Resenhas -

mesquita1903 21/04/2024

Dickens, que escritor! Sempre fico impressionado com a qualidade da escrita dele. Existem algumas passagens nesse livro que você fica de cara com a beleza daquilo que está escrito. A história é muito boa, mas senti ela meio enrolada em alguns momentos - fez todo sentido essa ?enrolação? conforme fui lendo o livro.

Josi 30/03/2024

Dickens nunca me decepciona! ??

Nesse romance histórico, acompanhamos Dr. Manette, que logo após ser libertado da Bastilha, onde passou anos preso injustamente, encontra Lucie, a filha que mal teve a chance de conhecer e que, ainda bebê, após a morte da mãe, foi levada para a Inglaterra pelo amigo Jarvis Lorry, leal funcionário de um banco inglês.

O destino dos três se cruza com o virtuoso Charles Darnay, outro francês radicado na Inglaterra, salvo de uma injusta acusação de espionagem pelo brilhante, porém displicente, Sydney Carton. Darnay e Lucie se apaixonam, mas a turbulência social vivida em seu país natal traz à tona um segredo sobre o passado do rapaz, e seu senso de responsabilidade coloca a todos em risco.

Também são personagens centrais os Defarge, casal de revolucionários que representa muito bem as contradições e injustiças que se revelam quando o oprimido assume o lugar de opressor.

Tendo como pano de fundo a independência americana e seus reflexos na sociedade inglesa por um lado, e a agitação social que levou à Revolução Francesa por outro, o autor nos traz uma história regada de intrigas e reviravoltas, centrada na tensão vivida em Londres e Paris, as 2 cidades do título, nas décadas finais do séc. XVIII.

Assim como em outras obras de Dickens, temos um retrato dos contrastes sociais da época, com ênfase na miséria e violência a que as classes baixas estão expostas, em meio à indiferença da burguesia. Mas, nesse livro em particular, percebi uma abordagem mais dura e explícita por parte do autor, em especial nos trechos mais tensos, em que trata das execuções sumárias realizadas com a temida guilhotina.

Outras características do autor, utilizadas brilhantemente neste livro, são a introdução de cenas e personagens que, num primeiro momento, parecem irrelevantes e aleatórios, mas que, no decorrer da narrativa, se mostram essenciais no desenvolvimento da trama, e o personagem ambíguo que, em um ato de redenção, se converte em herói improvável.

Foi uma leitura incrível! A cada livro que leio de Dickens, me apaixono mais pela escrita do autor!

Gleice 15/03/2024

O que faço agora é algo muito, muito melhor de tudo que já fiz. Desfrutarei de um descanso, muito melhor do que jamais pensei conhecer.

Demorei um pouco a pegar o ritmo da história, mas depois que peguei se tornou uma leitura muito boa. Eu comecei com um pensamento da escola em que a revolução tinha sido incrível e a melhor coisa para aquele país, mas nesse livro tive uma visão diferente dos acontecimentos. O Dickens conseguem nos mostrar outro lado dessa história, mesmo não escolhendo um lado político ele conta sobre o sofrimento da população, a morte de inocentes que sempre acontece em eventos históricos assim. Ele trata de nos mostrar a visão de cada lado, a dor e o sofrimento causado por algumas pessoas que se torna em vingança desmedida direcionada a outras. Entendo que possa não ser um livro que todo mundo goste porém eu gostei muito.
Tem o Sidney que foi um personagem que mais marcou, mesmo não sendo o cavaleiro perfeito de uma história o seu sacrifício foi puro e é algo que não esquecemos.

GAssika 24/02/2024

Uma história especial
Achei esse livro muito bom! Daqueles vão ficar muito tempo comigo. No começo achei a história um pouco cansativa, principalmente por conta da quantidade de personagens, mas conforme a leitura vai acontecendo os pontos principais vão ficando mais claros. Acredito que seja o tipo de história que se destaca pelas reflexões possíveis de serem feitas diante dos eventos reais que são relatados. Enfim, é aquele tipo de história realmente muito especial.

bequinha 19/02/2024

O último sonho de minha alma
"era, pois, a decisão de um homem cansado, que vagara, lutara e se perdera, mas que por fim encontrara seu caminho e avistara o seu fim."
Não há como comentar desse livro deixando de fora o sacrifício de Sidney Carton. É como começa a história, de certa forma, e como ela termina. Mas as águas que rolam nesse desenvolvimento exprimem novamente o dom inegável de Charles Dickens, em todos os aspectos da escrita. Esse foi o primeiro livro que li do Dickens, e que foi sucedido por vários outros favoritos meus, mas nessa releitura eu pude me deleitar melhor com esse material. A narração é deliciosa, esse narrador sarcástico e envolvente, que sabe de tudo e te conta quase tudo, é fantástico pelas mãos de Dickens. Há alguns protagonismos na história, mas como o próprio título já denuncia, é algo que abrange uma história histórica. O pano de fundo é "mais importante" do que as peças individuais e pessoais. E sinceramente, só Charles Dickens pra fazer um romance histórico ser tão fluído e gostoso de acompanhar. Fiquei muito encantada com alguns recursos da escrita, que mais parecia poesia do que prosa, durante a leitura. Mas da forma como comecei, preciso afirmar como fiquei encantada com esse personagem criado que foi o Sidney Carton. Não há definição de anti-herói que o abranja, somente um homem cansado que decidiu tomar a melhor, melhor escolha da vida dele. Decisão essa que parece loucura aos olhos de alguém que não conhece o Amor. Amor que não limita seu amor pelo objeto amado, mas abre mão de si próprio pelos que tal objeto ama. Mas limitar seu sacrifício a seu amor por Lucie seria errado, já que todo um arco de redenção é traçado através dele. Lindo de se ler.

Bia 01/02/2024

Confuso, mas intrigante
São muitos nomes e as vezes ficamos perdidos na história, mas achei muito intrigante e interessante!

Johann 12/01/2024

Esplêndido e Memorável
Esplendido e memorável são palavras indispensáveis para descrever esse livro.

Embora já tenha uns 5 ou 6 titulos desse autor, nunca antes tinha me dado ao trabalho de ler. E QUE DESPERDÍCIO NÃO TER LIDO DICKENS ANTES. Após essa leitura, Dickens facilmente disputa um lugar como meu autor favorito.

Em uma Pacata Londres Georgiana e uma Louca Paris Revolucionária, somos apresentados a vários núcleos de personagem que a princípio não parecem ter relação alguma, mas que ao decorrer do livro, nos é revelado um enorme emaranhado de relações e ligações. Se enquanto temos os Manette tentando viver uma vida tranquila numa esquina do Soho, no outro lado do Canal da Mancha temos um certo casal Defarge na linha de frente da revolução francesa. Temos ainda outros personagens como Jarvis Lorry, Carton, Darnay,Jerry pai e filho, os irmãos Pross.

Confesso que a primeira parte do livro foi um pouco cansativa, a narrativa ao apresentar cada nucleo separadamente, e a leitura seguiu arrastada sem fazer muito sentido, mas, quando chegou a segunda parte, MEUS AMIGOS, não consegui mais parar até terminar. A cada página uma nova revelação, uma nova reviravolta.

Numa narrativa emocionante desenvolvida num dos períodos mais malucos e sanguinários da história, Dickens nos apresenta críticas sociais, valores cristãos, heroicismo, amor e poesia na medida certa, marinados numa quantidade enorme de drama e sangue.

É muito difícil fazer-me emocionar durante uma leitura, e Dickens conseguiu me arrancar lágrimas não uma, MAS TRÊS VEZES durante essa leitura.

O livro termina de forma marcante, sensacional, memorável, esplêndida e outras tantas palavras que não seriam suficientes para descrever esse final. De fato, emocionante.

Um livro denso e dramático que facilmente ocupa lugar no meu top 10 livros favoritos.

Fique agora com alguns trechos.

"A água corria na fonte, o fluxo veloz do Rio corria, o dia corria para noite, tantas vidas naquela cidade corriam para os braços da Morte ditada pelas regras, o tempo e a maré não esperavam por ninguém, os ratos voltavam a dormir alinhados em suas tocas escuras, o baile à fantasia se animava com jantar e tudo seguia o próprio curso"

"O que faço hoje é muito, muito melhor do que tudo que já fiz. E a paz que tenho hoje é muito, muito maior do que a paz que jamais conheci."

"Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que crê em mim ainda que morresse viverá, e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá"

"Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou Morte, sendo está última a mais fácil de se conceder, ó Guillotine!"

"Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos. Foi a idade da sabedoria, foi a idade da tolice. Foi a época da fé, foi a época da incredulidade. Foi a estação da luz, foi a estação das trevas. Foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero. Tínhamos tudo diante de nós, não havia nada antes de nós. Todos íamos direto para o céu, todos íamos direto para o outro lado."

Amaro 19/12/2023

A leitura de Dickens é mais complicada que Machado de Assis.
E nem sempre vale a pena.

O conto de duas cidades, logo depois de Dom Quixote e da bíblia, é o livro mais lido de todos os tempos. Não sei como, realmente é pra poucos.

A despeito, mesmo sendo bem complicado, o final é excepcionalmente bom e te faz se arrepender de ter lido de qualquer jeito algumas partes.

Não se julgue, mesmo assim. O excesso de poesia em cada pequena parte e descrição torna a leitura muito enfadonha. Perder uma parte ou outra porque não se estava no clima de se entender poesia é completamente perdoável.

Se não fosse tão difícil, teria gostado mais.

Mesmo assim, um excelente livro.

Rodolfo.Barbosa 24/11/2023

Queria ter gostado mais.
Me custou concluir essa leitura...
Apesar de gostar de ler clássicos, confesso que esse não me empolgou...

A história se passa em plena revolução Francesa(tema que leio muito). E mesmo assim não me empolgou.

Um ponto positivo foi a forma que o autor mostra os dois lados da revolução Francesa; que apesar de ter colocado um fim na monarquia absolutista, houve também muito derramamento de sangue de pessoas inocentes na guilhotina.

Enfim, vou tentar ler outro de Dickens pra ter uma segunda impressão dos livros dele.

Corvina0606 08/09/2023

La guillotine
Eu gostei bastante quando da leitura, mesmo não sendo um livro que tu lê em uma semana, é bastante denso, cheio de informações, tudo é descrito. Precisa ler com calma, entender tudo que está sendo dito, até fazer pesquisas. E são muitos acontecimentos, como pode-se esperar duma história que se passa na Revolução Francesa.
Eu digo a vocês que leiam Um conto de duas cidades! É um bom livro, eu adorei ele!!! Foram muitas sensações e sentimentos enquanto lia. Sofri, ri, senti angústia, fiquei confusa, vibrei junto, enfim... Aparece até a queda da Bastilha na visão dos revolucionários, isso foi bem legal.
Só não dei 5 estrelas porque ele é bem arrastadinho, tanto que desisti e voltei agora.

Kduque 26/08/2023

Um conto de duas cidades, Charles Dickens

Sempre quis ler esse clássico da literatura mundial, e fiquei muito feliz por ter terminado o livro. Achei a leitura muito enriquecedora, um grande aprendizado sobre a revolução francesa, com descrições detalhadas de cenários e costumes reais da época e principalmente sobre a divisão das classes sociais. Demorei um pouco pra
gostar da história, pois começou a ficar interessante somente na segunda parte, mas valeu muito a pena. 

Wane 06/07/2023

Não acredito que consegui
Charles Dickens apesar de uma pessoa que me pareceu ser detestável, é um autor brilhante e fenomenal. Acompanhar de perto a realidade de uma família que foi beneficiada e destruída pela Revolução Francesa nos faz entender ambos os lados da história e que ambos tinham diversas falhas.
Carton eu te amo seu idiota pqp

CCataldi 05/07/2023

Surpreende a cada página
A primeira metade do livro é um tanto cansativa. Mas, depois que o enredo é traçado e os personagens apresentados, a história se desenrola de uma surpreendente. O contexto histórico engrandece esse conto.

Bcvc 13/04/2023

Amei
Primeiro livro que eu leio do Dickens e adorei! A escrita não é difícil e o livro é cheio de tramas, muito interessante.

MIRANDA 12/04/2023

Dickens , detalhando França e Inglaterra durante a revolução francesa através de classes sociais e seus momentos conturbados de sobrevivência .
Palavra para o livro : Guillotine