Mateus 05/07/2010
Após ler A Volta ao Mundo em 80 Dias e Vinte Mil Léguas Submarinas, Julio Verne se tornou para mim um escritor fenomenal, pois a aventura e a aventura marítima são reinante em seus livros, e estes são meus gêneros literários favoritos. Quando me deparei com O Raio Verde, com uma capa extremamente sugestiva, indicando que quem o lesse iria embarcar em muitas aventuras pelos sete mares, fui logo começando a ler.
No princípio, o livro não foi bem o que eu esperava. A narrativa se mostrava um pouco cansativa e monótona, fazendo-me pensar em mil outras coisas fora da história do livro. Mas quando a história foi se firmando, e as coisas foram acontecendo, a leitura se tornou ágil e rápida, e me deleitei com as idas e vindas de Helena, tio Sib e tio Sam pelos mares da Irlanda. Porém não fui muito com a cara de Helena, a personagem principal, uma jovem mimada e que não aceita um não dos tios. Fiquei o tempo todo esperando alguém lhe dar uma lição para não ser tão metida. E ri muito com as infrutíferas tentativas dos personagens de verem o raio verde, que é o último raio que o sol lança sobre o mar quando está se pondo.
Mas em comparação com os outros livros do autor, O Raio Verde não é nem um pouco uma obra prima. Talvez seja um pequeno filhote da imaginação de Julio Verne, mas nada mais do que isso. Se o livro virasse filme, com certeza iria passar centenas de vezes na sessão da tarde, e talvez se tornasse um clássico entre os jovens. Mas apenas isso. O livro não ultrapassa o limiar da excelência no qual a maioria dos livros de Julio Verne passaram. Não é um livro ruim, mas apenas um livro para passar o tempo e nada mais.