Jazz

Jazz Toni Morrison




Resenhas - Jazz


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Mari Pereira 04/03/2022

Como não se apaixonar pela escrita de Toni Morrison?
Pra mim é sempre um prazer ler um livro escrito por Morrison, pois sua escrita desafia nossa percepção, nossos sentidos, evoca sentimentos profundos e nos transforma.
Não foi diferente em 'Jazz'. Partindo de uma premissa relativamente simples, a existência de um triângulo amoroso, a autora consegue trabalhar questões profundas sobre as desigualdades de gênero, raça e classe nos EUA. E mais, ela constrói cada personagem em sua individualidade e complexidade, sem saídas fáceis, sem maniqueísmo.
O livro é de uma riqueza tão profunda que às vezes você precisa ler um parágrafo duas, três vezes para poder absorver tudo está ali sendo enunciado. É um deleite.
O ritmo do jazz e do blues dita o ritmo da leitura e há trechos inteiros que senti vontade de declamar em voz alta, como se fosse em uma canção. Como não se apaixonar por um livro que tem essa capacidade?
Termino elogiando o generoso prefácio escrito pela autora, em que ela compartilha um pouco sobre seu processo criativo e nos faz admirar ainda mais seu precioso trabalho.

P.s.: sou fã mesmo!
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Nado 23/06/2023

A história se passa em um bairro norte-americano dos anos 1920, durante o auge do movimento cultural conhecido como Renascimento do Harlem. No centro da trama está Violet, uma esposa traída, e Joe Trace, um homem de meia-idade que mata sua jovem amante, Dorcas, em um acesso de ciúmes.
O enredo dessa obra não linear - levei várias páginas para me dar conta disso rs - com flashbacks e digressões que proporcionam uma perspectiva ampla sobre os personagens e suas motivações.
Além disso, "Jazz" examina a história afro-americana, destacando o legado da escravidão, sobretudo a luta por liberdade e autodeterminação. A autora aborda brilhantemente questões de raça e identidade de maneira crucial, explorando a experiência dos afro-americanos no início do século XX e a relação entre passado e presente.
Com uma narrativa não linear e linguagem poética, Toni Morrison constrói uma história complexa e envolvente que explora temas universais como amor, traição e redenção.
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@eu_rafaprado 21/06/2022

Uma leitura rítmica
Jazz
Toni Morrison

Publicado em 1992, Jazz é o segundo livro de uma trilogia, sucedendo ?Amada? (1987 premiado com Pulitzer de melhor ficção) e precedendo ?Paraíso? (1997).

Enquanto em ?Amada?, Toni constrói em cima de pautas raciais a demonstração de um amor maternal visceral, em ?Jazz? ela nos apresenta com musicalidade uma história de amor, ciúmes e feminicídio.

Inspirada por uma história real ao ver a foto de uma garota em um caixão, que havia sido morta por seu amante,
Toni recria e nos conta como Joe matou sua amante Dorcas, e porque sua esposa traída Violet, invade o velório para esfaquear o corpo da jovem no caixão.
É impressionante o desenvolvimento de personagens extremamente críveis!
Com uma sutileza única, Toni esfrega na nossa cara as consequências das atrocidades que o período escravagista causou e toda a consequência da estrutura racista que se criou e perdura até os dias de hoje.
É um livro dolorido, um romance triste e ao mesmo tempo rítmico como o som do Jazz.
Diferente dos outros que já li da autora, neste não me senti perdido ou confuso, a história apesar de transitar entre passado e presente se mantém linear e a narradora interage muito bem com nós leitores, como se estivesse contando segredos para um amigo.

-?Repeti para você que você era a razão de Adão ter comido a maçã e a semente. Que quando ele saiu do Éden, saiu como homem rico. Ele não só tinha a Eva como tinha na boca, para o resto da vida, o gosto da primeira maçã do mundo. O primeiro a saber como era. A morder, morder fundo. Ouvir ela crepitar e deixar a casca vermelha lhe partir o coração?.

Li esse livro na cia do meu amigo literário
e é muito bom poder compartilhar as impressões de uma leitura boa como essa com quem é apaixonado por literatura.

#Jazz #ToniMorrison #Tonimorrisonjazz
#Clubedolivro #LendoToniMorrison se
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@marcosmelhado 02/11/2022

Triste e necessário
Que história complexa. Os dois protagonistas têm por volta dos seus 50 anos, o marido assassina a amante (com seus 20 anos) e a esposa invade o velório para esfaquear a amante morta. A partir daí a Toni tece uma história triste, muito triste. Você acompanha essas duas pessoas com sentimentos muito conflitantes. Um homem irrepreensível que comete um crime passional, uma esposa traída, doente mentalmente, sentindo todo peso do envelhecimento feminino. Durante a leitura você percebe que a narrativa segue mesmo essa ideia musical, indo e vindo em passado e presente, apresentando um bairro negro dos EUA na década de 20. A cidade participa como um personagem. É importante entender o contexto daquelas pessoas. Segundo livro que leio da autora e ela continua me deixando encantado.
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@eu_rafaprado 24/07/2023

Inspirada por uma história real.
Jazz
Toni Morrison
Essa foi uma releitura para o clube do livro em Junho 2023.
Publicado em 1992, Jazz é o segundo livro de uma trilogia, sucedendo ?Amada? (1987, premiado com Pulitzer de melhor ficção) e precedendo ?Paraíso? (1997).

Enquanto em ?Amada?, Toni constrói em cima de pautas raciais a demonstração de um amor maternal e visceral, em ?Jazz? ela nos apresenta com musicalidade uma história de amor, ciúmes e feminicídio.

Inspirada por uma história real ao ver a foto de uma bela garota em um caixão, que havia sido morta por seu amante, Toni recria e nos conta como Joe matou sua amante Dorcas, e porque sua esposa traída Violet, invade o velório para esfaquear o corpo da jovem no caixão.
É impressionante o desenvolvimento de personagens extremamente críveis!
Com uma sutileza única, Toni esfrega na nossa cara as consequências das atrocidades que o período escravagista causou e toda a consequência da estrutura racista que se criou e perdura até os dias de hoje.
É um livro dolorido, um romance triste e ao mesmo tempo rítmico como o som do Jazz.
Diferente dos outros que já li da autora, neste não me senti perdido ou confuso, a história apesar de transitar entre passado e presente se mantém linear e a narradora interage muito bem com nós leitores, como se estivesse contando segredos para um amigo.

-?Repeti para você que você era a razão de Adão ter comido a maçã e a semente. Que quando ele saiu do Éden, saiu como homem rico. Ele não só tinha a Eva como tinha na boca, para o resto da vida, o gosto da primeira maçã do mundo. O primeiro a saber como era. A morder, morder fundo. Ouvir ela crepitar e deixar a casca vermelha lhe partir o coração?.
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Bruno Malini 23/04/2023

Não me envolvi
Já havia lido o maravilho Amada da autora, mas confesso que esse Jazz não me envolveu. Uma pena mesmo.
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Myckaio 07/02/2021

Sobre uma era marcada pela busca da liberdade, de conseguir se expressar, ter voz, direitos não só como cidadãos negros mas como um povo que almejava atingir o respeito e a necessidade de viver sem passar por situações como andar de trem em vagões separados por cor.

Existe uma ousadia constante, que vai fluindo através de todas as narrativas aqui. É uma energia que segue o fluxo de uma melodia diversificada, uma música que provoca, seduz, arranca e te prende.

Acho a sacada do título desse livro incrível. Não estamos falando sobre jazz antes do movimento existir como música concreta, estamos falando sobre tudo o que se antedencedeu e permitiu o jazz existir. É a idéia, a vivência, os amores, as amarguras da vida, algo sempre retratatado brilhantemente no blues e no jazz. É o que guia esse livro, mas não é só a música, as melodias. É sim um retrato da raiz, a essência da música negra mas é também focado no tal amor romântico.
"A negociação entre individualidade e compromisso recíproco."
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Mari 31/08/2021

Muito bom!
Racismo, escravidão, feminicídio, personagens muito bem desenvolvidos e uma trama envolvente. Só não dei uma nota maior, porque em alguns momentos, achei a narrativa um pouco confusa. Talvez seja porque este é o primeiro livro que leio da escritora.
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Celina50 23/01/2023

" Para mim, eles são reais "
Toni brinca com a história assim como em uma música de jazz. Troca de perspectivas, se aprofunda em fluxos de consciência e de narrativas, mas sempre fazendo isso de uma forma quase dançante em que o pano de fundo é o Harlem no meio da segregação racial.

Vejo muito exautarem livros de personagens ""falhos"" como o da Ottessa Moshfegh ou da Sally Rooney, onde eu pessoalmente acho tudo raso (não sei bem se é a palavra certa). Diferente daqui em que as protagonistas são dolorosas e erradas, mas você enxerga através delas, as escolhas e as atitudes são de relevâncias verdadeiras e não apenas fúteis e mesquinhas

Ps. Essa edição da companhia das letras é cheia de erros ortográficos !!
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Tati 14/11/2022

Não deu match
Segundo livro que eu li de Toni Morrrison, estava empolgada pq depois de ler O Olho Mais Azul eu acreditava que sairia encantada desta leitura, mas não fluiu. Vida que segue.
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Se.mi.na.re | IG Literário 09/11/2020

Resenha "Jazz" - Se.mi.na.re | IG Literário
"Jazz" (1992) da escritora afro-americana Toni Morrison, aborda a vivência de pessoas negras na década de 20 no bairro Harlem, nos Estados Unidos. A trama central lida com um triângulo amoroso que, desde o início, sabemos que uma das personagens foi assassinada. A história não busca desvendar o assassinato, pois tudo começa com o enterro de Dorcas que fora morta por Joe, um marido infeliz e que trocou sua esposa Violet pela jovem que ele acabara matando por ciúmes. Apesar de já sabermos de todas essas informações desde o princípio do livro, a autora constrói a narrativa de forma não linear para entendermos os possíveis motivos que levaram àquele desfecho dos relacionamentos relatados.

Nesse sentido, a costura que Morrison propôs utiliza dos ritmos do jazz para contar como seus personagens pensam e agem da forma que estão sendo apresentados na obra. Essa escrita que trabalha com passado e presente de maneira mista proporciona uma sensação similar ao ritmo que dá nome ao livro, o qual o improviso, os ritmos acelerados e os ritmos mais lentos tomam conta da história em forma de narrativas que tentam trazer tudo isso para a trama. Tal presença da música por todo o livro consegue traduzir muito bem esse contexto cultural da época e da história afro-americana.

Outro fator importante a ser mencionado é como a autora retrata de forma bem detalhada os desafios enfrentados pela comunidade negra daquele contexto relatado, o qual ocorria uma grande movimentação de negros vindos do sul do país para tentar uma vida melhor em Nova Iorque e outras regiões mais ao norte. Além do racismo, o qual podemos ter o contato intenso com as experiências dos personagens, Morrison também expõe o lado machista da sociedade de maneira que podemos identificar como as desigualdades sociais podem ocorrer e criar obstáculos ainda maiores quando a pessoa é mulher e negra.

Edição da obra na foto: 2009
Editora: @companhiadasletras
Tradução: José Rubens Siqueira
Título Original: Jazz

Resenha por: @jalmirribeiro

site: https://www.instagram.com/p/CHTrLIkDhqx/
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Eddie.Erikson 10/03/2023

Depois de muita expectativa para ler Jazz me decepcionei bastante. O título me chamou bastante a atenção, a temática sobre os negros, a época e até mesmo a introdução da história. A escrita é cansativa e confusa, além de me parecer que a tradução da narrativa sobre a linguagem simples de um personagem ou outro deixa a desejar. A história da muita volta e deixa de explorar o principal. Tanto na trama central, como a luta dos negros na sociedade.
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arthur966 11/10/2022

o lugar em que ele devia estar e não estava. antes, eu achava que todo mundo era maneta como eu. agora sinto a cirurgia, o triturar do osso quando foi separado, a carne cortada e os tubos de sangue seccionados, o choque do derramamento de sangue e a perturbação dos nervos. pendurados e convulsos. dor gritante. me acordando com o som de si mesma, soando enquanto eu durmo, tão profunda que esttangula meus sonhos. não resta outra coisa se não ir embora de onde ele não está para onde ele costumava estar e pode ainda estar. que os espasmos vejam o que está faltando, que a dor cante na terra onde ele pisou no lugar onde ele costumava estar e podia ainda estar. não vou me curar nem encontrar o braço que foi removido de mim. vou renovar a dor, apontá-la, para nós dois sabermos para que serve.
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afarialima 10/04/2022

A sonoridade da vida urbana
Esse livro me atravessou, me impactou e em diversos trechos só me fazia pensar "caramba, isso é muito forte". Para contar a história das pessoas negras em N.Y nos anos 1920, a Toni Morrison traz a presença forte e a sonoridade do jazz. Fala de violência, fala de pobreza, fala do fim da 1a GM, fala de música, fala da vida na Cidade. Mais um livro incrível dessa mulher que deveríamos ler e conhecer mais.
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