Resenhas - Lolita

zezinhaaa 29/02/2024

"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne."
O que dizer de Lolita? além de ser uma tremenda obra, um clássico, um livro espetacular, é também preciso ter estômago.
é nojento estar na mente de Humbert Humbert, um personagem tão completo e complexo que chega a ser assustador. é um livro extraordinário, cheio de analogias e linguagem praticamente poética, Humbert tenta que com que consigamos entender seu lado, e é por isso que deve-se ser forte para ler as atrocidades que se passam em sua mente.
apesar de ótimo, não dou 5 estrelas porque muitas vezes achei um pouco cansativo, mas nada que faça do livro ser ruim.

"Estou pensando em auroques e anjos, no segredo dos pigmentos duráveis, nos sonetos proféticos, no refúgio da arte. E essa é a única imortalidade que você e eu podemos compartilhar, minha Lolita."

2ghpsts 29/02/2024

Lolita
Terminei essa bomba ontem e só queria dizer que me arrependo muito de ter começado a ler esse livro. a escrita é super cansativa, nao consegui entender nada, além dessa história ser nojenta. enfim, odiei cada segundo lendo esse livro, ainda bem q acabou ?

Giovana 28/02/2024

Minha Análise
Admito que criei grandes espectativas: todos falavam da polemica história de Lolita, principalmente o filme de 1962. Quando adquiri o livro, me preparei para conseguir finalizar um livro com uma temática tão delicada mas, apesar das descrições e maneiras nada sutis que Humbert Humbert fala de sua afilhada e das outras mulheres e meninas que passavam em sua vida, foi "menos pior? do que eu esperava.

No entanto, ainda sim, as palavras que H. H utiliza reduzem todas as mulheres que encontrou a meros objetos que merecem "ouvir? cada coisa que pensa. Mesmo que H.H. não tenha intenção de que encontrassem seu diário, não se importou em chamar as meninas de ninfetas e nem as observações das mulheres que se relacionou em um livro que seria publicado após a morte de Lô. Aqui, para mim, fica claro que no fundo H. H. não se importava em mostrar o que realmente pensava.

Vale ressaltar que é um livro escrito em primeira pessoa e narrado apenas pela perspectiva de H. H., então esse tempo todo ele tenta nos convencer de que ele era um caçador e as "ninfetas?propositalmente se jogam para ele. Por conta de seu desejo, ele não percebe que sua atitude na verdade é manipulativa, por isso todas as meninas são ninfetas. Em minha concepção, as amigas de Lô (acho que 2) que ele diz não serem ninfetas, são meninas que de alguma maneira entendem a verdadeira intenção de Humbert.

Em determinado momento da viagem, Humbert convence Lô e tenta convencer os leitores de que o que está fazendo é pelo bem estar da menina além de preservar tradições antigas de outros países (tradições BEM antigas). Não acredito que Lô não compreendia a situação que se encontrava, mas é bem ao contrário: por ela entender que estava sozinha no mundo e sem dinheiro que não via outra alternativa a não ser se submeter a Humbert (tanto é que começou a jogar com ele e guardou dinheiro para escapar; ela é uma sobrevivente).

Como último comentário, não acredito na redenção de Humbert, acho que ele é como todo ?vilão? e só se "arrependeu" por Lô ter fugido: detestava estar sem ela e com medo de ser pego. Outra coisa em que não acredito (e acho ser outro discurso manipulativo para o leitor) é que ele diz amá-la: se ele realmente a ama, porque se preocupar com seu crescimento? E porque mencionar uma coisa tão sórdida como engravidar Lô e seguir "desbravando pequenas Lolitas?? Pura manipulação para justificar suas atitudes. E por fim, acredito que matar o homem que tirou Lô das garras de Humbert nada mais é do que Humbert matando a si mesmo: foi descoberto e pego; se fosse vingança, teria atirado no momento que encurralou Clare.

Em ultima análise, o livro traz uma história um tanto quanto sensível e vale a pena a leitura, mas sempre lembrando da manipulação do narrador em primeira pessoa. Tive alguns problemas com a quantidade de descrições e devaneios da personagem, mas acredito que sejam propositais para distrair o leitor do crime cometido.

Cheirinhodelivro 28/02/2024

Pior livro que já li na minha vida
Não me venham com esse papo furado de que eu tinha que entender nas estrelinhas, que tinha uma filosofia e que a escrita é muito boa pois não achei NADA DISSO! O livro é péssimo, história péssima, o protagonista é um monstro m4niaco que destruiu a infância de uma criança que nem tinha muitos rumos na vida, pois recebia uma péssima educação, desde sempre já era uma sobrevivente. A obsessão de Humbert por uma menina de 12 anos foi muito cruel, o modo como ele manipulava Lo foi horrível, mas também, o que se esperar de um ped0filo? Pois é isso que o livro narra, pensamentos grotescos e VITIMIZADOS de um maluco que tenta te convencer com palavras ludibriosas e detalhando paisagens e coisas totalmente irrelevantes pra te tirar do foco. E ainda tinha a audácia de colocar a culpa de seu distúrbio nas meninas. Simplesmente nojento. E não, não entendi errado. Esse livro não tem nenhuma lição moral, se tivesse não precisaria de um posfácio com outra pessoa explicando o que vc deveria entender sobre vários trechos do livro. Não recomendo pra ninguém além de mães e pais que tenham muito amor e zelo por seus filhos pra saberem quando o mal espreita e não permitirem que qualquer maluco se aproximem de seus tesouros.

Lisa 27/02/2024

Doentio e perturbador
Humbert Humbert é o pseudônimo de um intelectual francês de 37 anos - professor de literatura - que é descrito como controlador, obsessivo, manipulador, egocêntrico e sarcástico.
É ele que escreve o livro no
intuito de contar as suas memórias e dar a sua versão dos fatos e da paixão fulminante despertada por uma menina de 12 anos.
O livro se torna até assustador pois ele envolve o leitor em suas palavras poéticas de romance e esquecemos que ela é uma criança.
Leitura cansativa e massante.


"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato para encostar, no três, nos dentes"

karla.jamily 26/02/2024

?Mas em meus braços ela sempre foi Lolita?.
Extremamente angustiante e um dos livros mais absurdos que li. Contudo, extremamente bom e viciante. Tenho até medo de como fazer uma resenha mais humanizada depois dessa obra.

Foi um livro inteiro escrito sob a narração de um personagem pedófilo e acho que não precisa de outras características para indicar o quanto ele é nojento.

Lolita é sobre o manipulador Humbert Humbert e sua obsessão por Dolores, nome real de Lolita que é apenas parte de sua imaginação fetichista. É uma estória sobre um pedófilo e sua vítima que não deve nunca ser romantizada!

Jessica.Laviere 24/02/2024

Nunca li nada parecido!
Embora indigesto, é praticamente impossível não se render a narrativa do Nabokov.
O tema do livro não é nada tranquilo, e vc passa por descrições muito difíceis e angustiantes, mas a forma como Dolly, Humbert Humbert e os personagens secundários são abordados na trama te prendem.
Ao iniciar eu tinha uma vaga ideia de como a história seria conduzida, muito se deve ao filme que assisti a muito tempo atrás onde a Lolita era super sexualizada, já no livro a abordagem mostra ela como uma presa nas mãos do H H, mesmo ele dizendo que ela o seduzia, fica claro em várias partes o tormento de Dolly e quão maquiavélico HH era, embora à todo momento ele tente se mostrar gentil.
Eu gostaria muito de uma versão da Dolly, já que essa é puramente o ponto de vista de HH. Fiquei muito feliz com os esclarecimentos no posfácio que não deve ser ignorado de maneira nenhuma pois é fundamental para a compreensão total da obra, no mais Nabokov é genial e sua escrita impecável, achei que teria dificuldade com a narrativa mas a leitura foi fluída, só não mais rápida porque precisei fazer pausas pra respirar e digerir alguns acontecimentos da história.

mia rodrigues 23/02/2024

Difícil
"O que eu possuíra apaixonadamente não tinha sido ela, e sim minha própria criação, uma outra Lolita, uma Lolita inventada e talvez mais real que a de carne e osso..."

Essa leitura foi um verdadeiro desafio.

Achei que não conseguiria finalizar a obra em vários (para não dizer em todos) momentos. Com uma escrita rebuscada e referências de sobra, entramos na mente de Humbert e sua obsessão por Dolores (me recuso a chama-lá de Lolita, e quem leu também não deveria fazê-lo). Apesar de já ter ouvido e lido muito sobre a obra de Nabokov, eu nunca pesquisei o que de fato acontecia no decorrer da história. Então, enquanto avançava na leitura, eram surpresas diferentes misturadas a incredulidade dos pensamentos do protagonista.

H.H. é doente, e usa de sua inteligência para manipular e agredir de todas as formas uma criança, porque é isso que Dolores é: apenas uma criança. A imagem que nos é mostrada na história é uma versão falsa da menina, uma visão enfeitada que o próprio Humbert criou para ignorar os sentimentos dela e o mal que ele estava a infligindo a cada instante.

Fiquei por algumas horas com dúvida em relação a que nota dar pra esse título, porque minhas reações foram muito diversas para ter certeza de qual seria a melhor avaliação. É um tema pesado, até as cenas mais difíceis de ler receberam os "floreios" do relato de H.H.

Ao contrário do que li em algumas resenhas, eu devorei a primeira parte do livro e li o restante me arrastando. Achei algumas descrições das viagens muito longas para informações tão desnecessárias, mas o próprio autor comenta sobre isso nas notas finais. Foi... interessante conhecer esse livro depois de passar anos ouvindo por cima sobre a obra. Não me imagino fazendo uma releitura.

M_Claralim_ 20/02/2024

LOLITA NÃO É UMA HISTÓRIA DE AMOR!
Por onde começar? Não sei, só sei que a cada momento e instante em que li cada capítulo precisei fazer uma pausa, respirar, não vomitar, ter ficado em completo estado de atenção,nem desistir(eu pensei em desistir!) .
Pensei isto pq é um assunto delicado demais para se ler na percepção de um homem cínico, e arrogante, um criminoso que a todo tempo quis limpar sua imagem, apesar de alguns momentos ele meio que deixar nas entre linhas seus pecados ele nunca os assumiu por completo.
Ele destruiu a infância de uma menina, que tinha diversos talentos e Hobbies, e sim ele teve uma parcela de culpa na morte de Charlotte Haze.
E por falar em Charlotte, que mulher narcisista, odiava a filha e parecia viver para infernizar a garota. Casou com um completo desconhecido, e morreu sem poder salvar sua filha.
Dolores Haze sempre será a maior vítima, SEMPRE, ela sofreu e continuou sofrendo, sofreu até mesmo para fugir do seu carrasco, e continuou sofrendo depois da liberdade.
Com certeza esse livro se torna um clássico obrigatório quando você o lê com consciência, senso crítico e acima de tudo atenção aos mínimos detalhes.

LEIAM LOLITA COM CONSCIÊNCIA.

Alana 20/02/2024

Eu realmente não esperava gostar tanto de um livro que me deixou tão desconfortável em vários momentos; mas ele é brilhante, e perturbador, claro - é o retrato da mente de um homem pedófilo, depravado, pervertido e manipulador. A habilidade do autor em mesclar uma prosa poética, irônica e melancólica torna a leitura uma experiência cativante, apesar da natureza perturbadora do tema. Em suma, é uma obra magnífica e intrigante.

Leonardo1344 19/02/2024

Péssimo ritmo
O livro seria excepcional, se não fosse a quantidade absurda de trechos inúteis e redundantes. Por exemplo, quando o protagonista narra cada um dos lugares visitados nas viagens pela América do Norte. Também, alguns trechos difíceis de entender do que se tratam, de tão ambíguos. O pior é que a linguagem poética é excelente, então o trecho parece ter algum sentido, mas você se esforça e percebe que não. Como eu buscava narrativa, não poesia, não me agradou. Isso é especialmente verdade pelo fato de ser um diário baseado em memórias do passado, então naturalmente seu dono não lembra dos diálogos direito, e sim dos eventos.

mscabre 14/02/2024

Lolita
Vi um vídeo sobre Lolita e lembrei o quanto esse livro é incrível. Muito controverso e polêmico, mas ainda sim muito bom. Eu li quando era adolescente e foi uma leitura horrível, muito desconfortável e bizarra. Eu tive que dar longas pausas para conseguir terminar. O livro fala sobre a obsessão de um pedófilo por uma garota de doze anos. Acho que a genialidade desse livro tá lá linguagem floreada, que o torna controverso por causa da confusão que ele causa na interpretação e é exatamente isso que faz com que ele seja ótimo. O protagonista é professor de literatura e narra os acontecimentos de dentro de uma cela, só aí já vemos que ele é o vilão e teremos a história narrada de um ponto de vista não confiável. A todo momento ele tenta amenizar as suas ações pra conseguir o perdão das pessoas que irão julgar ele (os leitores) então ele utiliza da linguagem floreada para manipular a forma que a gente vai entender a situação. É incrível como ele formula as frases de uma forma poética, deixando tudo mais abstrato. Ele tem um poder de persuasão através das palavras que eu acho fascinante, ele a todo momento traz poesia e metáforas para falar sobre a Dolores, sobre a forma que ele enxerga o mundo e sobre tudo que ele tá fazendo. Se você pegar apenas a parte que ele manipula, você se surpreende porque não parece que ele está falando aquilo sobre uma criança, por isso ele é tão perigoso. As pessoas acabam respingando as ações do protagonista para o autor do livro, como se o escritor concordasse com ele e não entende que a construção do personagem daquela forma é extremamente importante porque mostra como a linguagem é usada para manipular e persuadir as pessoas. A linguagem floreada é muito utilizada no marketing e política porque se caracteriza pelo uso de palavras e frases desnecessariamente complexas para transmitir uma mensagem, dificultando muitas vezes a interpretação e omitindo a verdade para confundir o público.

Vanessa602 13/02/2024

Revoltante, triste e magnífico
Mesmo antes de assistir o filme de 1997, e, agora, ler o livro, nunca tive preconceitos literários com a premissa de Lolita, e Nabokov só provou que isso valeu totalmente a pena.

A história é uma tragédia do começo ao fim, nem suas cenas felizes são realmente felizes e não fora feitas para serem lidas com felicidade, e o que só prova a habilidade do autor em nos fazer odiar sua própria criação. Humbert Humbert não pode ser chamado de monstro, porque o tipo de atrocidade que ele comete com Dolores só pode ser cometido por um ser humano, nenhum outro ser é capaz disso.

srlucast 09/02/2024

Uma puta tragédia grega de esplendor formoso.
Em verdade, este é um livro que se afigura entre os prediletos de minha existência. Releio-o agora e encontro maior deleite. O narrador, cuja confiança é incerta, e a prosa de Nabokov, bela e terrível simultaneamente, enredam-se em uma trama problemática. Cada intricada faceta do enredo é uma sinfonia de perfeição, culminando num desfecho imaculado. Toda obra é uma tapeçaria de magistral encanto.

BArbara317 09/02/2024

Meu Deus, que livro chato. Aliviada por ter acabado. Escrita cansativa, personagens chatos. Pode até ser um clássico, mas é chato, mt chato