Migração e Intolerância

Migração e Intolerância Umberto Eco




Resenhas - Migração e intolerância


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Arthur 18/01/2021

"A harmonia faz as coisas prosperarem"
A frase de Zhao Tingyang, que encerra o livro, é uma boa síntese dessa obra, que visa discutir a superação da intolerância, tendo a Europa receptora de imigrantes como recorte espacial.
O livro é curtinho, composto por 4 ensaios de Umberto Eco sobre o tema: migração e intolerância; e cumpre bem o que se propõe, que é estimular a reflexão sobre a superação do estado de intolerância entre os povos.
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CrisVieira~ 07/09/2023

Uma pequena obra com uma gigantesca e poderosa sabedoria...
Eco não apenas escrevia bem, mas seu olhar sobre as relações humanas também era absolutamente correto e certeiro. A argumentação que compõe as palestras expostas no livro possuem a percepção objetiva e lógica sobre como enfrentar a Intolerância selvagem, que vai muito além de ideologias e doutrinas vazias de razão.
"Eliminar o racismo não significa demonstrar e se convencer de que os outros nao são diferentes de nós, mas compreendê-los e aceitá-los em sua diversidade.", declarou Eco. "Para citar a antiga sabedoria chinesa expressa por Zhao Tingyang, por mais que queiramos verdadeiramente chegar à harmonia entre os povos, a harmonia não significa uniformidade: “Toda coisa perecerá caso se torne exatamente igual às outras [...] A harmonia faz as coisas prosperarem, ao passo que a uniformidade as faz perecer.” "

Eis um conselho que serve para cada ser humano e que deveríamos usar como guia para nossas próximas ações se realmente quisermos que a Humanidade dê aquele necessário próximo passo para nossa Evolução.
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Krishna.Nunes 26/01/2021

Migração e intolerância
Esse breve livro é uma coletânea de três discursos e mais um texto introdutório a uma coletânea de artigos sobre antropologia.

A primeira parte tenta estabelecer uma diferença entre os conceitos de imigração (deslocamento individual de pessoas que se adaptam à cultura do local para onde estão emigrando) e migração (deslocamento em massa de povos que, ao longo do tempo, transformam radicalmente a cultura dos locais para onde se dirigem). Nela talvez esteja o trecho mais emblemático dessa obra repleta de frases de efeito:

"O Terceiro Mundo está batendo às portas da Europa e vai entrar mesmo que a Europa não esteja de acordo. [...] No próximo milênio, a Europa será um continente multirracial ou, se preferirem, 'colorido'. Se lhes agrada, assim será; se não, assim será da mesma forma."

A segunda parte debate as origens e desdobramentos do fundamentalismo e da intolerância, concluindo que "a intolerância mais perigosa é aquela que surge na ausência de qualquer doutrina, pois não pode ser criticada ou freada com argumentos racionais".

A terceira clama que os Europeus eduquem suas crianças para a tolerância, atentando para aqueles elementos culturais que não podem ser tolerados, como o racismo, nos fazendo lembrar do paradoxo "a intolerância deve ser tolerada?".

E a parte final expõe o espanto do europeu diante da diversidade e ao perceber que sua cultura também é observada e julgada por outros povos. "A compreensão mútua entre culturas diversas não significa avaliar o que o outro deve renunciar para se tornar igual, mas compreender mutuamente o que nos separa e aceitar essa diversidade".

A obra definitivamente se mantém atual e leva o leitor refletir sobre a ascensão das correntes ultradireitistas no mundo, com suas implicações referentes à intolerância e à supremacia racial. Com certeza é uma boa introdução para outros livros sobre o tema.
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rschl 11/04/2021

#desafioskoob2021
Este livro é uma obra introdutória para entender a respeito da migração e intolerância. Apesar de citar fatos históricos para exemplificar seu argumento, é necessário lembrar o recorte que Umberto Eco vivencia: a abordagem teorica da migração em contexto europeu. Ele traz explicações a respeito do racismo, do fundamentalismo e da intolerância e quais seus perigos no mundo contemporâneo, no desenvolvimento do assimilacionismo e da renúncia cultural do oprimido.
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mans 21/05/2020

Em 'Migração e Intolerância', Umberto Eco fala de dores sociais
É uma experiência transcendental ler Umberto Eco. Afinal, o autor e filósofo italiano, morto em 2016, era tão conectado com o mundo ao seu redor que conseguia compreender os movimentos e sentimentos universais com uma antecedência impressionante. Entendia acontecimentos e os aplicava em escala global, repetitiva e atemporal. Leu e compreendeu o mundo como poucos.

Em Migração e Tolerância, livro que é publicado agora no Brasil pelo Grupo Editorial Record, esta habilidade de Eco é reafirmada. Assim como na excelente obra O Fascismo Eterno, já elogiado aqui no Esquina, o italiano se debruça sobre um tema de sua época -- aqui, no caso, por volta de 1980 e 1990 -- e o destrincha de maneira didática, com calma, e também aplicável globalmente.

Como o próprio título diz, o debate da vez é sobre a questão dos migrantes (que ele genialmente compara com os imigrantes, no ápice do livro) e sobre o preconceito que cerca essas pessoas que chegam em países estranhos. Eco compreende esses movimentos, enxerga uma massa de pessoas "invadindo" a Europa num futuro breve e como o preconceito precisa ser tratado na raiz.

Assim, mesmo que escritos há quase 40 anos, os textos de Migração e Tolerância refletem uma sociedade extremamente atual. Sem saber sobre o que viria a acontecer no Mundo, Eco disserta sobre os atuais refugiados, sobre medidas extremas adotadas por alguns. Analisa, reflete. Mesmo que tenha menos de 100 páginas, o livro transborda em importância e potência analítica.

O melhor, porém, é que Eco vai além de sua leitura social. O italiano também propõe soluções. Fala sobre o problema da xenofobia -- sem nunca usar esse termo, vale ressaltar -- e mostra como as pessoas, os governos e a sociedade podem mudar esse tipo de comportamento. Mostra que a intolerância nasce e se desenvolve naturalmente. Precisa, apenas, ser aparada e domada.

Ao final da leitura, é impossível não se sentir transformado. Ter aquela sensação de que aprendeu algo extremamente valioso. Ler Umberto Eco, principalmente em suas obras de não-ficção, é ler e compreender o mundo. Entender os próximos. E, principalmente, refletir sobre comportamentos, sociedade. Futuro e presente. Ler Eco é um presente. E uma obrigação.

site: https://www.esquinadacultura.com.br/post/resenha-em-migracao-e-intolerancia-umberto-eco-fala-de-dores-sociais
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Luísa Lui 03/09/2022

Escritos e intervenções sobre a diferença humana
Li em pouco mais de duas horas. Dividido em quatro textos, aborda as diferenças entre migração e imigração, as intolerâncias construídas e selvagem, os tratados de paz e a chamada por Eco de ?Transcultura? - um fenômeno baseado na antropologia recíproca.
Ademais, excelente edição. Livro bonito, com folhas firmes e design confortável ao leitor.
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Luís Gustavo 01/09/2020

O outro e a diferença
Livro curto e rápido reunindo 4 ensaios do Eco sobre o título do livro.
Mesmo tendo sido escrito há uma boa quantidade de anos, continua atual.
Compreender que existam ?outros? e que eles são diferentes é passo essencial para reduzir aberrações como a xenofobia e o racismo.
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Prim 27/05/2020

Atual
Embora faça mais de 20 anos desde que os textos desse livro foram escritos, não poderiam ser mais atuais.
As perspectivas apresentadas só reforçam a capacidade de leitura de mundo que o Umberto Eco sempre demonstrou nos seus livros e ensaios.
Aqui ele trabalha a diferença entre migração e imigração e a necessidade de trabalhar a tolerância dentro de um contexto inclusivo, de aceitação, sem que se deixe de analisar e compreender seus limites.
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alex 29/10/2020

Migração e Intolerância
Trata-se de um apanhado de 4 textos/discursos do autor, relativos aos anos de 1997 (2 textos), 2011 e 2012 (ele faleceu em 2016).

Umberto Eco tem a lucidez de poucos. Nesse livro não foi diferente. Separa a essência do restante, como poucos.

"Os intelectuais não podem lutar contra a intolerância selvagem [aquela que habita nosso inconsciente mais inacessível], porque diante da animalidade pura, sem pensamento, o pensamento fica desarmado." (P. 49-50)

"Eliminar o racismo não significa demonstrar e se convencer de que os outros nao são diferentes de nós, mas compreendê-los e aceitá-los em sua diversidade." (P. 94)

"(...) a harmonia não significa uniformidade: 'Toda coisa perecerá caso se torne exatamente igual às outras [...] A harmonia faz as coisas prosperarem, ao passo que a uniformidade as faz perecer.'" (P. 94)
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Paula 10/11/2021

Uma realidade mundial
Ao longo da história mundial podemos encontrar vários exemplos de intolerância em relação a povos diferentes.
É de extrema importância que esses pontos tenham sido abordados de forma simples e que nos levam a vários questionamentos.
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Julia_ 08/05/2021

Ótimo início pra estudar a temática!
Umberto Eco dispensa apresentações, então podemos pular essa parte. Quanto ao livro, são textos breves e aqui unidos. Uma ótima indicação pra quem começar a realizar leituras sobre o assunto, é introdutório sem ser tão básico. Uma leitura que super vale a pena.
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Rafa 17/01/2021

Muito atual
Tanto "Migração e intolerância" quanto "Fascismo eterno", embora tenham pontos de vista europeu e americano, respectivamente, se aplicam perfeitamente a nossa realidade. Enquanto eu lia "Fascismo eterno", era como se visse descrito o que é o governo brasileiro e o comportamento da massa de manobra que levou ao poder figuras tão obscuras. Já "Migração e intolerância" fala muito bem sobre a origem do racismo e da intolerância e o porquê da aversão sem base racional que as pessoas sentem pelo diferente.

Senti, em ambos os textos algumas dificuldades de compreensão que se deve a alguns contextos desconhecidos por mim e também pelo uso de alguns conceitos, substantivos e adjetivos que não deixavam claro para mim algumas passagens. Ainda assim, são textos breves, tirados de palestras, na mesmo modalidade que "Sejamos todos feministas" e outros textos da Chimamanda Ngozi Adichie.

Considero uma leitura importante e de onde se tira muito proveito.
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