Dear.Manoel.Neto 14/05/2020
Voltando a mitologia peculiar
Após encontros agradáveis, momentos de paz, diversões e missões isoladas do livro anterior, neste livro finalmente o autor consegue seguir um rumo com mais direção ao seu objetivo, apesar de não ficar claro no início, incluindo os personagens em conjunto numa narrativa que se assemelha ao livro 1 e 2 da saga.
O primeiro ponto que gostaria de discutir sobre o livro é a jacket, voltar ao preto e branco é nostálgico, mas como o primeiro livro da nova trilogia tinha um estilo sépia, acho que deveria ter mantido assim, para poder diferencia-las, alem disso, manter capa dura, com a arte exatamente igual ao Mapa dos Dias, achei pouco criativo. Por falar em criatividade, sim o autor consegue ainda pegar aquelas fotografias antigas super interessantes e trazer uma história por trás dela, aqui, senti a redução nas páginas, mas achei ótimo, pois a narrativa se fecha bem, neste número e se tivesse mais, seria desnecessário. Voltando as fotografias,talvez este seja o livro com menos, e isso sim fez falta, as vezes tinham uma descrição super interessantes de locais ou personagens, mas que não tinha foto para ajudar mais na visualização, contudo, as fotos presentes, são em sua maioria bem pontuais e ajudam na trama.
Falando da história, temos um início frenético de fuga do Jacob e Noor, praticamente se iniciando do ponto final do livro anterior, até que conseguem finalmente voltar ao Recanto do Demônio, onde temos todo aquele reencontro emocionante e partimos para o que deveria ser a proposta desse livro, A Convenção das Aves, que nada mais é, que um acordo de paz entre os clãs peculiares, para evitar uma guerra, porém não esperava era que a história não fosse focar na convenção, e sim focar mais na profecia mencionada anteriormente, me questionando se realmente este deveria ter sido o título do livro.
Mas o que realmente importa não são fotografias, capas e títulos e sim a história em si, coisa que autor nunca errou, onde temos peculiares mais maduros, lidando com problemas mais sérios, e um mistério para descobrir o que exatamente se trata os 6 Peculiares, coisa que não foi tão abordado aqui, e passando assim a focar em outro assunto porém igualmente envolvente e intrigante.
Então o livro se trata mais de uma caça de determinados acólitos, que escapam da prisão, e estão planejando algo perigoso para o mundo peculiar, na medida que conhecemos um pouco mais sobre a tal convenção, temos nossos personagens mais unidos, numa narrativa que sempre tenta explorar cada um, mesmo que um grupo fique mais em destaque que outro, existem muitos momentos onde todos participam, desvendando mistérios da profecia, investigando fendas nos EUA, e a luta contra os acólitos.
A Noor é uma adição que é feita aos poucos, de forma bastante orgânica, que se torna essencial para a trama, tão boa que quase sentimos como se sempre fosse parte daquilo, além de conseguir essa semelhança com o Jacob, por ser uma peculiar recém-descoberta, que está conhecendo um mundo novo, unindo cada vez mais esses personagens ao longo do livro.
No meio da história há uma revelação que abala à todos, um dos momentos mais emocionantes, na verdade este livro é cheio de reviravoltas e revelações, batalhas, aventuras onde no fim tudo fica esclarecido e conclusivo. Apesar de bem nos capítulos finais, terem adicionado um pouco mais de ação, não ficou com tantas pontas soltas, deixando algo grande, que só será resolvido no livro a seguir.