A Religiosa

A Religiosa Diderot




Resenhas - A Religiosa


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Juliana 27/01/2024

Uma crítica aos conventos do século XVIII
Uma adolescente é enviada para o convento pelos pais por um "pecado" que sua mãe cometeu no passado. Saint Suzanne era filha ilegítima do atual marido de sua mãe, e ao reparar nas diferenças estéticas dela e de suas irmãs, desprezou-a no primeiro instante. Assim, Diderot inicia a sua narrativa sobre a vida de Suzanne nos conventos e sua luta com a justiça para libertá-la do claustro. Uma crítica aos conventos do século XVIII e as formas de expressar religiosidade na época. Um ponto interessante sobre o escritor e filósofo é que sua irmã também passou a vida em um convento onde foi considerada "louca".
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Marcos606 21/04/2023

A base do romance é um corpus de cartas trocadas pelo grupo de amigos, por si inspirada na história real de uma freira da abadia de Longchamp chamada Marguerite Delamarre, cujo relato tinha sido popular nos salões franceses em 1758, por ter escrito à justiça, pedindo para ser libertada do claustro onde os pais a haviam trancado. Na verdade, ela é uma filha ilegítima entre sua mãe e um outro homem. Por medo de ir para o inferno, sua mãe, por meio de chantagem emocional, a convence a ir para este convento.

Com tom claramente anticlerical, Diderot critica as instituições religiosas coercitivas, contrárias à verdadeira religião na medida em que conduzem os indivíduos ao sofrimento terreno e à condenação eterna. O mundo fechado leva à degradação da natureza humana. A ociosidade, a inutilidade social, a promiscuidade mergulham gradualmente os reclusos em devaneios mórbidos ou místicos, depois na loucura.
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Rickyson.Heverton 23/12/2022

Livro crítico
Acompanhamos, na história de A religiosa, a vida de uma moça que é rejeitada pela família e é obrigada a tornar-se uma freira.
Entretanto, essa não é sua vocação, e isso fica evidente a todo momento, inclusive nas confissões que a jovem freira faz aos padres.
Achei o livro um pouco cansativo, realmente foi penoso passar de algumas partes, porém Diderot - que era um filósofo iluminista francês e fora vocacionado a Companhia de Jesus -, fez com que eu criasse sentimentos pela protagonista da obra, coisa que nunca tinha experimentado antes.
O livro já sofreu duas adaptações para os cinemas; a primeira data da década de 1960 e o segundo data de 2013.
Enfim, é um livro interessante de se ler. Mostra que a vida clerical ou consagrada não é um mar de rosas como tentam pintar, apesar de também ter suas maravilhas.
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Renato 12/07/2022

A religiosa
Denis Diderot, em A religiosa, traz o relato de vida de uma religiosa que é injusta e tira amente relegada a um convento pela sua família e contra a sua vontade.
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Carolina 05/10/2020

A Religiosa
Comprei esse livro sem querer num sebo online e se mostrou um livro com história surpreendente. A pobre Suzane foi rejeitada pela própria família e, principalmente, pela própria mãe. Fruto de outro romance, a jovem não tem direito ao dote como suas duas irmãs, então é prometida ao convento desde nova, coisa que não aceita e que vai lutar por sua liberdade. As coisas pelas quais a jovem passou dentro de um convento, é de não acreditar que se passou dentro de um convento. Pois esse é um lugar onde jamais se espera que aconteça vãs como as que se passaram nesse relato.
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ceed 10/03/2020

Voyeur das desventuras da irmã Suzanne
Livro interessante de Diderot que acompanha uma jovem que é mandada ao convento para dedicarse a vida de religiosa contra sua vontade. A irmã Suzanne sofre do começo ao fim do livro sempre metendo-se em situações duvidosas sem perceber pela sua ingenuidade e indulgência.
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Jaine Jehniffer 18/05/2018

A Mortificação de Suzanne
O romance A Religiosa do francês Denis Diderot, de 1760, é baseada na história real de Marguerite Delamarre. Em forma de uma carta destinada ao Marquês de Croismare, a história de Suzanne Simonin, é narrada: filha de uma traição é trancafiada aos 16 anos no convento por sua mãe, uma forma que esta achou para se livrar do fruto de seu pecado.

Apesar de ser uma das irmãs que realiza suas preces com mais fervor, Suzanne não sente a vocação de religiosa e de fato considera a vida religiosa enfadonha. Suzanne é uma mulher forte, que vai contra a injustiça familiar, a maldade e a corrupção da igreja para moldar o seu próprio destino. Desconhece a vida e seus prazeres e sofrimentos, mas acredita que em qualquer lugar com liberdade é melhor do que estar presa.

Apesar de toda sujeira retratada nos conventos por onde Suzanne passa, ela continua pura e decente. E é a sua extrema inocência, que por sinal a protege quando a superiora quer corrompê-la.
Continuação da resenha em: paginasetakes.com.br

site: https://www.paginasetakes.com.br/l/a-religiosa/
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Israel145 21/04/2018

Denis Diderot concebeu o livro após uma brincadeira feita por ele e seus amigos a um nobre da época: criaram uma personagem fictícia que mandava cartas ao tal nobre contando as agruras que sofrera em convento religioso. Nas tais cartas a religiosa buscava abrigo e proteção junto ao tal nobre. Após a brincadeira se tornar insustentável, Diderot e seus comparsas “matam” a tal religiosa, não sem antes se divertirem bastante com o ocorrido.
A Religiosa que inspirou o livro não tem ares menos trágicos. Marie-Suzanne Simonin, depois de se descobrir bastarda, é despachada para um convento onde passa a sofrer perseguições devido não ter vocação e renegar a vida religiosa.
O calvário da jovem é marcado pela perseguição direta da madre superiora que lhe imputa sofrimento físico e psicológico, haja vista que após os votos, a legislação francesa da época não permitia voltar atrás.
Diderot usa a personagem para denunciar o abuso dos conventos da época, onde casos assim eram corriqueiros. As torturas físicas e psicológicas, abuso sexual, autoritarismo, cinismo e a hipocrisia histórica da igreja católica são pontos que Diderot explora em detalhes que enriquecem a leitura do livro, tornando-o um documento que registra fatos concretos da época.
Apesar de não figurar entre os clássicos universais, o livro é interessante e não deixa de ser um libelo que denuncia a podridão fomentada pela igreja na época. Recomendável.
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Ricardo Rocha 07/05/2017

meu primeiro livro... em simultâneo com reinações de narizinho... (=
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Guaranádoamazonasémassa 09/02/2017

É uma leitura que vos prende; é incontestável. Mas nos aflora uma ânsia por um fim que dê uma reviravolta na história. A ausência desse fim no livro me deixou um pouco insatisfeito. Fora isso, retrata bem a ideia dos conventos no século XVlll, faz aguçar a empatia quanto a situação de Suzanne Simonin e se impressionar com o quanto as pessoas tinham riqueza de tabus e paradigmas preconceituosos com sua forma de pensar retrógrada.
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Alcinéia_az 21/12/2015

Injustiças
“Só uma firmeza fora do comum permitia que uma jovem de dezessete ou dezoito anos tivesse chegado àquele extremo. E os homens apreciam muito esta qualidade, mas preferem não a encontrar nas mulheres com quem casam.”
Suzana, a religiosa, é valente, mas isso de nada serve contra o abandono, a solidão e a perseguição. Injustiçada pela família e por grande parte das freiras com quem conviveu nos diversos conventos por onde passou, os quais só lhe acumularam sofrimentos e a certeza de que não nasceu para esta vida, pois não sabia o que queria, mas tinha certeza do que não queria.
“Antes matar a sua filha do que fechá-la num convento contra vontade; sim, matá-la. Quantas vezes desejei que a minha mãe me tivesse afogado ao nascer! Teria sido menos cruel.”
Diderot nos emociona em cada página, trazendo a amarga realidade de Suzana para diante de nossos olhos. Um livro do qual é impossível ler sem se emocionar, com tanta inocência e doçura lutando contra as injustiças.
“Pronunciei os meus votos, mas não me lembro de nada, e encontrei-me feita religiosa tão inocentemente como quando me tinham feito cristã.”
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Rascunho com Café 01/10/2015

Um grito por liberdade
Esse livro me incomodou muito, mesmo sabendo que é uma história fictícia, uma tristeza acompanhou a leitura de cada uma de suas páginas: tristeza pela injustiça sofrida pela protagonista, pelo sofrimento decorrente dessa injustiça e pela certeza que muitas moças devem ter vividos situação semelhantes em conventos pelo mundo afora.





O Iluminismo foi um movimento cultural que aconteceu durante o século XVIII, no qual as pessoas passaram a acreditar menos no sobrenatural e mais na ciência, quando o pensamento racional começou a suplantar a fé cega. Foi nesse período que o filósofo e escritor francês Diderot escreveu essa obra, na introdução é revelado em forma de carta que um de seus amigos mais íntimos escreveu a outro companheiro:
Um de nossos amigos comuns o visitou, encontrando-o mergulhado na dor, o rosto inundado de lágrimas. 'O que tem?' perguntou-lhe; 'em que estado o vejo!' 'O que tenho', respondeu o senhor Diderot, 'é que fiquei desolado com um conto que eu mesmo fiz'. [...]


Pois é, nessa época em que a razão parece se sobrepor às emoções, um homem adulto e estudado ficar abalado com um conto, é de se supor que seja uma história terrível, talvez algo sobrenatural cheia de demônios que não podem ser explicados de maneira natural (o maior pesadelo para um cético), mas não é nada disso. É um caso mundano, livremente baseado no drama real de Marguerite Delamarre, fechada num convento contra a sua vontade e que tentou se desligar, um escândalo na época. Como se pode imaginar, os únicos demônios que aparecem aqui são os próprios homens.

Após uma breve introdução no formato epistolar, na qual ficamos sabendo quem é Diderot e porque ele resolveu escrever esse conto, que depois se tornou um romance, o foco narrativo muda para Suzanne Simonin – é ela quem vai contar sua história em primeira pessoa. Somos apresentados a seus pais, sua família e como foi sua infância.

Já nesse começo um fato importante é revelado, ela é filha ilegítima e na mentalidade daquela época isso era um crime grave – crime que, na verdade, sua mãe quem cometeu, pois se isso for verdade ela que foi a adúltera e não a menina.



Interroguei-me sobre a origem desta singularidade num pai e numa mãe aliás honestos, justos e piedosos. Confessar-lho ei, senhor? Algumas circunstâncias reunidas em diferentes momentos, as falas dos vizinhos, as conversas dos criados, faziam-me desconfiar de uma razão que os poderia desculpar um pouco. Talvez o meu pai tivesse alguma dúvida acerca do meu nascimento; talvez eu recordasse à minha mãe uma falta cometida e a ingratidão de um homem a quem ela teria dado ouvidos em demasia; que sei eu? Mas quando estas suspeitas não fossem fundamentadas que arriscava eu em vo-las confiar?

Como mostrado no trecho acima, ela era tratada diferente de suas irmãs, as duas se casaram e foram morar com seus maridos e o pai dividiu a herança, doando a parte de Suzanne à Igreja e mandando-a para o convento quando ela completou 16 anos, fazendo assim que ela ficasse refém dessa situação, pois se saísse do convento não teria mais casa para voltar e nem como se sustentar, pois naquela época uma mulher de família não poderia trabalhar para sobreviver.

Mesmo assim, desde cedo ela sabia que não queria essa vida, tentou de todas as maneiras, mas não conseguiu, evitar esse destino. É uma história de luta contra a correnteza, de uma mulher valente que tenta moldar seu destino contra uma sociedade que não lhe dá alternativas, e uma Igreja corrupta e mesquinha. A narrativa é tão pesada que chega a exagerar em certos pontos, é um retrato do ódio que a sociedade francesa nutria contra a Igreja durante a Revolução Francesa.

Apesar de toda essa desgraça, é um livro bem escrito que prende o leitor, daqueles que você não sossega até chegar no final e quando chega se lamenta de já ter acabado.

site: http://www.rascunhocomcafe.com/
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Bells 17/07/2015

Ao ler este livro me recordei de um filme chamado “the magdalene sisters” (Em nome de Deus) de 2002, ambos, livro e filme retratam os maus tratos psicológicos e físicos que ocorrem nas casas religiosas. Antes de ser um romance, este livro era uma carta desenvolvida por Diderot para pregar uma peça em um amigo juntamente com outros colegas intelectuais; Logo se tornou um romance, uma confissão de uma jovem obrigada a se tornar religiosa pelos pais e pela constituição que alega um crime aquele que anula seus votos. O livro é emocionante, mesmo se tratando de acontecimentos fictícios, sabemos bem que houve uma religiosa em que Diderot e seus companheiros se basearam, ela estava em semelhante situação a do romance, e quanto aos sofrimentos acarretados a mesma é de se supor que tenha acontecido diversas vezes em diversos casos ao redor do mundo, situações que foram apagadas da história ou simplesmente ignoradas.
Rickyson.Heverton 23/12/2022minha estante
Muito bom. Gosto desses livros que abordam questões clericais, mesmo que superficialmente.
Eu gostei da obra, porém achei cansativa em alguns momentos... Mas valeu a pena!




Raquel Lima 23/01/2015

A realidade dos conventos
Uma jovem inocente é colocada em um convento por sua família. Fruto de um " pecado" da mãe ela é condenada a vida religiosa. No entanto, ela não quer a vida religiosa e luta contra esta determinação. O sofrimento é grande com toda a podridão das pessoas que fazem a igreja católica. Não se imagina que religiosas tenham a coragem de fazer tanto sofrimento a alguém. Sua inocência e decência é confrontada com a sujeira por traz dos muros dos conventos. Um bom livro.
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Mitsuo 23/06/2014

Injustiça e Inocência
Em forma de carta direcionada ao Marquês de Croismare, Suzanne Simonin narra seu triste destino de ser encarcerada num convento ainda na adolescência.

Por uma falha de sua mãe no passado ela passa a ser injustiçada e escanteada. Diferente das suas irmãs de uma forma que desconhece ela é privada da vida normal e levada a experimentar uma vida de amargura, angústia, solidão e sensações incompreensíveis a ela.

Escrito e ambientado no século XVIII acredito que este livro foi motivo de muitas críticas e censuras ao mesmo tempo em que esclareceu de forma bastante realista os sentimentos das pessoas que eram obrigadas por seus familiares a viver na reclusão. Reclusão da natureza humana de socializar e poder dar continuidade à sua vida através dos seus filhos. Abandonadas a lidar com as consequências físicas e psicológicas de sufocar seus instintos naturais de ser Humano.

Particularmente não é um livro que se lê feliz, mas que derrama a angústia e infelicidade da narradora a cada página.
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