A Floresta de Mãos e Dentes

A Floresta de Mãos e Dentes Carrie Ryan




Resenhas - A Floresta de Mãos e Dentes


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Coruja 02/09/2010

"No momento entre a morte de minha mãe e seu Retorno, eu deixei de acreditar em Deus."
Já escrevi extensamente sobre o assunto dos zumbis no Coruja, traçando suas origens folclóricas, seu desenvolvimento na literatura até a entronização pop com George Romero – fora o nosso pequeno debate sobre como se livrar dos zumbis e os erros que você deve evitar cometer se quiser sobreviver ao cenário pós-apocalíptico em que hordas de mortos vivos perambulam por aí.

Fiz isso com todo o meu senso de humor bizarro – primeiro, em homenagem ao estilo “filme B” que imperou na concepção do arquétipo e segundo porque... bem, porque meu senso de humor é realmente algo absurdo.

Assim é que fui ler A Floresta de Mãos e Dentes com expectativas de riso porque, vai se saber o motivo, na minha cabeça, zumbis sendo desmembrados me fazem rir. E terminei estupefata... quase às lágrimas, para ser sincera.

Nesse livro vivemos o já conhecido cenário pós-apocalíptico em que hordas de "Não Consagrados" (como são chamados os zumbis) passam sua existência procurando brechas na cerca que protege o vilarejo em que vive nossa protagonista, Mary. Tal cerca, feita de metal, está lá desde tempos imemoriais e é dever dos Guardiães e da Irmandade cuidar para que elas continuem protegendo sua cidade.

Eu passei algum tempo refletindo se o metal seria apenas uma barreira física ou se haveria algo mais nessas cercas que impediriam os zumbis de simplesmente passarem por cima delas e atacarem a vila. Considerando o viés religioso dado pela presença da Irmandande e das explicações de irmã Tabitha, em que os "não consagrados" são uma resposta, um castigo divino à arrogância humana, faz bastante sentido, já que o ferro, o metal, tem uma função de prender e purificar dentro da idéia de exorcismo, da mesma forma que o sal, aliás.

Considerações histórico-religiosas de lado, essa cerca protege a vila, mas representa também - e especialmente para Mary - uma prisão. E assim é que, a despeito do terror que aguarda do outro lado da cerca, na floresta de mãos e dentes, ela anseia por deixar a vila e viajar até um lugar intocado pelo Retorno (como é chamado o momento em que os zumbis voltam à existência): o oceano.

Até aí, nada de terrivelmente novo. Qualquer um que vivesse cercado por cadáveres putrefatos que passam sua inteira existência tendo por único impulso a busca por alimento - carne humana - sonharia com um lugar onde estivesse livre desse pesadelo.

O que me impressionou na Carrie Ryan, contudo, foi a maneira como ela construiu e desconstruiu a identidade de seus não consagrados. Diferente do grosso de livros e filmes sobre o assunto, em que os zumbis não são mais que alvos que caminham; somos lembrados a cada passo da jornada de Mary - que poderá ou não levá-la ao oceano - que aquela turba incansável e insensível já foi seres individuais, pessoas que um dia tiveram sonhos, amores, uma inteira história.

O curioso é que de todas as criaturas sobrenaturais, os zumbis deveriam ser uma das que nos despertam mais compaixão e não apenas instintos de sobrevivência estilo rambo. Eles não têm a forma animalesca de um lobo e não são necessariamente estranhos a nós - como um conde de presas afiadas que conhecemos ao viajar para um país minúsculo e quase esquecido. Pelo contrário: eles são nossos vizinhos, nossos amigos de infância, nossos irmãos, nossos pais, nossos amores. Eles possuem um rosto que nos é conhecido e, um dia, foram entes queridos e estimados.

Esse princípio é angustiante e terrível e não é à toa que Mary jamais consegue esquecer ou substituir seu anseio pelo mar - nem mesmo pelos vínculos com as pessoas que ama. No final, mais que as pessoas que a cercam, ela está completamente envlvida pelas histórias que, no fundo, representam sua única e febril esperança.

E aqui se lança mais uma vez a questão religiosa ou talvez, não tanto religiosa, mas mais política - porque na vila, o poder político e religioso se confundem na figura da Irmandade - é certo as irmãs controlarem o vilarejo da forma como o fazem, guardando segredos, mantendo todos na ignorância, sacrificando inocentes em nome de um "bem maior"?

Li A Floresta de Mãos e Dentes quase que de uma sentada só (em algum momento tive de parar e ir dormir, porque já começara a cabecear contra a parede) e acho que nunca torci tanto por uma heroína tão intrinsecamente egoísta ou fiquei com o coração mais partido à morte de... bem, de um morto-vivo.

Dou um destaque especial à irmã Tabitha. Passei a primeira parte da história tentando entender a mulher, porque, ao menos na minha cabeça, ela parecia uma contradição, um mistério, um enigma. Para mim, a história, o passado da irmã Tabitha será uma das grandes chaves para entender aquele mundo cercado pela floresta de mãos e dentes. Por isso que eu fucei e fucei pelo google afora, até descobrir que existe um conto da Carrie Ryan na antologia Kiss me Deadly, que retrata a irmã Tabitha quando ela tinha a idade da Mary.

Tudo bem que terei de esperar até outubro para deitar as mãos na bendita cópia que encomendei, mas até lá vou lendo os outros livros da série.

Enquanto espero, vou tecendo mil teorias, tentando descobrir, no final das contas, o que ocasionou o Retorno. E o que vai acontecer daqui para frente, claro. Volto quando chegar a alguma conclusão...
Andrea 02/10/2010minha estante
Olha, achei esse livro meio que sem querer no site da editora e nem tchum pra ele, mas depois da sua resenha... Quero esse livro e quero agora!!!
Amei! Parabéns, viu.


Luci Eclipsada 10/10/2010minha estante
Estava pensanso sobre esse livro porque nunca tinha ouvido falar dele muito menos da autora da obra, porém, ao ler sua resenha, fiquei interessada na obra e agora pretendo lê-la para descobrir também os mistérios que envolvem a trama. Resenha bacana ;)


Felipe Saraiva 04/03/2011minha estante
OMG!!! Ja tava tão desesperado por esse livro e depois de sua resenha... OMG!!!

E cadê o lançamento de A FLORESTA DE MÃOS E DENTES aqui no Brasil?
A @Edit_Underworld ainda não deu resposta ¬¬'!


Thais 22/08/2011minha estante
O estranho é que , pelo menos no Rio de Janeiro, o único lugar que encontrei A Floresta de Mãos e Dentes para comprar foi no site da saraiva.... pq nem mesmo nas lojas eu achei. Gostei da resenha, realmente sinto pena dos "zumbis" ou dos "Esconjurados"(como estava no livro que ganhei). Primeiramente a capa já chama atenção. Ponto pra Underworld. Depois, o título também é bastante atraente , um tanto poético, eu diria. Só mais tarde descobri que o livro se tratava de zumbis. Achei interessante. Ainda não tinha nenhum livro desse tipo na minha estante e gosto de variedade. E não é aquele tipo de livro que só tem carnificina e terror o tempo todo, mas isso não significa que não seja um pouco amedrontador. A personagem principal é boa, apesar de alguns apesares, o sonho "quase impossível" dela pelo oceano é bem bonito. É um bom livro, não me arrependi de lê-lo. Agora é esperar os outros da série :D


Eloisa 16/04/2013minha estante
Adorei o livro, e é uma pena que seja uma série, porque a gente fica ansioso pelos próximos acontecimentos. Quando sai o segundo livro, alguém sabe?




Desi Gusson 15/12/2011

Lendo e aprendendo.
Chega a ser engraçado como a vida brinca com a gente, tipo, às vezes ela faz coisas que se encaixam tão perfeitamente no nosso estado de espirito ou situação que parece estar tripudiando. Bem, eu prefiro encarar essas coisas como sinais.

A Floresta de Mãos e Dentes caiu no meu colo quase que por acidente, eu não gosto de histórias de zumbis, não não, eu não gosto DE ZUMBIS (é, ria à vontade, eu tenho medo). Mas aconteceu de que, enquanto eu o lia essa madrugada, descobri que era uma estória muito além de gente podre. É sobre você ter a oportunidade perfeita…

…e deixar passar.

Não importa que tipo de oportunidade é essa, ou se perfeição não quer dizer exatamente raridade, se você espera demais, se você pensa demais ela vai embora.

Mary tem tantos sonhos, tanto em que acreditar que não sabe por onde começar. A mãe dela vai para os Esconjurados (os zumbis), pois não aguenta a dor de perder o marido para eles. Mary poderia ter salvado a sua vida, fato, mas ficou tempo demais imaginando se deveria fazer isso ou não, até que a escolha dela bateu asas.

E de novo.

E de novo.

E mais uma vez.

Em alguns pontos ela me lembra demais a Katniss Everdeen. Ambas são generosas e egoístas ao mesmo tempo, vão se colocar em perigo para te salvar, mas jamais vão dar espaço para você em suas vidas.

É um livro melancólico e assustador (não digo isso pela gente gemendo e se arrastando por ali), pois fui descobrindo junto com Mary que o perigo poderia estar dentro da cerca e não fora dela. Que os verdadeiros vilões estavam escondendo de toda a aldeia coisas que jamais deveriam ser ocultas.

Quando sua mãe Retorna (volta zumbizada) Mary é escorraçada por seu irmão mais velho, Jed, que a culpa, e tem de ficar com as Irmãs. A Irmandade é o governo da aldeia, são freiras que detém para si todas as informações que restaram de antes do Retorno e muitos outros segredos, e levam Deus para as pessoas. Elas são quase tão assustadoras quanto os Esconjurados, e quem também estudou em colégio de freira sabe do que eu tô falando. Mary passa meses em silencio, parte por imposição de Irmã Thabita, parte por sua vontade de se desligar daquele mundo, até que Travis aparece muito machucado. Travis é o irmão mais novo de Harry, o melhor amigo de Mary e que quer se casar com ela. O problema é que a menina sempre gostou mais do irmão caçula e, quando ela passa dias cuidando e contando histórias para ele, o gostar vira amar.

Obviamente a vida da Irmandade não é para ela, principalmente depois que Gabrielle surge. De fora.

Então Mary é consumida pela dúvida entre ficar e descobrir o que as Irmãs escondem ou ir pelo caminho de onde Gabrielle veio. Ver o que há além da cerca.

Mas, mais uma vez, ela passa tanto tempo ponderando que a vida decide por ela. Harry fala por ela, ou seja, a pede em casamento, e tanto Jed quanto Irmã Thabita aceitam. E não para por ai, Travis se compromete com Cassandra, a melhor amiga de Mary.

E agora, José?

Acho que não posso falar mais da história sem fazê-la perder uma parte da graça. Recomendo o livro. Na verdade eu recomendo que você saia do computador e vá abraçar seus pais, beijar seu (a) namorado (a), ligar para os seus amigos e dizer a todos eles o quanto os ama. Que sabe que eles o (a) amam também e que sua vida seria um saco sem eles. Lembre-se sempre que a oportunidade perfeita não é necessariamente rara, e que dizer a uma pessoa o quanto ela é importante para você sempre que sentir uma vontadezinha está longe de ser piegas, que a insegurança é um veneno.

Não deixa as brechas que a vida te dá passarem.

Sim, eu meio que já sabia de tudo isso, mas precisei de um livro lido na hora certa para entender. E antes que alguém me diga que é um livro para adolescentes/jovens adultos, eu peço que leve o preconceito literário para outro lugar.

Leiam A Floresta de Mãos e Dentes se gostarem de histórias de zumbis, se gostarem de sociedades pós-apocalípticas, se gostarem de chorar ou se acham que precisam de um chacoalhão.

O ministério dos blogueiros adverte, esse livro é uma METÁFORA.

Xo

P.S.: Mãe, pai, obrigada por me apoiarem sempre e se dedicarem tanto mesmo quando eu não mereço.

P.S.2: Dé, ana bahibak mais que tudo sempre, espero nunca chegar atrasada.
Nay Nay 28/08/2012minha estante
Adorei sua resenha, uma das raras resenhistas que falam dos sentimentos causados por conta de determinada leitura. Desejando fortemente esse livro agora haha




Vivi Barini 31/10/2010

No primeiro livro da autora Carrie Ryan, somos apresentados à Mary e a sua pequena vila, isolada de tudo pelas cercas que impedem os Profanos, zumbis, de irem além da Floresta de Mãos e Dentes.

A vida da garota é bem pacífica, não tendo muitas preocupações além da mãe e de conseguir um convite de um rapaz para a festa da colheita, para assim poder casar. Tendo seu pai virado um Profano alguns meses antes, Mary passa a cuidar constantemente da mãe, que olha sem parar para a Floresta de Mãos e Dentes, com a esperança de que seu amado volte para ela. De preferência, vivo.

Um dia, a vida da jovem dá uma reviravolta. Sua mãe é infectada, e por isso Mary é expulsa de casa e passa a viver com a Irmandade. Na Catedral, morada da Irmandade, a garota começa a descobrir que as Irmãs escondem segredos demais, os quais não estão dispostas a compartilhar com ninguém, mesmo que isto signifique a morte. Tendo sido criada com histórias sobre uma infinita extensão de água, o oceano, e de prédios que podiam tocar os céus, é claro que a curiosidade de Mary não permite que ela deixe esses segredos em paz.



- leia mais em The Bookaholic Princess: http://www.thebookaholicprincess.com.br/2010/07/forest-of-hands-and-teeth-floresta-de.html
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Lets 22/09/2012

Não ultrapasse a cerca...ou os Esconjurados irão te infectar.
Antes de ler esse livro, já estava com um pouco de receio, principalmente porque zumbis não fazem o meu gênero. Mas me surpreendi completamente.
O mundo de Mary é um mundo de verdades simples. A Irmandade sempre sabe o que é melhor. Os Guardiões protegem a todos. Os Esconjurados jamais descansam. Mas as verdades de Mary estão se desintegrando. Segredos começam a ser revelados. Quando a cerca é violada, seu mundo é atirado no caos, Mary deve escolher entre sua vila e seu futuro entre seu amado e o homem que a ama. E ela deve enfrentar a verdade a respeito da Floresta de Mãos e Dentes.
A estória realmente começa quando a mãe de Mary morre e se torna uma Esconjurada, e para Mary, isso é o fim.
"No momento entre a morte de minha mãe e seu Retorno, eu paro de acreditar em Deus."
Ela é obrigada a se juntar a Irmandade e as verdades que Mary sempre conheceu são colocadas a prova.
A leitura é simplesmente viciante, e a cada página mais tensas ficam as coisas. Nunca li sobre uma personagem mais perturbada e egoísta que a Mary. Ela está prometida a um, mas quer o outro que está prometido a outra, mas quer ter seu amado a todo custo, mesmo que magoe os outros. Mary tem sonhos, formados pelas estórias que sua mãe lhe contava sobre coisas que haviam antes do Retorno, por exemplo, o oceano. E ela quer mais que tudo saber se ele é real. Mas para isso, ela precisa sair de sua vila protegida e consagrada.
Me apaixonei por cada personagem , até os menores. Me peguei admirada pela Irmã Tabitha, mesmo ela sendo meio que do mal e guardando tantos segredos sobre o passado, a vila e o caminho fora da vila. Me apaixonei pelo Travis e o Harry. E acho que a Mary não merecia nenhum dos dois (kk).
Emoções correm soltas durante a leitura. Varias vezes me peguei prendendo a respiração cada vez que a estória ficava tensa. No começo, só de imaginar os Esconjurados dava arrepios (imaginava eles mais como os do filme Eu Sou a Lenda). E como todo bom escritor que ama perturbar e fazer o leitor sofrer, varias pessoas morrem, e tive que parar varias vezes de ler porque meus olhos estavam cheios de lágrimas. Uma estória incrivel e arrebatadora! Me surpreendeu muito!
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Tarsys Eres 19/01/2012minha estante
Eu também não gostei desse livro. Achei mal desenvolvido, não consegui imaginar como uma cerca seguravam os Esconjurados? Como e de quê eram feitas? coisas simples que não temos explicações no livro. Também não gostei porque não há explicação de como o mundo chegou naquele caos, como a população virou zumbi? É frustrante ler o livro e não essas mínimas explicações, só te joga o problema, e "desenvolve" a estória sem as explicações importantes e necessárias para melhor entendimento.

Os personagens são outro caso a parte, são simplesmente irritantes (não aguentava mais a Mary falar de oceano) e me deixaram revoltada, com nível de inteligencia deles. Porque ninguém cogitou a ideia de investigar aquele caminho proibido? Porque se eu posso colocar alimento nos caminhos, porque é proibido ir além dele?

Mas o ápice são quando eles chegam na outra aldeia, e conseguem ficar refugiados dentro de casas e plataformas, equipadas com água, comida e um arsenal de armas. Qualquer pessoa inteligente naquela situação armaria uma ofensiva e tentaria acabar com os zumbis lá embaixo que estão tentando invadir nosso refugio.

Mas os personagens nem imaginaram essa hipótese, comem, dormem e ficam na varanda se expondo para um monte de zumbis lá em abaixo como deliciosos bolos de chocolate em uma vitrine. E vão passando os dias, e ninguém faz nada, aliás, usam as flechas para ficar enviando bilhetinhos de uma plataforma para outra e os zumbis lá embaixo tentando invadir. Até que inevitavelmente os ditos cujos invadem e como ninguém, inclusive uma espécie de guardião, policial treinado para matar zumbis, tinha se preparado para ofensiva é um desastre. Eu achei isso um absurdo que fiquei com raiva dos mocinhos.

Não recomendo


Leonardo Drozino 20/01/2012minha estante
Eu concordo com tudo que tu disse,exceto pela parte de não recomendar.

Eu super recomendo ele, por que o segundo É MUITOOOO BOM, tu não tem noção, de quão bom ele é...

E no segundo fica claro o porque dos defeitos do primeiro livro, e eu passei a gostar um pouco mais de A Floresta de Mãos e Dentes.




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Pandora 07/12/2012

Ritmo alucinante
Mais resenhas em www.trocaletras.wordpress.com


Esse livro veio pra saciar a vontade que eu estava de ler algo decente sobre zumbis!
Embora tenha começado com receio, a leitura mostrou-se gratificante e em um ritmo perfeito.
Na verdade, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o título.

A história se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde uma vila remanescente é protegida dos Esconjurados por uma cerca.
Há guardiões que vigiam o perímetro e qualquer tentativa de invasão é rapidamente repelida.

Para que a humanidade continue, os jovens são prometidos desde cedo uns aos outros, para que se casem e tenham filhos.

Os Esconjurados tem sede do sangue quente dos vivos e qualquer mordida torna a vítima um Infectado, que cedo ou tarde irá sucumbir.

A trama se passa entre Mary, uma garota que sonha em ver o oceano e o que mais exista além dos limites da cerca. A rebeldia adolescente a faz não querer curvar-se às regras impostas para que a Vila continue de pé.

Embora seja um livro adolescente, a narrativa ágil e envolvente o torna um passatempo prazeroso.

Recomendo para aquele dia em que você só quer se divertir, sem leituras densas.
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Marselle Urman 09/06/2017

Dispenso.
É um livrinho bem banal.

Além de não ter praticamente nada de original, dá aquela impressão de roteirozinho pasteurizado pra Hollywood. Só tem cenas de ação ( fuga dos zumbis) explicação nenhuma sobre o tal "Retorno", e a sujeita Mary é uma egocentricazinha escrota dividida entre seus "amores" e incapaz de qualquer empatia.

E a garota arrancar dois pinos de dobradiça com dois pedacinhos de madeira?
Ter sido ensinada a ler mas não conhecer algarismos romanos?Me poupe.

Fraco, sem desafio nenhum ao leitor. Leitura pra adolescentes.

SP, 09/06/2017
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Naty 29/07/2011

www.meninadabahia.com.br


'No momento entre a morte de minha mãe e seu Retorno,
eu paro de acreditar em Deus.'
Pág. 23


Passamos toda nossa vida em busca da realização dos sonhos. Sonhamos em encontrar o amor e viver com ele, dentre diversos outros. Mas, sabe quando conseguimos tudo o que desejamos e, de repente, isso não é o bastante?

Estamos numa constante procura do ‘algo a mais’.

O mundo como conhecemos não existe mais. A população foi devastada por uma infecção que transformou os humanos em zumbis. Os poucos sobreviventes se instalaram numa colônia, totalmente cercados, protegidos dos Esconjurados (zumbis).

É terminantemente proibido sair das colônias. É quase viver dentre de uma bolha. Os jovens não conheceram o mundo antes do Retorno – nome dado ao período de sobrevivência após as primeiras infecções -, a colônia é tudo que conhecem. De geração em geração, a história contada é que eles são a única colônia de humanos e que tudo que existe detrás das cercas é um mundo povoado de Esconjurados.

Pausa: vocês podem pensar: parece com a cidade onde Tally (da série Feios) morava. Garanto que não se parece em nada!

A mãe de Mary lhe contava histórias sobre o oceano. Sobre uma imensidão de água salgada. Sobre uma época que não existia mais. Mary sonhava com o mar, sonhava com uma vida além da cerca. Sonhava com Travis, o prometido de sua melhor amiga, Cassie.

Mary acreditava em muitas coisas, até o dia em que ela parou de acreditar em Deus. Sua mãe chegou perto da cerca e foi infectada. Ela tinha duas escolhas: morrer ou ser jogada na Floresta de Mãos e Dentes. Ela escolheu ir para a Floresta, onde seu marido estava - isso se considerar que zumbis conservassem lembranças.

Tudo que restou a Mary foi seu irmão, Jed, seu amor por Travis e seu sonho de conhecer o mar, isso se ele realmente existisse.

Na colônia, uma mulher adulta tem três caminhos a escolher: servir à Irmandade (espécie de convento), ser uma solteirona criada por algum membro masculino da família ou ser Amarrada (casar). Lá, não há casamentos por amor. Há uma união baseada na procriação da espécie.

Mary ama Travis, mas fora prometida para seu irmão, Henry. Num momento, antes de ser prometida, ela vai pra Irmandade, lá descobre que Travis está hospitalizado e delira. É quando pode estar com ele, quando pode amá-lo sem ele saber.

'Conto a ele sobre o oceano.
Nesses momentos sei que estou apaixonada por Travis. Só eu sei a dor que sinto de tanto desejo que ele fique bom novamente. Se pudesse tirar um pedaço da minha própria vida e dividi-la com ele para que ficasse melhor, eu não hesitaria nem por um instante. E não entendo como, dia após dia, posso entrar neste quarto, encostar meu rosto tão perto do dele que meus lábios roçam sua face e sua orelha, e ele não melhora.
...
É por isso que eu sei que jamais serei uma serva de Deus, porque nunca serei capaz de me entregar às Irmãs. Porque amo Travis demais para deixá-lo de lado.'
Págs. 48-49


Para encurtar, os Esconjurados invadem a colônia. Mary, Jed, Travis, Harry, Cassie e um menininho que fora salvo, só têm uma saída – entrar no caminho escondido pelos Guardiões da colônia. E esperar.

A espera nunca acaba. A colônia não existe mais, até onde eles sabem são os únicos sobreviventes da face da Terra.

Na caminhada, Mary percebe que ama Travis mais do que qualquer outra coisa, mais do que o próprio Oceano. E Travis percebe que ele nunca será o bastante para ela, ninguém nunca será. Mary tem uma fome por ‘algo mais’. Mais conhecimento, mais amor, mais vida!

'Ele fez uma pausa e posso ver lágrimas inundando seus olhos mais uma vez.
- Não posso ser seu sonho reserva.'
Pág. 247


A narrativa de Carrie Ryan me lembrou muito a de Elizabeth Scott. Fiquei impressionada com a delicadeza da escrita e a profundidade dos personagens. Eu podia sentir a dor e a esperança dos personagens no meu coração.

Tem livros que só dá para parar de ler quando as páginas acabam. A Floresta de Mãos e Dentes, de Carrie Ryan (Underworld, 342 páginas, R$ 39,90) é um deles! Em determinadas cenas, minhas lágrimas caiam e eu pensava: ‘Oh meu Deus, porque isso teve que acontecer?’ Um filme passava na minha cabeça e era como se eu fosse um personagem e estivesse presenciando tudo ao vivo.

No fim, Mary descobre que o oceano não era uma utopia. Na verdade, Mary descobriu o ‘mais’ que ela tanto ansiava.

Super recomendo!!!

Série A Floresta de Mãos e Dentes
1. A Floresta de Mãos e Dentes
2. The Dead-Tossed Waves (a editora deve publicar até o fim do ano)
3. The Dark and Hollow Places
Também foi lançado um conto, spin-off da série, intitulado Hare Moon, a sinopse promete. Tomara que a Underworld publique!
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montenegro13 21/08/2020

Ruinzinho bom
No início da leitura, tinha certo encanto por Mary. Porém, as páginas divagam e e só resta a tolice movida por aquela paixão mal explorada. Não consegui me vincular a nenhum personagem, quais só achei desagradáveis. Minha persistência foi graças a minha curiosidade. Aguentando a protagonista insuportável, há pontos que aproveitei bastante a leitura. Exemplo, o clima de perseguição e mistério e, principalmente, o embate entre fé e razão escancarando as consequências do fanatismo. O final me obrigou a procurar a existência de uma continuação, lerei torcendo por respostas e a ausência de um romance.
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May 14/12/2011

Floresta de Mãos e Dentes
Entre no blog para ver a resenha:
http://mylostkingdom.wordpress.com/2011/11/13/resenha-floresta-de-maos-e-dentes/
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naniedias 03/11/2011

A Floresta de Mãos e Dentes, de Carrie Ryan
Mary passou toda a sua vida dentro de sua aldeia. Aliás, ela não conhece nada além da vila, a não ser a Floresta de Mãos e Dentes. E nem ao menos sabe se existe alguma coisa depois da floresta. Desde o Retorno, não é possível viver fora das cercas.
Os Esconjurados têm uma fome insaciável por vida. E não deixam que ninguém viva. Por isso, as cercas são vigiadas pelos Guardiões. E a vida é restrita ao interior da vila.
Mas Mary sempre sonhou com o mar. Ela ainda se lembra da foto da tataratataravó de sua mãe em frente ao oceano. Escuta com atenção as histórias contadas pela mãe. Ela realmente gostaria muito de ver o mar.
"Minha mãe costumava me contar histórias sobre o oceano. [...]
Às vezes eu paro na beira da Floresta de Mãos e Dentes, olho para a vastidão selvagem que se estende para sempre e me pergunto como seria se tudo aquilo fosse água. Fecho os meus olhos e ouço o vento nas árvores, imagino um mundo de nada a não ser água se fechando sobre minha cabeça."
A vida de Mary irá mudar completamente quando sua mãe for atacada por um Esconjurado e escolher ser um deles em detrimento de uma morte digna.

O que eu achei sobre o livro:
De tirar o fôlego!
Esse é um livro maravilhoso, perfeito, memorável! Certamente essa resenha será injusta... eu sei que não conseguirei passar o quanto A Floresta de Mãos e Dentes é um livro maravilhoso - e eis aí mais um motivo para que você não perca tempo e dê logo um jeito de ler essa história imperdível!
Os personagens são tão vívidos, tão bem descritos, que você torce por eles, os xinga, tem vontade de abraçá-los e de mordê-los durante todo o livro. Sabe aquela sensação em momentos de tensão quando você toma cuidado para não respirar alto demais, temendo que um suspiro possa atrapalhar o protagonista em sua história?! Esse livro tem esses momentos de sobra. É incrível! Morder a língua, apertar os dedos, se inclinar para frente e muitos outros gestos que tentam ajudar o herói em seus objetivos, mesmo que saibamos que não darão em nada. Carrie Ryan é uma mestre na arte de escrever - ela realmente consegue nos jogar dentro da história, fazendo-nos sentir como se realmente estivéssemos ali, dentro do livro, vivenciando cada momento.
Sim, o livro é de zumbis. Então você pode esperar algum sangue... mas não é necessário se preocupar com muito terror. Ah, você é fã de terror?! O livro é bom o suficiente para prender sua atenção também, mesmo que não desperte tanto assim o pavor. E, embora não tenha muitas passagens que o façam sentir medo, eu não recomendo que pessoas medrosas (assim como eu) leiam esse livro a noite. As janelas, por algum motivo, começam a parecer muito frágeis...
Alguns vieram me falar que o enredo não era tão original, que lembrava certo filme, etc e tal. Tenho que discordar. Mesmo que em algum momento possa ser parecido com alguma coisa (simplesmente pelo fato de morarem em uma vila isolada), rapidamente tudo fica completamente diferente. Eu achei a história bastante original e muito bem escrita. Carrie Ryan conseguiu me ganhar e me deixar completamente ansiosa para mais livros com os Esconjurados.
O que dizer da edição da Under? Ficou maravilhosa! Prefiro a outra capa (a brasileira, que será lançada no hardcover), mas gosto muito dessa também. E o trabalho gráfico dentro do livro ficou perfeito!
Enfim, esse livro é bom demais! Eu o devorei super ultra rapidamente! É super indicado e um dos melhores livros que li esse ano!

PS: Eu fui a revisora desse livro, então, se tiverem alguma reclamação quanto a revisão desse livro, podem me puxar a orelha.

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 5


Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
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Ka Wozniak 26/11/2012

Resenha para o Blog Cinco das Artes
O livro todo é narrado em primeira pessoa. Mary é uma jovem garota que mora com a mãe, seu irmão é casado e seu pai se transformou em um Esconjurado. A aldeia onde eles moram faz parte da floresta que eles chamam de "Floresta de Mãos e Dentes", onde cercas separam os vivos dos "mortos".

A aldeia é coordenada pelas Irmãs, que comandam tudo, desde a distribuição de mantimentos até os rituais de casamento. Elas também comandam todas as ações dos Guardiões, um grupo de homens treinados para vigiar a aldeia, impedindo que alguém saia ou que entrem, e certificam-se que todos sejam tementes a Deus. Eles foram afetados pelo Retorno e ficaram isolados, tendo que sobreviver com suas plantações e colheitas e tentando manter o crescimento da população unindo os jovens que ainda restam.

Os Esconjurados são uma espécie de Zumbis, porém como eles surgiram não é explicado no livro, eu pelo menos não encontrei essa informação, o que se sabe é que tudo começou por causa do Retorno, creio eu, que tenha sido a primeira vez que um morto "voltou a vida". O pai de Mary é um dos zumbis perdido na floresta, sua mãe passa a maior parte do seu dia em frente as cercas esperando encontrá-lo. Um certo dia, enquanto Mary lavava roupa no rio, no mesmo dia em que Harry lhe pede para participar da cerimônia de amarração com ele (ritual onde o rapaz pede a moça que gostaria de casar e a festa leva alguns dias até a união do casal), sua mãe chegou tão perto da cerca que foi atacada e infectada. Quando isso acontece existe a chance de escolha, a pessoa pode escolher ser morta (tendo a cabeça cortada) ou sendo entregue a floresta, essa decisão também pode ser tomada pelos seus familiares.

A mãe de Mary foi entregue a floresta, e ela as Irmãs, pois seu irmão Jed não quis recebê-la. Estar com as Irmãs não parece ser a melhor coisa do mundo, principalmente quando descobre-se os segredos escondidos por trás de certas portas e conversas. Durante sua estadia no "convento" ela ficou completamente isolada e abandonada, até que Travis foi levado muito ferido para ser tratado e descansar. Mary o visitava com frequência e sua paixão por ele acabou aumentando, mas o que ela não sabia era que ele já havia pedido por Cass. Travis é um dos Guardiões, irmão de Harry. Cass é a melhor amiga de Mary.

Mary cresceu ouvindo as histórias de sua mãe sobre uma vida fora da aldeia, antes do Retorno, sobre o oceano. E tudo que ela queria na vida era um dia sair da aldeia e encontrar o oceano. Apesar de existir um caminho aparentemente seguro e isolado, os Esconjurados tomavam conta da floresta e na maioria do tempo ficavam grudados nas cercas, forçando-as o máximo que conseguiam. Durante a cerimônia de amarração acontece um grande ataque dos Esconjurados, e apenas Mary, Harry, Cass, Travis, um garotinho de nome Jacob e um pequeno cachorro conseguem escapar vivos e acabam fugindo para o lado de fora da aldeia, para o caminho cercado que leva além da floresta.

Aparentemente seria um livro interessante com muita ação e adrenalina. Porém não o é ... Li um fato em uma resenha e concordo: Se os "zumbis" podem ser mortos, pq as pessoas na aldeia não se juntam para matá-los, afinal a maioria (como descreve o livro) já está com seus corpos praticamente deteriorados, sem forças e agilidade. Pq as Irmãs comandam tudo, pq não há comércio ou relacionamentos feitos de amor?!

Mary passa o tempo todo querendo ir atrás do oceano e acaba sendo julgada como egoísta pelos outros. Mas querer estar em um lugar melhor, e talvez quem sabe levar os mais próximos ou quem sabe todos da aldeia para esse lugar seria egoismo?! Os outros não enxergam essa possibilidade, estão todos tão cegos pela visão das Irmãs que não conseguem raciocinar a respeito do futuro e outras direções. Existem algumas falhas na construção da estória, por exemplo: como o pai de Mary foi transformado, como as cercas foram construídas antes da chegada dos Esconjurados, como aconteceu o Retorno, a garota misteriosa de colete vermelho chamada de Veloz ... enfim ... muitos detalhes ficaram a desejar, e também acho que a autora não soube aproveitar o tema "zumbis" para transformar a estória em uma narrativa cheia de adrenalina e tudo mais relacionado a estes "seres não vivos".

Porém, se essas pendências são concluídas nos próximos livros, creio que seja uma questão que poderia ser revista. Pois mesmo que as continuações sejam mais esclarecedoras, o primeiro livro é a chave de entrada, é onde vc fica aberto ao entendimento do todo, de ter a expectativa para continuar. Não posso dizer que foi uma leitura a toa, um tempo inutilmente gasto, não ... cada um tem sua visão e gosto (outras pessoas podem ter uma opinião completamente positiva em relação ao livro). No meu caso, acho que A Floresta de Mãos e Dentes poderia ter sido um pouco mais elaborado ... e em relação aos personagens, acho que poderiam ser mais desenvolvidos, nenhum deles me cativou no fim das contas ... isso acaba sendo um ponto não muito bom.

http://www.5dasartes.com.br/2012/11/hint-book-48-floresta-de-maos-e-dentes.html
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Nice Santos 09/08/2011

Por Nice Santos em www.mixliterario.com
Narrado em primeira pessoa, por Mary, o leitor passa boa parte da estória em um frenesi total, pelo pavor que a estória passa.

Os Esconjurados são zumbis, eles infectam os vivos através da mordida e só depois da morte eles se transformam em Esconjurados, os Esconjurados não dormem, e a fome de carne humana é seu único objetivo... “Os Esconjurados nunca hesitam em deixar uma vítima recém-morta para pegar outra viva. É da natureza deles matar e infectar acima de tudo.” Os humanos fogem e a fuga é pavorosa, os Esconjurados estão perto, eles se amontoam na cerca, gemendo, com os olhos arregalados de fome e o cheiro de sangue e morte exalam deles...

A estória tinha tudo pra ser impar e perfeita, mas a autora não soube aproveitar o poder que tinha nas mãos... A sensação é que todo esse temor é desnecessário, uma vez que os Esconjurados podem ser mortos, porém ao invés de lutar para reaver seu lugar no mundo os humanos simplesmente se aprisionam e os Esconjurados estão lá, incansáveis cercando-os...

Não há condições de seres humanos à beira da extinção serem tão relaxos e estúpidos ao tratar da própria sobrevivência. Pode ser o tempo de luta, já que o “retorno” (a volta dos mortos) aconteceu na época da tataratataravó de Mary e os vivos estão cansados de lutar, ou outro motivo que não consegui encontrar, por estar tão cheia da nossa heroína, que por sinal é um “pé no saco”! Mary é uma garota sonhadora, mas nada basta pra ela, ela é egoísta, chorona, estúpida e impulsiva, tornando-se assim um personagem irritante!

Volto a falar, leiam, tirem suas próprias conclusões, não se deixem “barrar” por uma resenha negativa. Quando (finalmente) terminei de ler "A Floresta de mãos e dentes" fui ver o que outros leitores disseram sobre ele, e me deparei com 95% de pessoas que avaliaram o livro como 4 e 5 estrelas (com ênfase no 5), aí me perguntei: “Será que li corretamente, e tudo direitinho?” E voltei para o livro e alguns pontos da estória... Realmente essa série não é pra mim, não pela ação nem pelo terror, ao contrário, adoro ação e terror (sonhei com os Esconjurados vindo me pegar por duas noites seguidas), é por causa dessas duas ferramentas que não avaliei o livro pior, achei simplesmente “burras” as ações dos “vivos”!
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