Jazz

Jazz Toni Morrison




Resenhas - Jazz


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Edna.Baldaia 19/01/2024

Um livro audacioso
Havia decidido esperar mais tempo para escrever sobre Jazz, assim, talvez o distanciamento me fizesse enxergar se gostei ou não do livro, se considero banal ou uma obra de arte. Acabei decidindo não esperar (acho que por influência do próprio livro).
Em Jazz Toni Morrisson nos apresenta uma quantidade enorme de personagens, uma trama que começa pelo fim, ou seja, não tem nada de suspense, mas o que torna a história mais interessante, é a forma que ela é contada. Usando um ritmo e improvisações muito semelhantes ao jazz ritmo musical, nós somos levados a uma história com idas e vindas no tempo, improvisações e um estilo que muito se aproxima ao musical.
Jazz, sem dúvida é uma obra de arte. Quer eu goste ou não.
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red.parchments 15/01/2024

Tudo começa quando o cinquentão Joe mata sua amante adolescente, Dorcas. Violet, a esposa traída, invade o velório para esfaquear o rosto da garota já morta, numa manifestação irracional de ódio e vingança.
O enredo segue uma sequência não linear, usando vários flashbacks ao longo da história. O tipo de narrador também muda algumas vezes, então é preciso estar atento para não perder nenhum detalhe. Mesmo com uma técnica arriscada e complexa, a autora consegue tecer uma narrativa riquíssima sem deixar nenhum fio solto, explorando profundamente os sentimentos e a mente de cada personagem (especialmente suas angústias). Aos poucos vamos entendendo as ações de cada indivíduo, suas motivações pessoais e como elas foram influenciadas por seus contextos de vida.
Jazz traz ainda uma lição poderosa sobre privilégios em um país dominado pelo racismo (que, infelizmente, pode muito bem servir no Brasil atual).
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Felipe 08/01/2024

Violet Trace decidiu que iria comprar as flores ela mesma...
Toni Morrison escreve em Jazz um marco literário de potência incomparável. O fato de que este não é nem considerado seu melhor livro diz muito sobre suas habilidades de storytelling.
Em Jazz acompanhamos o bairro do Harlem, Nova York. No ano de 1926, com um foco total na vivência preta dos habitantes do bairro. Resgatando Virginia Woolf na ginga narrativa de Mrs Dalloway, vamos dançando no ritmo descompassado do Jazz entre as perspectivas e memórias de um pouco mais de meia dúzia de personagens, todos esses completamente desprezíveis e ao mesmo tempo amáveis, o leitor batalha com as personalidades imperfeitas que são um atestado de humanidade ao meio da narrativa ficcional.
Violet Trace caminhará para sempre no meu consciente como uma personagem incólume de julgamentos, uma verdadeira demonstração de como um personagem pode estar completamente repleto de erros, e mesmo assim ser memorável e amável.

Passagens e parágrafos inteiros nesse livro constantemente me deixavam boque-aberto de tamanha proeza com as palavras, tecendo uma narrativa não cronológica que no fim resolveu todas as questões levantadas de maneira mais que satisfatórias.
Leiam Jazz, vocês não irão se arrepender
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@eu_rafaprado 24/07/2023

Inspirada por uma história real.
Jazz
Toni Morrison
Essa foi uma releitura para o clube do livro em Junho 2023.
Publicado em 1992, Jazz é o segundo livro de uma trilogia, sucedendo ?Amada? (1987, premiado com Pulitzer de melhor ficção) e precedendo ?Paraíso? (1997).

Enquanto em ?Amada?, Toni constrói em cima de pautas raciais a demonstração de um amor maternal e visceral, em ?Jazz? ela nos apresenta com musicalidade uma história de amor, ciúmes e feminicídio.

Inspirada por uma história real ao ver a foto de uma bela garota em um caixão, que havia sido morta por seu amante, Toni recria e nos conta como Joe matou sua amante Dorcas, e porque sua esposa traída Violet, invade o velório para esfaquear o corpo da jovem no caixão.
É impressionante o desenvolvimento de personagens extremamente críveis!
Com uma sutileza única, Toni esfrega na nossa cara as consequências das atrocidades que o período escravagista causou e toda a consequência da estrutura racista que se criou e perdura até os dias de hoje.
É um livro dolorido, um romance triste e ao mesmo tempo rítmico como o som do Jazz.
Diferente dos outros que já li da autora, neste não me senti perdido ou confuso, a história apesar de transitar entre passado e presente se mantém linear e a narradora interage muito bem com nós leitores, como se estivesse contando segredos para um amigo.

-?Repeti para você que você era a razão de Adão ter comido a maçã e a semente. Que quando ele saiu do Éden, saiu como homem rico. Ele não só tinha a Eva como tinha na boca, para o resto da vida, o gosto da primeira maçã do mundo. O primeiro a saber como era. A morder, morder fundo. Ouvir ela crepitar e deixar a casca vermelha lhe partir o coração?.
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Rodrigo 09/07/2023

Maravilha
Sempre incrível a escrita da Toni Morrison. Segundo livro dela que leio e quero mais.
Uma escrita maravilhosa com um enredo cativante.
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Nado 23/06/2023

A história se passa em um bairro norte-americano dos anos 1920, durante o auge do movimento cultural conhecido como Renascimento do Harlem. No centro da trama está Violet, uma esposa traída, e Joe Trace, um homem de meia-idade que mata sua jovem amante, Dorcas, em um acesso de ciúmes.
O enredo dessa obra não linear - levei várias páginas para me dar conta disso rs - com flashbacks e digressões que proporcionam uma perspectiva ampla sobre os personagens e suas motivações.
Além disso, "Jazz" examina a história afro-americana, destacando o legado da escravidão, sobretudo a luta por liberdade e autodeterminação. A autora aborda brilhantemente questões de raça e identidade de maneira crucial, explorando a experiência dos afro-americanos no início do século XX e a relação entre passado e presente.
Com uma narrativa não linear e linguagem poética, Toni Morrison constrói uma história complexa e envolvente que explora temas universais como amor, traição e redenção.
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Bruno Malini 23/04/2023

Não me envolvi
Já havia lido o maravilho Amada da autora, mas confesso que esse Jazz não me envolveu. Uma pena mesmo.
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Eddie.Erikson 10/03/2023

Depois de muita expectativa para ler Jazz me decepcionei bastante. O título me chamou bastante a atenção, a temática sobre os negros, a época e até mesmo a introdução da história. A escrita é cansativa e confusa, além de me parecer que a tradução da narrativa sobre a linguagem simples de um personagem ou outro deixa a desejar. A história da muita volta e deixa de explorar o principal. Tanto na trama central, como a luta dos negros na sociedade.
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Salino 23/02/2023

Denso!
Uma das leituras mais difíceis que já fiz. Não sei o real motivo: hora inapropriada para ler? Ainda não estou pronto? Deslocado demais (socialmente falando) pra entender o que a escritora quis passar? A crítica racial foi clara e forte em diversos momentos mas, realmente, entender a obra por completo foi muito complicado para mim?
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Celina50 23/01/2023

" Para mim, eles são reais "
Toni brinca com a história assim como em uma música de jazz. Troca de perspectivas, se aprofunda em fluxos de consciência e de narrativas, mas sempre fazendo isso de uma forma quase dançante em que o pano de fundo é o Harlem no meio da segregação racial.

Vejo muito exautarem livros de personagens ""falhos"" como o da Ottessa Moshfegh ou da Sally Rooney, onde eu pessoalmente acho tudo raso (não sei bem se é a palavra certa). Diferente daqui em que as protagonistas são dolorosas e erradas, mas você enxerga através delas, as escolhas e as atitudes são de relevâncias verdadeiras e não apenas fúteis e mesquinhas

Ps. Essa edição da companhia das letras é cheia de erros ortográficos !!
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MCRA 15/01/2023

Toni sempre impecável.
Jazz é o segundo livro da trilogia da maravilhosa Toni Morrison, sobre a história afro-americana. Morrison, que foi ganhadora de um Nobel da Literatura, e um Pulitzer, escreveu sobre o legado da escravidão nos Estados Unidos de uma maneira bastante crua, e essa trilogia é formada por Amada (1987), Jazz (1992) e Paraíso (1998). Jazz nos leva ao Harlem de 1920 e nos insere no cotidiano de um casal: Joe, vendedeor de cosméticos, sua esposa Violet, e a amante de Joe, uma jovem chamada Dorcas. O caso termina quando Joe atira em Dorcas e, durante seu funeral, Violet esfaqueia o cadáver. Após esse episódio, Violet, já vista como uma pessoa bastante estranha na vizinhança, fica obcecada a descobrir tudo sobre a vida da jovem amante que seduziu seu marido., enquanto tenta consertar seu relacionamento. Morrison explora a história de cada personagem, desde suas origens, com os seus terríveis dramas familiares, com bastante sentimento, em uma síntese entre urbano e rural, rico e pobre, masculino e feminino. Um livro lindo, com personagens fortes que tocam sua própria música, formando, em conjunto, uma peça musical.
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Tati 14/11/2022

Não deu match
Segundo livro que eu li de Toni Morrrison, estava empolgada pq depois de ler O Olho Mais Azul eu acreditava que sairia encantada desta leitura, mas não fluiu. Vida que segue.
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@marcosmelhado 02/11/2022

Triste e necessário
Que história complexa. Os dois protagonistas têm por volta dos seus 50 anos, o marido assassina a amante (com seus 20 anos) e a esposa invade o velório para esfaquear a amante morta. A partir daí a Toni tece uma história triste, muito triste. Você acompanha essas duas pessoas com sentimentos muito conflitantes. Um homem irrepreensível que comete um crime passional, uma esposa traída, doente mentalmente, sentindo todo peso do envelhecimento feminino. Durante a leitura você percebe que a narrativa segue mesmo essa ideia musical, indo e vindo em passado e presente, apresentando um bairro negro dos EUA na década de 20. A cidade participa como um personagem. É importante entender o contexto daquelas pessoas. Segundo livro que leio da autora e ela continua me deixando encantado.
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arthur966 11/10/2022

o lugar em que ele devia estar e não estava. antes, eu achava que todo mundo era maneta como eu. agora sinto a cirurgia, o triturar do osso quando foi separado, a carne cortada e os tubos de sangue seccionados, o choque do derramamento de sangue e a perturbação dos nervos. pendurados e convulsos. dor gritante. me acordando com o som de si mesma, soando enquanto eu durmo, tão profunda que esttangula meus sonhos. não resta outra coisa se não ir embora de onde ele não está para onde ele costumava estar e pode ainda estar. que os espasmos vejam o que está faltando, que a dor cante na terra onde ele pisou no lugar onde ele costumava estar e podia ainda estar. não vou me curar nem encontrar o braço que foi removido de mim. vou renovar a dor, apontá-la, para nós dois sabermos para que serve.
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