Resenhas - Odete Inventa o Mar

Ay2301 27/03/2023

Odete internada, deixada, desde criança, nunca saiu de lá, a não ser pela sua imaginação. Ondina, sua irmã, narra o quanto provoca um remorso ( em sua família e nela mesma ), algo do tipo, desde criança Odete foi deixada naquele lugar! Uns trechos são bastante dramáticos, mas depois com o tempo pode-se entender melhor, o quão triste pode ser a solidão, a morte dramaticamente escrita, as poesias citadas na maioria das vezes sobre Odete!
Os trechos mal específicos, quando ela é criança, adolescente, adulta e já velha, a descrição de cada cenário, o quão triste é cada cenário!
A escrita pode ser no começo estranha por não ter pontuação alguma, mas depois que entende, que cada leitor vai ter um sentimento diferente, vai entender de uma forma diferente, cada um com suas teorias, mas a história é bem específica na vrdd! Mas ainda fica sendo um desafio tentar sentir cada sentimento colocado nessas palavras e frases escritas com nenhuma pontuação, como se a história ficasse sem fim, com algo aberto a se resolver, pelo menos para mim!

igsuehtam 02/06/2022

Odete inventa o mar
Um livro curto e profundo que fala sobre um ocorrido que acaba com uma familia e como eles, mesmo depois de tanto tempo, não conseguem compreender o que aconteceu com Odete. Ela apenas aparece na memória da irmã que narra a hsitoria.

É um livro sobre uma pessoa que perdeu uma vida toda. E junto se foi a família também.

AleT. 12/02/2022

Complexo e envolvente
achei esse livro bem complexo, a história é envolvente, diferente e faz vc sentir e realmente pensar em como seria se fosse voce, a sua familia no lugar dela. O estilo de escrita é bem diferente do que, em geral, eu leio mas gosto de histórias de poucas paginas que carregam um grande peso e mensagem. Senti desespero, aflição, saber como foi toda a sua vida, pelas visoes de outros, por suas, vê-la perdendo todos que um dia a amaram e aos poucos deixaram de visita-la foi quase uma tortura. Pensar que diversas pessoas realmente passam por isso todos os dias e morrem sozinhos sem a companhia de ninguem sem poder mais nada dizer o tempo perdido as palavras e a saudade tudo deixado para trás...

Marcos Faria 11/06/2015

Em seu primeiro romance, Sônia Machado de Azevedo se mostra uma autora corajosa. Não exatamente inovadora - a prosa sem pontuação, remetendo a fluxos de pensamento, já não representa uma revolução - mas sem dúvida alheia a formatos mais tradicionais e confortáveis. Certamente a opção estética foi a mais adequada para falar não apenas da psique fragmentada de Odete quanto da outra fratura emocional, a que a sua internação num sanatório provoca em sua família (e especialmente na irmã Ondina, que às vezes assume a narração). É um livro em que tudo é pequeno - os personagens, os cenários, os dramas, até mesmo as letras são sempre minúsculas exceto em nomes próprios - para forçar o leitor à introspecção necessária para mergulhar no mar que Odete inventou.

site: https://registrosdeleitura.wordpress.com/2015/06/10/odete-inventa-o-mar/