Tópicos em ontologia analítica

Tópicos em ontologia analítica Décio Krause




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Truga 22/01/2020

NÃO SE ASSUSTE COM O TÍTULO
LEIAM ESSE LIVRO. FIM. Esse é o resumo. Meu, o autor, Décio Krause, é prof. Titular na área de Filosofia na UFSC e aposentado como prof. Titular em Matemática da UFPR. Precisa nem falar que o cara sabe um pouquinho do que tá falando né?
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A frase “o atual rei do Brasil é careca” é verdadeira? Hm...o Brasil não tem um rei, então posso falar sobre o predicado “careca”? Se uma parte da sentença é falsa “o atual rei do Brasil” então tudo é “falso”? Isso é sempre assim? De qual lógica estamos falando? E se eu falasse “todos os filhos de Deus dormem”, como classificar essa sentença?
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Você por esse tipo de reflexão? Se sim, continue lendo o review. Se não, continue lendo o review hehehe.

Esse livro surgiu a partir das notas de aula preparadas para as disciplinas de Ontologia da UFSC (claramente vemos no texto um caráter mais “didático” do que “acadêmico” como se fosse um artigo ou um livro fruto de tese).

O primeiro capítulo “o problema ontológico” já chega com os dois pé no peito, na qual Krause apresenta algumas questões que ele vai trabalhar no livro como: o que significa “existir”? O que são significados? Como eles se relacionam com as sentenças, linguagens e teorias? Qual é a diferença entre o nome próprio “Napoleão Bonaparte” e a expressão “o general francês que foi derrotado na batalha de Waterloo”? Podemos chamar um elétron de Napoleão Bonaparte? Por que os nomes e as sentenças estão entre aspas nas questões acima?

O livro consegue abordar questões complexas como a distinção entre ser e existir (e as apresentadas acima) utilizando EXEMPLOS!! Sim, o livro apresenta muitos exemplos o que facilita bastante (diferentemente do Review anterior, no qual as ideias ficavam vagas demais, em minha percepção).

Ainda diferente do livro Ontologia da Susana de Castro, aqui Krause vai trabalhar principalmente as ontologias modernas, isto é, aquelas que surgiram no século XIX pra cá (ou seja, não vai ter uma discussão de Deus, nem autores como Descartes, Locke, Espinoza e cia).

Você não vai entender tudo. Das 220 páginas de texto, umas 20 são para as definições mais pesadas, na linguagem da lógica formal (se você não teve uma instrução em lógica, você vai ficar boiando na simbologia, mas tudo bem, eu também não tenho e isso definitivamente não atrapalha a compreensão).

RESUMO: ao fim do livro você vai ser uma pessoa mais crítica. Sério, todo entusiasta da ciência e do conhecimento poderia ter uma bagagem inicial do tipo que o livro trata. Tudo que você conhece hoje (ou acha que sabe) é apenas a ponta do iceberg, sério. O livro apresenta como as lógicas paraconsistente, modal, intuicionista, quantificacional, polivalentes são consistentes internamente e como elas respondem as questões apresentadas aqui no início.
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