Cachalote

Cachalote Daniel Galera
Rafael Coutinho
Rafael Coutinho




Resenhas - Cachalote


35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Marcelo 02/04/2013

O quão longe conseguimos ir?
Li a pouco o cachalote e depois procurei alguns reviews na web sobre a obra pra ver se as opiniões batiam com a minha.
Pra minha surpresa o que eu encontrei foram vários textos que não faziam a mínima idéia do que haviam lido, não entenderam o fio da meada.
Até a explicação do próprio título do livro não condiz com a obra!

A característica mais importante de um cachalote para descrever o livro não tem nada a ver com moby dick, nem o seu tamanho ou o tamanho de sua cabeça!(Vi isso em alguns reviews). Os cachalotes tem a característica de serem os mamíferos a mergulharem em maior profundidade. Uma outra característica dos cachalotes que me chamou a atenção é que devido aos mergulhos em grandes profundidades os seus esqueletos apresentam rachaduras que remetem a alta pressão nos mergulhos.
Toda a trama gira em torno dos limites dos personagens e o quanto eles conseguem se aprofundar sem deixar sequelas nas suas vidas, ou seja, o quanto eles conseguem mergulhar sem rachar seus esqueletos.

A narrativa me lembrou um pouco a do filme Magnólia onde (pelo que eu me lembro) um pouco da história de cada personagem era contada de forma sequencial e rotativa. No cachalote o tempo dado a cada personagem vai diminuindo no decorrer da obra de forma que a frequência de mudança entre eles vai aumentando. Gostei dessa dinâmica.

Os traços nervosos do desenho em momentos acrescentam personalidade à história e outras vezes tornam a narração um pouco confusa, não ficando clara a mudança de ambiente ou de personagens.

No geral achei uma obra séria, bem executada, de lugar garantido na minha prateleira.
jpvesteprada 10/08/2017minha estante
que resenha maravilhosa, obrigado!


Digo 09/07/2021minha estante
Bah que viagem, jamais teria procurado as características do bicho hahah


Matheus 06/03/2022minha estante
Uau...




Cinara... 25/09/2021

"Eu queria poder voltar no tempo às vezes."

3 histórias humanas que não me trouxeram nenhum tipo de sentimento, pessoas decadentes como a maioria das pessoas são e fim...
O traço também não foi um dos meus favoritos, bem sujo e em algumas imagens tive que analisar bem pra saber o que era. Infelizmente fui com muita expectativa.
Pensando bem acho que não gostei de nada!
E olha que quase tudo me emociona...


"Eu queria poder voltar no tempo às vezes."
Simm isso achei real! Eu queria ter voltado no tempo e lido outra coisa!
comentários(0)comente



Jo 16/04/2021

Intenso, meio confuso, mas surpreendente.
Os personagens te instigam, fiquei curiosa pra saber o que acontece com cada um.
comentários(0)comente



Tuca. 06/07/2010

Novos mares na literatura nacional.
Nem só de atrasos na publicação foi criada a expectativa em torno de Cachalote. A união do escritor Daniel Galera (premiado por seu último romance, Cordilheira) com o quadrinista Rafael Coutinho (filho de Laerte, finalmente numa obra de maior fôlego) é a primeira publicação tupiniquim do selo focado em HQs da Cia das Letras. Solidão e identidade em crise permeiam seis histórias que não se cruzam: um escritor, um escultor e um ator com dilemas artísticos, lidam com relacionamentos passados ou atuais; um fetichista que ama e que teme ferir a amada; um playboy com orçamento limitado e numa terra estranha; finalmente, um prólogo e um epílogo surreais. A primorosa fotografia monocromática enriquece os silêncios nas histórias. Se resumidas, parecem triviais; Lidas, ganham proporções cetáceas.
Lucas Ed. 24/02/2012minha estante
Poxa, concordo com muitos pontos do seu comentário, Tuca, mas chamar uma graphic novel como Cachalote de "literatura" é desconhecer os formatos, né?


Tuca. 24/02/2012minha estante
Bah, Lucas: e se eu te disser que essa foi a única coisa que não escrevi propriamente? Fiz a resenha prum jornal de Ponta Grossa, dei algumas opções de títulos, mas esse foi o que foi dado. =/


Ivan Picchi 02/03/2012minha estante
não deixa de ser literatura


Tuca. 02/03/2012minha estante
Sim, na medida em que algo que se lê. Preferi não entrar no mérito da questão.




Rafa569 08/07/2022

Não é sobre Moby Dick
Sim, foi a primeira pergunta que me fiz quando encontrei essa HQ, aleatoriamente, na estante de uma biblioteca. Escolhi e decidi dar uma chance por já ter visto outros livros do Daniel Galera, como "Barba ensopada de sangue" (que ainda não li). Fiquei meio perdido com os finais bruscos de cada uma das 5 histórias apresentadas, e compreendi melhor tudo que li após ter lido algumas resenhas, inclusive aqui no skoob mesmo. Os desenhos, como já disseram aqui também são meio "sujos" e não me agradaram tanto.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Aguinaldo 10/02/2011

cachalote
"Cachalote" é um "graphic novel" honesta, mas não há nada nela que realmente me impressione ou que particularmente me agrade, nem nos argumentos, nem nas ilustrações. Produzido a partir de uma parceria entre Daniel Galera e o ilustrador Rafael Coutinho, o livro tem sim apuro, bom acabamento técnico e algumas tentativas de dar vibração ao texto, mas o que encontramos são histórias esquemáticas e arrumadinhas demais, artificiais demais. Apesar de reunir uma boa dezena de personagens incomuns, de nenhum deles depreende alguma verosimilhança, algum lampejo que seja de vida real. São cinco histórias independentes: a de um ator chinês decadente deslocado em uma feroz São Paulo; a de um escultor em crise, assediado por produtores de audiovisual sádicos; a de um casal que se enreda e se arisca até os incertos limites de um jogo sexual; a de desocupado e trambiqueiro carioca que viaja à Europa para fugir de seus problemas reais; a de um escritor deprimido que reiteradamente se encontra com a ex-mulher. As histórias se alternam em blocos, mas textualmente não se conectam. Claro, em todos é evidente o inusitado das situações que cada um dos personagens enfrenta, suas tentativas patéticas de encontrarem algum descanso, algum afeto daqueles com quem se relacionam. Mas a separação das histórias mais irrita do que encanta o leitor, é só um truque, um artifício, no qual até tentei achar alguma métrica, alguma poética, mas me convenci de sua inutilidade. O livro tem um prólogo e uma espécie de coda, onde uma velha senhora interage com um cachalote, primeiro enorme, em sua imaginação, depois minúsculo, nas areias de uma praia deserta. Depois que um sujeito lê "Moby Dick" não se impressiona mais com estas coisas. Bueno. Preciso reler as coisas poderosas do Adrian Tomine ou do Jiro Taniguchi que li tempos atrás para ver o que torna mesmo a experiência com suas "graphic novels" tão especiais. Vamos em frente. [início 11/08/2010 - fim 23/08/2010]
"Cachalote", Rafael Coutinho e Daniel Galera, editora Companhia das Letras, 1a. edição (2010), brochura 21x27 cm, 282 págs. ISBN: 978-85-359-1673-7
comentários(0)comente



eddy pontes 02/02/2012

Senti muito mais que entendi esse livro. Acredito que me dei bem. =)
Cinco histórias sem fim, que me fizeram pensar e sentir muita coisa.
Carol 26/09/2014minha estante
Idem! A narrativa e o surrealismo também me deram a impressão de que era pra se sentir, antes de tudo.




Carol 26/09/2014

Sobre uma baleia e outras histórias
Não sei se sou realmente capaz de resenhar "Cachalote" dado que todo conhecimento que tenho de quadrinhos remetem a gibis que li (aos montes) durante minha infância ou o minúsculo conhecimento que tenho de história de super-heróis guardadinhas nas estantes do meu irmão. Porque, veja bem, este exemplar do qual falo não é uma publicação de HQ qualquer. Pelo menos pra mim. Li-o num "tapa" só, como dizem por aí, mas ainda precisei de uns dias pra digeri-lo - e não porque é intragável, mas porque tenho mania de querer aprofundar em tudo.

Em Cachalote não existe uma história contínua, acompanhamos - simultaneamente - seis histórias paralelas que não se encontram no final. Aliás, que final? Elas nem mesmo têm um desfecho concreto. Talvez por isso alguém por aí pode não ter gostado, talvez tenha ficado confuso aos olhos de uns e outros. Mas depois que se "sente" a história (alguém disse isso aqui e eu gostei :)), percebe-se uma conexão entre elas; uma mesma temática: são seis personagens vivendo seu cotidiano, encarando a solidão em diversas facetas e seus próprios limites da melhor forma que conseguem lidar. Pequenos dramas da vida que todo mundo já experimentou tal sensação ou qualquer coisa semelhante.
Pra mim, foi a perfeita junção de quadrinhos e literatura.

O livro "abre e fecha" no maior realismo fantástico, com uma senhora grávida que tem encontros com uma baleia, ali na sua piscina.
Os outros cinco personagens do miolo são um decadente ator chinês que jamais encontrará seu lugar na grande São Paulo, um escultor que só consegue externar seus sentimentos através de sua obra e que tem seu ego remexido por causa de um convite para um filme de roteiro bastante duvidoso, um jovem adepto de BDSM que se apaixona por uma garota linda mas frágil às suas preferências sexuais, um escritor deprimido e sua ex-esposa, pais de uma menina, que vão se encontrando ao longo do livro forçando um vínculo que provavelmente já não existe mais e enfim, um jovem mimado que é enviado à Europa sem um tostão para que aprenda a se virar.

Como já disse, vira-se a última página sem que nos seja apresentado o fim, o que pra alguns pode parecer um problema. Na minha humilde opinião, esse detalhe é um dos pontos altos: não poderia acabar de outra forma, visto que passei todo o livro divagando sobre as personalidades. Me deixou querendo mais. :)
comentários(0)comente



Carina143 22/05/2022

Todo mundo já contou sobre as 5 histórias para lê-las que não se cruzam e etc.
O que eu gostei foi o ritmo de como essas histórias são contadas e o fato de não ter exatamente um final e ainda assim a história se fechar em si.
Os traços são bem diferentes do que estou acostumada, o que não significa ser bom nem ruim, é só diferente.
comentários(0)comente



Pretti 07/03/2023

A HQ é uma baleia na piscina
Gostei muito da atmosfera do quadrinho. A angústia dos personagens é palpável e lembra a grande baleia que aparece na casa de uma personagem no começo da HQ, gigante e meio fora de lugar, ainda que incontestavelmente presente. Apesar de perceber isso, não consegui me conectar muito com os personagens, e fiquei com uma sensação de ser uma história escrita por homens e para homens. Bom, sim, mas não rolou muito pra mim.
comentários(0)comente



Caetano.Bezerra 01/10/2021

A crítica em destaque já disse tudo o que precisava dizer. Sem dúvidas Daniel Galera foi minha grande descoberta esse ano. O livro fala sobre mergulhar em si, limites, e lembra muito Magnólia, como o rapaz lá falou na página da obra. Me lembrou Babel em algo também. Assim como em Barba Ensopada de Sangue, não saberia explicar exatamente pq achei foda, mas achei. Impressiona o talento de Daniel Galera em te fazer se interessar pelos personagens tão rápido. Excelente.
comentários(0)comente



Protski 25/04/2011

O cotidiano nú e escancarado.
Cachalote é uma novela gráfica que retrata de maneira pontual o cotidiano. São histórias que correm juntas e separadas, contadas com riqueza de detalhes e sinestesia. Dentre os personagens descritos na obra se enquadram diversos estereótipos bastante distintos e hiperbólicos, porém mesmo com os exageros comuns em obras de ficção é possível se identificar com diversas características pertencentes a mais de um personagem. Ou ao menos identificar reações e modos de pensar comuns a pessoas que vemos e conversamos com frequência diária. O enredo da história é envolvente e toca em possíveis feridas que as pessoas tentam esconder delas mesmas, vícios e manias dignos de desprezo quando vistos expostos em outras pessoas, mas corriqueiros e discretos (nem sempre) em nossas vidas. Mesmo com toda esta análise tátil e profunda o quadrinho está longe de ser chato ou entediante, pois a dinâmica aplicada funciona bem, já que as histórias são contadas de maneira simultânea (causa uma leve confusão no começo, mas nada que uma leitura com atenção não corrija). Cachalote traz uma nova cara e proposta para o gênero no Brasil, sendo além de bem ilustrada e roteirizada, um marco em se tratando de tamanho e quantidade de páginas.
comentários(0)comente



Zelenski 18/12/2012

Mais do que seis histórias
Poucos autores têm a capacidade de deixar histórias em aberto, sem a ideia da continuidade, e isso não ser um problema. No caso de Cachalote, de Daniel Galera e Rafael Coutinho, eles fazem parte desse pequeno grupo. Creio que equivalem aos Irmãos Coen, mas nas Literatura.

São seis histórias envolventes: um famoso ator decandente chinês, que está no Brasil, é suspeito pela morte do melhor amigo; um calmo escritor e sua ex-mulher e filha; um playboy que é expulso de casa; um jovem de costumes sexuais diferentes que passa a namorar uma delicada moça; um escultor convidado a protagonizar um filme sobre ele mesmo; e a idosa grávida.

Não há desfechos lógicos e o decorrer dos enredos variam entre o possível e impossível. Mas, dentro desse universo criado, tudo faz sentido. E cabe a você, leitor, imaginar os finais - ou não, talvez a mágica seja deixar "inacabado".

Um história não tem a ver com a outra, mas o livro segue de tal maneira, que você sente a necessidade de que todos os personagens sejam desenvolvidos simultaneamente. Nada se cruza, mas caminha junto.

Acho justo destacar, no conto do ator chinês, o grupo de jovens "cineastas" que encontram o personagem e, aproveitando um momento de bebedeira, o convida para participar de seu curta. Um retrato fiel de muitos jovens "envolvidos" com arte.

Por fim, se tratando de quadrinho, não se pode deixar o traço de lado. É sutil e o uso de poucas cores deixam um ambiente frio e propício para o desenvovimento das histórias.

Mais do que recomendado.
comentários(0)comente



35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR