Resenhas - Escola de contos eróticos para viúvas

Raquel.Moller 23/04/2024

Sobre dever e honra
O título pode assustar os conservadores, e deveria! Aqui estamos falando de senhoras viúvas que, mesmo aparentemente seguindo as regras e costumes punjabi, tem seus próprios desejos e pensamentos.

O livro fala, através de várias personagens femininas, sobre o dever submisso que as mulheres punjabi seguem e como a modernidade não precisa ser uma completa quebra de cultura, como vemos na irmã da Nikki, que deseja um casamento conservador, mas com o poder de escolher seu marido e ter amor envolvido.

Assim como Nikki, desvendamos junto com ela destino terríveis que algumas dessas jovens mulheres tiveram por não seguir as regras da comunidade, e como essa mesma comunidade pode ser ao mesmo tempo muito julgadora, mas também acolhedora.

É claro, é muito divertido acompanhar a mente pervertida das viúvas. Não importa a idade, quem está vivo, não está morto

Debi.Cavalcanti 22/04/2024

Clichê
Me forcei a terminar essa leitura. Abandonei nas 100 primeiras páginas, depois decidi retornar. Estou me aproximando da literatura sobre o oriente médio, e encontrei esse livro que acontece em um cenário da cultura Punjabi.

Não vou dizer que foi perda de tempo, porque os elementos culturais compensaram (um pouco!) a superficialidade dessa escrita.

Livro muito clichê, segue a tendência de defesa de pautas identitárias, acima de qualquer coisa, nas publicações literárias. Personagens rasos, muitos deles se perderam ao longo do livro e não tiveram nenhum desfecho. Apenas duas personagens finalizam o livro, Nikki e Kulwander.

Sinceramente, preciso ler obras de arte do oriente médio, esse livro foi decepcionante. Tem um mistério na história, foi o que ainda me deu gás para finalizar. Mesmo assim, não compensa. Achei tudo muito forçado.

Não indico.

Dora 16/04/2024

Escola de contos eróticos para viúvas
Me diverti fazendo essa leitura, a autora trouxe um tema pesado sobre representatividade, empoderamento feminino e o choque cultural de uma forma muito leve. Adorei conhecer sobre uma nova cultura por meio desse livro.

Alex.Starick 10/04/2024

Acompanhamos em "Escola de contos eróticos para viúvas" a jornada de Nikki que é uma garota forte e determinada e que foge dos padrões que lhe foram impostos já que é orinunda de uma comunidade sikh, Nikki começa a dar aulas de escrita para viúvas em uma comunidade punjabi em Londres e tudo muda quando uma história erótica cai nas mãos dessas viúvas, a partir daí a estória desenvolve nos fazendo refletir sobre os pre conceitos e tabus que temos a respeito de viúvas e mulheres mais velhas na sociedade e a respeito do povo indiano atrelado a uma trama intrigante. É interessante como o enrendo aborda como é difícil ser mulher na sociedade em que vivemos e como é fortemente marcado pelo machismo ainda mais na cultura indiana. Um ponto muito positivo é que as histórias eróticas  são incluídos de forma natural e fluida dentro do enredo de forma a não ser apenas uma livro erótico genérico. Um ponto negativo foi a falta de um glossários, tem diversas palavras da cultura indiana que pra quem não está habituado acaba ficando um pouco perdido.

Camila 09/04/2024

Ritmo lento
O ritmo é lento, demora pra ?engrenar?. A parte mais interessante, de investigação e mistério, foi relegada a poucas páginas e a sensação é de que não teve atenção suficiente.
Da metade pro final a leitura fica mais atraente e flui com facilidade
Final bem amarrado.

Aninha Abreu 06/04/2024

Muito mais que a capa
Quando escolheram esse livro pro clube do livro fiquei animada por conta da proposta inicial, mas fui muito surpreendida pelas diversas linhas de reflexão que ele gera. O livro rapidamente extrapola da proposta de fazer pensar sobre sexualidade e etarismo e atravessa discussões sobre misoginia, imigração, dualidade vivida pelos imigrantes de 2ª geração, choque cultural, modernidade x tradição, tudo isso envolvido em um riquíssimo cenário cultural punjabi.

A questão do choque entre modernidade e tradição estava presente nas ações do dia a dia da protagonista, que começa o livro com uma repulsa às tradições da cultura punjabi, que ela considera uma limitação/ castração e vê que as tradições não atingem seu psiquê da mesma forma daquelas que eram imigrantes, na sua colocação como filha de imigrantes, ela se encontra mais conectada com o estilo de vida da Inglaterra do que da Índia. Ao longo do livro ela entra em contato com mulheres mais velhas em uma comunidade que mantém viva as tradições punjabi que ela tentava tanto fugir e é surpreendida, fazendo uma releitura das próprias expectativas e desenvolvendo um reencontro com a sua cultura, vendo que há possibilidade de ser parte sem precisar reproduzir os esteriótipos limitantes e silenciadores que haviam impostos para as mulheres. A cultura é viva e mutável, construída por pessoas, e, apesar da rápida chegada em um final feliz, deixa ainda a atmosfera de que a reafirmação dos direitos das mulheres é uma ação diária, ainda há um árduo caminho a ser desenvolvido.

Livia790 06/04/2024

A história é legal e curiosa com personagens punjabis, nativos ou descendentes da região de punjab, localizada na Índia e Paquistão, e sua comunidade em Londres.
Adorei as viúvas mas li devagar toda vida. Por algum motivo, o livro não me prendeu para querer acabar logo.

Duda 02/04/2024

Revigorante
Livro bem diferente dos que eu costume ler e foi bem interessante saber mais da cultura punjabi e a história dessas mulheres

Não penso em nenhum defeito na história, mas resolvi da 4 estrelas nem sei o porquê

Hemilly Medeiros 31/03/2024

A teoria de que a momentos certos de ler tais livros nunca esteve certa.
Tentei começar esse livro antes 3 vezes, nunca passei do segundo capítulo. Agora, em meio de uma ressaca literária, me vi rendida nessa história rica de cultura indiana.
Amei como colocou um tema de muito tabu, em qualquer religião, em uma das mais conservadoras. Isso foi trabalhado de uma forma muito muito legal.
Amei a ligação da Nikki com as viúvas.
Amei cada história contada ?
Senti falta de algumas pontas da história serem trabalhadas mas nada que transformasse muito a minha opinião sobre o livro

lav 29/03/2024

Na verdade, eu esperava mais do livro. Contudo, a história é legal. Além da história principal, o livro trás um pano de fundo interessante, apesar de não ter um plot twist surpreendente.
Foi bacana ver a Nikki ajudar e sendo ajudada, formando uma relação boa. Mas achei o livro meio enrolado, sem muita organização nos acontecimentos.

Guacira.GonAalves 26/03/2024

Um livro muito bom que mostra o papel da mulher na sociedade e tudo a que ela se submete para viver de forma tranquila num mundo dominado por homens.
Conhecemos um pouco sobre a cultura indiana dentro de Londres e como as mulheres, depois de viúvas, são deixadas de lado.
Um livro que fala sobre desejo e sexualidade mesmo para a terceira idade.
Gostei de como a vida das mulheres se transforma quando elas se unem.
O livro traz também várias histórias com uma linguagem leve e descontraída. Adorei.

Luisa 20/03/2024

Quando esse livro foi lançado vi várias resenhas dizendo que não era simplesmente um romance. Realmente, esse livro tem de tudo um pouco que possa imaginar e isso foi muito bom, pq me pegou de surpresa em vários momentos, apesar de achar umas partes um pouco lentas.
As viúvas me conquistaram e ri com elas em vários momentos, recomendo se você procura um livro que fala sobre empoderamento, mistério, romance e muito humor!

Evelyn.Brena 14/03/2024

É um livro bom
Me diverti, li rapidinho, me envolvi com a história, mas não é um dos melhores e mais memoráveis livros que já li, mediano.

Nina Souza 13/03/2024

Um livro interessante [13/193 países - Singapura]
As heranças culturais também são uma ótima maneira de conhecer o mundo, afinal, os autores sempre deixam traços de suas vivências e em “escola de contos eróticos para viúvas” não foi diferente: a autora nasceu em Singapura, mas tem fortes raízes familiares em Punjabi – estado indiano que faz fronteira com o Paquistão e é o coração da comunidade sikh bem representada na história, mas também uma região de grandes conflitos territoriais, políticos e religiosos.

O livro traz enfoque na comunidade que imigrou para Londres em busca de melhores condições de vida, mostrando de uma forma bem coerente todas as dificuldades e contrastes culturais e identitários. Há uma forte necessidade de manter tradições, a vivência da língua e a honra ancestral na narrativa, o que a torna uma reflexão muito além do suposto erotismo presente no título.

Nikki é filha de imigrantes indianos, que se distanciou da tradicional comunidade sikh, escolhendo uma vida independente e vista como ocidental. No entanto, ao procurar um novo emprego para auxiliar a família, encontra um de aula de escritas criativas em um centro comunitário no coração da comunidade punjabi em Londres.

As mulheres, no entanto, são viúvas que viveram toda uma vida amarrada numa cultura que têm muitos padrões repressivos e silenciadores sobre a voz, os desejos e os corpos femininos. Quando seus maridos morrem, suas existências são negadas – e elas redescobrem sua força através da força da literatura.

Ter um livro com tantas mulheres distintas, num grupo que contrasta entre gerações e aspectos culturais e morais faz com que o livro seja uma verdadeira jornada de autodescobrimento, enfrentando os próprios limites e padrões morais para expor a sexualidade e a manifestá-las em voz alta.

Gostei muito da dinâmica do livro, dos aspectos e de todas as vivências. A autora soube dosar bem as diferentes personalidades e bagagens culturais para o enfoque da narrativa, além de ter criado uma relação bem interessante entre essas mulheres, assim como as histórias que decidiam compartilhar em grupo.

Independentemente da cultura, falar sobre sexo e/ou sexualidade é um grande tabu, principalmente nas comunidades mais conservadoras e religiosas como a punjabi. O erotismo, no entanto, se resume a memórias, desejos e, simplesmente, às suas necessidades negadas em uma marginalização gerada e replicada pela própria comunidade.

site: instagram.com/cartografialiteraria

comunistinha 12/03/2024

Passada!
Não imaginei o rumo que as coisas iriam tomar. dava pra ver que a tarampal não era muito confiável mas aquilo tudo foi uma loucura. que dó da maya e que raiva das histórias silenciadas.
a nikki é uma querida, durante todo o livro liguei a aparência dela à korra, não sei por quê. que surpresa incrível esse livro.