Fúria Lupina - Brasil

Fúria Lupina - Brasil Alfer Medeiros




Resenhas - Fúria Lupina


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Adriana F. 06/07/2011

Uma obra que sempre quis ler!
Falar de Fúria Lupina – Brasil é falar de lobisomens, de folclore, de ecologia... É violência, ódio, sangue e vísceras... É falar, principalmente, do bicho-homem, o predador voraz cuja racionalidade remete às atitudes mais irracionais possíveis. Mas vamos lá, falarei por partes!

O livro está muito bem escrito, a despeito de alguns erros de revisão que se tornaram mais visíveis no decorrer da leitura. Não são exagerados, mas estão presentes. Algumas redundâncias (“há muito tempo atrás”, por exemplo) e alguns errinhos básicos de digitação (como alguns “ss” comidos em um ou outro plural), um "mal" no lugar de "mau", só para citar exemplos. Mas de maneira geral, uma boa edição. A ilustração do lobo está linda e a capa é muito pertinente e criativa. Uma edição caprichosa até nos detalhes, como os “arranhões” separando trechos num mesmo capítulo. Lindo!

A leitura é fluida, dinâmica desde o início. Um livro gostoso de ler, com capítulos separados por núcleos, o que me fez lembrar Stephen King (principalmente em Desespero). A despeito do que vi em alguns comentários, os capítulos não são histórias independentes, mas núcleos de personagens que estão interligados. Estilo que muito aprecio. As cenas de ação são intensas, de tirar o fôlego desde as primeiras páginas quando o autor, com muita propriedade, narra a primeira metamorfose.

A violência é narrada sem eufemismos. Muito sangue, membros decepados, tripas espalhadas pelo chão... A ideologia do “olho por olho” é amplamente disseminada ao longo do livro, porém, o autor – enquanto narrador – não toma partido, deixando para o leitor a escolha de um lado, a aprovação ou não de atitudes regadas a uma vingança desmedida. O sexo é inserido na dose certa, sem vulgaridade, ora de maneira repugnante e violenta, ora de maneira terna e romântica.

Os personagens... Ah, os personagens... Todos muito bem construídos e cativantes, desde o caçador ensandecido até o líder da Alcateia Global. Não dá para não odiar Hell Vansing e não amar a complexidade com a qual ele foi criado. Sua determinação beirando a loucura e obcecação deixa o leitor perplexo, espumando de raiva tanto quanto os lobos. E a torcida para que seu fim seja lento e doloroso é inevitável. E a peeira... Que linda! Uma personagem muito bem trabalhada, profunda, intrigante e absurdamente carismática. Impossível não amá-la.

Green Death é um caso à parte. A organização ecoterrorista chegou para mostrar os dois lados de uma mesma moeda. Sangrenta moeda, diga-se de passagem. Muito sangrenta!

O enredo une diversas críticas e, como o próprio autor mencionou, a leitura possui camadas. Crítica a uma sociedade autodestrutiva, gananciosa e hipócrita, cujas minorias são massacradas constantemente pelo simples fato de serem minorias.

Segue um trecho da fala de um padre sobre uma família em Cuba:

“– Vejam bem, não é simplesmente a questão de estarem atacando ou não o povo daqui. Eles são seres do mal, e sua simples presença traz mau-agouro.” (pág. 127)

Isso mostra claramente a hipocrisia e imoralidade com a qual a Igreja, de maneira geral (sem entrar no mérito das religiões), trata seu “rebanho”. Não importa se são inocentes ou não. O que importa é manter os fiéis com cabresto, mansos, banhados em superstições e crenças irracionais.

Em outra passagem o autor cita com muita inteligência a hipocrisia referente ao amor incondicional pregado na Bíblia (pág. 42), inserindo questionamentos que todos deveriam ter.

A ideologia do “olho por olho, dente por dente”... Essa questão é bem complicada e é o alicerce do tema em Fúria Lupina. Como disse anteriormente, o autor não toma partido e deixa a decisão para o leitor. Eu, em sã consciência, sou contra essa ideologia, mas no livro ela é colocada com tal paixão que nos faz acreditar ser a única alternativa. Às vezes me pego pensando que sim, deveria existir um predador capaz de sobrepujar o poder do – até então predador de topo – ser humano.

A crítica não para por aí. O ser humano tornou-se algo desprezível e descartável em Fúria Lupina. Segue um trecho sobre um incidente no bairro da Barra Funda envolvendo Dante e alguns delinquentes:

“No final das contas, a polícia não mostrará empenho nas investigações e arquivará o caso como não solucionado, afinal são pessoas que não farão a menor falta à sociedade.” (pág. 153).

Até que ponto criminosos não farão falta? E não farão falta para quem? Para a sociedade como um todo? Para suas famílias? Seus pais, seus filhos? E se uma sociedade não possui seu lado podre, quem terá capacidade para descobrir seu lado bom? E, a despeito da cena supracitada (que não entrarei em detalhes para não soltar spoilers), criminosos são crias de uma sociedade desigual, fria e cruel, na qual uma minoria elitista tira as oportunidades das massas, e estas precisam sobreviver com o que a própria sociedade ensinou: tirando dos mais fracos.

Além de críticas ecológicas, sociais, políticas, religiosas, Fúria Lupina – Brasil vem carregado de referências das mais diversas, característica do autor, mostrando toda sua cultura de décadas de leitura, de filmes “trash” e boa música.

Não posso deixar de falar que Fúria Lupina é o tipo de leitura que sempre quis ler (o que me faz parecer uma entusiasta). Alfer Medeiros, autor jovem, culto e muito criativo, não é apenas mais um a escrever fantasia sem nexo e sem conteúdo. Não é apenas mais do mesmo, mais uma historinha de terror que fechamos o livro quando acabamos e pronto, mais um monte de papel caído no ostracismo. Alfer Medeiros tem humildade e uma outra coisa que falta na grande maioria dos escritores de Literatura Fantástica: ele tem algo a dizer!!!

O que? Se Fúria Lupina tem algo de negativo? Obviamente, toda obra é passível de melhorias. No caso de Fúria, não seria diferente: me deixou extremamente ansiosa para ler a continuação!

Ok, brincadeiras à parte, a única coisa que não gostei foram as explicações em demasia. Algo que eu, particularmente, não aprovo numa leitura. Mas nem isso tirou todo o prazer que tive em, finalmente, encontrar um livro da nossa LitFan nacional com conteúdo.

Não preciso dizer que recomendo, né? =)
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Carla.Zuqueti 08/11/2020

Surpreendeu!
Joanopolis - uma cidade brasileira naturalmente mística, traz uma surpresa que o ser humano comum mal pode conceber: uma das mais antigas alcateias de homens lobos no Brasil.

Espalhados pelo mundo, comunicando-se pela mente, homens lobos brasileiros e nórdicos se unem contra um dos seres mais destrutivos do planeta: o homem.

No livro ?Fúria Lupina?, somos apresentados com riqueza de detalhes a esse ser fascinante da mitologia: o lobisomem. Não de uma forma folclórica e divertida, como muitos filmes apresentam, mas com uma realidade tão palpável, que fiquei me perguntando se eles realmente não existem.

Quem me conhece sabe que sou fã de filmes de terror e já assisti a todos os filmes de lobisomens acessíveis. Ao ler ?Fúria Lupina? a única coisa que pensei foi: quando será o filme!

O final foi tão empolgante, tão intenso, quase passei mal de tanta ansiedade nas últimas páginas.

Amei o livro! Ansiosa para ler o ?Fúria Lupina - América Central?, mas esse vou querer o autografado!

Recomendo para quem gosta de livros de ação, gostando ou não de lobisomens. É uma excelente reflexão sobre quem realmente é o vilão desse planeta.
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Gerson 11/11/2010

Muito Bom
No começo parece que você está lendo contos sobre lobisomens, depois o bicho pega, literalmente, aí é só ação, não dá pra parar de ler. O uso de elementos do folclore brasileiro deu um toque a mais na obra. Vai um conselho: Antes de maltratar a mãe natureza não esqueça que existe o Green Death.

Parabéns ao autor pela criatividade.
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Amanda Reznor 20/04/2011

E que o que não vier por bem... Venha pela força do Lobo!
Uma história bem amarrada na qual nenhum detalhe é deixado de fora, Fúria Lupina traz a saga de diferentes famílias de homens e mulheres-lobo, ou de seus remanescentes espalhados pelo mundo, trazendo à tona um cenário miscigenado de cultura e linguagens, diversidade de tons e de mitologia folclórica que se imiscuem deliciosamente pelas páginas violentadas pelo ódio, vingança e crueldade que irrompe das mais contrastantes personagens, narrando não só o lado fantasioso que é a figura de um lobisomem, de forma original e inovadora, como também a verdade mais importante de todo o processo: que a real malícia está no coração dos humanos.

Se entregue a um banho de sangue regado a humor negro e bom senso: desfibrile-se sob a escrita potente de Alfer Medeiros!
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Vivi 22/06/2011

O que primeiro me chamou a atenção nesse livro foi o fato dos capítulos serem separados por núcleos! E a cada capítulo que vamos lendo já vamos identificando uma aproximação, sutil no começo e depois, nós meio que ficamos assustados com o rumo que a história toma! O mais gostoso mesmo é você ver o desenvolvimento da trama e a aproximação desses núcleos!

Nossa história começa em 1977, com o nascimento de uma criança, essa criança é Caroline, nossa Protagonista e descendente de uma das mais fortes e respeitadas famílias de Homens-Lobos. Durante toda sua infância Caroline sabe de sua origem e anseia pela transformação, ela é atendida precocemente aos 10 anos quando passa pelo ritual e se transforma em Mulher-Lobo.

Paralela a história de Caroline, temos Dante, um rapaz que não teve a sorte de ter uma família como a de Caroline, que explicasse e o fizesse compreender o que ele é, e como conviver com sua fera interior. Apesar disso, após o episódio lamentável que foi sua primeira transformação, Dante torna-se um homem integro e tem um autocontrole surpreendente para um Homem-Lobo que cresceu sem uma Matilha.

Em outro núcleo da história temos os personagens Vansing Hell e seu comparsa Guent, que trabalham com atividades ilícitas, contrabando e golpes. Acompanhamos o surgimento dos dois grandes caçadores e logo de início já podemos perceber que algum dia eles darão muito trabalho aos Homens-Lobo (estou escrevendo Homens-Lobo, porque na cultura abordada nesse livro é pejorativo chamá-los de Lobisomens).

Tem cenas de ação maravilhosas nesse livro!!! As cenas são todas muito bem montadas e descritas, por vezes cheguei a imaginar as cenas e me assustei!!

Podem esperar muitas surpresas com Caroline e Dante, que com certeza terão um papel muito importante em Fúria Lupina – Brasil.

“Com movimentos vigorosos, a criatura arranca a pele do corpo do homem, sentando-se sobre suas pernas e segurando seus braços quando necessário, enquanto o miserável se debate em agonia.” Pág 58

Bjokas!!!!
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MÁRSON ALQUATI 12/02/2011

Lobisomens do bem!
Depois de Fúria Lupina, o mundo dos homens-lobos nunca mais será o mesmo. Muito bem escrito e pesquisado, com personagens cativantes e trama riquíssima em detalhes, o primeiro trabalho de Alfer Medeiros conseguiu me surpreender ao quebrar grande parte dos paradigmas comuns aos nossos amigos lupinos. Os lobisomens de FL são organizados, vivem em sociedade e desenvolvem atividades de proteção à natureza, controlam suas mutações e se comunicam entre si telepaticamente. Adorei as cenas de ação, recheadas de sangue, as histórias de Caroline, Fênix e Dante, que são narradas durante a maior parte do livro como independentes, mas no final se cruzam de maneira espetacular em uma das maiores batalhas entre lobisomens e caçadores humanos que eu já tive o prazer de ler. Não me admiro, se daqui algum tempo o livro do Alfer for adpatado para a telona, daria um excelente filme. Parabéns ao autor, não vejo hora de ler a sequência: Fúria Lupina - América Central! Recomendadíssimo!
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Junior Cazeri 10/07/2011

Alfer Medeiros, com que já bati um papo um tempo atrás, lança seu livro de estréia, o raivoso Fúria Lupina e mergulha no universo dos lobisomens com uma visão bem pessoal do tema. Figuras que ganharam destaque na literatura nacional este ano, os licantropos de Alfer afastam-se do conceito de “caçadores solitários” e apresentam-se de forma organizada, unida e mortal.

A trama tem início em 1977 e mostra em cada capítulo famílias diferentes recebendo novos membros em seus lares. Recém nascidos que chegam ao mundo com alegria, tristeza e desconfiança, conforme cada caso. E o tempo avança até nossos dias e acompanhamos a infância, adolescência e amadurecimento destes personagens tão distintos entre si, que têm em comum apenas o dom de se transformar em lobos poderosos e buscar um equilíbrio entre sua condição e o meio em que vivem. Eu disse dom? Pois é, no universo de Fúria Lupina a transformação, ainda que dolorosa, não é vista como uma maldição, muito pelo contrário.

Em uma linha paralela, somos apresentados a uma dupla de caçadores americanos que, por um capricho do destino, acabam se deparando com um das criaturas da noite e descobrem no negócio de caça ao lobisomem um trabalho não apenas lucrativo, mas que também pode aplacar o sadismo de ambos. E é claro que lobos e caçadores vão se encontrar pelas páginas do livro. Mas, esse não é apenas um jogo da gato e rato, temos ainda organizações internacionais, ecoterroristas lupinos, castas de lobos e outros detalhes que vão enriquecer a narrativa.

O autor toma um cuidado muito grande nas descrições dos cenários, principalmente das várias cidades onde se passam as ações, e usa várias referências de épocas e lugares, dando um charme especial a passagem do tempo em cada parte da história. Os mitos do folclore brasileiro também fazem sua participação, todos em momentos importantíssimos, interagindo com os lobos e compartilhando conhecimentos (não, felizmente, o Bilu não aparece). Mas, também correu grandes riscos, como narrar a história no presente e não descrever pensamentos de nenhum personagem, o que cria uma barreira entre o leitor e os personagens.

Com o foco na ação, que é ininterrupta, o livro avança em páginas sangrentas, mostrando os protagonistas enfrentando desafios e descobrindo suas habilidades. Os fãs do gênero vão se deliciar com as caçadas, combates e surpresas, assim como na forma com que o autor consegue amarrar tudo isso ao final. Um livro descompromissado e divertido, que deve se tornar o primeiro volume de uma série.

Contudo, um elemento me incomodou durante a leitura, os diálogos. Falta espontaneidade nas conversas entre amigos, que, para explicar a trama ao leitor, conversam como desconhecidos, numa linguagem um tanto forçada e didática, e que tenho certeza que, com o cenário já criado, vai evoluir muito no próximo volume. Há também uma certa inocência, uma visão em preto e branco, dos fatores ecológicos, mas nada que comprometa.

Enfim, um bom trabalho de estréia de Alfer Medeiros, que nos presenteia com muito rock, garras afiadas e uivos assustadores.

Resenhado no http://cafedeontem.wordpress.com/
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Talita 12/08/2011

Como explicar um livro que me deixou ''tonta'' do começo ao fim?

Bom, vocês devem estar se perguntando: ''como assim te deixou tonta?'', bom, me deixou assim porque na maior parte do livro eu lia mas não entendia nada do que tinha acabado de ler de tanta embolação que nunca sabia quem era quem.

Vou tentar explicar mais ou menos do que eu pude entender depois de muito reler cada capítulo e mil resenhas e opniões diferentes.


O livro é dividido por períodos, cada uma com um significado específico na cronologia do enredo. A história não se detém ao foco de apenas um personagem, e tem a narrativa em terceira pessoa, podendo assim explorar a visão de vários personagens intercalando suas histórias, até que todas se cruzam em um desfecho surpreendente.

As partes que mais chamaram minha atenção foram as com um foco nos personagens Caroline, Dante e do vilão, Joe “Hell” Vansing (só eu li e lembrei do Van Helsing?) acho que porque era a única parte que tinha um pouco de romance, porque o resto é totalmente selvagem, sangrento e com muita riqueza de detalhes nas cenas mais fortes que causam até uma certa náusea.

Com o foco na ação, o livro avança em páginas sangrentas, mostrando os personagens enfrentando desafios e descobrindo suas habilidades, regadas por caçadas, combates e surpresas. Porém, o que me incomodou mais foram os diálogos. Achei a linguagem um tanto forçada demais, meio confusa.

Para concluir, acredito que Fúria Lupina foi um bom trabalho de Alfer Medeiros, que nos presenteou com uma história criativa em suas páginas regadas a muito rock n' roll ;)
Mas vale lembrar os detalhes que citei para que no próximo livro não ocorram tais erros e para que a leitura flua melhor.

Quotes:
“A fraqueza humana de colaborar com a mediocridade alheia será abandonada. Agora, entra em ação a lei mais primordial da natureza: somente os fortes sobrevivem.” - Página 173
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“A natureza lupina liberta. A natureza humana destrói.” - contra-capa
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Ps: Partes parecidas com resenhas alheias não é mera coencidência, li e reli mil resenhas antes e depois de ler o livro, e fiquei com algumas passagens na cabeça que pode ter ficado parecidas com alguns trechos, mas não foi por mal, foi uma busca pra entender melhor a história que como eu disse não tinha ficado muito clara ;)

Alfer Medeiros 12/09/2011minha estante
Esta é uma resenha preocupante, pois é a primeira vez que alguém não entende direito o que foi narrado nas páginas de Fúria Lupina Brasil. Como autor, devo sempre prestar atenção em comentários como este, para poder encontrar os pontos de atenção nos quais devo aplicar correções.
Talita, se assim desejar, entre em contato para podermos falar sobre esses trechos onde houve falta de entendimento da trama. Será muito valioso seu feedback mais detalhado.
Um abraço e obrigado.




dani 04/07/2011

Fúria Lupina Brasil - Alfer Medeiros
Fúria Lupina foi um livro que me mostrou uma nova visão lupina.
A história desse livro vai tratar sobre os lobisomens, seu que é um pouco óbvio, mas de uma maneira fora do padrão comum, ou pelo menos daquele que estamos habituados, com luas cheias entre outras coisas.
O livro é dividido em várias histórias separadas de personagens diferentes que por muitos motivos vão acabar se cruzando. Os lobisomens estão inseridos na sociedade a muito tempo e isso não é percebido, um dos núcleos da narrativa é a família de Caroline, uma família de homens-lobos (essa é a nomenclatura usada para os lobisomens nesse livro)que existe há muito tempo, depois conhecemos Dante, o sétimo filho de uma família com seis irmãs e que possui algo de estranho em sua essência e Joe Hell Vansing, um homem de índole suspeita que adora caçar e em uma noite perdida descobre essa nova raça que chama de “cães do inferno”e decide que apartir daquele momento vai caçá-los e conhecemos um pouco sobre a Alcatéia Global entre outros personagens que porém estão ligados a essa raça sobrenatural e talvez ao mesmo destino . A história estrutura muito bem a organização dos lobos, que diferente do padrão, não são apenas animais irracionais e tomados por instinto, claro que a fera ainda se encontra e tem uma presença forte na transformação desses seres mas eles mantêm a racionalidade e as características humanas.
Gostei muito da história, é um livro focado na figura do lobisomem e que vai mostrá-la de um jeito diferente, os lobisomens possuem características próprias dos lobos de sua região e estão divididos em classe como Alfa, Beta e Ômega, e são em sua maioria uma raça unida, bem como uma alcatéia mesmo. E além dos lobos o autor nos presenteia com seres do nosso folclore nacional, o que deu toque todo especial ao livro. A história me surpreendeu e foi me ganhando aos poucos, pois você se envolve devagar com cada personagem, porém mesmo o autor avisa logo no inicio que a violência e a crueldade estão presentes em todo o livro, um modo de deixar o questionamento se a violência desse livro vem do lado humano ou do lado lupino, com isso fica um pouco difícil se apegar a algum personagem e imaginar que o fim dele pode não ser tão feliz. O livro é uma história completa mas isso não quer dizer que tudo vai parar por ai, o autor tem um novo projeto o “Fúria Lupina – América Central” que vai levar a ferocidade lupina a novas terras.

http://olhosderessaca25.blogspot.com/2011/07/furia-lupina-brasil-alfer-medeiros.html
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Psychobooks 01/12/2011

Como o próprio nome do livro revela, essa é uma história de lobisomens! Mas cuidado, eles acham ofensivo serem chamados assim, então para sua própria segurança e conservação dos membros intactos, aconselho que os chamem de homens-lobos.

Alfer criou um mundo onde a transformação de homens em lobos é inserida entre as lendas que conhecemos sobre esses seres.

Ao contrário das lendas em que homens se transformam em feras e sua natureza animal domina os sentidos humanos quando transformados, e também divergindo do controle absoluto que algumas histórias dão para os homens sobre a forma animal, o autor preferiu que seus homens-lobos aprendessem a controlar seus instintos quando transformados; e querem saber? Até hoje achei essa forma de explicação a mais racional dentre todas elas.

Conhecemos os Lobos em 1977, data do nascimento de nossa protagonista – Caroline. A menina nasce em Joanópolis, cidade do interior de São Paulo. No seio de sua família, a natureza lupina é abraçada com orgulho. Caroline logo se revela uma alfa.

São três as naturezas lupinas apresentadas durante a narrativa: Alfa – destinada a chefiar; Beta – logo atrás do Alfa, tendo que acatar suas decisões e o ômega, que são homens (ou mulheres) que têm a natureza lupina mas que por algum motivo não a desenvolveram completamente. Guardem o nome “Monica Chavez”, uma ômega bem perversa e que tem papel fundamental na trama.

Alfer dividiu o livro em subcapítulos, cada um marcando uma época – o livro se passa entre 1977 e 2010 – e sob a perspectiva de diversos personagens.

Durante o transcorrer do enredo dá pra visualizar o embate iminente. Acompanhamos 5 frontes diferentes:

Green Death – Berserkr e Fênix são os “alfas” dessa organização radical. Com uma consciência ecológica que deixa o “Green Peace” no chinelo, esse bando de lobos está pronto para fazer sua própria justiça custe o que custar. Se não gosta de sangue, as caçadas dos partidários do Green Death não foram feitas para você…

Joanópolis – essa é a Alcateia de Caroline. Nessa cidade há quatro famílias que tomam conta das redondezas. É aqui que, durante a adolescência, a mulher-lobo aprende a lidar com seu instinto animal e se destaca como alfa. Sua vida toma um rumo mais concreto quando vai à São Paulo estudar e conhece o grupo “Alcateia Global”.

Joe “Hell” Vansing – um sádico caçador americano que topa por um acaso com um homem-lobo no México. A partir desse dia os lobisomens são sua caça preferida, com a ajuda de seu amigo e companheiro de sadismo Ted Guent, formam um grupo de caça. Cada página estrelada por esses dois é repleta de sangue! Quanto ao nome do antagonista… Confesso que não me agradou nem um pouco. Aqui o autor faz uma clara alusão ao famoso “Van Hellsing” e eu não parava de confundir os nomes.

Mato Grosso – Aqui nasceu Dante, o sétimo filho de uma mãe de seis filhas que tinha um caso com um padre. Dante se transforma em homem-lobo e tem que aprender sozinho a controlar os seus instintos.

Amazônia – Do meio para o final do livro, a floresta é palco dos acontecimentos que são o clímax da história. Aqui também conhecemos Nazaré, a sétima filha de seis filhos, uma autista peeira (nome que se dá a quem tem o dom de falar com os canídeos). Falei que ela é autista? *.* Não preciso nem dizer que a personagem virou meu xodó, né? S2

Alfer nos conduz muito bem durante todo o enredo do livro. Acredito que algumas partes poderiam ter ficado mais enxutas. Temos, por exemplo, várias demonstrações de como os homens-lobos são seres justos, mas que cobram sangue quando necessário.

Algumas carnificinas no meio do livro acabaram ficando sem propósito. Creio que a intenção era mostrar a natureza dos lupinos, mas isso repetido duas, três, quatro vezes ficou um pouco enfadonho.

Gostei BASTANTE da inserção de outros seres da mitologia brasileira no livro. A caipora da o ar da graça, o Boto, o Mboitatá também (era ela na vala dos mortos, Alfer?) e o SACI!! Adoro o Saci, e sua aparição é superpertinente e bem-colocada.

No todo o livro do Alfer é muito bom! Ele tem um narrativa que prende a atenção e nos deixa ansiosos pela continuação dos próximos capítulos, a forma de escrita me lembrou bastante os livros do Vianco, com aquela pegada de ação o tempo todo. Gosto bastante também da “crueldade” mostrada por ele. Em nenhum momento ele mostra misericórdia por seus personagens, vai a dica: na história de Alfer, nenhum personagem está a salvo de encontrar o seu fim.

O livro tem claramente uma continuação, mas a trama apresentada nesse primeiro volume se fecha completamente, deixando apenas alguns fios soltos para aguçar a curiosidade e aumentar a agonia do leitor enquanto espera o segundo volume. Sadismo puro! =P

“(…)Assim que ouve os passos desesperados da criança com hipertricose, Vansing vira-se, mira e abate o garoto, com um tiro no meio das costas.(…)
- Por que você fez isso com ele?
- Ted, tenho dois motivos. Primeiro: faz meses que não treino com alvo móvel. Segundo: não gosto de ninguém morrendo triste. Por um instante, ele acreditou mesmo que conseguiria escapar – (…)
Página 134.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/03/resenha-sorteio-furia-lupina.html
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danilo_barbosa 25/03/2011

A fera está solta
Esqueçam transformações monstruosas sob a Lua Cheia e criatura irracionais sedentas de sangue.
O português de pátria e brasileiro de coração Alfer Medeiros recria o mito do lobisomem para as novas gerações.
Seus seres são pensantes e organizados. Em grupos, como um sistema policial tomam conta de onde vivem e protegem a Natureza dos crimes cometidos pelo homem.
Pois é, aqui os valores se invertem. A brutalidade e irracionalidade cabem a nós, humanos. E a verdade seja dita, desempenhamos este papel muito bem.
Juntando lendas antigas a referências modernas da literatura fantástica, o autor mostra os nossos temidos e amados lupinos, como uma força da natureza, um vínculo especial da terra com aquilo que temos de mais mágico.
O relato começa nos anos 70 (numa cena fabulosa) e segue até este final de década acompanhando a vida de três licantropos: Caroline, uma fêmea que desde pequena foi destinada a ser especial e ter um papel importante nesta batalha contra o bicho homem; Dante, o sétimo filho homem, um pálido e estranho rapaz de uma família religiosa, que acaba sentindo na pele o preconceito e ódio de uma natureza que nem ele mesmo conhece e a norueguesa Fênix, uma mulher perturbada por ver estas transformações como uma grande maldição.
Três pessoas completamente distintas com seus medos e pensamentos, que o destino encarrega de junta-los em uma batalha que mais do que suas vidas pode estar em jogo. Mais do que esta essência lupina que os une, cada passo que derem será para manter e salvar a sua espécime de uma vez por todas.
Fúria Lupina – Brasil (Editora Madio, 320 páginas) é assim. Peças que por um momento parecem não se encaixar, mas Alfer tece habilmente esta colcha de retalhos, nos mostrando um tempo onde a ação impera. A descrição das lutas é fantástica, sem detalhes excessivos e muito sangue á mostra.
Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/i0FRcR
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sentilivros 05/07/2011

resenha de Fúria Lupina
Uau!!! O livro é fantástico. Mistura vários elementos folclóricos ao longo da história, sempre priorizando claro, o Lobo.
Não há somente um personagem em destaque, pelo menos no início...rsrsrs...São histórias que vão se interligando e que tem um final... (leia para saber...hehehehe).
Pra não dizer que não avisei (apesar de na orelha do livro isso já ser avisado), o livro é um pouco violento, com quase nenhum romance e com muita ação. Eu amei conhecer o Dante e a Caroline, personagens fortes, diferentes, que se superam sempre e que têm um lado que os liga desde o primeiro momento.
No livro tudo é descrito sem pudor, mas sem baixarias, tornando o livro uma leitura mais adulta e eletrizante...
Eu adorei tudo, mas confesso que amei a parte que me toca, pois é uma parte da história se passa em Cuiabá (minha cidade) e Dante estudou na UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso (minha uni.), além do autor citar o codinome de Cuiabá - "Cidade Verde", que confesso, hoje já não é tão "romântica" quanto na história.
O livro trata não só a relação dos lobos, mas principalmente dos seres humanos, a meu ver uma "crítica social" principalmente do homem com a natureza.
Enfim, recomendo...



site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2011/07/furia-lupina-alfer-medeiros.html
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barbsm 04/10/2011

Lobisomens num contexto atual! Um dos melhores livros que eu já li! É muito bom ver um livro tão bem escrito numa realidade tão próxima da nossa! E a descrição física dos personagens transformados, a mistura do nosso folclore e da nossa fauna... fiquei encantada!
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blyef 09/02/2011

A natureza lupina liberta... A natureza humana destrói!
Leia também aqui: http://towerofreading.blogspot.com/2010/11/resenha-natureza-lupina-liberta.html#more


Fúria Lupina: Brasil é o romance de estréia do escritor Alfer Medeiros no universo da literatura fantástica nacional. A idéia surgiu através de uma música que o autor compôs para sua banda de horror punk - chamada Horror Office -, Howling to the Moon, uma das primeiras letras que ele escreveu para a banda. Abordando a lenda do lobisomem como se fosse pela ótica do próprio, as idéias do autor não pararam por aí e deram origem ao primeiro livro da série Fúria Lupina.

A história contada em Fúria Lupina - Brasil tem como cenário locais como: Joanópolis - a capital do lobisomem, a capital paulista, o pantanal mato-grossense e até a selva amazônica e mostra a lenda do lobisomem sob uma óptica totalmente diferente da habitual. Esqueça as bestas-fera, os monstros, os homens amaldiçoados e a irracionalidade lupina. Em Fúria lupina - Brasil, ser lupino é uma dádiva, e o termo lobisomem é uma ofensa. A única irracionalidade e crueldade conhecida é a dos homens que, ante o desconhecido, manifestam seu medo infligindo dor nos que eles veem como ameaça, como diferentes.


Caroline é uma mulher-loba que vem de uma longa linhagem lupina que habita a cidade de Joanópolis, dotada de habilidades excepcionais desde cedo, ela se revela uma verdadeira fêmea alfa.

Dante, por sua vez, é resultado da união entre uma mulher e um padre. Perdendo a mãe ao nascer, o garoto é rejeitado pela família e passa a ser criado por sua madrinha, crescendo envolto por uma aura misteriosa, alguns segredos lhe são revelados por uma criatura mística quando ainda era criança, e no decorrer da sua vida as palavras da criatura ainda o persegue.

O projeto Alcatéia Global, do qual Caroline faz parte, tem como missão proteger e ou ao menos identificar todos os lupinos ao redor do mundo, enquanto os ecoterroristas liderados por Berserkr cuidam da natureza de um modo nada ortodoxo, mas considerado direto e efetivo, atacando e exterminando a chaga que se estende desde os mares gelados até a nossa selva amazônica, os caçadores e desmatadores, que recebem sua sentença através da única lei que realmente parece reger a humanidade: a do olho por olho e dente por dente.


Em uma trama cheia de ação e sangue, onde o autor aborda desde crises existenciais e batalhas em um único ser ao descaso com o ambiente e questões morais que envolve um grupo considerável de pessoas, Fúria Lupina - Brasil prende a atenção do começo ao fim. Dono de uma leitura fácil e contagiosa, o livro conta com personagens peculiares, que não causam apenas uma sensação ou emoção no leitor, mas várias ao mesmo tempo Emoções que vão do amor à compaixão, até o ódio e o nojo, criando um filme na imaginação de quem o lê, sem direito à pausas ou descanso, com um susto e um sobressalto a cada parágrafo.

Se tem personagens que me conquistaram ao longo da história, foram eles: Fênix, Caroline, a peeira, Dante e Berserkr e, se tem personagens que só me fizeram rir, foram Ted Guent e o ridículo Joe Vansing, ambos metidos a militares e caçadores cujas atitudes causam náuseas e ódio no decorrer da trama. No mais, é um livro que vale a pena ter e ler, principalmente porque as aventuras não param por aí.

by Blyef @towerofwords/Tower of Reading (http://towerofreading.blogspot.com)
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