Um Parque de Diversões da Cabeça

Um Parque de Diversões da Cabeça Lawrence Ferlinghetti




Resenhas - Um Parque de Diversões da Cabeça


7 encontrados | exibindo 1 a 7


johannbsf 23/01/2024

Bem, a versão que possuo é aquela original dos anos 80, então a leitura tende a ser bem diferente. Quanto ao livro, a composição de paisagens gráficas feitas pelo autor é realmente um trabalho de pintor. Infelizmente só consegui acompanhar totalmente a parte traduzida, pois a linguagem tende a ser um pouco embaçada na original, não me senti pronto pata encarar totalmente.

Um bom livro de poesias que me rendeu boas de temas e maneiras de escrever.

Um parque de diversões da cabeça é realmente uma montanha russa, tendo seus altos e baixos, mas continua sendo marcante.
comentários(0)comente



Na Literatura Selvagem 02/12/2020

Um parque de diversões da cabeça - a poética de Lawrence Ferlinghetti
Lawrence Ferlinghetti é o poeta beat mais longevo: estamos em 2020 e ele ainda é vivo, tendo mais de cem anos de idade. Foi contemporâneo de grandes nomes da Geração Beat como Jack Kerouac, Neil Cassady e Alen Ginsberg, e chegou a publicar deste último a sua obra-prima Uivo, que acabou sendo confiscada por muitos anos nos Estados Unidos como subversiva. Ferlinghetti foi processado pela publicação.


leia mais no blog

site: http://naliteraturaselvagem.blogspot.com/2020/12/um-parque-de-diversoes-da-cabeca.html
comentários(0)comente



Peleteiro 02/05/2020

Entre poemas históricos e pungentes e alguns exageradamente delirantes, este livro é um perfeito livro para se ler em voz alta. Imagético e com a verve beat em sua essência, se faz tão essencial quanto ?uivo?, de Allen Ginsberg.
comentários(0)comente



Adriana Scarpin 15/05/2016

I am Waiting
"I am waiting for my case to come up
and I am waiting
for a rebirth of wonder
and I am waiting for someone
to really discover America
and wail
and I am waiting
for the discovery
of a new symbolic western frontier
and I am waiting
for the American Eagle
to really spread its wings
and straighten up and fly right
and I am waiting
for the Age of Anxiety
to drop dead
and I am waiting
for the war to be fought
which will make the world safe
for anarchy
and I am waiting
for the final withering away
of all governments
and I am perpetually awaiting
a rebirth of wonder

I am waiting for the Second Coming
and I am waiting
for a religious revival
to sweep thru the state of Arizona
and I am waiting
for the Grapes of Wrath to be stored
and I am waiting
for them to prove
that God is really American
and I am waiting
to see God on television
piped onto church altars
if only they can find
the right channel
to tune in on
and I am waiting
for the Last Supper to be served again
with a strange new appetizer
and I am perpetually awaiting
a rebirth of wonder

I am waiting for my number to be called
and I am waiting
for the Salvation Army to take over
and I am waiting
for the meek to be blessed
and inherit the earth
without taxes
and I am waiting
for forests and animals
to reclaim the earth as theirs
and I am waiting
for a way to be devised
to destroy all nationalisms
without killing anybody
and I am waiting
for linnets and planets to fall like rain
and I am waiting for lovers and weepers
to lie down together again
in a new rebirth of wonder

I am waiting for the Great Divide to be crossed
and I am anxiously waiting
for the secret of eternal life to be discovered
by an obscure general practitioner
and I am waiting
for the storms of life
to be over
and I am waiting
to set sail for happiness
and I am waiting
for a reconstructed Mayflower
to reach America
with its picture story and tv rights
sold in advance to the natives
and I am waiting
for the lost music to sound again
in the Lost Continent
in a new rebirth of wonder

I am waiting for the day
that maketh all things clear
and I am awaiting retribution
for what America did
to Tom Sawyer
and I am waiting
for Alice in Wonderland
to retransmit to me
her total dream of innocence
and I am waiting
for Childe Roland to come
to the final darkest tower
and I am waiting
for Aphrodite
to grow live arms
at a final disarmament conference
in a new rebirth of wonder

I am waiting
to get some intimations
of immortality
by recollecting my early childhood
and I am waiting
for the green mornings to come again
youth’s dumb green fields come back again
and I am waiting
for some strains of unpremeditated art
to shake my typewriter
and I am waiting to write
the great indelible poem
and I am waiting
for the last long careless rapture
and I am perpetually waiting
for the fleeing lovers on the Grecian Urn
to catch each other up at last
and embrace
and I am awaiting
perpetually and forever
a renaissance of wonder"
comentários(0)comente



Arsenio Meira 18/04/2014

A Dignidade de um Poeta

A expressão beat generation, geração beat, foi criada por Jack Kerouac em 1948. Allen Ginsberg se referiria, mais tarde, a um “movimento literário da geração beat” para designar o grupo de autores norte-americanos que estrearam na década de 1950, com grande impacto e circulação pela ousadia e caráter inovador de suas obras: Kerouac, principalmente através de On the Road, uma plataforma geracional; Ginsberg, que chamou a atenção para a beat com o famoso poema “Uivo”;William Burroughs,Corso, Lawrence Ferlinghetti, Michael McClure, Gary Snyder, Bob Kaufman, Diane di Prima e outros.

Estes poetas jovens queriam, de fato, a romper com o estilo de vida convencional, e a procurar novos modos de expressão. Está na origem da contracultura, de movimentos pacifistas, da revolução de jovens “de mochilas nas costas” profetizada por Jack Kerouac. Mas esse impacto social e político da beat também ocasionou uma distorção: seu exame, por críticos e jornalistas, como acontecimento exclusivamente comportamental, relevante ao contribuir para a mudança de costumes e uma abertura de sociedades contemporâneas. Assim, tendem a ser deixadas de lado qualidades propriamente literárias dos autores que a integraram. A Geração Beat, além dos estimulantes relatos de biografias desses autores (de modo coerente com sua poética, que propunha a continuidade entre poesia e vida), e da discussão de sua dimensão política, merece também ser destacada pela sua contribuição especificamente literária.

Lawrence Ferlinghetti nasceu a 24 de março de 1919 em Yonquers, Nova Iorque, filho de uma franco-portuguesa e de um italiano que faleceu meses antes do seu nascimento. A ausência do pai certamente lhe deixou ferida, uma fatura jamais resolvida, conforme atestam os versos deste "Um Parque de Diversões da Cabeça": "tenho perambulado solitário/ como as multidões... / Certa vez iniciei/ uma caminhada em torno do mundo/ mas desisti no Brooklyn/ Aquela ponte foi demais para mim./ Já tentei o silêncio / o exílio e a astúcia. / Estou procurando pelo meu Velho / que jamais conheci. " Os primeiros anos de vida não foram fáceis e o internamento da sua mãe num asilo fez com que fosse entregue aos cuidados de um tia que o levou para França, regressando aos EUA cinco anos depois. O regresso foi complicado e as dificuldades que a sua tia teve em encontrar emprego fizeram com que ele fosse entregue a um orfanato. Apesar das dificuldades que enfrentou na infância e na adolescência, Ferlinghetti formou-se em jornalismo na Universidade da Carolina do Norte em 1941. Em 1945 participou na invasão da Normadia como comandante de um dos navios. Com o final da Guerra, Lawrence Ferlinghetti conseguiu obter um mestrado na Universidade de Columbia. Na capital francesa, onde viveu entre 1947 e 1951, conheceu Kenneth Rexroth que o convenceu a ir para São Francisco, onde começava a despertar o zodíaco de contra-cultura.

A sua poesia centra-se nos aspectos da vida do homem comum na sociedade massificada e no sonho democrático de um mundo mais honesto e justo. Entre as suas influências estão T. S. Eliot, Ezra Pound, E. E. Cummings, H.D., Marcel Proust, Charles Baudelaire, Jacques Prévert e Guillaume Apollinaire. Apesar de a sua faceta mais conhecida ser a de editor — visto que foi o responsável pela edição em livro de grande parte dos editores da Beat Generation —, Lawrence Ferlinghetti tem uma extensa obra em nome individual, quer poética, quer pictórica. Sua poesia reflete a visão ritmada e imagética da realidade. No entanto, o excesso de coloquialismo e um certo tom panfletário datam alguns tópicos da poética de Ferlinghetti, tal como acontece como outros poetas mais próximos da cânone, i.e, Bertold Bretch. Não obstante, aqui e ali encontramos o licor que só os poetas de têmpera inquieta conseguem verter sobre o papel, e Lawrence Ferlinghetti, se não conseguiu alcançar, na minha opinião, o patamar da excelência, trouxe a poesia surrealista para os EUA e soube praticá-la com dignidade, artigo raro em qualquer tempo literário.


comentários(0)comente



Vanessa 25/08/2009

Uma montanha russa invertida, dentro da cabeça.
comentários(0)comente



Jesner 28/01/2009

Confira um trecho de "Autobiografia":

"Sou um lago na planície.
Uma palavra
numa árvore.
Sou uma montanha de poesia.
Uma blitz no inarticulado.
Sonhei
que todos os meus dentes caíram
mas a língua sobreviveu
para contar a história.
Porque sou um silêncio
poético."

comentários(0)comente



7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR