Poemas para ler na escola

Poemas para ler na escola João Cabral de Melo Neto




Resenhas - Poemas para ler na escola


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D. Marcas-Moreira 20/01/2024

Poemas para ler na escola - João Cabral de Melo Neto
Poemas para ler na escola - João Cabral de Melo Neto

Um pouco sobre o livro: trata-se de uma antologia com trinta poemas do escritor organizada por Regina Zilberman.

Minhas considerações: a escrita do autor é áspera, difícil de ser lida em voz alta, conforme ele mesmo disse. Tive dificuldade até em entender alguns poemas e outros são tão extensos que, chegando ao fim, eu já tinha esquecido o início, contudo, enquanto lia, eu sentia a aspereza de uma vida sofrida, sobretudo nos poemas "O rio" e "Vida severina", COMPREENDE?! Quem já leu, também sentiu isso? No geral, é um bom livro, sim, mas vou colocá-lo na minha lista de releituras futuras, pois sei que, em outro momento da vida, poderei desfrutar mais da grandiosidade do autor.

Poemas que mais gostei: "Janelas", "Uma evocação do Recife", "Questão de pontuação", "O rio", "Morte e vida severina", "O luto no sertão", "O poema", "Antiode" e "O artista inconfessável".

Recomendação: sinceramente, recomendo apenas para quem quer conhecer a escrita do autor e para quem, assim como eu, quer expandir suas referências em poesia brasileira.

Avaliação: 3 estrelas

???
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samantabellei 14/10/2023

Apenas gosto pessoal.
Descobri que não gosto de ler poemas e poesias, por esse motivo,odiei o livro, mas as poesias são lindas. APENAS UM GOSTO PESSOAL!
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Gabi*Yuuki 02/04/2023

Sertão em versos
Grande parte do livro é ocupada por poemas de várias páginas, em comparação com outros que ocupam apenas uma ou duas.
Dos primeiros, vale ressaltar que descrevem a vida, o ambiente e o pensamento do sertanejo em seu grande sertão.
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Ry 16/03/2022

Uma obra incrível
Uma obra linda, cheio de detalhes em alguns aspectos, os Poemas sobre o Nordeste e seus autores, muito bom cada um.
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Raqs 11/07/2021

Poesia nordestina
Esse livro de João Cabral de Melo Neto, é repleto de poesias, onde o foco é retratar um pouco sobre o nordeste brasileiro, tanto o relevo, a hidrografia, a s pessoas, o sofrimento causada pela seca, e o sertão nordestino em geral.
Este livro não faz tanto o meu tipo de livro, porém não achei ele ruim, creio que para pessoas que curtem poemas, não românticos, nem melosos, e que acham interessante saber um pouco mais sobre a seca, a desigualdade nordestina, gostará bastante da obra.
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Eduardo 21/09/2020

O grão mais vivo
É o primeiro livro do autor que eu leio, apesar de já ter lido antes alguns poemas curtos, além de Morte e Vida Severina.

Esta antologia me parece cumprir bem o que se propõe: é uma antologia escolar. A introdução dá algumas chaves de leitura para os poemas de João Cabral em linguagem bastante didática e a própria organização em três grandes grupos - "Figuras e paisagens", "Nordeste, seus heróis e seu destino" e "O poeta" - ajuda a guiar a leitura. Por outro lado, senti falta da referência aos livros originais em que cada poema foi publicado. São, no total, 4 poemas longos ("O cão sem plumas", "O rio", "Morte e vida severina" e "Auto do frade") e 26 poemas curtos.

Quanto aos poemas, João Cabral ocupa realmente um lugar singular dentro da poesia brasileira. Ele parece mesmo inaugurar uma linhagem de poesia mais ligada ao senso de construção e ao afastamento de muitos elementos da poesia associados ao Romantismo, como a noção de poesia confessional, a fluidez musical dos versos e certo uso das metáforas. Isso irá estar presente de modo marcante nos versos dos poetas do Concretismo e dos que foram influenciados por ele.

Há de se deixar claro que "Morte e vida severina", seu poema mais famoso, desvia significativamente dessas características acima. Esse poema escrito por encomenda não está entre os favoritos do autor, e possui mais uma intenção comunicativa imediata, o que revela bastante do apelo que o texto tem. Li esse texto a primeira vez nas aulas de literatura do ensino médio e ele me deixou bastante curioso, gostei do ritmo da leitura e das imagens, da construção retórica que ele vai desenvolvendo nos versos, mas numa linguagem acessível. Me tocou ler agora, nesse período de pandemia, o trecho em que dois coveiros discutem as formas como morrem as pessoas nos bairros ricos e nos bairros pobres. Eles possuem um ponto de vista privilegiado sobre a desigualdade em um ponto sensível. Se a morte é algo comum a todos, independentemente de bairro, apenas alguns possuem direito a luto e a memória, outros não possuem isso. Por aquilo que não se tem após a morte fica ainda mais claro aquilo que não se tem em vida, ou melhor, o que é degradado em vida. Infelizmente, com a pandemia aumentando ainda mais as desigualdades sociais, e o aumento recente da fome no país, o poema volta a ganhar atualidade.

Nesta linha mais comunicativa está também o poema "Auto do frade", que narra o cumprimento da pena de morte de Frei Caneca. Este poema, apesar de algumas boas imagens e de trabalhar bem a tensão que antecede a execução da pena, achei bem chatinho e alongado. Gostei muito mais do João Cabral mais conciso.

Entrando nos finalmentes, que são esses poemas mais concisos e "construtivistas" do João Cabral, ali parece que realmente estão os poemas mais inventivos do poeta. Os poemas dele (ao menos os selecionados nessa antologia), em grande parte, parecem seguir uma forma que se repete: procuram "definir" ou "dar a ver" algo, como diria o próprio poeta, partindo de imagens e comparações simples e desenvolvendo-as ao longo dos versos, trazendo mais complexidade e interesse ao que se apresenta quase que de modo banal no início do poema. Apesar de simples - ou talvez o adjetivo mais adequado seria "claro" - o poema chega a construir imagens inusitadas e com grande força de persuasão do leitor. Tenho a impressão lendo alguns desses poemas de que é como se o escritor tentasse convencer o leitor com uma grande força de persuasão - e eu não conseguiria discordar de um poema dele.

Dito tudo isso, acho que seria necessário também pensar se essa poesia mais "clara", mais da comparação que da metáfora, não acaba por perder algo ou ser menos prazerosa. No poema "Catar feijão" (que, infelizmente, não está presente nessa antologia), o poeta fala que procura a palavra "pedra", "de quebrar dente". Às vezes é necessário confrontar a dentição do leitor, e isso pode ser prazeroso ao seu modo, mas tenho a impressão de que é uma poesia para momentos bem específicos porque - discordando do poeta - nem sempre "a pedra dá à frase seu grão mais vivo".
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Thamires Amorim 14/05/2014

É bom!
Titulo: Poemas para ler na Escola. Autor: João Cabral de Melo Neto. Editora: Objetiva. Ano: 2006. Páginas: 239. Nota: ♥♥♥. Sinopse: Donos de livros premiados, João Cabral de Melo Neto, João Ubaldo Ribeiro, Carlos Heitor Cony e Ignácio de Loyola Brandão integram o primeiro time da literatura nacional. Referência para diversas gerações de leitores, esses autores agora possuem outro ponto em comum: eles fazem parte da recém-lançada coleção Para Ler na Escola, desenvolvida pela Editora Objetiva e que tem como meta aproximar alunos do ensino médio das obras de nomes fundamentais das letras brasileiras.
Este é um livro que faz jus ao nome, pois apenas pessoas que amam a literatura brasileira conseguem ler o livro sem se entediar por pelo menos um momento. É um livro que contém diversas poesias que são tratadas na escola nas aulas de português, como por exemplo ‘Morte e Vida Severina’.

Regina Zilberman soube reunir de maneira muito boa à ordem das poesias e também tornar a ordem algo expressivo, já que eu não vejo nas poesias de João Cabral, nada de tão intenso e sentimental, o que vendo em particular acaba com a poesia. Afinal, pra que serve a poesia se não para te levar para longe?

As poesias são cheias de realidade e fazem com que o leitor se encontre em diversos locais do sertão. Também fala de coisas simples a paisagem, engenheiros, nuvens e até mesmo os olhos. É uma maneira diferente de ver a poesia, mas vale a pena ser vista.


Tu és a antecipação / do último filme que assistirei. / Fazes calar os astros, / os rádios e as multidões na praça pública. / Eu te assisto imóvel e indiferente. / A cada momento tu te voltas / e lanças no meu encalço / máquinas monstruosas que envenenam reservatórios / sobre os quais ganhaste um domínio de morte. (Pg. 19)

Esta resenha pertence ao blog Marca Provisória, encontre-a aqui:

site: http://marcaprovisoria.blogspot.com.br/2014/01/resenha-poemas-pra-ler-na-escola-joao.html
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Mady 11/02/2014

Poesia sem melação
Pra quem gosta de poesia no seu sentido mais puro, sem ser poesia romântica, melosa, irá amar este livro. Poesias perfeitas que contam histórias, como Vida e Morte Severina, fazem parte deste livro. Muitos versos são fortes e marcantes.
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