O Genocídio do Negro Brasileiro

O Genocídio do Negro Brasileiro Abdias do Nascimento




Resenhas - Genocídio do negro brasileiro


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Évelin Noah 16/01/2021

Livro de fundamental importância para todos os brasileiros. Nos ajuda a entender como se concebeu o nosso país extremamente racista, que se escondeu e se esconde atrás de um falso véu de democracia racial.

Quem decidir lê-lo, caso seja verdadeiramente humano, esteja preparado para sangrar, pois cada vírgula dói ao ser lida. Em alguns momentos é necessário até parar para conseguir respirar.
Luis 02/11/2023minha estante
Resenha perfeita. Abdias não doura a pílula. Ferida aberta que está longe de cicatrizar.




Vitor Y. 02/06/2023

Livro da década de 1970 que permanece atual. Corajoso ao enfrentar e desafiar de frente o falacioso discurso da democracia racial brasileira, tão repercutido por pensadores renomados como Gilberto Freyre, afinal , como dizia Thales de Azevedo, ?a pretendida democracia racial realmente é uma ficção ideológica? (p. 53)

Relembra os discursos racistas supostamente científicos existentes no século passado, tal qual Nina Rodrigues ao afirmar que ?a raça negra do Brasil?há de constituir sempre um dos fatores da nossa inferioridade como povo?, p 82).

Livro bem escrito e com interessante bibliografia.
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Roseane 30/04/2020

Genocídio do negro Brasileiro
Primordialmente o autor contextualiza como o escrito chegou ao público.

Originalmente foi um ensaio para o colóquio do Segundo Festival Mundial de Artes e Culturas Negras realizado em Lagos de 15 de janeiro a 12 de fevereiro de 1977, porém foi rejeitado.

Não fiquei surpresa pois os assuntos não estão em consonância com a imagem que sociedade brasileira queria se mostrar ao mundo.

Fiquei deveras triste pois se o governo tivesse trabalhado (aqui) o material desse livro, hoje teríamos uma outra realidade. Fim do racismo? Não. Mas estaríamos mais adiante para a conquista de nossa cidadania real.

Ao se averiguar como hoje se fala sobre sexualidade e gênero como um assunto incentivador ao coito, da mesma forma, o documento foi tido como propagador de crenças ideológicas. Os 6 delegados enviados pelo Brasil se querem se manifestaram, em omissão não quiseram estar envolvidos em debater as questões raciais do Brasil.

A imprensa Nigeriana documentou a rejeição e por conseguinte se despertou a curiosidade para saber as condições do negro brasileiro.

Em vista disso o trabalho foi mimeografado (me sinto tão velha por saber o que é isso) e distribuído aos participantes do Colóquio que se organizaram em 5 grupos para discursão. Dessa maneira propostas foram lançadas. A delegação brasileira tentou impedir que as propostas fossem colocadas visto que Abdias não era um delegado oficial.

O ano era 1977 e o documento denunciava que o Brasil não fazia de forma obrigatória o estudo da história da África e consequentemente negando a mais da metade da população do país conhecer sua história e raízes que por certo lhe ajudariam a formar uma identidade.

Somente em 09 de janeiro de 2003 que a lei 10.639 foi assinada. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

Não posso deixar de comentar que estava na proposta, mas foi vetado que professores deveriam contar com a participação de entidades do movimento afro-brasileiro. Eu acho que ficaram com medo da revolução.

Os delegados oficiais produziram monografias de pretenso caráter científico (grifo do autor) e colocavam o afro-brasileiro e africano como objeto de pesquisa e destituído de humanidade e dinâmica histórica.

ATENÇÃO: a partir de agora vou usar o símbolo * para os falsianes

Um dos delegados Dr. George Alika (*) descreveu a religião de matriz africana como culto primitivo, mágico e animista. Esse autor seguia os estudos de Nina Rodrigues (*) que dizia que o transe era manifestação de histeria e patológico.

Outro delegado Antônio Vieira (*) não teve seu trabalho distribuído no colóquio, entretanto ele fez um pronunciamento onde omitiu qualquer referência aos problemas dos descendentes dos africanos no Brasil.

Abdias é um escritor orgânico pois a matéria investigada também lhe atravessa de forma pessoal.

Cita vários autores como o professor Thales de Azevedo (*) que assegura que o mito da democracia racial é “orgulho nacional”. Fala de Gilberto Freyre (*) e o seu termo criminoso: morenidade (em uma única palavra ele consegue propor o desaparecimento do negro físico e espiritualmente através de estratégias de branqueamento).

O negro escravizado foi imprescindível para história econômica do Brasil. Café, Cana de açúcar, ouro e diamantes eram explorados pelos negros a base de violência e crueldade, porém tampouco tiveram recompensa financeira e ou simbólica, pois todo o conhecimento e ciência era bagagem dos escravizados.

O sistema escravocrata forçou uma fama de ser uma instituição benigna. O colono português utilizava de mentira e dissimulação para encobrir sua natureza racista e espoliadora. Ainda ousou dizer que a escravidão que já existia em África era semelhante à sua. As ameaças e corrupção dos chefes tribais não foram contextualizados. O passado Africano fora distorcido. Há corajosos que citam que houve senhores escravocratas “bons e humanos”. Os supostos Senhores Benevolentes.

Os missionários cristãos tiveram uma participação efetiva e entusiástica no cruel, terrível e desumano tráfico negreiro. Exemplos como Padre Antônio Vieira (*) e sua firme posição racista.

Pierre Verger (*) um branco europeu que se intitulava porta voz do estudo sobre o negro e o africano disse que o Brasil é um local racialmente harmonioso e que o branco não é racista com o negro.

O mesmo, glorifica a imagem da “mãe preta” amamentando a criança branca. Pelo contrário, essa imagem foi um dos mais terríveis crueldade racista do tempo escravocrata. Mulheres negras foram estupradas ou engravidavam de uma relação afetiva, mas não tinha direito a seu filho.

A criança quando não vendida, não tinha o direito de ser amamentado pela própria mãe pois seu leite era propriedade do senhor que podia oferta-lhe a seus próprios filhos ou alugar/vender essa escravizada para que amamentasse outra criança. Não há nada de harmonioso nesse “símbolo” destacado por Verger.

A mulher negra foi escravizada, impedida de estabelecer qualquer estrutura familiar, prostituída e estuprada sistematicamente. Até hoje tem desprestígio social. O autor cita um velho ditado popular, mas continua atual
Banca pra casar,
Negra pra trabalhar
Mulata pra fornicar

Pierre Verger em plena Universidade de Ifé aplaude a violência sexual a mulher africana quando exalta algumas situações da relação dos filhos dos brancos donos de plantação com os escravizados:
“...teriam a sua iniciação sexual com garotas negras trabalhando nas casas grandes...”

O Africano inválido, enfermo incurável ou idoso era lixo humano na concepção dos escravocratas que lhes concediam alforria para não lhe oferecer apoio ou subsistência.

Manter os Africanos e seus descendentes fora da sociedade exonerava as responsabilidades dos senhores, do estado e da Igreja.

Monteiro Lobato (*) endossava o coro de que o negro sequestrado e trazido da África sob grilhões era o causador do “problema racial brasileiro" e que de certo o faziam de propósito por vingança. O autor infantil apostava suas esperanças em são Paulo que estava sendo injetado de sangue europeu.

O mulato (mantendo o termo original do livro) era geralmente fruto estupro da mulher negra e tinha designação especial no sistema escravocrata: feitor, capitão do mato entre outras tarefas de confiança.

O branqueamento sistemático era tido como uma esperança para se aniquilar a “mancha negra” da sociedade” era uma aposta que tinha como objetivo a eliminar da raça negra ou seja, seu genocídio.

O escritor José Veríssimo (*) exaltou que a mistura das raças iria eliminar a raça negra. Vários outros intelectuais com a mesma linha de pensamento foram citados.

A política imigratória foi instrumento básico para o branqueamento. Um decreto em 1890 proibia a entrada de indígenas da Ásia e Africanos.

Getúlio Vargas (*) no fim do seu governo assinou o decreto N 7.967 que dizia:

“Atender-se-á, na admissão dos imigrantes, à necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as características mais convenientes da sua ascendência europeia, assim como a defesa do trabalhador nacional.”

Rui Barbosa (*) em 1899 mandou incinerar documentos financeiros da escravidão para proteger o Estado, pois os escravocratas pretendiam pedir indenização devido o fim da escravidão oficial. Ato esse que fez com que perdêssemos documentos indispensáveis para uma análise histórica da escravidão.

A discussão pública do racismo e discriminação racial era inibida e o regime militar agia de forma violenta.

A discriminação racial é a base da desigualdade social. A “boa aparência” nos anúncios de emprego era uma forma de dizer que a vaga não era para uma pessoa de fenótipo negroides irrefutáveis. A cor da pele é uma variável de peso na desigualdade econômica em que o negro se encontra.

A cultura Africana foi folclorizada para se tornar palatável.

A religião de matriz africana era a única religião que era exigido registro policial. As casas passavam por inúmeras invasões onde eram confiscadas esculturas rituais, objetos de culto, vestimentas litúrgicas e as lideranças eram encarceradas.

O autor é fundador do Teatro Negro experimental... Enfim

O livro é um patrimônio imaterial. É inumerável a contribuição que o autor coloca no livro do que é ser negro no Brasil.

Abdias do Nascimento: Presente!
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Rafael 30/05/2021

Uma grande luta!
Lagos, Nigéria, 1977. Durante o 2º Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas (Festac), a delegação brasileira afirmara à comunidade internacional, mais uma vez, que no Brasil vigorava uma democracia racial. O relatório do Grupo IV, feito pelo etíope Dr. Aleme Eshete, indicava outro cenário, porém: "O orador brasileiro disse que a cultura africana tanto tem penetrado na sociedade brasileira que hoje é difícil de compreender a cultura brasileira sem compreender a cultura africana. Os participantes souberam pelo mesmo autor que o Brasil era uma sociedade multirracial e multicultural. Mas, esta afirmação foi fortemente desafiada por outro professor brasileiro, Nascimento, o qual disse que no Brasil a cor negra era considerada inferior e que os brasileiros com sangue africano sofriam discriminação" (p. 35).

À época, Abdias Nascimento teve seu trabalho ?Racial Democracy in Brazil: Myth or Reality? estranhamente rejeitado, para fins de apresentação no colóquio, peça central do Festac. Todavia, como se extrai do relatório acima, não passou este fato despercebido pelos integrantes do evento e pelos órgãos de imprensa.

No ano seguinte (1978), Abdias Nascimento lançou a obra "O Genocídio do Negro Brasileiro" e colaborou fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado. São outros marcos de sua militância política: a fundação do Teatro Experimental do Negro (1944-1961) e a ocupação dos cargos de deputado federal (1983-1987) e de senador da República (1997-1999), sendo sempre a questão racial o eixo central de seus mandatos.

Quanto ao livro, muito antes de genocídio ser um termo comum aos protestos políticos, Abdias já identificava, na política oficial brasileira, intenções voltadas para a destruição do povo negro, materializadas no branqueamento físico e cultural da raça, na proibição de discussão sobre esta e em discriminações na realidade social, dentre outros atos.

Ainda na obra, diversos mitos decorrentes da democracia racial foram confrontados pelo autor, como o do senhor benevolente, o de respeito à mulher negra pelo intercasamento, e o do "africano livre".
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Silva 05/05/2021

Impressões...
Depois de um tempo lendo e estudando, não só via academia, a gente percebe algumas coisas. Por exemplo, a diferença entre dizer que esse livro é necessário, importante, etc. E entre de fato reconhecer e ter esse livro como necessário, importante...
Parafraseando o autor, é sobre lutar desde a escravidão. Sobre confrontar as instituições que acreditam que por sermos negros temos que ser dóceis, gentis, baixar a cabeça, saber obedecer... E, por que não, acreditar que vivemos em uma democracia no Brasil. Sem mencionar a hipotética hipocrisia de muitos em acreditar que nós temos uma espécie de aptidão natural para o trabalho forçado/pesado.
Ao meu ver, esse livro se apresenta em meio as insurreiçoes e resistências negras desde a colonização. Visto que são inúmeras as reflexões presentes, por isso ser tão reconhecido e valorizado.
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Luiz 19/08/2020

Mais atual, impossível
Mesmo após 43 anos, esse ensaio é assustadoramente atual. Nós vemos ano após ano os mesmos problemas se reproduzindo, a mesma estrutura que se mantendo de maneira tão desenvergonhada.

Perceber, entretanto, o quão fortemente os discursos desse livro se infiltraram nas discussões dos movimentos negros me anima. Me anima saber que podemos ter os nossos heróis, me anima saber que temos figuras seguras para quem olhar. Me anima saber que estou no caminho correto, por mais tortuoso que esteja sendo.
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tscissa 03/01/2021

Leitura fundamental para entendermos a política do genocídio negro!
A obra de Abdias Nascimento, com textos complementares de Florestan Fernandes, Wole Soyinka e Elisar Larkin Nascimento é uma das publicações mais esclarecedora de como o racismo sempre existiu no Brasil, em toda sua história, de forma dissimulada, mascarada, dando a entender ao mundo de que o Brasil se estabeleceu sobre uma democracia racial, em paz e sem preconceito.

O livro foi escrito em plena ditadura militar, como reprodução de um ensaio que o autor escreveu a pedido do professor Zio Zirimu para o Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas em Lagos na Nigéria em 1977. O trabalho de Adias deveria ser apresentado numa conferência pública do colóquio, mas, foi rejeitado.

A narrativa dura e esclarecedora mostra que o racismo no Brasil é perverso e consentido desde os tempos da Colônia e que com o advento do Império e depois com a República pouco ou quase nada mudou. Ele apresenta todas as formas de política de exclusão do povo negro e como muitas dessas políticas e formas estão intrínsecas a nossa cultura.

Abdias defende que a “sobrevivência” de parte da cultura negra não se deu por um processo natural de assimilação de culturas na sociedade, mas sim, por uma luta das pessoas que foram escravizadas e tiveram de resistir e lutar pelos próprios costumes, quebrando todo um mito que foi estruturado de que os negros foram totalmente aceitos e inclusos na sociedade.

Esse é um livro extremamente necessário para compreender a forma como a política de embraquecimento e o genocídio do negro no Brasil se estabeleceu de forma tão velada (e às vezes nem tanto) e como podemos contribuir para lutar contra esses tipos de opressões e apagamentos raciais.
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Beto | @beto_anderson 14/07/2021

Grande valor histórico
O livro do prof. Abdias tem um grande valor histórico, especialmente mostra o primeiros passos para uma denúncia do racismo no Brasil que por muito foi negado pelos governantes e pela sociedade em geral. Traz termos interessantes que nos levam a pensar as injustiças para com os negros desde o início da escravidão no Brasil e que se mantém até os dias de hoje, apesar de alguns avanços no que tange a inclusão social do negro.
Há apenas uma inconsistência: o médico e etnólogo Nina Rodrigues citado diversas vezes pelo pesquisador era maranhense, e não baiano como afirma Abdias.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Bibliotecadabri 04/10/2023

Genocídio do negro brasileiro
SOBRE RAÇA E GÊNERO

O Genocídio do negro brasileiro: Processo de um racismo mascarado - Abdias Nascimento (Nigéria, 1977)

Este colóquio trata das trajetórias dos negros e negras no contexto da pós-abolição da escravidão.
Abdias Nascimento faz uma crítica ao entendimento de que o Brasil seria uma democracia racial, um lugar em que o grande problema do negro era a pobreza e não o preconceito de cor.

O texto foi apresentado em 1977, durante o segundo Festival de Artes e Culturas Negras, em Lagos, na Nigéria. Mas a sua escrita segue atual. O autor aponta que a situação do negro no Brasil, durante a vigência da ditadura militar, era pior do que dos negros nos EUA ou na África. Vítimas de um racismo dissimulado e mascarado, de uma política de genocídio cotidiana do corpo negro.

E, mais do que isso, o autor aponta a evolução do trabalho dos ativistas e da mudança de mentalidade na academia científica. No entanto, a situação continua inalterada. Muita coisa evoluiu? É claro que sim. Fruto da luta e resistência diária do povo negro brasileiro. Mas basta ler nos jornais os últimos acontecimentos; analisar o atual cenário político e econômico do país; e conhecer a realidade desse povo para saber que a situação é muito mais complexa.

Ainda sobre o livro, Abdias aborda a construção e desconstrução de mitos; a interpretação da formação social brasileira e racismo que impacta de maneira singular o ser negro; e a importância de uma nova sociedade, que seja multirracial e multicultural.

Falecido em 2011, aos 97 anos, Abdias deixou um legado de luta contra o racismo na literatura e na política. O ativista viveu exilado entre 68 e 81, durante a ditadura militar, e foi senador, deputado, escultor, ator e fundador do Teatro Experimental do Negro.
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Jonas incrível 28/05/2022

Somos humanos apesar de tudo.
Excelente livro. Uma reflexão, uma constatação do modo como o preto, a pessoa de pele escura, é e sempre foi tratada em muitos lugares do mundo. O racismo nos quebra como humanidade. Não somos seres lutando contra outros seres, somos humanos discriminando e matando outros humanos pela cor da sua pele.
O preto não é inferior em nada, não existe relação entre cor e inteligência. Só existe preconceito.
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Alcione.Ferreira 03/01/2021

De quantas formas podem nos matar?
Livro fundamental! Um clássico!
É fato que, no Brasil, ser negro/a é ser grupo de risco, é ser alvo.
A matança da população, que chamamos de genocídio, infelizmente nunca sai da ordem do dia, pois o modelo de sociedade em que vivemos é estruturado para nos eliminar, objetivo que, historicamente, ora é assumido de forma aberta, ora é dissimulado, mas sempre ativo.
Não se mata repetidamente um grupo sem a certeza de que a sociedade normalizará esses assassinatos, ou seja, é preciso que uma série de dispositivos também genocidas estejam permanentemente e articuladamente atuando, para que de forma mútua se legitimem, tornando determinadas vidas ?menos importantes?.
Assim, é possível identificar o genocídio dos/as negros/as em diversas formas e espaços, que foram brilhantemente apresentados por Abdias Nascimento em ?O genocídio do negro brasileiro?, do qual apresentamos alguns pontos do post. Para tomarmos uma posição antirracista, é importante conhecermos este aparato de morte e realizemos enfrentamentos permanentes a ele.
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Diego.Guerra 11/10/2022

Um relato atemporal
Abdias relata em sua obra como historicamente o negro é deturpado, e como a burguesia brasileira continua instituindo preconceito e discriminação em seu modus operantes.
Pretos continuam sendo mortos pelo simples fato de serem pretos, continuam sofrendo com uma falsa liberdade que nada lhes proporcionou para mínima e dignamente pudessem viver.
O Brasil reforça a cada dia sua essência racista e preconceituosa, é nosso dever discutir e sanar isso para colhermos algo diferente no futuro, digamos todos não ao racismo velado. Como já dizia Ângela Davis: ?Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista?. ??
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Ailauany 05/07/2021

"Nós temos a África em nossas cozinhas, América em nossas selvas e Europa em nossa sala de visitas"
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Carlos Alberto 29/06/2021

O Genocídio do negro brasileiro de Abdias Nascimento apesar de ter sido escrito na década de 70 ainda continua muito atual. Mostrando-nos o quanto tão pouco avançou as políticas e projetos para tentar desenvolver de fato uma sociedade plurirscial no Brasil.
Tendo conquistado as posições de
senador e deputado federal, Abdias Nascimento nos conta como ninguém o quão mínimo é a representação das minorias no alto escalão do sistema legislativo, executivo e judiciário brasileiro o que na prática corrobora para o não andamento de medidas para tornar nossa sociedade mais igualitária.
Enfim, o livro O Genocídio do negro brasileiro é um livro que nos mostra a realidade nua e crua de como os negros foram rechaçados e ignorados durante os anos pelas pessoas ocupando o poder e como isso ainda é visto nos dias de hoje.
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