Paola 28/08/2022
Sangue, cinzas e alienígenas gigantes.
Esse livro me surpreendeu por sua agressividade, desde o começo.
Já tinha lido uns livros do Wells antes desse, mas nenhum tinha tanto sangue (E nenhum me deixara tão nervosa).
Wells, com os sempre, gosta de mostrar o medo do desconhecido e levar isso para dentro da nossa cabeça, muitas vezes mostrando medos que nem sabíamos que tínhamos. Foi o caso dessa história.
Ela é, principalmente, uma tentativa de mostrar que os humanos são muito pequenos, e que a nossa segurança está entre bases muito sensíveis. É um modo de mostrar que o humano é tão vulnerável quanto qualquer outro animal.
Novamente Wells foi certeiro no alvo: Mexe com o orgulho e sanidade de seus leitores ao perceberem que, se algo não ir conforme os planos, tudo pode desmoronar rapidamente...
O grotesco da história está em suas narrativas do massacre, que mostram corpos mutilados, queimados, e desfigurados. O caos crescente penetrou na minha cabeça e me deixou bem nervosa em alguns momentos.
A história inteira cumpre o seu propósito de aterrorizar.
A única coisa que me desanimou nela foi o final.
Uma expectativa gigante ao longo do livro foi feita nesse final. Como as máquinas seriam detidas? Como os aliens sucumbiram? E a resposta foi decepcionante.
Sinceramente, eu acho que o fato de que eles morreram por uma doença da terra não foi ruim, até faz sentido. Porém a quebra de expectativa foi muito grande. Do nada todos morrem e o mundo esta salvo, e fim! Acho que o autor deveria ter dado mais ênfase, talvez mostrado aos poucos os alienígenas morrendo, e não acabar a história do nada.
O que ajudou ainda mais nesse sentimento de inconclusão foi o irmão do protagonista chegar com a mulher dele do além, sem explicação de como se encontraram, como o irmão dele agiu depois dos acontecimentos do barco, nada! Isso poderia ter sido resolvido rapidamente com um parágrafo rápido, mas não foi o caso.
Enfim, eu gostei bastante do livro e sou capaz de relevar o final.