Vitória 10/12/2020
Citações favoritas
Só poderemos descobrir nossa incapacidade de manter a lei de Deus depois de termos concentrado o máximo de esforços (e depois falhando) em mantê-la. (Pág. 13)
Quando acontecem as coisas mais importantes da nossa vida, muitas vezes, naquele momento, nem nos damos conta do que está acontecendo. (Pág. 14)
E o que importa é a natureza da mudança em si, e não como nos sentimos enquanto está acontecendo. (Pág. 14)
Cristo oferece algo por nada; na verdade, Ele oferece tudo por nada. (Pág. 15)
Veja que estamos tentando entender e separar em compartimentos estanques o que Deus faz e o que os seres humanos fazem, enquanto Deus e os seres humanos estão trabalhando juntos. (Pág. 18)
Penso que todos os cristãos concordaram comigo se eu dissesse que, embora o cristianismo pareça, à primeira vista, resume-se a moralidade, deveres, regras, culpa e virtude, ainda assim ele nos leva adiante, para fora de tudo isso, para algo que vai além. Podemos ter, assim, o vislumbre de um país onde não se fala sobre essas coisas, exceto, quem sabe, em uma piada. Lá, todos seriam cheios do que podemos chamar de bondade, como espelho que se enche de luz. Mas eles não o chamariam de bondade. Não o chamariam de nada. Eles não estariam nem sequer pensando sobre isso, pois estariam ocupados demais olhando para a fonte de onde tudo isso provém. (Pág. 18)
Aquele que se entrega sem reservas às reivindicações temporais de uma nação, ou de um partido, ou de uma classe, estará entregando a César aquilo que, acima de tudo, pertence da forma mais enfática possível a Deus; estará entregando a sua própria pessoa. (Pág. 25)
Todas as nossas atividades naturais serão aceitas, se forem oferecidas a Deus, mesmo a mais humilde delas; e todas elas, mesmo as mais nobres, serão pecaminosas se não forem dedicadas a Deus. (Pág. 26)
Deus de idealizou as coisas de que as pessoas necessitam para a vida biológica (comida, bebida, descanso, sono, exercício) de modo a serem prazerosas. E, após tudo isso, vê todos os seus planos sendo arruinados - assim como nossos pequenos planos são arruinados - pela perversão delas. (Pág. 34)
Este é o grande passo seguinte na sabedoria: perceber que você também é exatamente esse tipo de gente. Você também tem uma falha fatal em seu caráter. (Pág. 36)
Esse é um aspecto em que o ponto de vista de Deus difere do meu. Ele vê o caráter de todos; eu vejo o de todos, exceto o meu. Porém, a segunda diferença é que esta: Ele ama as pessoas que apesar de suas falhas. Ele não deixa de amá-las. Ele não as abandona. (Pág. 37)
Quanto mais pudermos imitar Deus em ambos esses aspectos, mais progresso faremos. Devemos amar mais o indivíduo que nos causa problema e aprender a olhar para nós mesmo como pessoas exatamente iguais. (Pág. 37)
Em cada um de nós, há algo crescendo que, em si mesmo, será o inferno a menos que seja arrancado pela raiz. (Pág. 39)
A doutrina da Segunda Vinda terá fracassado, no que nos diz respeito, se não nos fizer perceber que a cada momento de cada ano em nossa vida a pergunta de Donne - "E se a presente fosse a última noite do mundo?" - é igualmente relevante. (Pág. 46 - 47)
O verdadeiro perdão significa olhar firmemente para o pecado, para o pecado que ficou sobrando sem nenhuma desculpa, depois que todas as concessões foram feitas, e vendo isso em toda sua repulsa, sujeira, maldade e malícia ainda assim ser completamente reconciliado com a pessoa que o tiver praticado. Isso, e somente isso, é perdão, e podemos sempre ter da parte de Deus, se o pedirmos. (Pág. 58)
Ser um cristão significa perdoar o indesculpável, porque Deus perdoou o indesculpável em você. (Pág. 59)
O ascetismo errado atormenta o eu; o ascetismo correto destrói o egoísmo. Devemos morrer diariamente; porém, é melhor amar o eu do que não amar coisa alguma e ter compaixão do eu do que não se compadecer por ninguém. (Pág. 65)
Eu, porém, defino fé como o poder de continuar crendo no que em algum momento honestamente pensamos ser verdade até que razões convincentes para honestamente mudar nossa mente são trazidas diante de nós. (Pág. 68)
Se os mestres desejam trazer o povo cristão de volta à domesticidade - e eu, da minha parte, acredito que as pessoas devem de fato ser trazidas de volta a ela -, a primeira coisa que precisam fazer é parar de contar mentiras sobre a vida no lar e, em vez disso, transmitir um ensinamento realista. (Pág. 77)
Desde a Queda, nenhuma organização ou modo de vida apresentou a tendência natural de seguir pelo caminho certo. (Pág. 77)
A família, assim como a nação, pode ser oferecida a Deus, pode ser convertida e redimida; só então ela se torna um canal de benção e graças específicas. Porém, como todas as outras coisas humanas, ela precisa de redenção. Sem redenção, ela só produz tentações, corrupções e sofrimentos. A caridade começa em casa; a ausência dela também. (Pág. 79)
A avidez por ser amado é algo temeroso. Alguns daqueles que dizem (quase com orgulho) que vivem só pelo amor acabam vivendo em incessante ressentimento. (Pág.
79 - 80)
A realidade é que ele valorizava o lar como o lugar onde podia "ser ele mesmo" no sentido de menosprezar todos os limites que a humanidade civilizada considerou indispensáveis às relações sociais toleráveis. (Pág. 80)
Não há lugar algum deste lado do céu onde podemos soltar as rédeas em segurança. Nunca será lícito simplesmente "ser nós mesmos" até que "nós mesmos" nos tornemos filhos de Deus. (Pág. 81)
Devemos abandonar encômios sentimentais e começar a dar conselhos práticos sobre a digna, difícil, amável e ousada arte de construir uma família cristã de verdade. (Pág. 82)
Mas o cristão acredita que qualquer bem que ele possa fazer venha da vida em Cristo que está dentro dele. Ele não acha que Deus nos amará porque estamos sendo bons, mas que Deus nos tornará bons porque ele nos ama. (Pág. 89)
Somos criaturas medíocres, brincando com bebida, sexo e ambição, quando a alegria infinita nos é oferecida, como uma criança ignorante que prefere fazer castelos na lama em meio à insalubridade por não imaginar o que significa o convite de passar um feriado na praia. Nos contentamos com muito pouco. (Pág. 99)
De fato, se fomos feitos para o Céu, o desejo pelo nosso lugar apropriado já estará em nós, mas ainda não está associado a seu verdadeiro objeto e parecerá até mesmo como rival daquele objeto. (Pág. 102)
Se um bem transtemporal e transfinito é o nosso destino real, qualquer outro bem em que nosso desejo se fixa deve ser, em certo sentido, falacioso, e deve testificar, no melhor cenário, apenas uma relação simbólica com aquilo que verdadeiramente trará satisfação. (Pág. 102 - 103)
Embora eu não creia que (eu gostaria de crer) meu desejo pelo Paraíso prove que eu irei desfrutá-lo, penso que seja uma boa indicação de que tal coisa existe e de que algumas pessoas irão. (Pág. 106)
Se Deus estiver satisfeito com a obra, a obra pode ficar satisfeita consigo mesma. (Pág. 112)
A sensação de que somos tratados como estranhos nesse universo, o anseio por sermos reconhecidos, de encontrar alguma resposta, de construir uma ponte entre o vazio que se escancara entre nós e a realidade, tudo isso faz parte do nosso segredo inconsolável. E, certamente, desse desse ponto de vista a promessa da glória, no sentido descrito, se torna altamente relevante para o nosso profundo desejo, pois glória significa ter uma boa avaliação de Deus, se aceito por Deus, obter resposta, reconhecimento e acolhimento no coração das coisas. A porta em que estivemos batendo por toda nossa vida se abrirá afinal. (Pág. 114 - 115)
Não existe pessoas comuns. Você nunca conversou com um mero mortal. (Pág. 120)
Onde quer que haja verdadeiro progresso no conhecimento, há determinada porção deste que não é substituída. (Pág. 124)
As representações do mundo que acompanham a religião e que parecem tão sólidas enquanto duram acabam sendo apenas sombras. É a religião em si - a oração, o sacramento, o arrependimento e a adoração - o que permanece no longo prazo como o único caminho para o real. (Pág. 127)
Caridade significa "amor no sentido cristão". Mas o amor, no sentido cristão, não se refere a nenhuma emoção. Não se trata de um estado do sentimento, mas da vontade. (Pág. 130)
Quando você começa a se comportar como se amasse alguém, vai acabar amando mesmo. (Pág. 132)
O amor cristão, seja com relação a Deus, seja com relação ao ser humano, é uma questão de vontade. Se estivermos tentando fazer a sua vontade, estaremos obedecendo ao seu mandamento: "Ame o Senhor, o seu Deus". Ele nos dará sentimentos de amor se assim o desejar .Não podemos criá-los para nós mesmos, e não devemos demandá-los como um direito. Mas o grande lembrete é que, embora nossos sentimentos sejam instáveis, o amor dele por nós não é. (Pág. 135)
Se subtrair qualquer um dos membros, você não reduzirá simplesmente a família em quantidade; você terá produzido uma ferida em sua estrutura. Sua unidade é unidade de pessoas diferentes, quase que de pessoas incomensuráveis. (Pág. 145)
Obediência é o caminho para a liberdade, humildade é o caminho para o prazer, unidade é o caminho para a personalidade. (Pág. 147)
O valor infinito de cada alma humana não é uma doutrina cristã. Deus não morreu pelo ser humano por causa de algum valor que tenha percebido nele. O valor de cada alma humana, considerada simplesmente em si mesma, sem relacionamento com Deus, é zero. (Pág. 150)
Não é o indivíduo nem a comunidade, com o pensamento popular entende, que irá herdar a vida eterna, nem o eu natural nem a massa coletiva, mais uma nova criatura. (Pág. 157)
O cristianismo, por exemplo, não substitui a técnica. (Pág. 160)
O amor não é um sentimento afetuoso, mas um desejo constante pelo bem maior da pessoa amada até onde foi possível obtê-lo. (Pág. 162)
Qual religião do mundo produz mais felicidade? A religião da adoração própria é a melhor - enquanto dura. (Pág. 178)
Caso você queira uma religião para se sentir muito confortável, eu certamente não recomenda o cristianismo. (Pág. 179)
Estar no ambiente da igreja tira-nos de nossa presunção solitária. (Pág. 184)