Felicidade à parte

Felicidade à parte Lolly Winston




Resenhas - Felicidade à parte


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VickdeNariz 04/04/2024

Humano
Pela primeira vez eu me sinto tão chocada que não sei como começar uma resenha. A simples palavra "humano" define bem, mas o livro tem tanto a mais que parece um título pobre.

Dividido em 3 povs principais, começamos pelo ponto de vista da Elinor, uma mulher depressiva que, após falhas e consecutivas tentativas de engravidar, se sente um fracasso como mulher ao mesmo tempo que o marido parece longe de sofrer como ela, e pior: pouco se importar com outros meios de ter uma criança. O tempo passa, o casamento esfria e, sem perceber, a barreira de amargura dela a afastou do marido. Agora, além de um "fracasso" como mulher, é um "fracasso" como esposa.

É muito fácil se sentir ligado à Elinor, então não vou falar muito sobre Ted, o safado (sim, vou chamar ele assim), e Gina, a oferecida (vou chamar ela assim também, kaguei). O marido da Elinor parecia um homem realmente apaixonado e decidido a salvar o casamento, algo que se distanciou da realidade por causa do temperamento da esposa (muitos remédios, hormônios, tristeza e raiva). Em contraste, Gina é uma mulher que sempre incentiva as pessoas a darem o melhor delas, mas por algum motivo ela tem uma longa lista de ex-namorados. De um lado há um homem gentil que se sente impotente, e do outro uma mulher sozinha e gentil.

Antes de começar a resenha real quero desabafar o quanto odeio histórias com segunda chance e/ou traição (até porque, sinceramente, isso acaba com a magia do amor, sou brega mesmo) e que o motivo de eu dar uma chance foi porque ganhei de presente. Além disso, eu não gostava de dramas até recentemente, ou seja, expectativas quase zeradas.

Agora adivinhem? Quebrei a cara (de novo).

Sinto que esse livro merecia um filme ou uma novela de tão absurdo. O ínicio é levemente revoltante quando a gente vê que apesar da traição ainda existe sentimento capaz de tentar reatar o casamento que tinham, e quanto mais a história desenrola mais revoltante fica (e eu amei, me senti ouvindo/vendo uma grande fofoca).

Sobre as coisas boas, a escrita é sensacional de realista e a autora faz questão de mostrar as qualidades e os defeitos dos personagens, tornando-os tão falhos que dói e conforta ao mesmo tempo. De algum jeito a gente entende o coração das personagens, mesmo sem concordar com as atitudes delas (o safado e a oferecida que o digam).

Minhas únicas reclamações são com a forma que crianças/bebês aparecem como exposições em todos os lugares da cidade pra reforçar o sofrimento de não ter filhos (só faltou sair o irmão do Billy do bueiro, sério), e a outra coisa incômoda é a explicação que vem DO NADA para Elinor não ter tido filhos esse tempo todo, algo que não era impossível e podia ter sido resolvido antes do drama todo.

Sobre o final (não acho isso necessariamente um spoiler, mas você pode pular esse parágrafo se quiser) ele é aberto. Particularmente eu odeio finais abertos, mas nesse livro eu me senti satisfeita porque pude "criar" o final ao meu gosto e sinto que se a autora fosse narrar a coisa toda teria que escrever um livro 2 porque os dramas parecem sem fim (e o Ted foi o principal complicador de tudo, um lixo de homem).

Esse livro me fez pensar muito sobre a vida e traz uma mensagem agridoce. Gostei bastante.
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ferds 20/09/2022

Li única e exclusivamente porque uma amiga me recomendou. Não consegui me envolver na história. Única coisa boa foi o final.
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