Lolita

Lolita Vladimir Nabokov




Resenhas - Lolita


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KeniaCandido 19/04/2024

Não Foi Uma Leitura Fácil!
Em algum momento da vida, sendo leitor ou não, já ouviu falar sobre o livro Lolita, uma grande obra clássica, publicada pela primeira vez em 1955 e foi escrita pelo Vladimir Nabokov. Sempre tive muita curiosidade de lê-lo, mas também um pouco de receio por causa dos variáveis comentários em torno do tema. Na primeira semana de Janeiro deste ano, eu fiz uma pequena lista com cinco livros desejados e minha família me presenteou com quatro livros no meu aniversário em Janeiro e Lolita foi um deles. Eu já sabia que seria uma leitura difícil devido ao tema abordado, mas não imaginava que seria uma leitura arrastada, ao ponto de ter que intercalar outras leituras para conseguir desenvolver a leitura e concluí-lo. Abandona-lo não era uma opção, porque meus planos de leitura é ler todos os livros que tenho na estante.

Resumindo um pouco a história, Lolita começa com um prefácio fictício escrito pelo John Ray, Jr., Ph.D., um editor de livros de psicologia. O leitor descobre que Humbert Humbert, é na verdade, um mero pseudônimo do narrado, que escreveu o livro na prisão onde morreu aguardando seu julgamento. Ele escolheu este nome para si mesmo com intuito de relatar suas memórias para servir de sua defesa, explicando os acontecimentos ao longo de sua vida. Especialmente, a história do seu grande amor, Dolores Haze ou simplesmente Lolita, uma garota de doze anos. É importante deixar claro que esta não é uma história de amor e a maneira que Humbert menciona seus sentimentos por Dolores não é amor. Um relacionamento obsessivo e forçado de homem adulto por uma criança não é, nunca foi e nunca será uma história de amor.

Divido em duas partes e narrado em primeira pessoa, Humbert Humbert começa contando que teve uma infância rica vivendo no hotel de seu pai. Com treze anos, Humbert teve um relacionamento com uma menina de sua idade chamada Annabel Leigh, mas não foi duradouro. Ela ficou no hotel do pai de Humbert durante um verão e fim do verão, Annabel foi embora com sua família. Depois Humbert descobriu que ela faleceu de uma doença infectocontagiosa. Ao longo dos anos, Humbert percebeu que tinha atração por meninas de nove até os quatorze anos de idade, das quais ele identificava como ninfetas. Tanto que só tinha envolvimento com prostitutas que tinham traços semelhantes de uma ninfeta, mas para disfarçar suas suspeitas decidiu casar-se com uma mulher polonesa chamada Valeria.

Valeria era filha de um médico polonês que cuidou de Humbert. Ela estava com quase trinta anos e Humbert decidiu casar com ela, porque Valeria poderia manter seu impulso sexual sob controle, mas o casamento também não durou por muito tempo. Humbert não tinha relacionamento sexual com sua esposa e Valeria acabou admitindo que tinha um caso com Maximovich, um motorista de táxi. Sem Valeria, Humbert mudou-se de Paris para os Estados Unidos para escrever e iria hospedar-se na casa dos seus primos McCoo, mas por causa de incêndio na casa dos McCoo, Humbert acabou hospedando-se na casa de Charlotte Haze. Inicialmente Humbert não iria ficar na casa de Charlotte, mas ao vê-la chamando a filha Dolores Haze, uma menina de doze anos, Humbert decidiu morar na casa em condição de inquilino.

Partir daí, Humbert nutriu um grande amor doentio, pela pequena Dolores e registrava suas fantasias obsessivas sobre Dolores num diário. Entretanto Dolores foi enviada para um acampamento de férias e Charlotte aproveitou a oportunidade de revelar sua paixão por Humbert. Para não ficar longe de Dolores, Humbert resolveu casar com Charlotte, que tinha planos de enviar Dolores para um colégio interno, assim que a menina retorna-se do acampamento. Contudo Humbert também tinha planos para afastar Charllote e ficar com Dolores. Numa tarde, Charlotte encontrou o diário de Humbert e resolveu escrever algumas cartas incriminando Humbert, porém ela foi atropelada por um carro enquanto corria para fora de casa e faleceu no local do acidente. Assim Humbert conseguiu pegar as cartas e ainda convenceu os amigos e vizinhos de cuidar de Dolores por ser padrasto dela.

Demorei mais do que eu imaginava demorar com a leitura de Lolita e agora, entendo perfeitamente os motivos de alguns leitores não ter vontade de ler ou acaba abandonando a leitura pelo caminho, pois não é uma leitura fácil. Apesar de ser uma leitura lenta e foi bastante lenta mesmo, eu desejava saber mais sobre a história, pois Humbert era um homem extremamente inteligente e usou o domínio com as palavras para criar sua própria defesa. Então eu ficava com várias perguntas passando na minha cabeça. Não posso falar muito porque vou acabar dando entregando algum spoiler, mas quero deixar claro que nenhum momento eu consegui ter empatia pelo Humbert Humbert e principalmente pelo Clare Quilty, outro predador que aparece na história e deixa um cenário ainda mais desesperador para Dolores.

Humbert conseguia usar seu cinismo para movimentar seu egoísmo pela obsessão por Dolores. Ele sabia perfeitamente que fez o mal para outras pessoas e principalmente para Dolores, mas Humbert era simplesmente irônico demais para se conter. Depois da morte da Charlotte, Humbert buscou Dolores no acampamento e começou suas viagens com Dolores através do país, manipulava a menina com presentes e fazia de tudo para afastá-la de outras pessoas, especialmente de outros adolescentes. Tirando o enredo com o tema central que gira em torno de Humbert e Dolores, a escrita de Vladimir Nabokov é rica, faz o leitor pesquisar palavras e buscar traduções, principalmente para quem não lê em francês. Por isso, eu tinha ânimo para continuar a leitura de uma narrativa é feita aos olhos do protagonista inescrupuloso bastante intelectual que usava as palavras como uma ferramenta de defesa, mesmo ela provocando desconforto.

Minha conclusão após ler Lolita é... Preciso conhecer outras obras de Vladimir Nabokov durante a minha vida literária. Enfim, novamente vou repetir, o livro Lolita não é uma leitura fácil e foi demorada. Precisei de vários dias para lê-la, mas caso seja um leitor curioso, tem vontade de conhecer a história e acha que é o momento certo para lê-lo, leia Lolita. Concorde ou não, Lolita contém uma narrativa, ironicamente brilhante, desconfortável e escandalosa. Por isso, acho que vale a vale lê-lo, nem que seja uma vez.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2024/02/lolita-vladimir-nabokov.html
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TainA452 12/04/2024

Lo.
O filme é fantástico e eu achei que seria um livro tão bom quanto mas ele é muito difícil de ler. No final eu simplesmente pulei umas 20 páginas e li só a última porque não aguentava mais lef isso mas não quer dizer que seja ruim de forma alguma. Uma obra de arte que a minha cabeça não foi forte o suficiente pra ler com um vocabulário desses.
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Clara3685 11/04/2024

Péssimo!
Não recomendo hora alguma este livro. Dei 1,5 estrela devido à escrita, mas a história em si é de dar nojo. Custei terminar de ler, só acabei pois detesto abandonar livros. Mas é uma leitura bem cansativa e precisa ter estômago forte para ler.
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Raiane M 10/04/2024

Lolita tem uma das escritas mais bonita e poética que eu já li, o que parecia quase impossível por causa do tema retratado, e mesmo que o próprio H.H. seja a coisa mais repugnante e horrenda do livro, ele, como narrador da história, evidência muito bem como criminosos e predadores podem facilmente se esconder em um comportamento civilizado e culto.
Em poucos e pequenos momentos é possível vislumbrar o quanto Dolores foi devastada e destruída pelo que passou nas mãos desse monstro, que claramente tenta moldar a idéia de que uma criança o seduziu, e de que o comportamento de Dolores significa o interesse dela por ele quando na verdade ele era a criatura horrível se aproveitando de uma criança desamparada.
Lê esse livro exige estar constantemente ciente de que quem conta a história tem uma mente doente e não confiável.
Por fim terminei o livro com um gosto ruim na boca, com asco e vontade de lê um livro com essa qualidade de escrita que não fosse sobre um tema tão difícil.
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Milena.Firmeza 09/04/2024

Perfeito! Entrega o que promete. Muita gente diz que romantiza a pedofilia, mas vejo que o autor quis mostrar a visão conturbada do pedófilo, e faz isso muito bem, causando muito desconforto durante alguns trechos da leitura, que são fortes mas necessários para a construção da narrativa. Infelizmente não temos acesso ao ponto de vista da Lolita, pois só assim teríamos a versão sem os devaneios do abusador.
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Ivie 05/04/2024

É um dos livros mais bem escritos que já li, apesar de tratar de um tema bem pesado e realmente dar vontade de parar pelo comportamento asqueroso do personagem principal, acho que é uma história muito bem construída e amarrada.
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spoiler visualizar
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polyethylengirl 25/03/2024

Um livro extremamente difícil de ler, tanto pelo assunto abordado quanto pela riqueza de detalhes que tornam as situações muito difíceis de digerir.

As cenas e pensamentos de pedofilia são narrados com muita naturalidade por Humbert H., um professor que se casa com a mãe de Dolores com intenção de se aproximar dela. Assim, Dolores se torna Lolita, uma criança que é desumanizada e vista como um objeto sexual desde o momento em que ele a vê. Transformando-se em um personagem que não conhecemos de verdade, não sabemos como é sua personalidade, suas vontades.

Com um protagonista desprezível e egocêntrico e um final inesperado, Nabokov fez um excelente trabalho nesse clássico.

"Lolita, light of my life, fire of my loins. [...] But in my arms she was always Lolita."
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Stephanys27 25/03/2024

O livro é bom e bem escrito, mas me causou tanto asco e tanta repulsa que não consigo dar uma nota maior que essa. E pensar que existe gente realmente assim...
A raiva que eu senti do protagonista, a dúvida sobre ele estar ou não falando a verdade, a vontade de ajudar lolita...
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Lanninha 24/03/2024

Ô bicho ruim
Apesar da escrita não ser maçante, o conteúdo era demais pra mim.

Esse livro é delirante no pior sentido. Já sabia o que esperar, por isso continuei. Só que foi bem difícil do início ao fim.


O h.h. é realmente um dos personagens mais desprezíveis e indefensáveis que já li e o livro ser escrito ?por ele? não diminuiu nem o pouco meu desprezo.

As divagações também não me deixaram em paz. Mas que homenzinho chato pra um caramba.

Por fim, fiquei apavorada com essa leitura e acho que essa era a intenção mesmo. Mas dou minha nota baixa pq não é algo que eu gosto de ler.
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Cristina 24/03/2024

Demorei pra ler, mas meudeus, que livro. Teve uma parte que parei, fiz cara feia, e retornei pra ver se era aquilo mesmo que tinha lido, e era. Um pedófilo, criminoso, asqueroso.
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booksdaemy 24/03/2024

Difícil
Um livro difícil de ler, mas necessário
Um clássico
Esperava mais, só que ainda assim é um bom livro
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Hmen0n 22/03/2024

Polêmico
Humbert Humbert ou H. H. como ele mesmo se refere a ele, é um cara doente, um pedófilo desprazível e obsecado, mas era isso que Nabokov queria, e se você não gostar dele, Nabokov fez bem seu trabalho.
A história é contada na visão desse doente que está preso e contando sua história para um jurí, e nós leitores somos esse jurí. H. H. não precisa dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade para nós, e eu nem acredito que ele o faça em sei lá, em mais da metade das vezes.
Esse pedófilo, descreve, nada muito gráfico seus atos com Lolita, deixando para sua interpretação o que ele faz, e ainda assim, a mera insinuação desse seu crime, pode deixar quem lê enojado.
E no final, a sua obsessão pela Lolita, o cega fazendo cometer o deslize em seus planos que o leva a posição que se encontra, respondendo diante do jurí pelo seu crime.
Tem gente, principalmente, hoje em dia, que não aceita coisas ruins na personalidade das personagens da ficção, mas o vilão teria que ser como então? Um serial killer que mata e sente prazer nisso, não é tão desprezivel quanto um, no caso de H. H., pedófilo?
Nós termos raiva, desprezo ou ojeriza a alguém como H. H. é o mínimo que se espera, mas precisa-se de personagens assim pois estão em falta.
O livro poderia ser um pouco mais curto, tem horas que são páginas e mais páginas sem nenhum avanço decente na história. Poderia ter um pouco menos de francês (tudo bem que é coisa do personagem) pois tem muito.
E claro, é uma leitura que eu recomendo, se você souber ou conseguir separar as coisas, ficção e realidade, vai ser uma ótima experiência.
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fahfah1998 21/03/2024

Uma história de obsessão
Minha primeira leitura de Lolita foi aos 17 anos. Hoje com 26, tendo a oportunidade de reler a obra quase 10 anos depois, pude chegar a diferentes conclusões daquelas que cheguei aos 17. Porém a maior de todas permaneceu: Lolita continua na minha lista de melhores leituras da VIDA. E direi o porquê.
Lolita, muito além de uma história sobre pedofilia e incesto, é uma história de obsessão. Uma obsessão maníaca, completamente patológica (será que existem obsessões não patológicas?), infinitamente escrachada em meio ao conservadorismo da época em que a obra foi publicada. Uma obsessão que se escondeu sobre crimes repugnantes e que fazem o leitor expressar em seu rosto um horror sombrio por cada página por onde o carro de H. H. avança.
Mas Nabokov sabe contar histórias. E melhor que contar histórias, sabe tomar nossa mente por imagens sequenciais que conseguimos tornar filmes por trás da visão das páginas. Sabe desenhar detalhadamente e estesticamente impecável cada sentimento, cada lágrima, cada alegria.
E daí a beleza de Lolita.
Escolha uma página aleatória do livro. Selecione uma linha. Leia. Verá a beleza estética da mais banalizada cena do cotidiano, que tornou-se bela porque Nabokov soube enfeitá-la.
Será difícil encontrar um livro que contenha uma escrita e uma progressão da história tão maestralmente bem arquitadas como em Lolita.
Mais semelhante a uma tragédia grega do que a um romance (já que iniciamos a história descobrindo que todas as suas personagens estão mortas), Lolita configura o que, pra mim, tem de mais profundo na alma humana. A loucura, a monstruosidade, o desejo.
Aos que não conseguem "engolir" a obra, sugiro a leitura da nota de Vladmir Nabokov ao fim da edição da editora Alfaguara. Lá o autor explica tudo aquilo que visava ao escrever essas páginas que tanto movimentaram a litetatura e configuram Lolita, hoje, como um dos maiores nomes da literatura universal. Aos que não conseguiram compreender a beleza indiscutível da estética de Lolita, faço das palavras de Nabokov as minhas: "Para mim, uma obra de ficção só existe na medida em que me proporciona o que chamarei sem rodeios de prazer estético, isto é, a sensação de que de algum modo, em algum lugar, está conectada a outros estados da existência em que a arte (a curiosidade, a gentileza, o êxtase) é a norma. Não existem muitos livros assim."
Heloisa159 21/03/2024minha estante
oldddddddd mdsss arrasou meu DR FAHFAH1998 disse tudo amor




leyabooks 17/03/2024

Estarrecedoramente surpreendente
Comecei esse livro estando ciente do que viria, porém de forma alguma estava realmente preparada.
Humbert Humbert é uma pessoa completamente doente e asquerosa assim como todas suas ações e falas são repudiosas e deturpadas, e colocadas de uma forma terrivelmente floreada e doentia em sua escrita.
Senti-me manipulada e quase nauseada durante grande parte da leitura. Tive que parar em alguns momentos pra digerir e processar alguns acontecimentos.
Tenho certeza de que essa história ficará marcada pelo resto da minha vida e já me sinto assombrada por esse livro.
De uma forma objetiva, gostei do livro pois definitivamente me surpreendeu de formas inimagináveis, e cumpriu seu papel de enojar e escandalizar o leitor.
Quem quer que esteja disposto a ler isso aqui deve estar avisado de que essa definitivamente não será uma leitura fácil.
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