Agora eu Morro

Agora eu Morro Fabio Brust




Resenhas - Agora eu Morro


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Rodrigo1185 29/07/2022

Boa leitura
A história é mediana, os personagens são bons, porém alguns pontos da história ficam muito vagos, o final é realmente bom, então de maneira geral e um livro mediano com boa leitura.
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Danilo 11/03/2022

O ser humano colhe o que planta.
O enredo é uma crítica direta do que poderia acontecer com os problemas atuais de aquecimento global e desperdício de água. Os personagens principais são muito bem desenvolvidos, em contrapartida os secundários eu senti uma falta de detalhe em sua história, o que não me fez sentir nenhuma ligação com os mesmos.

Uma das coisas que achei bem chata é a repetição de o tempo todo o personagem principal ressaltar a sua imortalidade, foi explicado em detalhes isto no início do livro mas durante a história inteira o personagem narra a mesma coisa, chega a tirar a paciência e da a aparência de um personagem mimado até infantil algumas vezes.

Em suma o livro é muito bom com uma escrita bem leve, conteúdo direto e de fácil absorção. O final é maravilhoso com um símbolismo único. Recomendado
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Tâni Falabello 04/05/2013

Surpreendente
Um futuro pós-apocalíptico (2033) com seres como imortais, clones e mutantes sedentos, a narrativa de Fabio Brust nos leva por um caminho bem diferente.

Ele conseguiu mesclar conceitos de imortalidade, por conta de Imort, e até tratar de assuntos de cunho ecológicos, ao mencionar a problemática da escassez de água no planeta de forma tão criativa.

Gostei das viagens ao passado de Imort e toda sua história passada em épocas antigas. O 'general dos elefantes' me encantou muito, pois deu uma profundidade interessante ao personagem.

Mas a fragilidade de Char posso dizer que foi o ponto forte dessa história surpreendente. Faz-nos repensar em nossas próprias escolhas, em como somos mal agradecidos, muitas vezes, pela vida.

Vale a leitura. Recomendo!
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Drika 28/08/2012

Fui surpreendida
O livro é narrado por Imort, um imortal vivendo na Terra totalmente caótica, pelos meados dos anos 2033. Nesse tempo tudo está escasso no planeta, principalmente alimento e o mais importante: água potável.

Imort, um carinha bem chatinho, só pensa em si próprio e sua saga é em busca de uma forma de se matar, suas tentativas são sempre em vão. Junto com ele encontramos Char - um clone pelo qual ele se apaixona- Yuma e Liel - por quem ele sente grande ódio.

Enquanto lia, me lembrei muito de dois filmes A Lenda com Will Smith e O Livro de Eli com Denzel Washington, filmes no quais fiquei bastante impactada, um pela solidão do cara, o segundo pela violência. O livro traz algumas cenas que me fizeram lembrar tais filmes.

O livro me surpreendeu bastante e gostei muito, só acho que o autor poderia ter enxugado algumas cenas - talvez por adorar detalhes, e o Outono ter passado por isso, aprendi bastante com a "lapidação" pelo qual ele passou - fora isso, é indiscutível que o Fábio Brust tem muito talento. Ele escreve muito bem, e tenho certeza que será um autor que ganhará ainda mais destaque no mercado editorial brasileiro.

A parte que eu mais gostei do livro, foi a cena que ele pula de um prédio para salvar a vida da sua amada, achei muito fofo. Mas fica minha queixa com o autor: "Não gostei do final". Mas, não dá pra agradar a todos. Deu até vontade de fazer protesto =S.

O livro nos traz algo muito preocupante, que se não cuidarmos do nosso planeta, a história de Agora eu morro, pode vir a se tornar um livro real e não apenas uma fantasia.

Mais que recomendado a leitura!
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Nath @biscoito.esperto 10/02/2012

Primeiramente, mando meus agradecimentos ao maravilhoso e gacthéssemo Fabio Brust por ter incluído meu muito tosco blog no book tour de sua obra prima.
O livro Agora eu Morro se passa numa época não tão distante - o ano de 2033. Lá a água potável é escassa e a comida é muito rara. Depois de grandes brigas e discussões com a Alemanha (que tinha um reservatório significativo de água em seu território, tal qual não tinha a pretensão de dividir com o resto do mundo), uma bomba é jogada no país mais bêbado do mundo e eis que os humanos afetados pela radiação e pela falta da água simplesmente sofrem estranhas mutações, virando o que chamam de Sedentos.
A sociedade entra em colapso com a falta de recurso e, quem não morre, vira sedento.

Liel é um homem mexicano que foi parar na prisão por ter tentando assassinar o presidente americano. Liel é religioso e muito cabeça dura.
Yuma é uma japonesa estudante que veio morar no lado ocidental do mundo com os pais. Porém depois de um pequeno (ou não tão pequeno assim) incidente ela acaba por virar uma assassina inescrupulosa.
Char é uma clone, feita apenas para doar órgãos à mulher de sua imagem e semelhança. Porém com a morte da mesma ela é chutada do instituto no qual vivia e decide então viajar e conhecer o mundo - mesmo sabendo que os clones tem um "prazo de validade" mais curto que o dos humanos.
Imort - meu maravilhoso personagem predileto - é o que o nome sugere: um imortal.
Imort nasceu muito tempo antes de Cristo na cidade de Cartago. Virou um imortal numa história muito bem bolada é muito emocionante que não posso contar, pois é spoiler, mas é legal, eu garanto.
Imort, ao contrário de seus companheiros, quem tentam desesperadamente sobreviver ao maior e mais trágico colapso da humanidade, tenta se matar. Ele já viveu mais de 2000 anos e não suporta mais estar no seu estado perpétuo de imortal. Imort pode se ferir, ingerir veneno, pode tentar o que quiser, porém ele é incapaz de morrer.
Ele não se julga humano pelo fato de não morrer, porém achei que ele foi o personagem mais humano do livro. Egocêntrico, sarcástico, impulsivo, violento, controlador; esses são os melhores adjetivos para o personagem principal desse livro. Egocêntrico, pois, ao mesmo tempo que tenta ajudar os humanos sobreviventes a perpetuarem a espécie, ele que em troca que ajudem-no se matar. Sarcástico, pois mesmo sendo dócil com Char, vira outra pessoa quando enfrenta Liel e seu fanatismo religioso. Impulsivo, já que todos os acontecimentos requerem uma reação rápida e nem sempre bem pensada de sua parte. Violento, um rapaz nascido no meio de uma guerra, que viveu e tornou-se imortal apenas para lutar contra sua vontade. Controlador por sempre tentar persuadir as pessoas a obedecerem as suas decisões.
Porém Imort não é mau. Imort é uma boa pessoa, com um bom coração.

Eu esperava algo mais sério da parte de Fabio Brust, já que seu blog é um grande baú de asneiras hilariantes. O livro é sério, é trágico; trata a vida de forma real, de forma dura. De um lado a vontade de viver, e do outro a vontade de morrer. Porém o livro é engraçado. Em certas partes Imort trata a situação como um carnaval, algo comum, e que ele já esperava.

Imort conhece Char. Imort já conhecia Liel. Imort encontra Yuma. Imort reencontra Liel.
Juntos, os quatro são conduzidos até Dubai, onde há uma dessalinizadora e um número considerável de sobreviventes. No meio do caminho, histórias, surpresas, tristeza.
É um dos melhores livros que já li, sem nenhum tipo de exagero.
A trama é bonita, eu me peguei chorando diversas vezes. Não fiquei com raiva do autor nenhuma vez. Afinal, todas as escolhas que ele tomou em relação ao rumo da história foram necessárias, e não poderia ter sido de outra forma. Mesmo sendo cruel algumas vezes, eu não posso deixar de amar o livro e a Imort da mesma maneira. Mesmo quando as esperanças e os últimos motivos para viver se vão ao vento (quem já leu sabe do que estou falando).
Vou parando por aqui, já que depois disso é só spoiler. O livro não decepcionou em nada. Recomendo para todos os jovens acima de 14 anos querendo um bom desafio literário.
Vou sentir falta desse livro. Quem sabe eu não compro um exemplar, também?

“Como você pode ter se esquecido dos nomes de seus pais?” ela perguntou, tentando outra vez parecer falar daquilo num tom casual.
“O tempo faz com que diversas coisas sejam esquecidas. As menos importantes” eu disse.
“Mas os nomes?”.
“O que você faria se eu esquecesse se nome depois de você morrer?” perguntei secamente. Pareceu indignada no começo, mas calada depois. Era apenas uma deixa para mostrar-lhe a verdade.
Quando ela começou a falar, eu a interrompi:
“Nada, por que você estaria morta” eu disse “Mas o que faria se eu esquecesse os momentos que passei com você? Os maravilhosos momentos que passamos juntos, ajudando um ao outro a superar obstáculos?”.
“Voltaria dos mortos para te pegar” ela brincou, sorrindo.
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“Dizem que quando um bebê nasce, suas células começam a morrer. Ou seja, quando você nasceu, começou a morrer. Conforme os segundos passam, você morre aos poucos. Esse processo demorava menos tempo antigamente; agora você vai demorar algum tempo ainda para cair duro e ser enterrado em uma cova ou cremado e ter suas cinzas jogadas no mar ou colocadas dentro de um vaso ridículo, cheio de floreados”.
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“As pessoas vinham em mutirões” eu disse “Dizia-se que ainda não havia chegado a hora. Será que agora ela finalmente chegou?”.
“Acho que sim” disse Liel “Acho que finalmente chegou. A hora em que devemos salvar o mundo. Mesmo que falando assim, pareça épico demais, como em um livro barato”.
Concordamos e continuamos caminhando.
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site: www.nathlambert.blogspot.com
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Gi 16/09/2011

Mais que surpeendente!
Num mundo devastado pela ação do ser humano poucos sobreviventes tentam se manter com a pouca água potável que resta e a comida cada vez mais escassa. É nesse ambiente caótico que se desenvolve o enredo de Agora eu Morro.

Conhecemos Liel, um ex-presidiário que tentou matar o presidente dos Estados Unidos, Yuma, uma estudante que se torna uma assassina após sofrer um trauma, Char, uma frágil clone mulher criada num instituto e Imort, um imortal, determinado a terminar com sua vida.
Acompanhamos esse grupo incomum na sua jornada em busca de um novo começo e aprendemos, junto com eles, lições importantes para toda a vida.

O livro é narrado em primeira pessoa, conhecemos todo o ambiente e as pessoas pelos olhos de Imort, um homem de mais de dois mil anos que deseja desesperadamente morrer. Cansado de sua longa vida ele quer poder deixar esse mundo por onde vagou por tanto tempo, mesmo tendo um motivo para permanecer vivo: Char, a mulher que ama.

No decorrer da trama conhecemos mais esse homem que detém um bem tão desejado por muitos: a imortalidade, e temos a oportunidade de entrar em contato com a essência desse personagem que tenda desvendar sua missão de vida.

Se fosse para descrever o livro em uma palavra eu diria surpreendente. Quando li a sinopse imaginei muitas coisas diferentes, mas nada comparado ao que encontrei enquanto lia. O enredo se desenvolve de forma incrível, saindo de um ponto onde a que interessa é a sobrevivência e chegando ao fundo do coração humano, tratando de assuntos mais intensos.

Gostei muito das menções a lugares, filmes e muitas outras coisas conhecidas que nos familiarizam com esse mundo diferente, num futuro não muito distante, 2033, mas completamente distinto do que conhecemos hoje. Esse talvez tenha sido o fato que mais me “amedrontou” no livro, a questão de que o uso desenfreado dos recursos naturais levou a Terra a um colapso onde poucos seres humanos tentam sobreviver em condições precárias e outros já sucumbiram à sede se tornando quase zumbis, os sedentos. Digo que me amedrontou porque apesar de se tratar de uma obra de ficção o livro aborda um assunto muito discutido atualmente e não me surpreenderia se o mundo chegasse a algo parecido em pouco tempo se o homem não tomar uma atitude para preservar o que ainda existe.

Outro ponto muito interessante foi a colocação de fatos históricos, achei a pesquisa muito interessante e a escrita bem elaborada, era como se eu presenciasse os acontecimentos.

Se fosse para citar algo não muito favorável ao livro eu diria as narrativas de Imort, suas reminiscências são demoradas e acabam por ser um pouco monótonas, mas nada muito exagerado que possa desmotivar o leitor, até porque é uma questão pessoal, há pessoas que preferem uma leitura mais detalhada e explicativa.

Achei o livro de uma sensibilidade incrível, tratando de assuntos relevantes para a sociedade atual e mostrando um lado diferente do próprio ser humano, que apesar de cometer erros pode se redimir e tentar começar de novo.

Me apaixonei pela capa, simples porém extremamente significativa e me encantei com o trabalho de Fabio Brust, esse jovem que tem conquistado muitos leitores graças ao seu talento.

Agora eu Morro, recomendo com certeza, uma leitura diferente com assuntos de extrema importância, uma linguagem direta que nos prende em cada página, personagens essencialmente humanos, com seus lados bons e ruins, que nos fazem amar e odiar, ou seja, que nos envolvem.
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V. Reckziegel 23/08/2011


Antes da resenha já começo com um pequeno desabafo (que obviamente não interessa a ninguém), Por que a literatura nacional continua sendo marginalizada, em detrimento de tantas “obras-primas” vindas lá de fora? Muita gente diz prestigiar os autores nacionais, mas na hora de comprar livros dos mesmos, a conversa se torna diferente.
Mas que relação tem isso com a resenha?
Simples, se a literatura nacional fosse mais difundida e valorizada, livros como esse Agora eu Morro, do Fábio Brust, estariam em todas as livrarias do país, pois sem exageros, foi um dos melhores livros que tive a oportunidade de conhecer nos últimos tempos.
Trata-se da história de quatro pessoas tentando sobreviver no mundo praticamente sem vida no ano de 2033. Char, uma clone mulher prestes a morrer, Liel um mexicano que tentou matar o presidente dos Estados Unidos, Yuma, uma estudante japonesa que, depois de um trauma sofrido no principio da “crise”, vira uma assassina, e o personagem principal, que faz a narração dos acontecimentos, Imort (diminutivo de Imortal), que, sendo sincero, durante 70% do livro me faz ter uma profunda aversão a ele (para não dizer raiva mesmo), mas que na parte final mostra uma face mais “simpática”, o que traz um aspecto inclusive mais humano para ele.
O livro é muito bem escrito, inclusive algumas dúvidas de determinadas ações são mais adiante explicadas, não deixando qualquer tipo de “furo” ou pontas soltas, algo que ocorre as vezes em determinadas histórias.
Fábio foi muito feliz em criar uma história de ficção ambientada no futuro, mas que soa completamente verossímil para quem lê. É literatura de alto nível, que merece um lugar de destaque.
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Beatriz Gosmin 21/08/2011

Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.com
Salvaram-me da glória da morte e impuseram-me a maldição da vida.
Cansei de tudo. Cansei de todos. O que eu quero é repousar eternamente no carinhoso abraço negro da morte. Nada mais.
O problema é que, mesmo isso, sou incapaz de fazer.
Não posso me matar.
[...]
É pedir demais clamar pela morte?
Tudo que eu quero é morrer.
Tive a oportunidade de ler este livro através do booktour que o Fabio (autor) realizou em seu blog. Fiquei muito feliz em participar, fazia um certo tempo que eu havia lido algumas resenhas sobre o mesmo e elas haviam despertado a minha curiosidade a respeito da história.

Pra começar, o assunto do livro é algo que julgo importantíssimo: a água. No livro conta-se a história de um grupo de quatro ‘amigos’ que vivem em um futuro nem tão distante assim – no ano de 2033 – onde a falta de água é a maior preocupação da humanidade.

Yuma, Liel, Char e Imort são um grupo de sobreviventes meio que estranho: Yuma é uma Japonesa que se juntou ao grupo num momento bem triste, Liel conheceu Imort quando estava na prisão e os dois se odeiam MUITO. Char é um clone e namorada de Imort, que é um imortal. Imort foi o nome que ele adquiriu para si depois que se tornou imortal há mais de dois mil anos e tudo o que ele mais quer é morrer. O livro também é narrado por ele em primeira pessoa e sua busca pela morte é algo digamos... Obsessivo. Char, sendo uma clone, vive bem menos que os humanos normais, o que torna o relacionamento dos dois uma situação bem contraditória: um morrerá brevemente enquanto o outro vive eternamente. Triste não?
- Por que você está triste? [...]
- Porque você vai morrer.
[...]
- Juro que não vou morrer.
A vida na Terra está comprometida, e o ser humano começa a entrar em extinção. A explosão de uma bomba de Hidrogênio que se espalhou pelo mundo junto com a radioatividade, ajudou na formação de ‘Sedentos’, que são seres humanos loucos por água que estão praticamente no leito da morte em toda a sua fragilidade corporal. Logo de cara assimilei os ‘sedentos’ com os monstrinhos (?) do filme “Eu sou a lenda”, e apesar de o filme ser citado no livro (assim como o filme ‘A Ilha’) confesso que esperava mais sobre eles.

Então, devido ao colapso em que o mundo se encontra, os sobreviventes embarcam na busca por mais humanos ‘normais’ para tentarem reconstruir o mundo - ou apenas sobreviver por mais um tempo.
Achei estranho no começo a falta de descrição do personagem principal, mas acho que é pelo fato de ele ter narrado em 1ª pessoa. Então, automaticamente o imaginei como o autor rs. Acho que se encaixou bem.

Bem, quanto aos personagens sem si, achei a Char bobinha demais, o Liel um chato e o Imort um egoísta de primeira (mas talvez eu o compreenda em partes). A única personagem com quem me identifiquei bastante foi a Yuma, desde o começo a achei bem decidida e pés no chão. .<
É um livro que possui uma narrativa muito boa e o tema melhor ainda. Acho que por mais fictícia que a história seja, o autor conseguiu passar a informação mais importante: um alerta a humanidade sobre a importância da água. Divertido e reflexivo, é uma história ótima que todos deveriam ler. :D
Ander 22/08/2011minha estante
Gostei da resenha, como sempre me fez ficar curioso =)
Tenho medo de viver sem água. =(
Imagino o desespero que deve ser >.




Felipe Santos 07/05/2011

Agora Eu Resenho
O primeiro livro escrito por Fábio Brust honra o leitor com uma história sagaz e criativa sobre a sobrevivência humana. Neste romance estilo steampunk (ainda são poucos os livros nacionais nesse estilo – infelizmente), mistura ficção científica e uma pequena dose de sobrenatural, o que, na minha opinião, gerou uma trama bastante intrigante. Por quê? Porque nesta narrativa que se passa no ano de 2033 acompanhamos a saga de quatro sobreviventes após um colapso mundial causado por uma guerra nuclear motivada pela falta de água. Neste mundo futurista encontrar água potável é o maior desafio. Toda a vida na superfície da Terra está morta e as chuvas são ácidas.
São quatro personagens principais. Cada um deles com uma característica marcante. Vou falar apenas de dois. Char é a personagem mais cativante do livro. Ela é um clone, cujos órgãos seriam utilizados para manter viva sua rica proprietária, que morreu antes da hora. Solta em um mundo que não conhecia, ele acaba conhecendo Imort (um nome não muito criativo, admito). Como o nome já indica (esse não é o verdadeiro nome dele), Imort é um imortal. Ele nasceu em Cartago e vive até os tempos futuristas. Seu maior desejo é encontrar a morte. Ele não sente sede ou fome, não se cansa nunca e não envelhece ou adoece. Por outro lado, ele não sente o gosto da comida ou bebida, não sente prazer no sexo e nem sente efeitos do álcool e outras drogas. É mais do que justo o homem querer morrer. Apesar de entender sua jornada em busca da morte, não posso dizer que gostei deste personagem, que muitas vezes se mostrou arrogante, egoísta e imaturo. Nada que diminua a originalidade da trama.
A história se passa em várias partes do globo e mostra a busca desse quarteto por outros sobreviventes. O livro também fala sobre a organização dessa nova sociedade humana, discutindo valores e religião. Para quem gosta de romances, o amor entre Char e Imort é forte e bonito. A história de como Imort se tornou um imortal é bastante interessante e intrigante. A explicação é bem original, embora não diga quem foi o primeiro imortal. Só achei alguns flashbacks desnecessários, como a vida de Imort como escravo no Brasil. Por outro lado a descrição de sua vida em Cartago é bem rica em detalhes e bastante criativa. Por causa de sua narrativa criativa e original, recomendo fortemente a leitura do Agora Eu Morro. É um livro dinâmico e de fácil leitura (li em apenas três dias). Parabéns ao autor nacional Fábio Brust pela sua criatividade em escrever o Agora Eu Morro.

Felipe Santos
Autor do Preço da Imortalidade
Outras resenhas: williambrenauder.blogspot.com
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Nine Stecanella 20/04/2011

Agora eu Morro
Agora eu Morro foi um livro que superou minhas expectativas. Aliás, outro livro, de uma lista que está ficando cada vez maior. Não posso deixar de dizer que foi principalmente pelo fato de o Fabio ser tão jovem e mesmo assim ter escrito uma história bem intensa e cheia de críticas.

O livro trata da luta pela sobrevivência em um mundo onde água e comida são raridades. Onde quem ainda conserva um pouco de sanidade luta contra os sedentos: os zumbis da água. Onde a vida está acima de tudo, como nos primórdios da humanidade. Um mundo onde os clones são seres de reposição, existe um [ou dois] seres imortais e onde ainda existe amor, mesmo parecendo impossível.

Quem narra é Imort. Ou Imortal. Prefere ser chamado assim do que pelo nome. Um homem que vive por muito tempo na Terra e que acompanhou todos os grandes desastres nos últimos dois mil anos. Um ser que acima de tudo busca pela morte. Pela paz eterna. Pelo descanso.

O livro é uma mistura dos pensamentos de Imort, sobre si e sobre sua obsessão em morrer. Sobre a mudança que a clone Char causa em sua vida, sobre a relação conturbada com Liel e a amizade com Yuma. Sobre o que levou a Terra ao colapso e como a prepotência humana foi a queda do nosso mundo.

Não considero Agora eu Morro um romance, embora ele exista e seja importante na parte final. Considero mais um drama, e depois uma aventura, em busca de outros sobreviventes. Em busca de explicação e acima de tudo em busca da morte. Se pudesse resumir, diria que é um ótimo livro pra refletir sobre o que cada um faz. Será que realmente estamos preocupados com o futuro do planeta?

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Rapha 18/04/2011

Agora eu Morro - Fabio Brust
Pense em uma época onde a Terra está destruída. Praticamente não há água, não há animais, plantas, ou qualquer outro tipo de vida, apenas poucos - entenda-se por quase nenhum - humanos e uma nova "espécie" de ser humano, os Sedentos, que são pessoas que após a explosão de uma bomba de hidrogênio super radiotiva vêem-se transformado nesse novo tipo de ser.
É esse o cenário descrito pelo jovem escritor Fábio Brust em seu primeiro livro Agora Eu Morro.

O livro se passa por volta do ano de 2033 e conta a história de Imort, um imortal com mais de 2.000 anos, que deseja a todo custo morrer.

Toda a estória é narrada pelo próprio Imort, é ele quem descreve tudo: como o mundo se encontra atualmente, como conheceu o "grupo" que está - Char, a clone; Liel e Yuma - o amor por Char e, acima de tudo, descreve sua imensa vontade de morrer.
Com o decorre do livro, através de flash-backs, ele também nos conta como se tornou um imortal, fala sobre as outras épocas que já viveu e com isso vamos entendendo como o mundo foi ficar de tal maneira.

"Foi o homem, que não é bom e não é mau, que terminou por destruir o único lugar onde poderia viver. Não pode viajar para um planeta próximo, porque não pode morar lá."
...

Continue lendo em: http://rapha-doceencanto.blogspot.com/2011/04/agora-eu-morro-fabio-brust.html
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sabrina sexton 01/04/2011


OK. Esqueçam meteoros gigantes, invasões alienígenas, uma nova era do gelo. Segundo a visão futurística sobre a extinção da vida humana na terra do jovem autor gaúcho Fabio Brust em seu primeiro livro publicado – intitulado Agora eu morro ( Editora Novo Século/ 2010 –358 páginas)-, o ser humano será praticamente extinto pela falta da água, exatamente como vimos sendo alertados durante décadas.
(...)
Num período denominado “O grande Colapso”, quando se deu o esgotamento da água potável...
(...)
O enredo é super interessante, e confesso que esse livro me surpreendeu, muito mais do que ficção, consegue abordar ao longo da trama o valor da verdadeira amizade , e grandes questionamentos como a religiosidade e a existência de Deus. Inúmeras perguntas permeiam a mente do leitor ao cair no futuro apocalíptico da trama...
(...)



Trechos retirados da resenha postada no blog Leituras & Devanneios, em 23/03/11.
Resenha completa no link: http://www.leiturasedevaneios.com.br/2011/03/fabio-brust-agora-eu-morro.html



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Hermes 02/02/2011

Vida x Morte
A morte é um dos sentimentos mais temidos pelo homem e representa o processo final de nossa evolução biológica.
Fábio Brust surpreendeu-me com a história de Akia um imortal que quer morrer.
Nesse desejo imensurável, vivendo a imortalidade ele presencia a perda das pessoas que amava e ironicamente assiste a morte de nosso planeta. Até nosso planeta morre, mas Akia não.
A água torna-se fonte da vida e pela sua escassez a luta pela sobrevivência faz aflorar nossos instintos mais primitivos – o que restou do ser humano se autodestrói na luta pelo precioso líquido.
O Homem perde seu valor...
Nesta jornada em busca da morte, o protagonista encontra Liel e Yuma, amigos fiéis, que prometem ajudá-lo.
O cenário se passa em vários países, num futuro apocalíptico onde a chuva ácida ocupa a beleza da natureza extinta.
Então Akia encontra outro imortal, que sabe como morrer trazendo consigo a chave para seu dilema e ainda encontra a resposta para salvar a humanidade e a própria terra.
Mas um novo sentimento de esperança começa a brotar no coração de nosso protagonista e outra vez o dilema vida versus morte torna-se supremo.
Uma obra rica nos detalhes e que fará o leitor refletir sobre a morte e principalmente sobre a preservação de nosso planeta.
A leitura em diversos momentos me fez recordar sobre a carta da terra, mas o autor consegue ir além.
O jovem escritor soube elaborar uma bela obra, que nos põe a pensar sobre viver em um mundo em ruínas ou morrer pelo tédio da eternidade.
Certamente uma leitura cativante e recomendada.
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magicjebb 28/01/2011

Uma saga de RPG escrita em forma de livro
Comecei a ler Agora Eu Morro e fui imediatamente invadido por uma porção de preconceitos, logo nos primeiros capítulos. “É um livro escrito por um guri de 18 anos”, pensei, imaginando e aglomerando em minha mente todos os revezes que esse fato poderia implicar, os quais se multiplicaram exponencialmente quando me deparei com a palavra “descendentes”, no final da página 23 – um deslize do autor, que obviamente se referia ao termo oposto, “ascendentes”, ou “antecessores”, anteriores àqueles.

Sou preconceituoso até não mais poder, admito. Olho pra muita coisa horrorizado, enojado, sem nem tentar entender, e isso também acontece quando começo a ler um livro.

Para minha sorte, depois de centenas de leituras, aprendi a lidar com meus preconceitos literários, e empurrar a leitura para frente, ignorando-os, o que me fez descobrir que são poucos os livros que seguem religiosamente os paradigmas apresentados em suas primeiras páginas.

Para minha sorte, Agora Eu Morro foi mais um desses casos.

Falando francamente, o livro tem esse problema, essa tendência que já vi em livros de outros escritores jovens, essa mania de querer me jogar na cara certas verdades que meu lado inteligente, crítico, narcisista de conhecimentos, clama serem apenas bobagens. Há no livro de Fabio Brüst diversas dessas afirmações, dessas convenções que parecem atentar contra a minha inteligência e discernimento adquiridos. Por exemplo, pessoas imortais que continuam vivendo por dois mil anos necessariamente NÃO terão as mesmas dúvidas e sentimentalismo que pessoas de vinte anos – e me parece óbvio que elas sequer terão as dúvidas que nós, meros mortais, concebemos como tal. Alguns nomes de personagens, em tese impossíveis, e alusões à magia alquímica, e a fatos históricos “seguindo os manuais” também me colocaram com um pé atrás em relação ao livro... Todo mundo devia saber que a história como foi escrita é a maior de todas as mentiras da humanidade.

Porém, cheguei em um ponto que tive de reinterpretar minha forma de ler o livro do jovem Brüst. Induzido pelo próprio autor, acabei encarando Agora Eu Morro de uma forma mais descontraída, mais leve, procurando levar em conta com seriedade os fatos históricos FUTUROS que ele mencionava, todos absolutamente possíveis e verossímeis, atemorizantes alguns: uma bomba atômica dizimando a Europa inteira; os “sedentos” – ex-humanos mutantes, selvagens, enfraquecidos, monstruosos. Deixei-me levar pelas tantas e quantas correrias da estória, que tem muita ação e movimento, lutas, fugas e atravessa praticamente o mundo inteiro em buscas pelo que possa ter restado de civilização, esperança, e pelos dois bens que se tornaram os mais escassos do nosso planeta na época pós-apocalíptica descrita pelo autor: água potável e a possibilidade de morte de um protagonista que, por motivos que prefiro não comentar, se vê impedido de morrer.

Lá pela metade do livro foi que eu percebi que estava lendo um mangá, uma saga de anime, ou “lendo” uma daquelas fábulas que eu adorava jogar no videogame, Dragon Quest, Final Fantasy, Última, só que na forma de um livro. Uma estória tão cheia de ação e de reviravoltas, idas e vindas através de fatos históricos passados e futuros, quanto um dos grandes jogos de RPG que já joguei em meu Super NES ou Playstation. “Um Chrono Trigger em forma de livro”, pensei, rindo. E gostando, MUITO.

E é essa a conclusão que cheguei ao ler Agora Eu Morro: trata-se de uma pequena saga de RPG ou de HQ em forma de livro, em que se vê fatos e verdades passadas contestáveis para um livro, mas que são excelentes panos de fundo para uma saga de graphic novel, intercaladas com previsões palpitantes em relação ao nosso futuro, com um grupo fechado - uma "party", como se diz nos RPGs - de personagens elaborados à base de arquétipos, o imortal invencível, o clone frágil, o assassino religioso, a "ninja" oriental, e... uma infinidade de monstros, inimigos e aliados aleatórios, com quem este grupo principal de personagens acaba interagindo no decorrer da estória.

Em resumo, uma boa leitura. Uma aventura que poderia virar desenho animado, e me deixou com saudade dos tantos RPGs de videogame que já joguei nessa vida.
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Estevan 09/01/2011

Um épico dos conflitos da humanidade!
Um livro de capa simples. Um título sorumbático. Uma história magnífica! Para mim, foi realmente uma surpresa! Desde as primeiras páginas do livro, eu já havia percebido que ele seria bom, por quê? Uma narrativa fluída, bem arquitetada e com muita coerência.
A história se passa num futuro bem próximo, no entanto, há vários flash backs pelos séculos e milênios passados, levando o leitor até Cartago, terra natal de Akia, o narrador personagem. Akia adquiriu o dom da imortalidade de forma insólita e involuntária, durante uma batalha, quando servia ao exército de Cartago. Ao longo dos séculos o personagem desenvolve um repúdio natural por sua condição de imortal, tendo como um dos motivos a dor ver cada ente querido se esvaindo, sem poder fazer nada, apenas olhar e sofrer. Ele é o oposto do vampiro tradicional, que preserva sua condição de imortal a qualquer custo. Akia é o filósofo deprimido. Seus pensamentos ateístas são viscerais e muito convincentes.
Em 2033, a humanidade vive o seu momento mais caótico. Uma era pós-apocalíptica que iniciou depois da guerra pela água potável. O que restou da humanidade trava uma luta com os sedentos, criaturas de origem humana que se converteram numa espécie de zumbis vorazes pela água. O ambiente lembra “Eu sou a Lenda” de Richard Matheson – inclusive, Brust faz referência a esta obra (mais especificamente do filme) em sua história. Senti apenas que os sedentos poderiam ser um pouco melhor explicados no contexto, no que tange a mutação que os criou, mas isso não abala a solidez da narrativa.
Podemos classificar essa história como um épico, pois ali está retratada uma vida que passou pelos períodos mais importantes da humanidade. Temos elementos da ficção científica, como os seres humanos clonados (uma das personagens principais, inclusive, é um clone) e algumas outras tecnologias. A única tecnologia descrita pelo autor que realmente seria inviável e um automóvel cujo motor, pelo que eu entendi, é resultado de um sistema à combustão que move um gerador elétrico que, por sua vez, faz mover o veículo. A inviabilidade se deve ao fato de uma fonte primária ser consumida para nutrir uma fonte secundária.
Resumindo, é uma história cativante! Fabio Brust revelou-se um autor de grande potencial já em seu primeiro livro. Percebe-se que a visão do autor é muito ampla; ele se revela um analista crítico do mundo contemporâneo. Parabéns Fabio, você tem a minha nota máxima!
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