Lethycia Dias 27/02/2021Permita-se!Depois de ter lido "Natan & Lino" e "A primeira vez de Natan e Lino", tudo o que eu precisava era devorar mais uma história vivida por esse casal. Nesta aqui, temos Lino desafiando suas timidez e insegurança e indo para um bloco de rua de Carnaval pela primeira vez.
Junto com ele vão Natan e uma parte do grupo de amigos que já conhecemos, e é claro que muita coisa vai acontecer em um dia só enquanto Lino segue a sugestão dada por seu psicólogo. Em meio ao tumulto causado por uma multidão e a momentos de alegria e de perigo, Lino descobre que não deve se limitar pelo medo de ser julgado.
Além do incentivo para que nos permitamos viver novas experiências, a história também aborda um aspecto importante do Carnaval, que é a sua importância cultural enquanto manifestação popular de livre celebração para todos - pelo menos, é o que deveria ser. Esse ponto de vista também contesta a visão distorcida de muitas pessoas sobre ser uma festa "bagunçada" que "suja" a cidade. Os preconceitos de raça, classe e sexualidade também cruzam o caminho dos rapazes, causando um momento assustador e traumático que representa o que muitas pessoas vivem por apenas serem quem são.
A folia, porém, é capaz de trazer de volta velhas amizades, ajuda quando menos se espera, apoio e união entre as pessoas, e o incentivo para que todos nós nos permitamos viver o que desejamos. Na terceira história de Natan e Lino, Henri B. Neto dá mais maturidade ao casal e aborda temas sociais para além do nível individual, com o mesmo bom-humor e charme das anteriores.
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