Fabi | @ps.leitura 23/04/2020{resenha feita no blog PS Amo Leitura}Uma Dor Tão Doce, lançado em fevereiro, primeiramente pelo clube Intrínsecos, é uma obra do autor David Nicholls e vamos conhecer a vida de Charlie.
É 1997.
Após a separação de seus pais, Charlie está determinado a colocar toda a culpa em sua mãe por ter saído de casa, levado sua irmã e o deixando como cuidador de seu pai: um músico falido, dono de uma loja de disco falida e agora, um relacionamento falido.
Além de lidar com a separação, Charlie vê seus melhores amigos se afastando e começa a ir mal nas provas de admissão da faculdade. Como conseguir lidar com todos os problemas sozinho? E é quando ele se depara, acidentalmente, com um ensaio de Romeu e Julieta.
Sua primeira reação é fugir dessa peça, mas há um bom motivo para ficar: a atriz que interpretará Julieta, Fran Fisher, é a garota mais bonita e confiante que ele já conheceu; totalmente diferente dele – introvertido e sem personalidade forte.
E é nessas férias e em uma peça Shakespeariana que Charlie vai se encontrando e descobrindo sua motivação. Mas até onde essa paixão pode levá-lo?
Esse foi meu segundo contato com o autor.
Lembro quando li Um Dia, fiquei realmente encantada com o decorrer da história, apesar de ter demorado um pouco para me conectar com a mesma e neste livro não foi muito diferente.
Uma Dor Tão Doce é um livro repleto de detalhes. David Nicholls narra todos os acontecimentos bem detalhados, o que tornou a leitura um pouco lenta e até mesmo monótona. Porém, em determinado momento, após alguns acontecimentos, o livro começa fluir melhor.
Apesar de não ter me conectado com os personagens e em muitos momentos fiquei confusa com o que estava acontecendo, devo dizer que gostei da premissa apresentada pelo autor. O teatro era um refúgio para o Charles e era o que ele precisava naquele momento, principalmente com o seu mundo desabando.
Além de tudo, é uma história de amor.
Independente de toda dor e sofrimento que o personagem precisa lidar ao longo da trama, Uma Dor Tão Doce ainda é uma história de amor. Ele mostra como o amor pode mudar nossa vida, não importa quanto tempo passe.
Também é uma história sobre crescer, amadurecer, sair de casa e viver momentos marcantes e capazes de moldar nossa vida e até mesmo quem somos.
O que me chamou mais atenção na obra é que ela não é contada pela versão do Charlies adolescente e sim, por ele adulto. São lembranças, cheias de melancolia, de um verão que mudou sua vida e moldou quem ele se tornou. Para mim, isso foi o ponto mais alto do livro.
A obra não é ruim. É um livro bom, porém não me conquistou da forma como eu esperava. Para quem curte um romance estilo Romeu e Julieta, vai se identificar com esse livro do autor. É um livro que precisa ser lido sem pressa, apreciar os detalhes e descobrir como a vida pode mudar ao longo dos anos.
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