FALO OU NÃO FALO?

FALO OU NÃO FALO? Fátima Cristina Conte e Maria Zilah da Silva Brandão




Resenhas - FALO OU NÃO FALO?


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Bianca.Tieppo 01/02/2024

Antes desse livro, esta crítica não seria escrita
A linguagem do livro é tão simples que chega a ser informal nos primeiros capítulos. Talvez tenha sido por isso que posterguei muitos dias a sua leitura. Confesso que os primeiros capítulos não me atraíram tanto, mas do restante gostei muito de como os assuntos foram abordados, principalmente pelos exemplos que foram bem condizentes com a realidade.
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Carla.Parreira 18/11/2023

Falo? ou não falo? Expressando sentimentos e comunicando idéias (Fátima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão).
O livro me fez pensar nas diversas situações onde nos sentimos provocados e, ainda assim, discutir ou brigar será sempre a pior reação. Existem dinâmicas de relacionamento onde uma parte faz a outra se sentir especial e poderosa. A parte manipuladora se coloca sendo "propriedade" do outro e transmuta essa "posse" entre o ganhar e perder. Assim surge o extremo prazer e depois a profunda raiva. A parte manipuladora causa raiva propositalmente. O pior tipo de raiva é causada pela indiferença. Emoções padronizadas criam um hábito emocional e a mente fica condicionada a necessidade de sentir aquilo. Emoções fortes viciam. E se depois do pico de emoção negativa vem a positiva, isso vicia mais ainda, porque quanto maior for o estresse gerado, maior será a sensação de bem estar quando vier a calmaria. Inconscientemente somos levados a buscar fatores estressantes que nos causem emoções negativas para compensar, posteriormente, com o prazer da resolução que gera um gatilho emocional de paz como forma de recompensa. Uma pessoa propensa a cair em provocações facilmente será um alvo fácil para esse tipo de manipulação. E o livro reforça a ideia de que não devemos ter medo de deixar a questão de lado e simplesmente não confrontar.
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Melhores trechos: "...Quem acolhe, só ouve e basta! Não é preciso dar conselhos, nem explicar opiniões contrárias, nem ser sincero para com o outro. Sentir-se acolhido, significa ser compreendido na hora que precisamos; significa ser recebido e aceito. Isto é fundamental para aquela hora em que nos sentimos tristes, sozinhos, confusos ou bravos. Quando estamos bravos e somos acolhidos, a nossa auto-estima agradece, percebemos que alguém pode gostar da gente mesmo quando demonstramos sentimentos negativos. A sensação de não ser acolhido só não é pior do que a de ser mal com­ preendido. Quem já tentou ser assertivo com alguém que ouve tudo como crítica, reage colocando palavras na nossa boca, agredindo verbalmente porque falamos uma coisa e ela entendeu outra, sabe o quanto isso é difícil! Uma pessoa que tem auto-estima baixa pode viver fa/endo interpretações equivocadas sobre o que queremos dizer a ela e acabar nos agredindo quando somos assertivos. É muito importante mantermos a assertividade perto de pessoas assim. Ser assertivo envolve não ?entrar? na agressividade do outro e não acre­ ditar na interpretação errônea e discutir isso com ele. Ao sentirmos a agressão não devemos provocar ou alimentar a raiva da pessoa; podemos apenas repetir resumidamente nosso ponto de vista e sair da conversa. Se a melhora do relacionamento não depende de nós, pois a pessoa é uma individualista extremada, pare! Chega de tentar! Vamos acender velas para outro santo!... Para que nós saibamos falar das coisas que gostamos ou de nossas ideias, é preciso ter tido convivência com outros seres humanos que além de nos ouvirem, nos aprovaram; nos deram atenção, carinho ou simplesmente satisfizeram nossas necessidades básicas de comida, agasalho e proteção, quando pedimos isso a eles. Se o que nós pensamos ou sentimos é sempre ignorado ou punido pelas pessoas que nos cercam, a sensação é ruim. Começamos a acreditar que há poucas chances de nosso espaço se firmar no mundo dos relacionamentos e podemos começar a duvidar de nossas opiniões e até mesmo de nossos sentimentos. É que nós, como seres humanos, somos muito sensíveis aos contatos sociais, e a falta persistente de aprovação dos outros pode comprometer nossa auto-estima e nos fazer evitar o relacionamento com os demais... Guardar cartas na manga não é assertivo! Não vamos levar nossos relacionamentos como se fosse um jogo, mas se você jogar, jogue limpo!... O melhor jeito de vencer o medo de perder é perdendo. Perdendo: deliberadamente, de propósito, de vontade própria, por querer! É um exercício. Você começa um exercício devagar, se acostumando a ele. Em outras palavras, se não é contra a lei, se você não vai arriscar um pedaço do seu corpo ou do corpo dos outros, se o lugar para onde você quer ir não for um beco sem saída, ligue o seu botão de DANE-SE e vá em frente! Se você tiver errado na sua escolha, já teve um grande lucro: conheceu mais um caminho que não foi bom para você e você venceu o medo deperder... Quando estou cuidando de mim, da minha vida, fazendo as minhas escolhas, se o outro me desaprova, ele tem um problema e, assim, cabe a ele resolvê-lo. Se, após refletir com honestidade, você estiver segura de que não está fazendo isso para machucar os outros de pro­ pósito, de que é um direito seu, então, siga em frentel Caso contrário, da próxima vez que você quiser fazer alguma outra coisa que seja importante para você e que seja do seu legítimo direito decidir, e isso, por qualquer razão ilegítima, incomodar ao outro, adivinhe só o que o outro vai fazer? Isso mesmo; vai desaprovar você, sabendo que, se ele fizer isso, você vai se sentir mal autom aticam ente e, para licar livre deste sentimento de mal-estar, vai acabar fazendo o que ele quer. Uma boa maneira de se livrar do medo da desaprovação do outro, da desaprovação social, é sendo desaprovado pelo outro. Expondo-se à desaprovação social: deliberadamen­te, de propósito, por vontade própria, por querer!... Se você começa a agir de forma a agradá-lo (la) sempre, independentemente dos seus sentimentos em relação a isso, você pode abdicar de seus direitos e ainda assim correr o risco de ficar só. Até quando você terá que fingir? Por quanto tempo irá engolir sapo? Se a pessoa não gostar de você do jeito que você é, deixe para lá! Na boa, sinceramente. O que você vai fazer com alguém que não gosta de você? Porque se a pessoa gostar de você do jeito que você não é, é porque não gosta de você! Ela está gostando de alguém que, na realidade, não existe!... As 'verdades' nas quais acreditamos e usamos para compreender os nossos relacionamentos parecem aplicáveis a todas situações. Estas 'verdades' nos levam a crer que temos 'bola de cristal' e, portanto, sabemos exatamente 'qual era a intenção' da outra pessoa. Imaginamos que sabemos o que o outro quer dizer ou fazer mesmo antes que ele diga ou faça. Isto nos afasta da realidade que está sendo vivida a cada momento. Pessoas que não observam a realidade em que estão vivendo tornam-se inadequadas: muitas vezes caluniam, acusam, são intole­rantes, agressivas e não deixam o outro falar. Elas não são assertivas. Não sabem conversar. Não sabem ouvir. Perguntar para a outra pessoa o que ela quis dizer ou fazer é sempre bom. É ter comportamento assertivo. Ser assertivo não pode ser confundido com fazer afirmações partindo de adivinhações sobre o comportamento do outro... Rubem Alves, citando Nietzsche, afirma: 'Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar'... Pais que protegem muito a criança, tentando assim evitar que ela sofra, podem vir a gerar sofrimento maior que é o da sensação de incompetência. Ksta criança aprende que não é suficientemente competente para administrar suas questões e pode comportar-se no ambiente de forma insegura ou extremamente dependente. Como já discutimos, as reações de cada indivíduo vão moldando também as diferentes interações. Assim, a criança ao comportar-se de forma tímida ou dependente no ambiente, passará a ditar suas relações futuras com este padrão de respostas, e o ciclo vicioso se perpetua... Pais que reagem com intensidade exagerada aos 'erros' da criança, apenas afazem sentir que fez algo 'errado' e não lhe permitem refazer - ou lhe dão modelos de como agir podem estar comprometendo a sua capacidade de solucionar seus problemas... Frente a qualquer relato da criança, devemos nos comportar como o fazemos com um amigo. Ouvimos, apoiamos (e apoiar não é estimular o erro) dizendo que entendemos como está se sentindo com esses problemas e só então oferecemos ajuda para pensar numa maneira de tirá-la daquela situação difícil. Ao se sentir ouvida e apoiada, a criança aceita com mais facilidade discutir quais os comportamentos alternativos que poderiam ajudá-la a mudar aquela situação..."
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Fran Belgrowicz 02/11/2021

Maravilhoso!

Uma linguagens bem fácil de ler e compreensível. Trata de conceitos da análise do Comportamento de maneira simples, para aqueles que não tem conhecimento específico na área compreenda do que o livro trata.
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Cristian.Alves 28/02/2022

Assertividade ainda é o padrão
O livro Falo ou não Falo é uma abordagem simplificada sobre a comunicação assertiva. É constituído de diversos artigos abordando a assertividade sob diversas óticas.
Como iniciante na leitura de obras sobre psicologia esse livro foi uma ótima porta de entrada, tenho aplicado muitos conceitos que li.
Super recomendo para todas as pessoas, acredito que entender como você se comunica e aprender a ser assertivo é essencial para todos.
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