Resenhas - Empire of Ivory

Harabel 18/05/2014

Muito bom!
Terminei o terceiro livro querendo urgente ler o quarto e como a Galera Record não parece ter nenhum interesse em publicar logo (se é que eles vão continuar publicando), corri atrás dos livros em inglês mesmo. E felizmente a Cultura tinha o volume quatro para pronta entrega!

E pois bem, heis o que eu achei do livro:

O enfoque principal nesse, ao meu ver, foram os dragões ao invés da guerra e eu gostei muito. Depois de voltarem para a Inglaterra escapando daquele maldito cerco com os prussianos, Laurence, Temeraire e sua tripulação descobrem que os dragões estão doentes e a doença já estava fazendo muitas vítimas. Inclusive o exército aéreo de vinte dragões prometidos para ajudar a Prússia na guerra não tinha ido justamente por estarem todos doentes.
Os dragões doentes estão sendo mantidos em campos de quarentena isolados e os ingleses temem que a França acabe descobrindo sobre a doença e resolva se aproveitar da situação para invadir a Ingleterra, que contava com o reforço aéreo bastante reduzido. Laurence acaba descobrindo, depois de alguma agonia, que Temeraire é imune à doença e então eles acabam partindo para a África em busca de uma cura junto com os outros capitães e seus dragões doentes.

O livro então vai misturando o tópico dos escravos e ideias abolicionistas com a procura desesperada pela cura da doença que está matando os dragões e isso me fez gostar do livro todo no geral. Não achei que tiveram partes ruins ou mais chatas, já que sempre tinha alguma coisa acontecendo, desandando ou dando reviravoltas ao longo da estória..!

Até mesmo a parte onde Laurence e o resto são feitos prisioneiros de uma das tribos africanas foi interessante, por mais que tenha se desviado um pouco do enfoque principal. Mas com isso, pudemos conhecer um pouco mais da relação entre as pessoas e os dragões e os costumes. Achei interessante!

O final foi mais surpreendente já que não estava esperando por algo do tipo...Soando mais como uma guerra biológica e o gesto impulsivo de Temeraire para evitar o pior e ajudar os dragões.

O fim em aberto me deixou agoniada e super ansiosa para ler o próximo livro...!! Ai,ai..! Não achei que as coisas fossem seguir dessa maneira e só quero que o Laurence e o Temaraire fiquem juntos e sem algum problema, pra variar... rs

Ah, e destaque especial para a Iskierka!! Meu deus, haja personalidade nessa menina fogueteira!

Coruja 15/12/2010

Eu não tenho plena certeza do que fazer desse livro. Por um lado, o começo e o final são muito bons; por outra, algumas partes do livro podiam ter sido abreviadas ou obliteradas sem quaisquer grandes perdas ao enredo.

Ainda assim, eu gostei mais de Empire of Ivory do que de Black Powder War – não sei, guerras de trincheira me incomodam, e o exército prussiano também. Guerras de trincheira não são apenas chatas (de um ponto de vista literário, já que nada acontece) – elas são sujas, doentias, estagnadas, enfraquecedoras.

Não estou defendendo que combates abertos são melhores. Não sou a favor da guerra – embora não possa dizer que sou uma pacifista – e, de toda forma, estou analisando a situação pelo ponto de vista do que fica bem numa história, não das conseqüências reais que isso possa provocar.

O que quero dizer é que passar dias e meses parcialmente enterrado, na expectativa e ansiedade de um ataque a qualquer momento, enquanto tem de lidar com a sujeira, os piolhos, as doenças que se multiplicam naquelas valas que não coincidentemente podem ser chamadas de túmulos – tudo isso é às vezes muito mais cruel e doloroso que levar uma bala no meio da testa.

E a gente sente essa estagnação pelo final de Black Powder War. O desespero, a frustração, a completa falta de alternativas. Até mesmo a leitura se torna cansativa.

Talvez por isso eu tenha demorado meses para continuar a saga. Finalmente, contudo, recomecei a ler Temeraire e reencontrei aquela centelha que me fisgou desde o primeiro livro.

Neste quarto volume da saga, Temeraire, Laurence e o resto de sua equipe voltam finalmente para a Inglaterra, escapando do cerco desesperado em que tinham ficado no final do terceiro livro. Lá, finalmente, descobrem porque os ingleses não mandaram os dragões prometidos para o exército prussiano enfrentar Napoleão: todos os animais estão enfraquecidos, sofrendo com uma virose mortal (gripe espanhola? XD), muitos já morreram e outros estão já também em risco.

Enquanto tenta-se evitar que Temeraire se contamine e defender praticamente sozinhos a costa da Grã-Bretanha, Laurence ainda acaba por se envolver com a causa abolicionista, travando contato com ninguém mais ninguém menos que William Wilberforce e o Almirante Nelson.

E não à toa... o tema do escravagismo e abolicionismo é bem presente no enredo, uma vez que acabamos embarcando para a África atrás de um cura. Ler essa saga é uma verdadeira viagem ao redor do mundo – ainda vou comprar um mapa para sair marcando cada lugar por onde os personagens passam. Começamos na Inglaterra, já partimos para a Ásia, voltamos pela Europa Continental, passamos pela África e sei que no sexto volume caímos de pára-quedas na Austrália, Oceania. Só falta eles irem para a América, e completarão o tour continental.

Gosto especialmente da forma como eles se portam diante da malícia política demonstrada já quase ao final do livro (guerra biológica, alguém?). Apesar disso, o final me deixou com um gosto amargo na boca. Não consigo me decidir se Laurence é o homem literário mais cheio de princípios que já conheci ou se ele é simplesmente burro. Nessa horas, tenho que me lembrar que ele foi um militar praticamente a vida inteira, e que essa cultura de honra é, de certa forma, seu credo e sua religião.

Que Temeraire tenha compreendido isso – apesar de todas as suas anteriores fanfarras de que nunca deixaria que Laurence lhe fosse tirado – demonstra a perda de sua inocência (convenhamos, para um dragão, ele começa muito inocente e pueril), e, de certa forma, uma rendição ao sistema que ele tanto deseja mudar.

Não sei bem o que espero do próximo volume, mas estou ansiosa por começá-lo depois desse final agridoce. Vamos ver o que nos espera nos próximos capítulos...

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)

Pefico 28/06/2010

Péssimo meio, final ainda pior
WTHOUT SPOILERs

Empire of Ivory conta do retorno do capitão Laurence e de seu dragão Temeraire pra Inglaterra. Finalmente eles descobrem por que o país de Sua Majestade não enviou para seus aliados os reforços tão esperados: Os dragões das ilhas britânicas estão sofrendo com uma epidemia de uma doença que já matou inúmeros deles. Cabe a Temeraire e sua tripulação viajar para a Africa em busca de uma cura. No entanto, mal sabem eles que o continente africano possui seus próprios dragões...

É um livro bom, mas o pior da série. Os personagens simplesmente não agem como seria coerente pelas personalidades que demonstraram até agora. Fora que 50% do livro, a parte do meio, é puro filler, puro preenchimento sem acrescentar p@%%a nenhuma pra estórias. Espero que a série volte aos trilhos... estava tão boa...

WITH SPOILERS

Empire of Ivory começa muito bem, até que eles finalmente resolvem ir pra Africa pra buscar a cura pra doença dos dragões. A partir daí, a estória se torna incrivelmente chata por que o Laurence é sequestrado por uma tribo africana e fica semanas sendo carregado pelo continente, é preso, é torturado, fica desmaiado. Enfim, um porre.

Apenas quando eles começam a voltar pra Inglaterra que a estória volta a ficar boa e mesmo assim o final é decepcionante. O Temeraire simplesmente entrega o Laurence pra morte, por livre e espontânea vontade. Dá pra entender isso vindo de um dragão tão possessivo com seu capitão? Não faz o menor sentido com tudo o que a autora nos mostrou sobre dragões até agora...

A impressão que dá é que ela não tinha a menor noção do que fazer com esse meio do livro e enfiou um plot completamente irrelevante e chatérrimo no meio. Ela tinha noção do que fazer com o fim dele, mas precisou detonar a personalidade do Laurence e do Temeraire no processo. Péssimo final...