apesar de que, pessoalmente, acredito que ambos estão equivocados, mas por motivos diferentes).

É uma boa leitura apenas para aqueles que estão dispostos a encarar as partes chatas para incrementar a base de informações, a bagagem que levamos para posteriores livros.

Sobre o sujeito do título do livro, o Leviatã é aquele monstro para quem entregamos nossa liberdade em troca de proteção, ou seja, o estado. Considero que a sua existência é necessária, já que como mencionado por Rousseau, a criação da primeira sociedade organizada em estado obriga aos demais a criá-las também; porém, cabe a cada um analisar e refletir: quanto da nossa liberdade vale a pena oferecer em troca da proteção recebida?
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Fdesiderio5 16/01/2024

O Estado
Criação do estado para que se tenha uma "paz" sai das lei naturais que seria os tempos de guerra.
O homem cria pactos para sobreviver.
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maydrtx 04/01/2024

Hobbes, o anti-liberalita mais liberal da filosofia
Discordando de Maquiavel, Thomas Hobbes defende que os interesses individuais devem ser protegidos pelo Estado, denominado Leviatã na obra, estando acima da conservação deste, e em nenhum momento associa ao Governo um caráter divino, justamente conceitos utilizados pelos futuros críticos do Absolutismo. Mas ele jura que não é liberal. Admito que a ideia de que abrir mão de direitos políticos em detrimento da segurança é justa foi tão bem explicada que quase me converteu em uma entusiasta do modelo absolutista, não fosse a comprovação histórica de que é um sistema péssimo. Naturalmente, devido à data escrita, quantidade de páginas, ao gênero e o meu pobre contato com livros filosóficos, a leitura se desenrolou de forma lenta e quase maçante em alguns momentos, razão pela qual eu não tenho muita certeza quanto às minhas interpretações da obra. Como tentativa de compreender melhor o que estava sendo exposto, comparei ao máximo as ideias de Hobbes às de outros filósofos, como Maquiavel, já citado, e Aristóteles, que conceitua politicamente o ser humano como um animal sociável, enquanto para Hobbes o homem é basicamente Thomas Shelby. O cenário naturalista Hobbesiano, na minha perspectiva, é similar à um filme distópico onde o homem, movido pelo medo (força mais intensa, segundo o autor), busca poder para se conservar e tem como trilha sonora Animals do Maroon 5.
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kahrolsantana 26/12/2023

"Há linguagem sem razão, mas não há razão sem linguagem."
Eu sempre fui muito interessada pela teoria do contratualismo quando estava estudando pro Enem. Entretanto, sempre que buscava a teoria de cada um dos principais contratualistas, sempre achava elas resumidas demais. A solução foi ir em busca de ler a obra de cada um deles (Hobbes, Locke e Rousseau).

Eu imaginava que o livro de Hobbes fosse puramente sobre o Contrato Social, porém, quando o livro chegou em casa constatei que, pelo tamanho, não seria apenas isso. E que ótimo! A obra, além de abordar o tema que o fez ser reconhecido na filosofia, também explora outras áreas, como o homem e a religião. E os capítulos em que ele discorre sobre as sensações e as paixões do homem e o conceito de razão e ciência foram espetaculares!

Através desse livro, além de finalmente compreender a teoria de Hobbes sobre o Contrato Social, ele me trouxe ensinamentos valiosos sobre a natureza do homem e suas atitudes, os quais levarei para a vida toda. Porém, eu fiquei muiito entendida da parte III em diante, pra mim, a partes I e II é o ouro da obra.
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andbia 03/10/2023

Uma Exploração Profunda da Política e do Poder
"Leviatã, Palavra e Poder de um Governo Eclesiástico e Civil", comumente referido como "Leviatã", é uma obra filosófica e política clássica escrita por Thomas Hobbes no século XVII. Publicado em 1651, o livro oferece uma análise profunda e provocativa da natureza humana, da política e do governo. "Leviatã" permanece relevante e influente, fornecendo uma base essencial para a compreensão da teoria política.

A Natureza Humana e o Contrato Social: Hobbes começa sua obra com uma visão sombria da natureza humana, descrevendo-a como inerentemente egoísta e propensa à violência em um estado de natureza. Ele argumenta que as pessoas buscam a paz e a segurança e, para alcançá-las, entram em um contrato social que cria um governo soberano. Essa ideia inovadora estabelece as bases para a teoria política moderna, influenciando pensadores posteriores, como John Locke e Jean-Jacques Rousseau.

O Leviatã: Hobbes descreve o governo soberano como um "Leviatã", uma entidade poderosa que mantém a ordem e impõe a lei. Ele defende a autoridade absoluta do Leviatã como a única maneira de evitar o caos e a guerra incessante que ocorreriam na ausência de um governo centralizado. A metáfora do Leviatã se tornou icônica e simboliza a autoridade do Estado em teoria política.

Crítica à Revolução: Hobbes também critica a ideia de revolução e insurreição como meios de contestar o governo. Ele argumenta que a obediência ao governo é um dever moral, a menos que a vida esteja diretamente ameaçada. Essa visão gerou debates intensos sobre a legitimidade do governo e a resistência civil ao longo da história.

Contribuição Duradoura: "Leviatã" é uma obra que desafiou o pensamento convencional de sua época e continua a ser uma influência significativa na política e na filosofia. A abordagem de Hobbes à política como uma resposta às fraquezas humanas e sua defesa de um governo centralizado e poderoso moldaram o debate político por séculos.

Conclusão: "Leviatã" de Thomas Hobbes é um livro fundamental que oferece uma visão profunda da política, do poder e da natureza humana. A análise perspicaz de Hobbes sobre o contrato social, a autoridade do Estado e a obrigação moral de obedecer ao governo ainda é relevante e provoca reflexão nos dias de hoje. Este trabalho notável é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em filosofia política e teoria do Estado.
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Laila.Muniz 15/08/2023

"Pois é a verdade que não se opõe aos interesses ou aos prazeres do homem é bem recebida por todos."
Li livro físico + da biblioteca. | "É esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus
Imortal, nossa paz e defesa."

Começo essa resenha deixando explícita minha opinião sobre o trabalho da Hunter Books nessa edição de Leviatã: Péssimo, dificulta a leitura (que já é extremamente maçante), com vários erros de acentuação gráfica, escrita de palavras e tradução, e literalmente repetição de parágrafos. Parece que tudo foi feito as pressas.

De seguinte, digo que Leviatã promete pouco e não entrega nada. A obra não deve ter sido inovadora nem para o tempo dela. Não digo isso somente por discordar de Hobbes, mas por ele não manter nenhuma linha de raciocínio aproveitável, não defender de fato nenhuma de suas ideias, e só encher linguiça com histórias empiristas que em nada tem relação com o tema político que ele disse que iria defender.

Esse animal não é político, Aristóteles.
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FraterSinbuck 07/08/2023

O homem precisa ser governado
Embasado nas múltiplas evidências sobre ações contraditórias do ser humano, no que tange suas paixões, desejos e obsessões, Tomás Hobbes tece sua tese literária objetivando provar que o homem sempre buscará ser governado, pois entende há uma necessidade moral e intelectual disso.
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Almecz vic 10/05/2023

Leviatã - Thomas Hobbes
"Assim como não ter nenhum desejo é o mesmo que estar morto, também ter paixões fracas é debilidade e ter paixões indiferentes por todas as coisas é leviandade e distração."
Esse livro tem o tipo de conhecimento puro, pensado, racionado e escrito na intenção de instruir e apresentar a sociedade tal como ela é. Cada palavra faz pensar muito, talvez por isso demorei tanto para terminar kkk
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Samuel236 13/04/2023

É um bom livro mas não recomendo para ninguém
Assim como muitos dos reviews, compartilho também que os primeiros dois capítulos são interessantes vs os dois últimos que entram num tópico bíblico que para quem não tem interesse, não tem sentido a leitura

Foi uma leitura maçante no final das contas
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Wanderreis 27/03/2023

Natureza Humana

"...a natureza dos homens é tal que, embora sejam capazes de reconhecer em muitos outros maior inteligência, maior eloquência ou maior saber, dificilmente acreditam que haja muitos tão sábios como eles próprios; porque vêem sua própria sabedoria bem de perto, e a dos outros homens à distância. Mas isto prova que os homens são iguais quanto a esse ponto, e não que sejam desiguais. Pois geralmente não há sinal mais claro de uma distribuição eqüitativa de alguma coisa do que o fato de todos estarem contentes com a parte que lhes coube."
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gustavo 07/02/2023

um ótimo livro
o livro incentiva MUITO a reflexão, Hobbes fala sobre direitos naturais, pactos sociais e sobre religião também. Por mais que eu não seja cristão e nem absolutista igual o autor, ainda assim apreciei demais cada capítulo. É sempre bom ler clássicos que jogam ideias um pouco abstratas que nos fazem pensar
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Eduarda.Bianco 03/11/2022

Leviatã
Trata-se de um livro muito teórico e, embora trabalhe com muitos exemplos práticos, acaba sendo uma leitura massante. É uma obra historicamente muito importante, mas não é uma leitura que eu categorizaria como prazerosa.
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Gabriel 26/08/2022

Levitã - Thomas Hobbes
"Levitã", de Thomas Hobbes, é uma das obras de ciência política mais importantes do ocidente. Publicada em 1651, no contexto da guerra civil inglesa decorrente da Revolução Gloriosa, trata da origem do Estado e do direito de governo absoluto do soberano (absolutismo monárquico) e tem o plano teórico-argumentativo dividido em duas partes, a saber, do homem e do Estado.
Na primeira parte, do Homem, trata das características gerais dos indivíduos na qualidade de constituintes do Estado. Nesse sentido destaca fatores como sensação, linguagem, conhecimento e ciência, por exemplo. É nessa parte em que Hobbes elabora a sua teoria contratualista, ou seja, de que antes do Estado os indivíduos encontram-se num estado de anomia de guerra de todos contra todos (há apenas a lei natural, ou jus naturale), findada quando particulares cedem seus direitos à representação de um soberano e surge o Estado (monarquia absolutista) e representativo.
Na segunda parte, do Estado, abordam-se as características gerais do Estado, como a aplicação das leis civis, agravo e atenuantes, bem como as obrigações e direitos dos súditos e do soberano. Assim, Hobbes afirma que todos devem consentir o poder do soberano e que ambas as partes do pacto não podem quebrá-lo.
Uma leitura excelente e extremamente recomendada para compreender o absolutismo monárquico, assim como o contratualismo e algumas noções de Ciência política e Teoria do Estado.

~ "É aquele que é composto pelos poderes de vários homens unidos por consentimento numa só pessoa natural ou civil" - Trecho de Leviatã que fala sobre o poder do Estado.
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Midi.Gomes 25/07/2022

O corpo artificial
Abrimos mão do nosso poder, nos submetemos a quase tudo para que o estado nos mantenha em segurança. Esse é o motivo da existência do Estado.

O livro também analisa de forma racional a relação do poder divino sobre o estado ou soberano.

Uma das minhas leituras mais inusitada. Fiquei surpresa como ela se mostrou "fácil" de assimilar.

"A meu ver, tanto pela razão quanto pelas Escrituras, que o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembleia, como nos Estados populares e aristocráticos, é tão grande quanto os homens são capazes de fazê-lo."
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