O país das peles

O país das peles Júlio Verne




Resenhas - O país das peles


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Inlectus 16/02/2011

Muito bom livro.
Uma estória fascinante, uma linguagem elegante que inspira aventura e cavalheirismo em meio a natureza ártica. Leitura recomendável.
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z..... 02/01/2020

Tradução de Vieira Neto - Editora Matos Peixoto (1966)
Não conhecia essa aventura, que instiga o leitor sobre o destino de desbravadores no gélido, longínquo e solitário norte do Canadá. Vemos uma luta pela sobrevivência após abalo sísmico que separou o grupo em ilha errante rumo ao Mar de Bering.

Curioso que esse princípio de ilha flutuante seria trabalhado por Verne em obras posteriores como "A ilha de hélice" e "A jangada", sem contudo esgotar o repertório de surpresas peculiares, o que para mim reforça sua criatividade.
Também percebemos que o autor era bastante contextualizado com assuntos em projeção na época (oportunista mesmo). Apurei que o Alasca, referenciado na obra, havia sido recentemente incorporado pelos EUA no contexto de publicação desse livro. Oras! Então quem sabe Verne aproveitou o assunto em voga para cenário de suas histórias (afinal era pouco conhecido), abordando também transação que bombava na época - o comércio de peles. Baita feeling!

A obra tem duas partes, separadas provavelmente para dar ênfase ao diferencial na aventura: o abalo sísmico que separou o pequeno grupo do continente em uma ilha errante (vale também registrar que poderia ser por questões comerciais).

Na primeira parte, a percepção da terra, da fauna, das condições climáticas e projetos de ocupação com a instalação de novo forte. Destaque também para a chegada de um pesquisador que foi para a região em busca de melhor lugar para visualização de um eclipse; e para treta com um caçador forasteiro, sutilmente subtendendo conflito de interesses na região.

Na segunda, a luta pela sobrevivência na inusitada ilha, junto com os animais, em condições climáticas ferrenhas.

Entre as duas partes, como linha divisória... advinha o que...

Enfim! O romance é bastante simples, não tem personagens marcantes (o que poderia ocorrer com Paulina Barret, se Verne reforçasse o lado arrojado e independente), nem tão pouco fatos super mirabolantes a la Verne. É uma história de percepção simplória de uma região e suas dificuldades.

De negativo, não gostei do título, que para mim não representa a essência do livro. Talvez seja a visão clichê que o público tinha da região no contexto... De toda forma, não gostei, e o romance projeta a relação desarmoniosa com a natureza através de caça predatória.

Ah, nessa edição tem uma errata que detectei nos estudos do autor, quando confundiu a descrição de elefante-marinho com morsa. Pelo menos na edição é assim... se não for desse jeito, culpa do tradutor.

Gostei no sentido de mais uma obra que conheci das aventuras de Verne, mas não é das mais criativas, nem das que mais curti. Nesse lance de ilha flutuante, o melhor ficou principalmente para a "A ilha de hélice". Uh, sumano! Podes crau!
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