Anna 07/11/2015
Se existe alguém suspeita quando o assunto é Florência Bonelli, esse alguém sou eu. Como não amar? Como não ser fã de carteirinha? Como não vibrar a cada novo livro dessa diva?! Eu sou completamente apaixonada pela escrita dessa argentina, minha gente...e fico absolutamente indignada de que até hoje nenhuma editora teve a IDEIA de trazer as grandes obras-primas da minha queridinha Florência pra cá.
Seus livros são ardentes e ao mesmo tempo tão leves, complexos e rebuscados, mas concomitantemente tão singelos. Eles falam com a sua alma, se entranham no seu ser e possuem uma essência única. Por isso, aqui vai meu apelo mais do que desesperado (pausa para um chilique melodramático):
EDITORAS DO BRASIL, TRAGAM FLORÊNCIA BONELLI PRA CÁ PELO.AMOR.DE.DEEEEUUUUS!!!!!!
Enfim, passado o faniquito inescusável, vamos a duologia Índias Brancas.
Como sempre, sempre, Florencia nunca escreve um simples romance. Ela usa incessantemente elementos históricos, no contexto histórico argentino, com datas, relatos e memorias importantes da época.
Nessa duologia, aprendemos um pouco do percurso dos índios ranqueles e da própria história política argentina da época.
É muito fascinante ver Florência se utilizar dessas informações e intrinca-las com a trama de forma tão absurdamente sublime.
No primeiro livro da saga, Florência amalgama duas histórias, passado e presente de uma forma genial.
Conhecemos Laura, nossa mocinha, que recebe um diário onde todas as respostas e mistérios do passado de sua família são respondidos de acordo com o avanço da leitura. Ao mesmo tempo, a história que ela lê, de certa maneira se repete com a história de ela vive.
Laura e Nahueltruz são os grandes protagonistas do primeiro livro, um ensaio do que está por vir no segundo.
Mas posso ser completamente sincera aqui?
Laura e Nahuel quase perderam a graça pra mim diante da grandeza de BLANCA MONTES. Se você ler essa resenha antes de ler o livro, lembre-se desse nome. Ele é maior que o próprio livro.
Blanca Montes me absorveu completamente. Eu não era mais eu. Eu era ela...ela e seu sofrimento sem fim.
Só posso dizer que pranteei profundamente com ela e por ela. Ela roubou a cena, o meu coração e tudo o que eu tinha naquele momento.
Blanca Montes se tornou a grande protagonista do meu livro.
Assim que terminei o livro 1, corri pro 2 e sinceramente, ainda não processei tudo.
Mas, convenhamos, Florência consegue te deixar perturbadinha, essa é a verdade.
E ela me surpreendeu extremamente nesse livro 2.
De todos os livros que li dela, ela sempre tem um padrão a seguir no que se refere a mocinhas.
Maaaaas...
Esqueça tudo o que você já leu até hoje sobre elas!!!!!!
ES.QUE.ÇAAA!!!
Florência te deixa pasma com Laura.
PAS.MAAA.
Nossa diva quebra seus próprios estereótipos e te proporciona choques épicos.
Ela vai de 8 a 80 e você que acompanhe!
Apesar de algumas ressalvas, eu gostei do livro, porque acho praticamente impossível não gostar de algum livro que Florência Bonelli escreva.
Sua escrita é eximia e excepcionalmente sedutora.
Eu indico, sempre!!!
CITAÇÕES:
...descobri uma nova mulher. Blanca montes tinha deixado de existir; Uchaimané tinha tomado seu lugar. Indias Blancas, Volume I.
...para um índio, a traição é algo que não se perdoa. Indias Blancas, Volume II.