Não basta não ser racista

Não basta não ser racista Robin Diangelo




Resenhas -


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Cleber 17/02/2024

A fragilidade branca
Ao pegar o livro acho que pensei o que muitos leitores também pensaram - Uma mulher branca falando sobre racismo?, mas me surpreendi com a escrita direta e esclarecedora da autora.
Confesso que me incomodou um pouco o termo "pessoas de cor", escolhido na tradução, mas entendi o que a autora gostaria de passar.
O livro levar ao leitor vários pontos para reflexões das atitudes diárias e elucida de forma simples sobre a fralidade branca e como tudo se molda na sociedade. A obra é focada principalmente no racismo norte-americano e podemos perceber a diferença em alguns pontos, do racismo que ocorre no Brasil.
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Nanna - Livraneios 24/11/2021

Autora branca falando sobre racismo?
A pergunta do título provavelmente é o que vem à mente de quem conhece o livro (aconteceu comigo, inclusive), mas quando entende-se que a proposta da obra é expor (basicamente desenhar rs) pra pessoas brancas o seu papel na luta racial e explicitar a fragilidade branca, as coisas se encaixam melhor.

Inclusive, o nome original, traduzido de forma literal, é: ?Fragilidade Branca - por que é tão difícil para pessoas brancas falar sobre racismo??. Pensando nisso, achei que a autora soube expor tudo o que precisava - pontos sensacionais e muito bem ilustrados e organizados -, além de cumprir sua missão de forma bem interessante. Acompanhei o livro principalmente pelo audiolivro disponível na Storytel e adorei a experiência, recomendo.

O único ponto a ressaltar, e que faria com que eu tivesse dado 4.75 se tivesse a opção, foi o uso do termo ?pessoas de cor?, considerado racista aqui no Brasil. Achei uma falha bem complicada na tradução, tendo se utilizado provavelmente da tradução literal do termo original ao invés de adequar ao nosso contexto - e não houve nenhuma nota da tradução a respeito dessa escolha.

Tirando esse fator, uma leitura muito bacana, fluida e que cumpre o que promete. Li em um dia.
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Isabela | @readingwithbells 09/04/2020

"Negação, silêncio, raiva, medo, culpa... Essas são algumas das reações mais comuns quando se diz a uma pessoa que agiu, geralmente sem intenção, de modo racista. Ser abertamente racista não é algo socialmente aceitável. Ninguém quer ser visto assim. Mas cada vez que se nega o racismo, impedimos que ele seja abordado e que nossos preconceitos sejam discutidos. As reações de negação não servem apenas para silenciar quem sofre o preconceito, também escondem um sentimento que a autora Robin Diangelo passou a chamar de fragilidade branca."
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Robin Diangelo fez um experimento no qual as pessoas que se veem sem qualquer preconceito demonstraram que no fundo, o preconceito está lá. Com isso, a autora começa seu livro dizendo que é uma mulher branca e seu alvo é o público branco, com a proposta de que todos comecem a ouvir melhor, reajam a críticas com educação e tentando se colocar no lugar do outro.
Apesar de o livro ser focado nos Estados Unidos, Robin nos trás uma introdução sobre o racismo e à vantagem branca no Brasil. "Não estar ciente de como o racismo opera no seu contexto não significa que o racismo não exista."
Diangelo analisa a questão da fragilidade branca com profundidade, fornecendo ações para que possamos ajudar a resolver essa questão.
"A fragilidade branca nasce da superioridade e do "direito". Ela não é fraqueza per se. Na realidade, é um meio poderoso de controle racial branco e de proteção das vantagens brancas."
Este livro é de extrema importância na nossa sociedade. Ele exige com que nós sejamos honestos e que possamos aceitar críticas sem tomar as dores que não nos pertencem. Se formos contra o racismo e queremos mudanças, precisamos começar por nós mesmos. Se eu não consigo mudar meu comportamento, como posso de fato, ajudar na mudança de atitudes de uma sociedade racista?
"Sejamos Antirracistas ocupa as primeiras posições das listas de livros mais vendidos do mundo desde seu lançamento."
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Camila | Book Obsession 14/07/2020

Uma leitura que incomoda, nos deixa horrorizados, mas que deixa sementes importantes e muitas reflexões. Um verdadeiro aprendizado e por isso se faz tão necessário.

Resenha completa no blog.

site: https://www.bookobsessionblog.com/2020/07/resenha-nao-basta-nao-ser-racista.html
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Tatiane 09/08/2020

Nós, brancos, temos a obrigação de ler este livro
Li este livro em duas noites. A urgência veio da necessidade pessoal de lidar com o que vivi internamente diante da fúria das redes sociais contra a crítica que a professora Lilia Schwarcz, autoridade em História e Antropologia sobre escravidão e racismo, embora branca e consciente de seus privilégios, fez ao último trabalho lançado por Beyoncé (Black is King). Considerei o pedido de desculpas dela em relação ao racismo pessoal que transpareceu em sua crítica muito pertinente, mas me assustei com tamanha agressividade nas redes sociais (cultura do cancelamento?!) a uma professora que vem fazendo um trabalho antirracista tão intenso. Sobre isso, falarei em breve no meu blog tatiandoavida.com . Hoje quero apenas transcrever um trecho deste livro, cujo título em inglês é "White fragility: why it’s so hard for White people to talk about racism".

"Quer você defina racismo como preconceitos raciais e atos individuais ou como um sistema de desigualdade racial que beneficia brancos à custa das pessoas de cor (como o fazem os antirracistas), seus pais não poderiam tê-lo ensinado a não ser racista, assim como não poderiam ser eles mesmos isentos de racismo. Uma educação imune ao racismo é impossível, porque o racismo é um sistema social entranhado na cultura e em suas instituições. Nascemos dentro desse sistema e não temos como não ser afetados por ele. Entendo que muitos pais dizem a seus filhos para não serem racistas, mas a prática de nossas vidas é mais poderosa do que as palavras que dizemos, e viver uma vida segregada é uma mensagem de prática poderosa. Evidentemente, há gradações, e é certamente mais construtivo ser informado de que o racismo é errado, não certo, mas isso ainda é insuficiente para nos vacinar completamente contra a cultura circundante.
Imaginemos que a real intenção da pessoa fosse dizer: “Meus pais não eram racialmente preconceituosos e me ensinaram a não o ser”. Esta afirmativa ainda seria falsa porque é humanamente impossível sermos imunes ao preconceito. Tal afirmação simplesmente indica que a pessoa não tem ciência do processo de socialização e das inescapáveis dinâmicas da cultura humana. Os pais de determinada pessoa podem ter dito que não eram preconceituosos e, com isso, negado seu preconceito. Eles podem ter dito a seus filhos, como os pais, negarem o próprio preconceito. Os pais podem ter esperado e acreditado sinceramente que estavam educando filhos não preconceituosos, mas não podemos ensinar humanos a não terem preconceito algum. O cérebro humano simplesmente não funciona desse jeito como processamos informações a respeito dos outros. Muitos de nós ensinamos nossos filhos apenas a não admitirem o preconceito. Um pai treinando um filho a não dizer certas coisas abertamente racistas está ensinando à criança autocensura e não a examinar as mensagens raciais profundamente entranhadas que todos nós absorvemos. Num mundo ideal, ensinaríamos nossos filhos a reconhecer e a desafiar o preconceito; jamais a negá-lo."(p. 109-110)

Por enquanto é isso. Ainda estou tentando digerir as porradas que levei ao ler este livro. Tenho ainda uma enorme estrada a trilhar para diminuir as minhas marcas racistas inconscientes entranhadas. Só o que quero é ser uma pessoa melhor nessa vida. As lutas e buscas são diárias. Preciso começar enxergando mais os meus erros e limitações. Tenho muito a agradecer a Lilia Schwarcz, que muito provavelmente nunca saberá, pelo tanto que me ensinou com seu pedido público de desculpas.

site: tatiandoavida.com
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Rafa 07/04/2021

Ótimo!!!
É indiscutível a importância do tema, bem como do entendimento de sua influência em todas as nossas relações sociais. Principalmente para entendermos o quão a nossa sociedade é estruturada nos pilares racistas.

A Diangelo, ministra neste livro uma verdadeira aula sobre as questões raciais, trazendo uma luz de consciência sobre o tema. Durante a leitura é apresentado alguns aspectos como:

?? Raça como um construto social.
?? Diferenças entre racismo, preconceito e discriminação.
?? O que significa ser branco.
?? A dificuldade dos brancos de falarem de raça.
?? Porque a branquitude não é reconhecida pelos brancos.
?? As relações de grupos raciais com instituições de poder.
?? O Racismo Daltônico.
?? O Racismo Cultural.
?? A Fragilidade Branca.

E estes são apenas alguns conceitos abordados na obra, há muito mais a ser extraído deste livro maravilho.

Um dos principais insight desta leitura é que, independente do grupo racial que eu me identifique ou da profundidade de conhecimento sobre raças eu possua, entendo que ainda assim, serei afetado pelas forças racistas enquanto parte de uma sociedade cujo o alicerce é o racista.
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Ana do Café com Leitura 13/08/2020

NÃO BASTA NÃO SER RACISTA, SEJAMOS ANTIRRACISTAS
Por que é quase sempre tão difícil falar aos brancos sobre racismo?

Quando comecei a leitura, essa foi obviamente a pergunta ao qual me peguei a pensar. Algo, fato, como branca, filha de mulher negra, nunca havia parado a refletir e a (me) questionar.
Tratando-se de uma obra muito bem fundamentada em seus contextos políticos, étnicos e inclusive socioculturais, falar de identidade e adequar-se a certa complexidade ao se debater sobre questões raciais, branquitude e de pessoas, por exemplo, multirraciais, leva o leitor a uma série de ponderações que acabam trazendo-lhe a um cotidiano próximo de sua realidade, com certeza, mesmo que muitas vezes, de forma antes não pensada — algo que me alertou na proposta de Robin Diangelo.
Em Não Basta Não ser racista, sejamos Antirracistas, Robin Diangelo nos mostra, de forma clara, concisa, o quanto a raça acaba tendo certa influência em nosso modo de vida.
Não nos tenta convencer sobre a existência do racismo, ou o coloca sob forma de dúvidas e cogitações acerca de sua (in)existência. Nos afirma: sim, o racismo existe.
Assim, alguns desafios são colocados no material, como o compreender a socialização, o entendimento simplista do racismo, a construção social da raça, o que significa ser branco para os brancos.
Vimos que raça, assim como gênero (outro ponto que muito tem sido exposto na atualidade), enquanto construção coletiva deve (ou ao menos deveria!) ser construído socialmente.

Neste livro, trazido ao Brasil pela Faro Editorial, conseguimos captar que, para assimilarmos o racismo, antes devemos distingui-lo de preconceito e de discriminação.

Percebemos que promover transformações requer, em algumas situações, como nessa, o desconforto, o que Diangelo faz com esmero em sua obra, principalmente quando, de certa maneira, provoca o leitor ao referir-se à fragilidade branca.

Para concluir, como inciei a resenha com um questionamento pessoal provocado com tal leitura, deixo outro para encerrar, e os convido a conversar comigo nos comentários sobre esses e outros que porventura vocês acabem tendo.

Não generalizando,

por que os brancos costumam ter tanta dificuldade em conversar sobre raça?

Já pararam para pensar sobre isso?
(Na íntegra no blog!)



site: https://www.cafecomleitura.com/2020/08/522020-nao-basta-nao-ser-racista.html
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Libera 22/08/2020

Todo mundo sabe que o racismo existe, mas muitos preferem fazer silêncio sobre o assunto.
Quantas vezes nós, pessoas brancas, falamos ou já ouvimos alguém tentar se defender quando é chamado de racista, usando frases como "eu tenho amigos negros" ou "para mim todos são iguais".
Se todos somos iguais porque não temos os mesmos direitos e privilégios?
É isso que Robin Diangelo traz nesse livro sensacional e super necessário. Ela trata de temas como a fragilidade branca, a supremacia branca e tantos outros assunto que evitamos no dia a dia.

"Hoje pintamos os negros como perigosos, um retrato que corrompe a verdadeira orientação da violência entre brancos e negros desde a fundação do país." 

Essa foi uma leitura forte, onde pude aprender muito e entender que muitas vezes não pensamos em quantos privilégios temos, como fomos criados de uma maneira em que o racismo está sempre ali, por mais que queiramos negar.
Ela nos desperta para aquilo que já sabemos, mas deixamos de lado, a história, e como não damos valor a tudo o que aprendemos sobre a fundação da nossa cultura, sobre todos o anos de escravidão e sofrimento para os negros. Acabamos deixando passar como um fato histórico irrelevante, porque não nos afeta; e ao ler este livro tudo isso vem de uma maneira que dá um choque que não deveria acontecer, pois devíamos ter isso em nosso dia a dia.

"Indivíduos Brancos podem ser"contra" o racismo; mas, ainda assim, eles se beneficiam de um sistema que privilegia os brancos como grupo."

Já que nós brancos temos tantos privilégios (independente de classe social, ainda sim temos privilégios por sermos brancos) porque  não lutar por um mundo mais justo?
Depois da leitura, parei para me recordar da escola, onde só tive duas professoras negras, onde na minha sala sempre tinha somente um ou dois colegas negros e eu nunca questionei isso até agora, pois sempre foi algo "normal".

"Não basta apenas sustentar visões liberais ou condenar os racistas nas redes sociais. A mudança começa conosco.É hora de todos os brancos assumirem sua parte nesse processo e abandonarem a ideia de superioridade."

Essa leitura é uma aula, mostrando que não sabemos nada, que sempre podemos aprender e mudar.

A edição da Faro, como sempre, está incrível. Letras em tamanho confortável para a leitura e boa diagramação deixam a leitura muito mais fluída. Como um todo, "Não Basta Não Ser Racista, Sejamos Antirracistas", é um livro muito necessário nos dias de hoje. Se você, leitor branco, tiver a oportunidade de lê-lo, leia. Aprenda e divulgue seu aprendizado. 
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Suka - Pensamentos & Opiniões 19/11/2020

Quando decidi ler esse livro fiquei interessa pela sua temática, pois falar de racismo é difícil para muita gente e que queria ter uma base de estudo para aprender mais sobre esse tema e fui surpreendida com toda a carga de ensinamento que a autora traz e como ela fala diretamente com as pessoas brancas, ela traz pesquisas e até mesmo sua vivência.

Não vou consegui expor tudo que aprendi e compreendi com a leitura deste livro, mas comecemos primeiramente com a afirmação da autora: "Uma educação imune ao racismo é impossível, porque o racismo é um sistema social entranhado na cultura e em suas instituições. Nascemos dentro desse sistema e não temos como não ser afetados por ele". Ao ler isso parei para analisar a minha vida, as pessoas que me cercam e a educação que eu tive tanto em casa quanto na escola/universidade, convivi e convivo com pessoas negras, isso deveria me tornar uma pessoa não-racista, mas não é só a convivência, são nossos atos e palavras.

Ao ler esse livro pude perceber que mesmo sempre afirmando não ser racista, em algum momento falamos ou fazemos algum ato que pode machucar ou magoar outra pessoa, mesmo que não tenha tido a intenção. Percebi que nunca conversei com meus amigos negros sobre racismo e sobre a vivência deles e até mesmo sobre algo que eu possa ter feito e os tenha incomodado.

Crescemos e somos moldados por uma maioria que se acha superior e cabe a nós querer descontruir toda essa carga que recebemos na infância, inclusive buscar compreender e conversar sobre racismo. E principalmente admitir quando você age de forma racista, buscar compreender sua atitude, refletir e se for alguém próximo conversar. Mas a verdade como a autora traz na sua escrita é que a maioria branca não está disposta a ter essa conversa e prefere se calar frente ao assunto.

É uma obra que recomendo a leitura, pois é rica em aprendizado, reflexão e quebra muitos paradigmas.

site: http://www.pensamentosopinioes.com
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Isabella 25/03/2020

Somos todos racistas?
Eu tinha nove anos e estava na sala de aula comemorando o dia internacional da mulher com minha turma: a professora havia levado uma cesta cheia de flores para os meninos pegar e entregar aquela que fosse a garota que ele considerasse mais bonita/inteligente. Todas as meninas receberam suas flores e, claro, também recebi a minha. No entanto, as meninas me encaravam com um olhar desconfortável que muito parecia pena. No final da aula, uma colega minha me acompanhou como sempre fazia e comentou: Você deve estar triste, né? Mas não fica, você é linda sim, e tenho certeza que qualquer garoto te daria uma flor. Fiquei confusa, afinal eu também recebi uma flor, como todas elas, então rebati: Mais eu não estou triste, recebi sim uma flor de um menino. Ao que ela emendou: Sim, mas... Você sabe, aquele menino, você não queria ter recebido a flor dele, queria?
Esclarecendo o que realmente minha colega queria dizer: você não queria ter recebido a flor do garoto negro, queria?

Esse episódio foi uma das primeiras experiências racistas que vivi, e pude sentir a relutância do preconceito racial de minha colega, ela não nomeou a palavra "negro" mas para mim, ficou claro que eraba isso que ela se referia.

Em Não basta não ser racista, sejamos antirracistas Robin explora exatamente esse tipo "daltónico" de racismo; aquele que é tão entranhado e fixado em nossa cultura, que mesmo inconscientemente o praticamos. A palavra "racista" é quase sempre associada a atos extremistas e cruéis como, intolerância excessiva e rejeição contra pessoas negras. No entanto, nesse livro Robin faz um impressionante esclarecimento sobre o verdadeiro racismo e suas raízes. Segundo ela, o racismo não é um ato específico que pessoas únicas possam cometer. Segundo ela o racismo é uma estrutura social e institucional coletiva, ou seja, todo e qualquer indivíduo que tenha sido criado dentro de um sistema branco, não está imune a ele.
Temas como: supremacia branca, gatilhos raciais, racismo reverso, e outros, são explorados no livro. A narrativa, apesar de ser um não ficção, é simples e nada cansativa. A autora te faz se sentir em uma aula/plateia, e tudo que é ensinado por ela é totalmente relevante e admirável.

Um livro que sem dúvidas, ampliou o meu olhar limitado de racismo, me fez enxergar que eu posso sim ter participação ativa nesse sistema, ainda que de modo inconsciente, e uma vez aprendido que o racismo foi se adaptando ao longo das gerações, tomando novas formas, mais "sutis" de se mover, eu posso contribuir para não compactuar com esse ciclo. E mais do que isso, aplicar minha visão a outras pessoas que participem do meu convívio. Pois, como título bem diz, sejamos ANTIRRACISTA.
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Manu 22/05/2021

Leitura obrigatória para nós brancos
Esse livro é obrigatório para nós brancos e, desde já, temos que partir do questionamento: por que a editora brasileira precisou alterar o título para o público brasileiro??? A resposta? Está na obra inteira, como está resumida no título original do livro.
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Vai Lendo 10/08/2020

Uma leitura obrigatória
Uma leitura difícil. Incômoda. Que lhe tira da zona de conforto. Faz refletir. Por mais que seja desgastante encarar, Não Basta Não Ser Racista: Sejamos Antirracistas, de Robin Diangelo, publicado pela Faro Editorial, é uma obra necessária, transformadora e urgente.

Não Basta Não Ser Racista: Sejamos Antirracistas é um livro escrito por uma branca, voltada para leitores brancos. Afinal, racismo é uma problemática a ser debatida por todos. É uma questão nossa enquanto sociedade. Ele não acabou. Está mais vivo do que nunca. Silencioso. A olhos vistos. Implacável.

MINHA EXPERIÊNCIA COM ‘NÃO BASTA NÃO SER RACISTA: SEJAMOS ANTIRRACISTAS’
É muito difícil se colocar em uma condição de privilegiado. Tento fazer isso com mais afinco há uns dois anos. Tenho refletido mais sobre o assunto. Observado relatos de amigos negros, das injustiças sofridas por eles, do preconceito, do desrespeito e da violência. Tento entender toda a complexa situação, evitar comentários ofensivos na minhas declarações e quebrar o paradigma de toda uma criação num sistema racista. É difícil. Cometo erros. Mas faz parte de se tornar um antirracista.

Logo de cara, Robin Diangelo aborda as diferenças conceituais com a questão de preconceito, discriminação e racismo. Esses conceitos eram ainda um pouco confusos para mim, e Robin tornou mais fáceis a compreensão e a imersão em toda a problemática. Ter esses conceitos bem definidos é fundamental para compreender o racismo como um sistema do qual fazemos parte e como algumas de nossas atitudes refletem este comportamento, sem que ao menos percebamos. E é aí que o livro tem o seu maior valor.

EXEMPLOS DE RACISMO QUE NÃO ENXERGAVA
Muitos exemplos nos quais não conseguia enxergar o racismo, e até via um certo exagero, passaram a ser compreensíveis. Neste sentido, duas passagens de Não Basta Não Ser Racista: Sejamos Antirracistas me tiraram da zona do conforto e desmascararam o racismo presente. O primeiro foi a análise do filme “Um Sonho Possível”, estrelado por ‎Sandra Bullock. Um filme que eu particularmente gosto bastante, mas, quando paramos para observar, reforça todo o privilégio branco e coloca o negro num lugar inferior. São muitos pontos. Não é exagero. Fiquei chocado.

A outra passagem é o capítulo intitulado “Lágrimas de mulheres brancas”. Eu não conhecia direito o conceito. Já havia, por alto, escutado sobre esse debate. Entretanto, me surpreendi. Acho que foi o ponto de maior aprendizado do livro, para mim.

"Intencionalmente ou não, quando uma mulher branca chora diante de alguma manifestação do racismo, toda a atenção imediatamente se volta para ela, exigindo tempo, energia e atenção de todos os presentes à situação, quando todos deviam estar concentrados em reduzir o racismo. Enquanto ela recebe atenção, as pessoas de cor são, mais uma vez, abandonadas e/ou incriminadas".

A grande dificuldade é sair deste senso de normalidade imposta por esta estrutura racista e combater. A questão branca de sempre passar panos quentes em comentários de cunho racistas, dito por outros brancos, por exemplo, é muito difícil de enfrentar. Ainda mais em certos ambientes, como o trabalho.

Recentemente, passei por uma situação destas. Para evitar mais conflitos, eu ignorei o assunto. Só que, ao fazer isso, acabei contribuindo para a manutenção desta estrutura racista. Antes da leitura, nunca tinha pensado por este lado. Hoje, me sinto culpado. E fui. Porém, fica de aprendizado para uma próxima.

TRADUÇÃO DO TÍTULO
Depois de todo o conteúdo incrível apresentado pelo livro, seria negligente não sinalizar minha perplexidade diante da tradução do título. Entendo que Não Basta Não Ser Racista: Sejamos Antirracistas é forte e chamativo, mas camufla toda a responsabilidade branca do problema, como costuma acontecer, que o livro combate a todo o momento. Se traduzirmos ao pé da letra o título original (White Fragility, Why it ‘s So Hard for White People to Talk About Racism) seria algo: “Fragilidade Branca: Por Que É Tão Difícil para os Brancos Falarem Sobre Racismo?”. Algo igualmente forte, que já de cara tira o leitor da zona de conforto.

É fato que a mudança pode ter questões comerciais envolvidas, mas acaba reforçando toda a estrutura racista. Uma escolha errada, na minha opinião. Por isso mesmo, entramos em contato com a Faro para saber como se deu a escolha do título. E fomos prontamente atendidos pelo seu Diretor Editorial, Pedro Almeida, cuja resposta trazemos abaixo.

RESPOSTA DA FARO EDITORIAL

“Quando comprei o livro, há dois anos, já comprei e registrei a frase. Basta ver na data do ISBN. Março de 2019. A escolha da frase foi feita sob o critério de comunicação. A melhor e mais rápida comunicação do tema com o púbico. A proposta da publicação desse livro foi de atingir muito mais gente. Há pessoas que podem preferir o título original, mas, quando uma editora decide por um título, é pensando na melhor forma de comunicar um assunto.

Não podemos publicar pensando apenas em quem conhece a obra original. Nosso interesse foi de alcançar especialmente quem não está diretamente envolvido com a militância. Sabemos que alguns podem discordar. Faz parte. Mas esperamos que, quem discorde, não trabalhe contra a obra, pois estamos juntos num projeto de lutar contra o racismo. E a ideia se provou tão forte que, nove meses depois do nosso registro de ISBN, saiu um livro com este título da Djamila Ribeiro e, dois meses depois do nosso, um título da Alta books”.

Apesar disso, não podemos desmerecer todo o trabalho de Robin, que é fantástico e muito necessário. Não Basta Não Ser Racista: Sejamos Antirracistas é uma leitura obrigatória para os brancos. É preciso entender que fazemos parte deste sistema, mas isso não quer dizer que não o possamos combater. O trabalho é árduo, temos muito (muito) a percorrer. Mas precisamos nos reconhecer como tais e escutar sempre os feedbacks dados para tentarmos mudar. Dar o nosso lugar de falar para quem realmente precisa ser ouvido. Dar possibilidades e lutar pela representatividade em todas as esferas. Precisamos quebrar o silêncio. Sempre.


site: https://www.vailendo.com.br/2020/08/06/nao-basta-nao-ser-racista-sejamos-antirracistas-de-robin-diangelo-resenha/
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Maiah 11/08/2020

Leituras que ensinam!
Conclui recentemente a leitura de Não Basta Não Ser Racista Sejamos Antiracistas lançado a alguns meses pela @faroeditorial .
Esse livro foi escrito pela professora universitária e consultora em questões de justiça racial Robin Diangelo e é um verdadeiro tapa na cara para uma sociedade majoritariamente branca como a nossa.
O livro se trata de um não ficção que aborda diversas situações em que o racismo é praticado mesmo que muitas vezes de maneira não intencional.


Esse é o tipo de leitura que agrega e que nos ensinam lições valiosas.
Aprendi muitas coisas com relação a minha maneira de pensar no racismo e até algumas atitudes que a gente toma e nem se dá conta que está de alguma forma sendo racista. A autora levanta várias questões que nos fazem refletir sobre o quanto o racismo está incrustado na nossa sociedade de uma maneira que muitas vezes passa despercebida.


Aprendi com essa leitura que mesmo quando não me posiciono de maneira racista, estou tendo uma atitude racista quando permito que de alguma forma eu seja privilegiada pela minha cor, que cada vez que eu me omito e não me posiono contra uma injustiça as pessoas de cor eu estou permitindo que o racismo se dissemine em nossa sociedade, aprendi que a mudança começa com cada um de nós assumindo a parte que temos nesse processo.
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Desireé (@UpLiterario) 13/08/2020

Um manual sobre racismo para brancos. (@upliterario)
Em tempos de George Floyd, discutir e rediscutir o preconceito racial passa a ser mais do que uma obrigação.
.
"Barrar as forças do racismo é trabalho contínuo, de uma vida toda porque as forças que no condicionam a estruturas racistas estão sempre em ação; nosso aprendizado nunca será completo."
.
Em Não Basta Não Ser Racista, Sejamos Antirracistas, Robin Diangelo, uma mulher branca, discorre sobre o racismo e suas consequências para os brancos, buscando mostrar como o preconceito está em cada detalhe do nosso cotidiano.
.
Tratando de conceitos como socialização, raça, preconceito, Diangelo traça um histórico sobre o desenvolvimento do conceito de raça e o surgimento da desigualdade racial.
.
"A ideia de inferioridade racial foi criada para justificar o tratamento desigual: a crença na inferioridade racial não foi o que desencadeou a desigualdade de tratamento. Nem o medo da diferença."
.
Um dos conceitos e ensinamentos que mais gostei - e aprendi! - com o livro foi a questão do binário bom/não racista e mau/racista e das visões limitadas das "afirmativas daltônicas" e do "celebratório da cor". Não basta afirmar "eu não sou racista, tenho vários amigos negros", mas devemos ir além e atuar na inclusão e na quebra da desigualdade que ainda é tão evidente no mundo.
.
Leitura obrigatória! Recomendo!

site: www.instagram.com/upliterario
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Juliana.Weitbrecht 05/12/2020

Romper o racismo exige coragem e intencionalidade.
Lutar contra o racismo é um trabalho para a vida toda, enfrentar a fragilidade branco é quase sempre visto como desagradável.
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